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2 Lucro Real SÍNTESE

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Contabilidade Tributária II 
1 
1 – LUCRO REAL 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO: 
 
 
INTRODUÇÃO 
a) MOMENTO DA OPÇÃO PELO REGIME DE TRIBUTAÇÃO 
b) OBRIGATORIEDADE DO LUCRO REAL 
c) LIMITAÇÃO DA COMPENSAÇÃO DO PREJUÍZO FISCAL 
d) LUCRO TRIMESTRAL 
e) LUCRO ANUAL 
f) ALÍQUOTAS DO IRPJ E ADICIONAL 
g) ALÍQUOTAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO 
h) INCENTIVOS FISCAIS PARA DEDUÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Lucro Real pode representar economia de tributos. A opção pelo lucro real pressupõe contabilidade em 
dia. 
Exemplos: 
� Na conta adiantamento de viagens em 31/12/x0 consta um saldo total de R$ 25.000,00. Na 
composição do saldo desta conta deverá especificar data, nome, motivo e valor de cada numerário 
adiantado a cada funcionário, devendo o somatório fechar com a conta contábil. 
Contabilidade Tributária II 
2 
O setor financeiro deve manter planilha atualizada (atualização e juros) dos empréstimos e 
financiamentos, a qual servirá de suporte e conferência dos saldos contábeis. 
 
� Enfim, todos os saldos constantes nos balancetes ou balanços contábeis devem estar suportados por 
posições de outros setores para que possam ser conferidos e confrontados, dessa forma, evita-se 
incorreções na contabilidade que trarão como conseqüência pagamentos indevidos de IRPJ e CSSL. 
 
 
a) MOMENTO DE OPÇÃO PELO REGIME DE TRIBUTAÇÃO 
 
A opção pelo lucro real anual, lucro real trimestral ou lucro presumido será manifestado pelo pagamento 
da 1ª quota de qualquer um dos regimes, mediante DARF, sendo que a legislação não permite mudar a 
forma de tributação durante o ano-calendário (art.13, Lei 9.718/1998 e art.3, Lei 9.430/1996). 
 
Por isso, é de extrema importância fazer uma análise detalhada de qual é a melhor forma de tributação, 
antes do pagamento da 1ª quota do Imposto, pois se a empresa optou pelo lucro real (anual ou trimestral) 
não poderá modificar no ano-calendário para o lucro presumido e vice-versa. Lembrando que a opção de 
tributação feita para o Imposto de Renda deve ser a mesma para a Contribuição Social sobre o Lucro. 
 
 
b) OBRIGATORIEDADE DA APURAÇÃO PELO LUCRO REAL 
 
Estão obrigadas a apurar o lucro real, conforme art. 14 da Lei 9.718/1998, as seguintes empresas: 
 
I) cuja receita total, no ano calendário anterior, seja superior a R$ 48.000.000,00, ou proporcional ao 
número de meses do período, quando inferior a doze meses; 
II) cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas; 
III) que tiverem lucros, rendimentos ou ganho de capital oriundos do exterior; 
IV) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou 
redução do imposto; 
V) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, 
inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto; 
VI) cuja atividade seja de “factoring”. 
 
As demais empresas que não se enquadrarem em nenhuma das situações acima previstas podem optar 
pelo lucro presumido, caso for a melhor alternativa. 
 
 
c) LIMITAÇÃO DA COMPENSAÇÃO DO PREJUÍZO FISCAL E DA BASE NEGATIVA DA CSL 
– Lucro Real Trimestral ou Anual – 
 
Contabilidade Tributária II 
3 
A partir de 01/janeiro/1996, a compensação do prejuízo fiscal (IRPJ) e da base negativa da contribuição 
social sobre o lucro está limitada a 30% do lucro do exercício após adições e exclusões do lucro real. 
Se a empresa teve prejuízos em anos anteriores de R$ 150.000,00 e no ano apurou lucro de R$ 
110.000,00, poderá compensar apenas 30% do lucro, deste ano, ou seja, compensa apenas R$ 33.000,00 
do prejuízo fiscal anterior, devendo pagar IRPJ e CSSL sobre R$ 77.000,00 (110.000,00 - 33.000,00). 
 
 
d) LUCRO REAL TRIMESTRAL 
 
A empresa que optar por esse regime de lucro real deverá a cada trimestre do ano (31/mar., 30/jun., 
30/set. e 31/dez.) levantar balanço acumulado no período trimestral e definitivamente apurar o IR e a 
CSL. 
 
