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AULA PCR 21.06

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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA-
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA 
Profª Enfª Silviamar Camponogara
Profª Subs. Camila Pinno
Conceito
 É a cessação dos movimentos cardíacos e respiratórios;
 Interrupção súbita da respiração e da atividade mecânica
ventricular útil e suficiente, o que acarreta inconsciência,
ausência de movimentos respiratórios e ausência de
pulso.
 É uma emergência extrema.
Lesão cerebral irreversível e morte.
Etiologia
Sinais e sintomas
 Ausência de movimentos respiratórios
 Ausência de movimentos cardíacos
 Inconsciência
 midríase, cianose.
As células possuem uma quantidade residual de 
oxigênio, que dura pouco tempo, morrendo após cerca 
de 4 a 6 minutos de privação de sangue oxigenado.
A RCP divide-se em:
 Suporte Básico de Vida
◦ Realização do CAB (suporte circulatório e 
respiratório) – inversão da ordem a partir de 2010
◦ Realizada por leigos ou equipes de socorro, em qualquer local
 Suporte Avançado de Vida:
- Realizada por equipe médica e de enfermagem
◦ Envolve a administração de drogas especificas e 
uso de equipamentos especiais.
◦ Realizada em ambulâncias (equipes de pronto 
atendimento) e hospitais.
Suporte Básico de Vida - SBV
Consiste em iniciar imediatamente manobras
que restituam a circulação em órgãos nobres
(coração e cérebro) e a oxigenação.
C-A-B-D-primário.
 C – Assistência circulatória;
 A – Abertura das vias aéreas;
 B – Respiração/Ventilação;
 D – Desfibrilação.
C – Assistência Circulatória
 O reconhecimento não pode ultrapassar 10 segundos;
 Iniciar compressão torácica eficiente;
 Frequência de no mínimo 100/min, 
 Frequência 30:2 (um socorrista).
 Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5
cm) em adulto e criança (4cm em neonato);
 Retorno total do tórax após compressão;
 Minimização das interrupções nas compressões torácicas
 Alinhamento da cabeça com o tronco;
 Extensão do pescoço;
 Tração anterior da mandíbula.
C - Assistência Circulatória 
A – Abertura das vias aéreas
RESPIRAÇÃO BOCA/BOCA??
C - Assistência Circulatória 
A – Abertura das vias aéreas 
B – Respiração / Ventilação
 Ventilação com Ambú
 Intubação traqueal
Suporte avançado
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
CRICOTIREÓIDECTOMIA CIRÚRGICA
Assistência circulatória avançada
- Envolve reconhecer o tipo de arritmia –
monitorização
- desfibrilação e uso de drogas
ECG - Traçado normal
Modalidades de PCR
Fibrilação Ventricular
Taquicardia Ventricular
Atividade Elétrica Sem 
Pulso
Assistolia
Atenção
É usual aplicar um golpe no précordio
ou usar imediatamente um desfibrilador, quando
a PCR é assistida, o paciente estiver
monitorizado e houver um disponível.
Este golpe tem a finalidade de tentar
cessar a taquicardia ou fibrilação ventricular pela
transformação de energia mecânica em elétrica.
Aplica-se um único e vigoroso golpe na
região médio-esternal com o punho cerrado, de
uma altura de 20 a 30 cm.
Deve ser aplicado precocemente, pois
após um minuto o músculo cardíaco fica anóxico
demais, sendo inútil o procedimento.
O soco precordial não deve ser usado em PCR
extra-hospitalar não presenciada. 
O soco precordial poderá ser considerado para 
pacientes com TV instável (inclusive TV sem pulso) 
presenciada e monitorizada se não houver um
desfibrilador imediatamente pronto para uso. 
No entanto, ele não devera retardar a RCP nem a 
aplicação dos choques.
 A maioria das mortes súbitas acontecem
por FV, sendo o desfibrilador o
instrumento mais eficiente para a
sobrevivência da pessoa, desde que seja
utilizado o mais rapidamente possível
 O desfibrilador é um equipamento 
indispensável em UTIs móveis e hospitais.
 Algumas pessoas, portadoras de certos tipos de arritmias, 
são aconselhadas a utilizar o Desfibrilador Automático 
Externo (DAE)
 Quando a PCR ocorre por assistolia ou 
AESP não é indicado o uso de desfibrilador
 A desfibrilação é utilizada da seguinte forma:

- realizar manobras de ressuscitação até conseguir o 
desfibrilador;
- Deverá ser observado o tipo de arritmia e tipo de descarga 
disponivel no aparelho (mono ou bifásica)
- desfibrilar até 3 vezes (normalmente 200,300,360 J)
- Se persistir FV/TV, continuar a ressuscitação com manobras
básicas, administrar adrenalina e desfibrilar novamente com
360J. Administrar antiarritmicos e desfibrilar com 360 J após
o uso de cada droga, até resolução do caso.
O procedimento
 As pás devem estar bem limpas (remover a formação de
óxido metálico que impede uma condução elétrica
adequada)
 Aplicar uma camada de gel espessa, ou gaze umedecida
com SF 0,9% (evitar queimaduras)
 Ligar o aparelho e selecionar a voltagem desejada
 posicionar: área esternal direita e parede lateral esquerda
do tórax .
 As pás serão firmemente pressionadas, e o responsável
pela desfibrilação deve certificar-se de que ninguém esteja
em contato com o paciente ou leito e , antes de administrar
a descarga falar alto: AFASTEM-SE.
POSICIONAMENTO 
CORRETO
Manejo da PCR na vigência de 
assistolia ou AESP
 Realizar as manobras básicas de ressuscitação;
 Administrar drogas (adrenalina, atropina, outras
conforme causa da PCR;
 Considerar a necessidade de uso de marcapasso.
 O uso de marcapasso é essencial no tratamento de
bradiarritmias e bloqueios com importante
comprometimento hemodinâmico;
 Normalmente é colocado por via transvenosa, mas
também pode ser utilizar via transtoracica.
Principais drogas utilizadas na
RCP
ADRENALINA
= epinefrina (diluição: pura): hormônio produzido pela 
porção medular das glândulas supra-renais. 
Estimulador coronário, eleva a PA sanguínea e ação 
relaxadora dos músculos ligados aos brônquios
DOSE: 1mg IV em bolus repetida a cada 3 a 5 minutos
AMIODARONA
Abtiarritmico – primeira dose 300mg
segunda dose 150 mg
LIDOCAÍNA – antiarrítmico
Suprime a irritabilidade ventricular e previne o desenvolvimento da FV
Dose: 1 a 1,5mg/kg e bolus e infusão contínua
Pode ser utilizada via endotraqueal
BICARBONATO DE SÓDIO
Utilizado na fase tardia da PCR
Recomendado principalmente na vigência de acidose metabólica
Não deve ser utilizado via endotraqueal
CALCIO
Recomendado na vigência de hipocalemia
 Oxigênio
 Fluidos em geral
 Outras drogas: dopamina, dobutamina,,
corticoides, aminofilina, glicose,
analgésicos, sedativos...
Cuidados pós-PCR
 Encaminhamento para UTI
 Verificação rigorosa de SV e estabilização 
hemodinamica
 Avaliação neurológica
 MCC constante, oximetria de pulso, HGT
 Cuidados com sistema respiratório (VM)
 Sondagens gástrica e vesical
 Acesso venoso definitivo
 Instalação de balanço hídrico
 Avaliação laboratorial e demais exames 
necessários
 Avaliar utilização de infusões/drogas 
diversas
 Manter comunicação efetiva com paciente 
e familiares
ATENÇÃO
NÃO ESQUECER DE REPOR MATERIAIS 
E MEDICAMENTOS NO CARRINHO DE 
EMERGÊNCIA
 Médicos e enfermeiros devem estar preparados
para atender, de forma sistematizada e
padronizada uma situação de emergência
 Treinamento da equipe continuo
 Trabalho em equipe (organização, coordenação, 
divisão de tarefas)
 Material necessário disponível de forma imediata
 A quantidade de drogas e equipamentos deve
ser estipulada conforme a necessidade da área e
rotina institucional
CUIDADOS COM O CARRO DE 
EMERGÊNCIA
 Manter organizado de forma ordenada
 A equipe deve estar interada quanto a disposição 
de materiais e medicamentos
 É contra indicado manter as gavetas chaveadas
 Retirar o excesso de materiais
 Deve estar situado em local de fácil acesso Deve ser revisado diariamente e após cada uso
Referências Bibliográficas
 Araújo, Luz Marina. Novas diretrizes na parada cardiorrespiratória e ressuscitação 
cardiopulmonar. Liga do trauma e emergência. Centro Universitário Nove de Julho. São Paulo, 
SP, 2006.
 Cruz Vermelha Brasileira. Filial Santa Maria. Manual de Socorro de Primeira Resposta. Santa 
Maria, RS, 2007.
 Oliveira, Antônio Cláudio. Novas diretrizes de atendimento à PCR. IV Encontro Científico de 
Enfermagem em Emergência. Bauru, SP, 2005.
 ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR, Disponível na internet em: 
http://www.cdof.com.br/socorros1.htm. Acesso em 13/2/2007
 FIGUEIREDO, N.M.A.; Enfermagem: Cuidando em Emergência, São Caetano do Sul (SP): 
Yendis, 2005.
 PROTOCOLO DE SUPORTE BÁSICO DA VIDA 2007. Disponível na internet em: 
www.bombeiros.go.gov.br/downloads/pdf/Resgate-Protocolo%20Basico.pdf – Acesso em 
13/dez/2007.
 AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques das Diretrizes 2010 para RCP e ACE.
 GOMES, André Guanaes et al. Diretriz de apoio ao suporte avançado de vida em 
cardiologia - Código Azul - Registro de ressuscitação normatização do carro de 
emergência. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2003, vol.81, suppl.4, pp. 3-14. ISSN 0066-782X.

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