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SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DANIELE EVANGELISTA CINTRA OBJETIVO DO CURSO Reconhecer e prestar atendimento inicial em situações de emergência potencialmente fatais. Oferecer subsidio teórico para reconhecer os ritmos da PCR e associá-los com protocolos vigentes do SBV. Demonstrar a prática de SBV e manobras de desobstrução de vias aéreas. Demonstrar a importância do uso de Desfibrilador Externo Automático. (DEA). O QUE É SUPORTE BÁSICO DE VIDA? Atendimento prestado a uma vítima de mal súbito ou trauma, visando a manutenção de seus sinais vitais e preservação da vida, além de evitar o agravamento das lesões existentes, até que uma equipe especializada possa transportá-la ao hospital e oferecer um tratamento definitivo. Quem pode prestar esse atendimento? (AHA, 2015) EPIDEMIOLOGIA Doença cardíaca: primeira causa de morte nos Estados Unidos Cerca de 950.000 americanos morrem de doença cardiovascular por ano uma morte a cada 33 segundos mais de 400.000 americanos morrem de doença cardíaca em um departamento de emergência ou antes de chegar ao hospital Quase um quarto da população americana tem algum tipo de doença cardiovascular A doença cardíaca coronária é a primeira causa de invalidez prematura e permanente entre adultos trabalhadores (AHA, 2015) EPIDEMIOLOGIA Brasil: estimativa de que ocorram em torno de 200.000 paradas cardiorrespiratórias (PCR) ao ano metade dos casos em ambiente hospitalar a maioria dos casos ocorrem por AESP e assistolia metade em ambiente extra hospitalar (residências, shoppings, aeroportos, estádios, entre outros) A maioria decorrem de ritmos como FV e TVSP (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2013) PRINCÍPIOS DO ATENDIMENTO SUPORTE BÁSICO DE VIDA(SBV) 3 S SEGURANÇA S (CENA) SITUAÇÃO PARADA CARDIOPULMONAR Ausência de atividade mecânica cardíaca, confirmada pela ausência de pulso detectável, ausência de responsividade e apneia ou respiração agônica. O termo “parada cardíaca” é mais comumente utilizado do que “parada cardiopulmonar” quando se refere a um paciente que não está respirando e não tem pulso. (AHA, 2015) POSSÍVEIS CAUSAS DE PARADA CARDÍACA Doença arterial coronariana (causa mais comum) Arritmias cardíacas Infarto Agudo no Miocárdio Doença valvular cardíaca Miocardiopatia ou miocardite Intervalo QT prolongado Doença cardíaca congênita Tumor intracardíaco Síndrome de Wolf-Parkinson-White(Taquicardia Supraventricular) Tamponamento pericárdico Embolia Pulmonar Engasgo e asfixia Ingestão de drogas (prescritas ou não) Abuso de substâncias AVC Hipóxia Hipoglicemia Alcoolismo Reações alérgicas Choque elétrico (AHA, 2015) Parte central do tórax – MEDIASTINO Pericárdio – membrana protetora que circunda o coração e o ancora ao mediastino Cavidade pericárdica – contém um fluido (fluido pericárdico) que previne fricção ao movimento do coração Pericárdio Visceral Pericárdio Parietal CORAÇÃO RITMOS CARDÍACOS RELACIONADOS À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA FIBRILAÇÃO VENTRICULAR ▪ A FV é um ritmo caótico que se origina nos ventrículos ▪ Não se observa uma despolarização organizada nos ventrículos ▪ O miocárdio ventricular fibrila e não se observa uma contração miocárdica efetiva ▪ Ritmo raro em crianças ▪ Causas: Hipóxia, acidose, hipo/hipercalemia, hipoglicemia, hipotermia, hipovolemia, medicamentos / toxinas, tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo, trombose (coronariana ou pulmonar) e trauma (entre outras causas) RITMOS CARDÍACOS RELACIONADOS À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO (AHA, 2015) ▪ A TV é uma arritmia cardíaca séria que se origina nos ventrículos ▪ Incomum em lactentes e crianças a menos que exista um distúrbio cardiovascular subjacente ▪ Solicite um exame de glicemia e rastreamento toxicológico para qualquer criança que se apresente com uma TV sem explicação RITMOS CARDÍACOS RELACIONADOS À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AHA, 2015) ▪ AESP é uma situação clínica, não uma arritmia específica ▪ Existe quando uma atividade elétrica organizada (diferente da TV) é observada no monitor cardíaco, mas o paciente não apresenta pulso ▪ Representa um prognóstico ruim a menos que a causa subjacente possa ser rapidamente identificada e tratada de modo apropriado RITMOS CARDÍACOS RELACIONADOS