Estatisticamente a opção pelo lucro real TRIMESTRAL é a menos vantajosa devido ao fato de que 
empresa fica limitada em compensar os prejuízos fiscais dentro do próprio ano em 30% do seu lucro. 
Exemplo: 
 
No 1º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 300.000,00 
No 2º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 50.000,00 
No 3º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 50.000,00 
No 4º Trimestre Lucro Fiscal de R$ 400.000,00 
 
No 4º Trimestre a empresa poderá compensar somente R$ 120.000,00 (30% de R$ 400.000,00 - lucro), 
ficando, assim, um lucro tributável de R$ 280.000,00 (400.000,00 – 120.000,00), incidindo sobre esse 
valor o Imposto de Renda + Adicional e a Contribuição Social sobre o Lucro, totalizando um desembolso 
R$ 89.200,00 (9% CSSL + 25% IRPJ –6.000,00 (limite isenção adicional IRPJ)). 
 
Porém, se a opção fosse pelo lucro real ANUAL a compensação do prejuízo dentro do próprio ano 
seria automática, pois pelo lucro real anual o resultado é apurado acumuladamente dentro do exercício 
(janeiro a dezembro), sendo o resultado tributável do ano calendário igual a zero, inexistindo o pagamento 
de IRPJ e CSSL. 
 
O único benefício que o Lucro Real TRIMESTRAL em relação ao Lucro Real Anual proporciona é 
quando a empresa tem lucro em todos os trimestres do ano, assim paga o imposto de renda e a 
contribuição social a cada trimestre e tem a opção em dividi-los em 03 quotas iguais, sendo cada quota 
superior a R$ 1.000,00, acrescidas pela variação da SELIC (art. 5º da Lei 9.430/1996). Porém é muito 
arriscado prever que a empresa terá lucro fiscal em todos os trimestres do exercício. 
e) LUCRO REAL ANUAL 
 
O lucro Real Anual será apurado no período compreendido de janeiro a dezembro de cada ano, sendo que 
a empresa, MENSALMENTE, terá que pagar ou demonstrar que não há imposto de renda e a 
contribuição social sobre o lucro calculado por estimativa, optando pelas seguintes alternativas: 
 
I) Com base no FATURAMENTO, acrescido das demais receitas. 
Contabilidade Tributária II 
4 
 
Com base no resultado do somatório de um percentual aplicado sobre a receita bruta do mês, acrescidos 
do ganho de capital e demais receitas. Os percentuais aplicáveis sobre a receita bruta variam de acordo 
com a atividade da pessoa jurídica e constam no artigo 15 da Lei 9.249/1995: 
 
I- 8% sobre a receita bruta auferida, exceto em relação aos itens II a VI adiante listados; 
II- 1,6% na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e 
gás natural; 
III- 16% na prestação de serviços de transporte, exceto o de cargas que é 8%; 
IV- 16% para as Instituições Financeiras e equiparadas; 
V- 16% na prestação de serviços em geral pelas pessoas jurídicas com receita bruta anual até R$ 
120.000,00, exceto serviços hospitalares, de transporte e de profissões regulamentadas (art. 40, Lei 
9.250/1995); 
VI- 32% na prestação de serviços. 
 
Observação 1: 
As demais receitas (juros auferidos, descontos obtidos, etc.) e ganhos de capital comporão a base de 
cálculo sem qualquer redução (100% do valor apurado). 
 
 
 
Observação 2: 
A partir de 01.01.2006, a base de cálculo do IRPJ será determinada mediante a aplicação do percentual de 
8% sobre a receita financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a 
loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a 
venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, quando decorrente de comercialização de 
imóveis e for apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em contrato (art. 34, da Lei 
11.196/2005, que acresceu o § 4º, ao artigo 15, da Lei 9.249/1995). 
 
