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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA – EEL/USP KEYNESIANISMO Disciplina: Economia Geral Professor: Gustavo Ferreira Canilha Grupo: Ana Clara Fontão - 9359598 Gabriel Heguedusch - 9002760 Julia Adami Marangoni - 9064676 Júlia Ribeiro - 7672604 Julia Martinez - 8914737 Luiz Felipe Sardinha - 7291721 Lorena, 2016 1. Biografia Filho de intelectuais britânicos, o economista e empresário John Maynard Keynes, nasceu em 5 de junho de 1883 na cidade de Cambridge. Estudou no Colégio Eton, tradicionalmente frequentado pelos aristocratas, onde logo se destacou em matemática. Aos 19 anos, Keynes passou a estudar na Universidade de Cambridge, onde teve aulas com Alfred Marshall, economista respeitado. Em 1906, tendo concluído seus estudos em Cambridge, Keynes torna-se funcionário público do Ministério dos Negócios das Índias, função que exerceu na Ásia por dois anos. Insatisfeito com o cargo, retornou logo a academia, onde dedicou-se a estudar as teorias econômicas ortodoxas, tornando-se especialista nos Princípios Econômicos de Marshall, sendo este o tema de sua Dissertação a Teoria da Probabilidade. Ainda em 1908, tornou-se professor da Universidade de Cambridge, cargo que ocupou até 1915. A partir de 1916, época da I Guerra Mundial, exerceu diversos cargos no Tesouro Britânico. Em 1919, foi encarregado de chefiar a delegação britânica na Conferencia de Paz, em Paris. Descontente diante das condições econômicas impostas à Alemanha nessa ocasião, pediu demissão do cargo. Para justificar seu posicionamento, publicou ainda em 1919 seu primeiro livro: The Economic Consequences of the Peace (As consequências econômicas da paz), obra com a qual ganhou notoriedade nas nações capitalistas. Na década de 1920 permaneceu afastado dos cargos oficiais, período no qual acentuou-se sua insatisfação com a política de deflação adotada pelo governo e com os encaminhamentos propostos pela Economia Clássica. Diante do desemprego em massa que assolava as economias capitalistas, Keynes afastou-se da economia ortodoxa, representada pela “Lei de Say”, lei segundo a qual não poderia ocorrer “escassez de poder de compra” no sistema econômico. Passou então a analisar a necessidade de intervenção do Estado no mercado, gerando, dessa forma, “demanda para garantir os níveis elevados de emprego”. Em 1925 se casou com Lydia Lopokova, famosa bailarina russa. Publica A Treatise on Money (Tratado sobre a Moeda) em 1930 (SILVA in KEYNES, 1985). Sua obra mais importante, "Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda", foi publicada em 1936. Nesse livro, Keynes aponta para o caráter intrinsecamente instável do sistema capitalista (SILVA in KEYNES, 1985), esclarecendo que a “mão invisível” do mercado não resulta no que pregam os economistas mais ortodoxos, no equilíbrio entre o bem-estar global e os agentes econômicos. (SILVA in KEYNES, 1985) Em 1937, Keynes sofreu um enfarte. Mesmo sem se restabelecer por completo, retornou ao trabalho no Tesouro Britânico, sendo que em 1944 representou a Inglaterra na Conferencia de Bretton Woods, conferencia da qual se originou o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Pouco antes de adoecer e falecer, Keynes entrou em conflito com membros do organismo que ajudou a criar, o então nascente FMI. A teoria de John Maynard Keynes, que se baseia na intervenção do Estado foi colocada em prática após o fim da II Guerra Mundial, como uma opção para a recuperação dos países defastados pela guerra. Essa corrente é conhecida como Welfare State, Estado de Bem-Estar Social, ou ainda como Keinesianismo. O Estado de Bem-Estar Social, ou Estado Keynesiano, reinou até o fim dos anos 60, quando, em meio à instabilidade econômica e inflação, passou a ser substituída por um modelo diferente de liberalismo, ou neoliberalismo, que prega a mínima intervenção do Estado no mercado, ou seja, o Estado Mínimo. John Maynard Keynes faleceu em 21 de abril de 1946, vitima de um ataque cardiaco. Linha do tempo 1833 - Nasceu 1902 – Universidade de Cambridge 1906 – Funcionário público do Ministério dos Negócios das Índias 1912 - Professor da Universidade de Cambridge 1916 – Diversos cargos no Tesouro Britânico. 