À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ASSISTOLIA ▪ Representada pela ausência total de atividade elétrica no músculo cardíaco ▪ Pode ser observada atividade atrial (assistolia com onda P) ▪ Causada por hipóxia, acidose, hipo/hipercalemia, hipotermia, hipovolemia, medicamentos, toxinas, tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo, trombose (coronariana ou pulmonar) e trauma (entre outras causas) ▪ A assistolia ventricular pode ocorrer temporariamente após o término de uma taquiarritmia, após a administração de medicamentos, desfibrilação ou cardioversão sincronizada CORRENTE DE SOBREVIVÊNCIA (AHA, 2015) Fonte:http://helpcare.pt/wordpress/?p=20 GOLDEN HOUR (HORA OURO) - conceito criado pelo cirurgião Dr. R. Adams Cowley - refere-se ao momento inicial em que se concentram as maiores chances de cura - abordagem rápida visando a reversão do quadro crítico. TRATAMENTO (AHA, 2015) Expandir no mínimo 5 cm e máximo 6 cm. Frequência mínima 100/min. C - CIRCULAÇÃO A –ABERTURA VAS Ambu B - RESPIRAÇÃO DEA DESFIBRILAÇÃO DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA) O QUE É ? COMO USAR? QUAIS SÃO OS CUIDADOS? CUIDADOS COM DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO - DEA Posicionar as pás nos locais indicados, geralmente é borda infra axilar esquerda e região ântero superior (infra clavicular) direita do tórax • Secar o tórax do paciente se estiver molhado • Se afastar do paciente para que o aparelho possa administrar o choque EU ME AFASTO VOCÊ SE AFASTA TODOS SE AFASTAM ALIVIO DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO ADULTO (Adolescente / puberdade/ e acima) CRIANÇA (1 ano a adolescente / puberdade) BEBÊ (Menos de 1 ano de idade) 1. Pergunte: “Você está com dificuldade para respirar? 2. Administre compressões abdominais/manobra de Heimlich ou compressões torácicas, se a vítima estiver grávida ou obesas. 3. Repita as compressões abdominais (ou torácicas, se a vítima estiver grávida ou for obesa) até obter efeito ou a vítima parar de responder. 1. Pergunte “Você está com dificuldade para respirar? 2. Administre compressões abdominais / manobra de Heimlich. 3. Repita as compressões abdominais até obter o efeito ou a vítima de responder. 1. Confirme obstrução grave da via aérea. Verifique se houve inicio súbito de grande dificuldade para respirar, tosse ineficaz ou silenciosa, choro fraco ou silencioso. 2. Aplique 5 golpes nas costelas e 5 compressões torácicas. 3. Repita a etapa 2 até obter efeito ou a vítima parar de responder. DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO PACIENTE PARA DE RESPONDER??? TRATE COMO PCR!!!! ALGORITMO DE PCR PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (AHA, 2015) ALGORITMO DE PCR PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (AHA, 2015) IDENTIFICAR E TRATAR POSSÍVEIS CAUSAS REVERSÍVEIS EM PCR 5 HS Hipovolemia – Repor volume Hipóxia–Administrar O2 Íon Hidrogênio – Corrigir acidose Hipo/hipercalemia – Corrigir distúrbios eletrolíticos Hipotermia – Medidas de reaquecimento 5 TS Tamponamento Cardíaco Tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo) Trombose: pulmões (embolia pulmonar) Trombose: coração(síndrome coronarianas agudas) Toxinas (overdose de drogas) Hipovolemia – Repor volume Hipóxia –Administrar O2 Íon Hidrogênio – Corrigir acidose Hipo/hipercalemia – Corrigir distúrbios eletrolíticos Hipoglicemia –Administrar glicose se indicado Hipotermia – Medidas de reaquecimento Toxinas –Antídoto / terapia específica Tamponamento cardíaco – Pericardiocentese Pneumotórax hipertensivo – Descompressão com agulha, inserção de treno torácico Trombose (coronariana ou pulmonar) –Antigoagulação ? Cirurgia? C A U S A S R E V E R S I V E I S Tente / Verifique: Instalação de via respiratória avançada, acesso vascular Monitore e trate: Glicose, eletrólitos, temperatura, CO2 M O N I T O R E • Vias respiratórias • Oxigenação / ventilação • Pá/posição da pá/contato • Efetividade da RCP • Ausência do fluxo de O2 durante os choques R E A V A L I E OBRIGADA!!!! REFERÊNCIAS American Heart Association. Destaques da American Heart Association. Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. Disponível em https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights- Portuguese.pdf Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Volume 101, Nº 2, Supl. 3, Agosto 2013
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