Para fins de cálculo da contribuição social s/ o lucro por estimativa deverá somar o percentual sobre a 
receita bruta do mês,acrescidos do ganho de capital e demais receitas, variando os percentuais de acordo 
com as seguintes atividades: 
I- 12% na venda de mercadorias e produtos (art. 29 e 30 da Lei 9.430/1996); 
II- 32% na prestação de serviços em geral, a partir de 01/09/2003 (Lei 10.684/2003, art. 22). 
 
Observação 1: 
Contabilidade Tributária II 
5 
As demais receitas (juros auferidos, descontos obtidos, etc.) e ganhos de capital comporão a base de 
cálculo sem qualquer redução (100% do valor apurado). A IN SRF 390/2004, trata sobre as disposições 
gerais sobre a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. 
 
Observação 2: 
A partir de 01.01.2006, a base de cálculo da CSLL será determinada mediante a aplicação do percentual 
de 12% sobre a receita financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a 
loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a 
venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, quando decorrente de comercialização de 
imóveis e for apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em contrato (art. 34, da Lei 
11.196/2005, que acresceu o § 2º, ao artigo 20, da Lei 9.249/1995). 
 
II) Com base em Balancetes de SUSPENSÃO ou REDUÇÃO do Imposto. 
 
A empresa poderá também reduzir ou suspender o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição 
Social de cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor 
acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional (art. 2º da Lei 9.430/1996) da seguinte 
forma: 
II.1) REDUÇÃO 
 
A redução ocorre quando a empresa, em um determinado mês, demonstra que o valor apurado do imposto 
menos o valor já pago durante o período acumulado é inferior ao cálculo pela estimativa como base na 
receita, como citado no item “a”. 
Exemplo: 
-Valor do Imposto devido com base nos percentuais aplicado sobre a Receita no mês de 
junho= R$ 30.000,00 
 
-Valor do Imposto apurado com base no balancete acumulado 
de jan a jun. = R$ 40.000,00 
 
-Valor do imposto pago, retido ou compensado 
de jan a jun. = R$ 25.000,00 
 
-Saldo a pagar no mês de junho (40.000,00- 25.000,00) = R$ 15.000,00 
 
-Se a optar pelo balancete de redução haverá um 
desembolso de apenas R$ 15.000,00, ao invés de R$ 30.000,00. 
No mês de junho, a forma mais viável é a opção pelo pagamento com base no balancete de redução 
de janeiro a junho, apesar de apurar 40.000,00 de imposto, devem ainda ser deduzido os impostos já 
pagos, retidos ou compensados nos respectivos meses (25.000,00), restando saldo a pagar de apenas 
R$ 15.000,00. Sendo que o recolhimento com base na receita bruta seria R$ 30.000,00, pois os valores 
pagos nos meses anteriores não podem ser deduzidos, por não comporem a base de cálculo do mês. 
Contabilidade Tributária II 
6 
Esse estudo deve ser feito a cada mês do ano, levando em conta também a possibilidade de suspensão 
do imposto que será visto no item seguinte. 
 
Observação: 
� O mesmo critério adotado para o cálculo do IR deverá ser também adotado para a CSL, por isso deve 
ser analisada a melhor alternativa calculando os dois tributos. 
� O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro Diário (art. 12, § 5º, da 
IN SRF 93/97) e no Livro LALUR transcrever a apuração do resultado (art. 13 IN SRF 93/97). 
� Base legal: artigos 10 a 16 da IN SRF 93/97 
 
II.2) SUSPENSÃO 
 
A suspensão do recolhimento do imposto ocorre quando a empresa demonstra através de balancete que em 
um determinado mês, o resultado acumulado de janeiro até esse mês, resultou em prejuízo fiscal, 
inexistindo imposto a pagar. 
Exemplo: 
 
� Prejuízo contábil de....................................................................................................... R$ 150.320,00, 
conforme balancete contábil levantado em 30/jun. (resultado acumulado de janeiro a junho); 
� Adições ao lucro real -..................................................................................................... R$ 30.150,00 
� Prejuízo fiscal -..........................................................................>150.320,00 – 30.150,00 = 120.170,00 
 Como houve prejuízo fiscal no mês de junho (resultado acumulado de janeiro a junho), não há 
IRPJ nem CSSL a recolher referente a este mês, sendo necessário apenas a transcrição do Prejuízo 
no LALUR e manter balancete no Diário Contábil. 
 