1919 - Chefe a delegação britânica na Conferencia de Paz e lançamento de seu primeiro livro “As conseqüências econômicas da paz”. 1936 – Principal obra ” Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda". 1944 – Representante da Inglaterra na Conferencia de Bretton Woods (origem do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial). 1946 – Faleceu. 2. Contexto Histórico: Crise de 1929 A 1ª Guerra Mundial já havia chegado ao fim. As economias mundiais estavam se recuperando da temporária estagnação desse período. Entretanto, a tranquilidade que parecia vir à tona logo cedeu os palcos para o maior colapso econômico da economia. Após os conflitos, a Inglaterra e a França estavam destruídas. Os EUA puderam, portanto, tornar-se o maior credor, produtor e importador da economia mundial. Ele pôde, então, afirmar sua hegemonia frente aos demais. Assim é possível afirmar que existem duas explicações possíveis para a ruína do capitalismo: o desequilíbrio dos EUA frente os demais países e a demanda insuficiente de mercado. No período pós-1ª Guerra, os salários dos trabalhadores estadunidenses caíram. Assim, foi possível contratar mais gente nas fábricas, o que gerou um aumento na demanda e, por consequência, um aumento dos preços. Consumir, portanto, tornou-se uma “mania”. As fábricas, a fim de suprir a procura da sociedade, começaram a produzir mais, o que gerou uma superprodução na economia. Esse ciclo de maior consumo e maior produção constituiu uma “bolha” .Como a demanda dos cidadãos foi insuficiente para cobrir a oferta de produtos, houve uma especulação desnecessária, o que casou a ruptura da bolha. Deu-se início, assim, a crise. Por fim, no dia 29 de Outubro de 1929, a cidade de Nova York entrou em pânico. Teve seu começo, ali, a Grande Depressão do Século XX. Tal período teve severas consequências, dentre elas uma de extrema importância: o desemprego. A fim de dar uma explicação sobre os acontecimentos da época, J. M. Keynes elaborou a teoria do “Pleno Emprego”. Segundo ele, caso a economia trabalhasse em pleno emprego, a demanda dos trabalhadores estimularia as economias em recessão, recuperando-as. Segundo tal economista, o desemprego é uma política social explosiva‟, que pode acabar com as estruturas de um país. Deste modo, ele elaborou a política do “Welfare State”, que visava investir em sistemas previdenciários. Junto com essa medida, o então presidente da época, Franklin Delano Roosevelt, programou o “New Deal”, que buscava estimular a economia atrás de medidas estatais. Essa foi uma das maiores contradições da época: o país símbolo do capitalismo havia tomado medidas que iam contra os princípios de tal sistema. A economia de livre competição simplesmente não funcionou no período entre guerras. Assim, abriram-se portas para a significação de regimes nacionalistas, belicosos e agressivos na Europa – tais como o Fascismo, Nazismo e o Stalinismo. Os socialistas, por sua vez, afirmaram que esse ciclo é intrínseco à economia. Essa crise, em sua visão, revelou todas as contradições capitalistas De uma coisa não há dúvidas: a destruição do liberalismo por meio século fez com que os aspectos sociais fossem considerados de maior importância frente aos aspectos econômicos. 3. Teoria Keynesiana Keynesianismo é uma teoria econômica consolidada no século XX. Se trata de um conjunto de ideiasque propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado. O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. A política econômica com a participação do Estado foi inaugurada pelo presidente estadunidense Franklin Delano Roosevelt, no início da década de 1930, para salvar o país da Crise de 1929. A medida que ficou conhecida como New Deal foi a salvação de um modelo liberalista que atingiu seu limite por diferentes motivos. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerarados de forma alarmante. A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes. 4. Teoria do Emprego Conjunto de idéias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado. O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerarados de forma alarmante. A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes. 5. Liberalismo X Keynesianismo 5.1. Liberalismo a. Introdução Surgido em consequência da luta histórica da burguesia para superar os obstáculos que a ordem jurídica feudal opunha ao livre desenvolvimento da economia, o liberalismo tornou-se uma corrente doutrinária de importância capital na vida política, econômica e social dos estados modernos. Liberalismo é uma doutrina política e econômica que, em suas formulações originais, postulava a limitação do poder estatal em benefício da liberdade individual. Fundamentado nas teorias racionalistas e empiristas do Iluminismo e na expansão econômica gerada pela industrialização, o liberalismo converteu-se, desde o final do século XVIII, na ideologia da burguesia em sua luta contra as estruturas que se opunham ao livre jogo das forças econômicas e à participação da sociedade na direção do estado. b. Antecedentes Na Idade Média feudal, a sociedade se compunha basicamente de três classes sociais: a nobreza proprietária da terra, os servos da gleba, a ela submetidos, e os artesãos urbanos organizados em corporações. As responsabilidades públicas se dividiam entre os nobres e a igreja. A partir do século XIII, no entanto, o desenvolvimento da atividade comercial das cidades e o aparecimento do capitalismo mercantilista representaram o início de uma transformação radical das sociedades européias. A burguesia, concentrada nas cidades, foi a principal protagonista desse processo histórico. Apesar da importância econômica que conquistavam, os burgueses continuavam excluídos do poder político. Um movimento crítico da sociedade surgiu então, contrário à ordem feudal e aos estados centralizadores. Assim se gerou, num processo que durou séculos, um movimento filosófico, político e econômico que afirmou a liberdade total do indivíduo e propugnou a limitação radical dos poderes do estado. As características fundamentais desse movimento, além da restrição das atribuições do estado, foram a defesa da livre concorrência na área econômica e a definição dos direitos fundamentais do indivíduo, entre os quais a liberdade de idéias e de crenças e a sua livre expressão. O movimento, que adquiriria sua mais acabada expressão no liberalismo, converteu-se na ideologia em que a burguesia se apoiou para assumir o controle do estado a partir das últimas décadas do século XVIII, e depois impregnou profundamente os princípios políticos das sociedades modernas. c. Ideias liberais As armas decisivas que a burguesia utilizou em sua luta intelectual contra a nobreza e a igreja foram o Iluminismo — que opôs razão à tradição, e o direito natural aos privilégios de classe — e as análises econômicas da escola clássica, cujos principais representantes foram os economistas Adam Smith e David Ricardo. A célebre máxima da escola fisiocrata francesa do século XVIII “Laissez faire, laissez passer: le monde va de lui même” (“deixa fazer, deixa passar: o mundo anda por si mesmo”) é a que melhor expressa a natureza da economia liberal. Efetivamente, a escola liberal acredita que a economia possui seus próprios mecanismos de auto-regulamentação, que atuam com eficácia sempre que o estado não dificulte seu funcionamento espontâneo. Ainda antes que Smith, Ricardo e demais intelectuais da escola clássica estudassem a nova estrutura econômica da sociedade, iniciara-se a crítica política do absolutismo e dos remanescentes da velha sociedade feudal. Já no século XVII, o filósofo britânico Thomas Hobbestentara fundamentar a legitimidade da monarquia na relação contratual dela com seus súditos. Foi depois o barão de Montesquieu quem, em De l’esprit des lois (1748; O Espírito das Leis), formulou o princípio da separação de poderes, dificuldade fundamental na gestação de novos estados democráticos. Coube a Jean-Jacques Rousseau a afirmação do princípio da soberania do povo, que continha os instrumentos teóricos para iniciar o assalto à monarquia absoluta. 