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Apostila Segurança do trabalho e saude ocupacional 2014 (1)

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QI ESCOLAS E FACULDADES 
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2° Ciclo 
Versão 2014/1 
 
 
 
 
Segurança do 
Trabalho e Saúde 
Ocupacional 
de Pessoal 
 
 
 
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SUMÁRIO 
AULA 1 ............................................................................................................................ 4 
1 SEGURANÇA NO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL .............................................. 4 
1.1 Introdução ................................................................................................................ 4 
2 HISTÓRICO DA ÁREA DE SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO ..... 5 
2.1 Histórico ................................................................................................................... 5 
2.1.1 Fatos Históricos ................................................................................................................. 7 
2.1.2 Era da Revolução Industrial .............................................................................................. 9 
2.1.3 História de Acidentes do Trabalho no Brasil ................................................................... 10 
2.1.3 As Condições de Trabalho na Atualidade ........................................................................ 12 
3 O ACIDENTE DE TRABALHO ..................................................................................... 13 
3.1Tipos de Acidentes ................................................................................................... 14 
3.2 Classificação de Acidentes ....................................................................................... 15 
3.3 Causas, consequências e custos dos Acidentes ....................................................... 18 
AULA 2 .......................................................................................................................... 22 
4 NORMAS REGULAMENTADORAS – NR´S ................................................................... 22 
4.1 Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho (NRs) ................. 22 
AULA 3 .......................................................................................................................... 30 
5 PRINCIPAIS NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHO PARA A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS .................................................. 30 
5.1 NR 05: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA .................................... 30 
5.1.1 O Mapa de Riscos ............................................................................................................ 33 
5.2 NR 06: Equipamentos de Proteção Individual - EPI ................................................. 35 
5.3 NR 07: Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO ..................... 36 
5.4 NR 09: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA .................................. 39 
AULA 4 .......................................................................................................................... 42 
6 PROGRAMAS DE CONSCIENTIZAÇÃO E BEM ESTAR A SEREM IMPLEMENTADOS 
NAS EMPRESAS ............................................................................................................ 42 
6.1 Como Promover a Saúde do Trabalhador na Empresa ............................................. 42 
AULA 5 .......................................................................................................................... 46 
7 SIGLAS DA ÁREA DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL .......... 46 
8 DOCUMENTOS LEGAIS ............................................................................................. 51 
8.1 ASO – Atestado de Saúde Ocupacional .................................................................... 51 
8.1.1 Exames Realizados para o ASO ...................................................................................... 51 
8.1.2 Benefícios com o ASO ....................................................................................................... 51 
8.2 CAT – Comunicado de Acidente do Trabalho ........................................................... 52 
8.2.1 Tipos de CAT .................................................................................................................... 53 
8.3 LTCAT – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho ................................ 53 
 
 
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8.4 PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional ............................... 54 
8.5 PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário ............................................................... 54 
8.6 PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ............................................. 55 
AULA 6 .......................................................................................................................... 56 
9 SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ........................... 56 
9.1 Modernos Sistemas de Gestão ................................................................................. 56 
9.2 Finalidade ............................................................................................................... 56 
9.3 Estrutura ................................................................................................................ 57 
REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA INDICADA ................................................................. 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 1 
1 SEGURANÇA NO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL 
1.1 Introdução 
A segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adotadas 
para minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, protegendo a 
integridade física e a capacidade de trabalho do trabalhador. 
Já a Higiene Ocupacional pode ser entendida como ciência que visa à antecipação 
(prevenção), reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos agentes 
ambientais presentes ou originados nos ambientes de trabalho, que podem prejudicar a 
saúde e o bem estar dos trabalhadores e/ou comunidade. 
Para atingir a meta de saúde e segurança no ambiente de trabalho é necessário que 
a engenharia, nas diversas áreas, em conjunto com a medicina, possam agir. Dessa 
forma, a segurança do trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à 
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em 
Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, 
Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O 
Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, 
Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção doMeio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e 
Gerência de Riscos, Engenharias em conjunto com a medicina. 
Aparentemente, algumas atividades laborais parecem inofensivas. O processo de 
fabricação requer cuidados com a segurança dos trabalhadores com a implantação de 
programas de saúde e segurança por meio de uma equipe multidisciplinar composta por 
Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. 
Estes profissionais formam o que chamamos de Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Também os empregados da 
empresa contribuem para a promoção da saúde e bem estar do trabalhador ao 
constituírem a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), composta por 
representantes do empregador e representantes dos empregados, que tem como objetivo 
a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar 
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da 
saúde ocupacional. 
 