A outra forma de suspensão do recolhimento do imposto e da contribuição social ocorre quando a 
empresa demonstra através de balancete, com resultado acumulado, que os valores pagos nos meses 
anteriores são superiores ao valor do imposto apurado nesse mês. 
 
Exemplo: 
No Balancete do mês julho, que contempla o resultado acumulado de janeiro a julho, apurou-se um 
imposto a pagar de R$ 35.000,00, porém nos meses de janeiro a junho a empresa já recolheu imposto 
no valor de R$ 40.000,00, ou seja, R$ 5.000,00 a mais do que o devido, com isso poderá suspender o 
pagamento em julho. 
 
 
Observação: 
� O mesmo critério adotado para o cálculo do IR deverá ser adotado para a CSL, por isso deve ser 
analisada a melhor alternativa calculando os dois tributos. 
Contabilidade Tributária II 
7 
� O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro Diário (art. 12, § 5º, 
da IN SRF 93/97) e no Livro LALUR transcrever a apuração do resultado (art. 13 IN SRF 93/97). 
� Base legal artigos 10 a 16 da IN SRF 93/97. 
 
Apesar de o Lucro Real Anual ter mais detalhes a serem observados é mais vantajoso do que o 
Lucro Real Trimestral, para fins de Gestão Tributária. 
 
 
f) ALÍQUOTAS E ADICIONAL 
 
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por 
cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado de conformidade com o Regulamento. 
 
A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 
20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de 
adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento). 
 
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda apurado pela aplicação da 
alíquota geral de 15%. 
Exemplo: 
Lucro Real de R$ 110.000 no 1º trimestre de 2.003: 
 
a) IRPJ á alíquota normal = R$ 110.000 x 15% = R$ 16.500 
b) IRPJ Adicional = R$ 110.000 do Lucro Real menos R$ 60.000 (R$ 20.000 x período de apuração de 3 
 meses) x 10% = R$ 5.000,00 
 
Valor a Recolher (a + b) = R$ 16.500 + R$ 5.000 = R$ 21.500 
 
g) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - ALÍQUOTAS 
� 8% (oito por cento) até 30.04.1999; 
� a partir de 01.05.1999, a alíquota foi majorada para 12% ; e 
� a partir de 01.02.2000 a alíquota é de 9% . 
 
Observação: Com a edição da IN SRF 390/2004 de 30.01.2004, as mesmas regras aplicadas ao Imposto de 
Renda devem ser aplicadas à CSLL, assim a base de cálculo para os dois tributos é idêntica. Para a 
empresa optante pelo Lucro Real, a base de cálculo da CSLL deverá ser demonstrada numa espécie de 
LALUR da CSLL. 
h) INCENTIVOS FISCAIS PARA DEDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA 
 
a) CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICO 
Contabilidade Tributária II 
8 
A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido as quantias efetivamente realizadas no período de 
apuração a título de doações ou patrocínio, tanto mediante contribuições ao Fundo Nacional de Cultura 
(FNC) na forma de doações nos termos do inciso II do art. 5º da Lei nº 8.313, de 1991. Limite de dedução 
4% do imposto Devido. 
 
b) PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR - PAT 
A pessoa jurídica que tiver Programas de Alimentaçãoao Trabalhador aprovados pelo Ministério do 
Trabalho, respeitado o limite estabelecido na legislação, poderá deduzir do imposto de renda o valor 
equivalente a 15% do total das despesas de custeio efetuadas no período de apuração, limitado a R$ 1,99 
por refeição, bem como a dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder, isoladamente a 
4% do imposto de renda devido (Decreto 3.000/1999, art. 582). 
 
c) ATIVIDADE AUDIOVISUAL 
I - Produção de obras e projetos audiovisuais 
As pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real poderão deduzir do imposto devido as quantias referentes a 
investimentos em projetos: 
 
a) de produção independente de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de que trata o caput do 
art. 1º da Lei 8.685/1993; 
b) específicos da área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e infra-estrutura técnica 
apresentados por empresa brasileira, previstos no § 5º da art. 1º da Lei 8.685/1993; 
c) de produção de obras cinematográficas e vídeofonográficas brasileiras de longa, média e curta 
metragens de produção independente, de co-produção de obras cinematográficas e videofonográficas 
brasileiras de produção independente, de telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e 
de programas de televisão de caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente, nos 
termos do § 6º do art. 39 da MP 2228-1/2001. 
 