5.2. Keynesianismo O Keynesianismo é uma corrente do pensamento econômico do séculoXX, inspirada pela obra do economista inglês John Maynard Keynes. Essa corrente defende que, ao contrário do pensamento econômico clássico de figuras como David Ricardo, a economia não tende automaticamente à um equilíbrio. A teoria foi amplamente utilizada e revolucionou a administração das grandes economias. A economia capitalista fez surgir diferentes teorias sobre as melhores formas de administração dos recursos e da produtividade. No século XIX, duas ideias se opuseram entre os ideólogos, a teoria liberalista e a teoria marxista. Esta defendia a ampla participação do Estado na regulação da economia, enquanto a primeira argumentava que a economia deveria se regular por conta própria, reduzindo fortemente o papel do Estado. No decorrer do mesmo século e no início do século XX, o liberalismo foi predominante nos países do Ocidente. O modelo fez muito sucesso e sustentou o desenvolvimento do capitalismo no mundo. Sua aplicação trouxe progresso, mas foi acompanhada por rígidas rotinas de trabalho com a finalidade de aumentar a produção e o lucro. O liberalismo, no entanto, encontrou seu limite, em certo ponto, justamente pela superprodução. Outro ponto trágico foi o acirramento das disputas de mercados, intensificadas pelo ingresso na disputa de países tardiamente unificados como Itália e Alemanha. A tensão culminou na Primeira Guerra Mundial, iniciada em 1914, encerrando um ciclo conhecido como Belle Époque. Anos mais tarde, a superprodução capitalista de espírito liberal causou uma imensa crise econômica, em 1929. A crise se espalhou pelos países capitalistas, que buscavam uma maneira de superá-la. Em meio a esse período de depressão, o economista inglês John Maynard Keynes fez proposições que contrariavam o liberalismo. Ele propunha uma nova organização político-econômica que defendia o Estado como agente indispensável na economia. Assim, Keynes colocava em cheque as ideias do livre mercado, argumentando que a economia não é autorregulada. Não dizia, no entanto, que o Estado deveria controlar plena e amplamente a economia, aproximando-se de uma formulação marxista, mas que o Estado tinha o dever de conceder benefícios sociais para que a população tivesse um padrão mínimo de vida. d. Principais Conceitos do Keynesianismo As teorias de Keynes diferiam radicalmente do pensamento econômico clássico, de autores como Adam Smith, Thomas Malthus, e David Ricardo. Esses teóricos, embora divergissem, acreditavam que a economia tendia ao equílibrio através da dinâmica da oferta e da procura, ou seja, que sempre existiria demanda (cidadãos dispostos a comprar) para uma determinada oferta (cidadãos dispostos a vender), variando somente o preço. Assim sendo, se uma sociedade produzisse uma quantidade enorme de um determinado produto, a mesma sociedade sempre compraria essa produção, mesmo que a preços mais baixos devido à sua abundância. De acordo com Keynes, uma superprodução de bens poderia causar uma carência de demanda, levando a menos lucro por parte dos produtores e a demissão de trabalhadores, o que por sua vez reduziria ainda mais a demanda, já que aumentaria o desemprego. A grande solução para este problema, defendida por Keynes, era a intervenção governamental na economia, tanto na forma de obras públicas de infraestrutura, como na forma da redução drástica da taxa de juros. A taxa de juros é a taxa que governa o lucro sobre dinheiro emprestado dentro da economia, ou seja, permite aos cidadãos emprestarem mais dinheiro pagando menos, e assim tornando mais eficiente a