Observado o limite específico de cada incentivo, o total das deduções do imposto relativo aos incentivos 
Atividade Audiovisual e Atividade Cultural não poderá exceder a 4% do imposto devido (Lei 8.849/1994, 
art. 6º, Lei 9.064/1995, art. 2º, Lei 9.323/1996, art. 1º, e Lei 9.532/1997, art. 6º, inciso II, e MP 2.189-
49/2001, art. 10, inciso I). 
 
II - Aquisição de quotas dos Funcines 
Até o período de apuração relativo ao ano-calendário de 2010, inclusive, as pessoas jurídicas sujeitas à 
tributação com base no lucro real poderão deduzir do imposto de renda devido parcela do valor 
correspondente às quantias aplicadas na aquisição de quotas dos Fundos de Financiamento da Indústria 
Cinematográfica Nacional (Funcines). 
Essa dedução poderá ser utilizada alternativamente à acima referida, até o ano-calendário de 2006, quando 
se extinguirá este benefício. 
 
A dedução poderá ser efetuada do imposto devido calculado com base no lucro estimado apurado 
mensalmente ou no lucro real apurado trimestralmente ou no saldo do imposto apurado no ajuste anual. 
Contabilidade Tributária II 
9 
 
A parcela a ser deduzida será calculada aplicando-se percentual correspondente à soma das alíquotas do 
IRPJ e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), inclusive adicionais, sobre o valor de 
aquisição de quotas dos Funcines, limitada a três por cento do imposto devido. 
 
Para o cálculo do limite desta dedução deverá ser excluída, do imposto de renda devido, a parcela do 
imposto correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no exterior (Lei 9.430/1996, 
art. 16, § 4º). 
 
Observado o limite específico de cada incentivo, o total das deduções do imposto relativo aos incentivos 
da Atividade Audiovisual e Atividade Cultural não poderá exceder a 4% do imposto devido, exceto 
adicional (Lei 8.849/1994, art. 6º, Lei 9.064/1995, art. 2º, Lei 9.323/1996, art. 1º, e Lei 9.532/1997, art. 6º, 
inciso II, e MP 2.189-49/2001, art. 10, inciso I). 
 
Os valores que excederem aos limites acima estabelecidos não poderão ser utilizados em período de 
apuração posterior. 
 
O valor integral dos investimentos efetuados com aquisição de quotas dos Funcines poderá ser deduzido 
do lucro líquido, na determinação do lucro real e da contribuição social sobre o lucro líquido, nos 
seguintes percentuais: 
I - cem por cento, nos anos-calendário de 2002 a 2005; 
II - cinqüenta por cento, nos anos-calendário de 2006 a 2008; 
III - vinte e cinco por cento, nos anos-calendário de 2009 e 2010. 
 
A pessoa jurídica que alienar as quotas dos Funcines somente poderá considerar como custo de aquisição, 
na determinação do ganho de capital, os valores deduzidos na determinação do lucro real na hipótese em 
que a alienação ocorra após cinco anos da data de sua aquisição. 
 
Em qualquer hipótese, não será dedutível, para fins de determinação do lucro real ou da contribuição 
social sobre o lucro líquido, a perda apurada na alienação das quotas dos Funcines. 
 
 
d) FUNDOS DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
A pessoa jurídica poderá deduzir, do imposto de renda devido em cada período de apuração, o total das 
doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente – nacional, estaduais ou 
municipais, devidamente comprovados. 
 
O limite máximo de dedução permitida é de 1% do imposto devido). 
 
A dedução do imposto relativa às doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente 
não está submetida a limite global (Lei 8.849/1994, art. 6º, Lei 9.064/1995, art. 2º, Lei 9.323/1996, art. 1º, 
e Lei 9.532/1997, art. 6º, inciso II, e MP 2.189-49/2001, art. 10, inciso I). 
 
Contabilidade Tributária II 
10 
Atenção: 
 
O valor correspondente às doações efetuadas não será dedutível como despesa operacional 
na determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro 
líquido (Lei 9.249/1995, art. 13, VI). 
 
e) DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO INDUSTRIAL/AGROPECUÁRIO PDTI/PDTA 
NOTA: esses benefícios (PDTI e PDTA) foram revogados, desde 01.01.2006, pela Lei 11.196/2005 
 
A pessoa jurídica titular de Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial – PDTI ou Programa de 
Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário – PDTA, nos termos do Decreto 96.760/1988, alterado pelo 
Decreto 99.073/1990; ou no Decreto 949/1993, poderá deduzir do imposto devido o valor equivalente ao 
resultado da aplicação da alíquota de 15% sobre o total dos dispêndios realizados em atividades de 
desenvolvimento tecnológico no período de apuração, observados os limites permitidos. 
A dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder, isoladamente, a 4% do imposto de renda 
devido. 
 
Observado o limite específico de cada incentivo, o total das deduções do imposto devido relativas ao PAT 
– Programa de Alimentação ao Trabalhador e aos Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial 
– PDTI e Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário – PDTA não poderá exceder a 4% do 
imposto devido (Lei 9.532/1997, art. 6º, I e art. 81, II). 
 
Para os projetos aprovados até 03/06/1993, o limite individual de dedução é de 8%. 
 
Os incentivos PDTI/PDTA, cujos projetos foram aprovados após 3 de junho de 1993, não poderão ser 
utilizados cumulativamente com outros da mesma natureza, previstos em lei anterior ou superveniente 
(Lei 8.661/1993, art. 9º). 
 
f) Limites Individuais e Coletivos dos Incentivos em Relação ao Imposto Devido 
Para os fins de cálculo dos incentivos de dedução do imposto referidos neste subitem, deverá ser excluída, 
do imposto de renda devido, a parcela do imposto correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de 
capital auferidos no exterior (Lei 9.323/1996, arts. 1º e 3º; Lei 9.430/1996, art. 16, § 4º). 
 
Na determinação dos limites dos incentivos, não é permitida qualquer dedução a título de incentivo fiscal 
do adicional do imposto de renda (§ 4º do art. 3º da Lei 9.249/1995). 
 
 
 
 
Limites INDIVIDUAIS 
Incentivo Limite individual 
Operação de caráter cultural art. 25 e 26 Lei 8.313/1991 4% 
Operação de caráter cultural art. 18, Lei 8.313/1991 4% 
Contabilidade Tributária II 
11 
Operações de caráter cultural nos termos do § 6º do art. 39 da Medida Provisória nº 2.228-1, de 
6 de agosto de 2001, produzidos com os recursos de que trata o inciso X desse mesmo art. 39. 
 
4% 
PAT – Programa de Alimentação do. Trabalhador 4% 
PDTI – aprovado até03.06.93 (revogado, conforme nota abaixo) 8% 
PDTI/PDTA- aprovado após 03.06.93 Nota: os benefícios tratados neste item foram revogados, 
a partir de 01.01.2006, pela Lei 11.196/2005 
4% 
Produção de obras e projetos audiovisuais inclusive, operações nos termos do § 6º do art. 39 
da Medida Provisória 2.228-1, de 6 de agosto de 2001, produzidos com os recursos de que trata 
o inciso X desse mesmo art. 39. 
 