capacidade da demanda de se ajustar à uma oferta maior. O Keynesianismo se tornou o pensamento econômico dominante nos Estados Unidos pós-depressão, sendo as políticas do New Deal, promovidas pelo presidente Franklin D. Roosevelt, expressões quase perfeitas dessa teoria. O Keynesianismo passou, após a Segunda Guerra Mundial, a ser a teoria mais aplicada em todos os países do bloco capitalista, culminando com a afirmação do presidente dos Estados Unidos Richard Nixon "We are all Keynesians now" ("Somos todos Keynesianos agora"). A reversão e reformulação do pensamento clássico anti-Keynesiano se deu após a crise do petróleo de 1973, onde as previsões Keynesianas afundaram devido ao fenômeno do "Stagflation", isto é, uma situação de alta inflação e alto desemprego, porém baixo crescimento econômico, onde as medidas Keynesianas ou aumentariam o desemprego, ou diminuiriam ainda mais o crescimento da economia. 6. O estado e a economia No cenário da Grande Depressão, notou-se que apenas a teoria clássica não explicava adequadamente a difícil crise de 29. Foi aí que Keynes levantou conclusões sobre o estado e a economia , as quais não englobam somente o período vigente como também a realidade ainda vivida em alguns países. Para o economista, o estado deve sim intervir, de modo a suprir as insuficiências conjunturais de empresas privadas. Entretanto refuga a ideia do Estado agir como produtor e proprietário estatal. O papel desse é fazer controle de taxas de juros e de níveis de investimentos para que não ocorram abalos no crescimento econômico ou no padrão de vida dos assalariados. Esses recursos criados pelo estado, segundo Keynes, afetam a economia através do psicológico dos trabalhadores , uma vez que em um estado de estabilidade financeira e de auto confiança , aumenta o potencial de compra dos consumidores. É esse sentimento que possibilita o movimento de capital e evita a possibilidade do surgimento de uma nova crise. Pela análise observa-se que suas ideias são racionais já que Keynes defendia uma maior atuação estatal em frentes econômicas , assegurando o funcionamento da livre iniciativa do proprietário. Ou seja, o estado é o alicerce da economia: propicia segurança, apoio, estabilidade , estrutura e principalmente respeito à liberdade de ação dos empresários. 7. Conclusão Com esse trabalho foi possível concluir que os princípios da teoria elaborada por John Maynard Keynes foram eficientes para restaurar a economia mundial após a crise de 1929, servindo como base para o sistema econômico New Deal. Defender a intervenção estatal na economia, incentivar o protencionismo econômico e garantir o pleno emprego foram algumas das principais características desse modelo, o qual teve como uns dos objetivos retirar países de crises e instabilidades econômicas. Atualmente o keynesianismo enfraqueceu devido ao avanço do neoliberalismo, provocado pelo processo de globalização que incentiva os países á abertura da economia e pouca intervenção estatal. 8. Referências GASPARETTO JUNIOR, Antonio. Keynesianismo. 2009. Disponível em: <http://www.infoescola.com/economia/keynesianismo/>. Acesso em: 05 set. 2016. PADOVANI, Pedro. Keynesianismo. 2005. Disponível em: <https://rachacuca.com.br/educacao/historia/keynesianismo/>. Acesso em: 06 set. 2016. DANTAS, Tiago. "Liberalismo X Keynesianismo"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/politica/liberalismo-x-keynesianismo.htm>. Acesso em 06 de setembro de 2016. MONTANER, Carlos Alberto. O que é o liberalismo? 2013. Disponível em: <http://www.institutomillenium.org.br/artigos/o-que-liberalismo/>. Acesso em: 06 set. 2016. FEMENIK, Tomislav R.. Keynes e a açao do Estado na economia. Disponível em: <http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/keynes-e-a-acao-do-estado-na- economia/275122>. Acesso em: 8 set. 2016. LOPES, Luiz Martins; SANDOVAL, Marco Antonio. Manual de Macroeconomia. São Paulo: Atlas S.a, 2008.
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