3% 
Aquisição de quotas dos FUNCINES 3% 
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente 1% 
 
 
Limites COLETIVOS 
Incentivo Limite coletivo 
Operação de caráter cultural art. 25 Lei 8.313/1991 
 
 
4% 
Operação de caráter cultural art. 18, Lei 8.313/1991 
Operações de caráter cultural nos termos do § 6º do art. 39 da Medida Provisória nº 2.228-1, de 
6 de agosto de 2001, produzidos com os recursos de que trata o inciso X desse mesmo art. 39. 
Produção de obras e projetos audiovisuais, inclusive operações nos termos do § 6º do art. 39 
da Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de agosto de 2001, produzidos com os recursos de que 
trata o inciso X desse mesmo art. 39. 
Aquisição de quotas dos FUNCINES 
Operação de caráter cultural art. 25 e 26 Lei 8.313/1991 4% 
Operação de caráter cultural art. 18, Lei 8.313/1991 
Operações de caráter cultural nos termos do § 6º do art. 39 da Medida Provisória nº 2.228-1, de 
6 de agosto de 2001, produzidos com os recursos de que trata o inciso X desse mesmo art. 39. 
 
PAT – Programa de Alimentação do. Trabalhador 8% 
PDTI – aprovado até 03.06.93 (revogado a partir de 01.01.2006) 
PAT – Programa de Alimentação do. Trabalhador 4% 
PDTI/PDTA- aprovado após 03.06.93 (revogado a partir de 01.01.2006) 
 
 
 
 
 
g) INCENTIVOS REGIONAIS DE REDUÇÃO E/OU ISENÇÃO DO IMPOSTO 
 
Empreendimentos na área de atuação dassss extintasextintasextintasextintas SUDAMSUDAMSUDAMSUDAM eeee SUDENESUDENESUDENESUDENE 
 
I - Da Isenção Transformada em Redução de 75% 
Contabilidade Tributária II 
12 
A pessoa jurídica que tenha instalado, ampliado, modernizado ou diversificado empreendimento industrial 
ou agrícola, na área de atuação das extintas SUDAM e SUDENE, até 31 de dezembro de 1997, nos termos 
da Lei 9.808/1999, art. 13, ou que esse empreendimento industrial ou agrícola seja decorrente de projeto 
aprovado ou protocolizado até 14 de novembro de 1997, poderá deduzir, do imposto de renda devido, o 
valor correspondente ao benefício fiscal de isenção concedido nos termos da legislação de regência, 
calculado com base no lucro da exploração do empreendimento. 
 
Para os empreendimentos industriais ou agrícolas instalados a partir de 1º de janeiro de 1998 ou cujo 
projeto tenha sido aprovado ou protocolizado após 14 de novembro de 1997 e até 23 de agosto de 2000, o 
valor do benefício fiscal calculado com base no lucro da exploração, corresponderá à redução do imposto, 
observados os seguintes percentuais: 
I - 75%, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003; 
II - 50%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008; 
III - 25%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013 (Lei 9.532/1997, art. 3º, I, II, III e 
§ 1º; e Lei 9.808/1999, art. 13). 
 
II - Da Isenção de 50% Transformada em Redução de 37,5% 
Para o ano-calendário de 2002 o benefício de que trata este item só se aplica às pessoas jurídicas que 
mantenham empreendimentos dos setores da economia que venham a ser considerados, pelo Poder 
Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional e para os que têm sede na área de jurisdição da 
Zona Franca de Manaus, reconhecidos como de interesse para o desenvolvimento da região.(MP 2.058 de 
2000, art. 2° e reedições); 
 
III - Incentivos de Redução por Reinvestimento. 
A pessoa jurídica que tenha empreendimento industrial ou agroindustrial, inclusive de construção civil, 
em operação nas áreas das extintas SUDAM e SUDENE, considerados, em ato do Poder Executivo, 
prioritários para o desenvolvimento regional, para os períodos de apuração encerrados a partir de 1º de 
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2013, poderá depositar no Banco do Nordeste do Brasil S/A e no 
Banco da Amazônia S/A, respectivamente, 30% (trinta por cento) do valor do imposto devido pelos 
referidos empreendimentos, calculados sobre o lucro da exploração, acrescido de 50% (cinqüenta por 
cento) de recursos próprios, ficando, porém, a liberação desses recursos condicionada à aprovação, pelas 
Agências do Desenvolvimento Regional, dos respectivos projetos técnico-econômicos de modernização 
ou complementação de equipamento (Lei nº 8.167, de 1991, art. 19, Lei nº 8.191, de 1991, art. 4º; MP nº 
2.058, de 2000, art. 4º, e reedições).

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