 
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A responsabilidade pela segurança do trabalho é tripartite: poder público, 
empregador e empregado. 
Assim, cabe ao poder público a criação e fiscalização das normas e leis que versam 
sobre segurança e saúde no trabalho, cabe ao empregador fazer cumprir essa legislação, 
podendo ser punido em caso de desrespeito às exigências legais, e ao trabalhador 
cumprir as exigências de saúde e segurança nos locais de trabalho, obedecendo às 
normas e leis específicas, contribuindo para a manutenção das condições de trabalho 
saudáveis, uma vez que é para ele que o ambiente é adaptado. 
Atualmente em busca de trunfos dentro e fora da empresa, as organizações têm 
demonstrado uma preocupação cada vez maior com a gestão da Saúde e Segurança no 
Trabalho a fim de que se faça a equação Homem x Máquina com a melhor eficácia 
possível. Este é o grande desafio da área de Recursos Humanos das organizações. 
2 HISTÓRICO DA ÁREA DE SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO 
TRABALHO 
2.1 Histórico 
As formas de trabalho variam conforme o momento histórico. As sociedades 
primitivas, por exemplo, baseavam seu trabalho na coleta, na caça, na pesca e, 
geralmente, as atividades eram dividas por gênero. Depois se passou para uma sociedade 
artesanal, e na Idade Média encontramos o sistema feudal como predominante, onde o 
trabalho fundamentava-se no cultivo da terra. Mas o principal marco na história do 
trabalho certamente é a Revolução Industrial. Foi ela que transformou a sociedade rural 
e agrícola do mundo ocidental em uma sociedade basicamente urbana e industrial. 
Segundo a OIT, em média, todos os dias morrem 5 mil pessoas devido a acidentes 
ou doenças relacionadas ao trabalho. São cerca de 270 milhões de acidentes todos os 
anos. 
Não se sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com acidentes e 
doenças relacionadas com o trabalho. Já no século IV a C., eram feitas referências à 
existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos. Mas foi com a Revolução 
Industrial ocorrida na Inglaterra, no final do séc. XVIII e com o aparecimento das 
máquinas de tecelagem, movido a vapor, que a ocorrência de acidentes aumentaram. 
 A produção, que antes era artesanal e doméstica, passa a ser realizadas em fábricas 
mal ventiladas, com ruídos altíssimos e em máquinas sem proteção. Mulheres, homens e 
principalmente crianças foram as grandes vítimas. 
 
 
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A primeira legislação no campo de proteção ao trabalhador, a “Lei das Fábricas”, 
surgiu na Inglaterra em 1833, determinando limites de idade mínima e jornada de 
trabalho (por jornada de trabalho entende-se o tempo que o funcionário, por 
determinações das convenções coletivas e por Lei, ou ainda pelo próprio contrato de 
trabalho, deve permanecer à disposição da empresa para realizar a tarefa determinada) 
O ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. Eles formavam 
grupos que invadiam as fábricas e destruíam as máquinas. Para os artesãos, o ludismo 
era uma maneira de preservar seu trabalho contra a concorrência da indústria moderna. 
Para os camponeses, era um recurso para salvar seu emprego contra as máquinas que 
substituíam o trabalho humano. Para os operários, constituía uma forma de pressionar o 
patrão a aumentar os salários. 
O movimento ludita conseguiu algumas vitórias. Por exemplo, muitos patrões 
acabavam desistindo de reduzir os salários com medo de uma rebelião operária que 
destruiria a fábrica. O governo inglês criou leis rigorosas contra as revoltas luditas e 
enviou milhares de soldados para defender as propriedades dos burgueses. 
Ao longo do século XIX, surgiram outras organizações operárias. Como nos conta 
Mario Schmidt, Certos grupos de trabalhadores formavam associações de ajuda mútua. 
Pagavam pequenas mensalidades e, quando um deles ficava doente, recebia auxílio da 
associação. Aos poucos, os trabalhadores sentiram a força de sua organização. As 
associações de ajuda mútua se tornaram sindicatos (op. cit.). 
Os sindicatos da época, semelhantes aos de hoje, procuravam atrair outros 
trabalhadores e organizar as lutas econômicas contra a burguesia e a mais influente 
forma de luta era a greve. “A maioria dos trabalhadores de fábrica cruzava os braços e se 
recusava a trabalhar enquanto os patrões não atendessem às suas reivindicações” (op. 
cit.). As principais exigências dos trabalhadores eram aumento de salário, diminuição da 
jornada de trabalho e a proibição do trabalho infantil. 
Os governos europeus do século XIX em geral ficavam do lado dos capitalistas 
contra o proletariado. As leis, os tribunais e a polícia eram acionados contra os 
sindicatos e as greves. Muitos trabalhadores foram presos e até mortos pela polícia. 
A partir de 1830 formou-se na Inglaterra o movimento cartista. O cartismo juntava 
operários, artesãos e até gente da pequena burguesia. Os cartistas redigiram um 
documento chamado Carta do Povo e o enviaram ao Parlamento inglês. A principal 
reivindicação do documento era o sufrágio universal masculino. 
O cartismo organizou gigantescos comícios em Londres. Mas o Parlamento 
permaneceu insensível. Somente em 1867, os operários especializados e a pequena 
 
 
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burguesia conquistariam o direito de voto. Apesar disso, o cartismo foi importante para 
que o proletariado inglês adquirisse consciência política. 
2.1.1 Fatos Históricos 
 1600: Surge o relógio e começa-se a comprar o tempo de trabalho. 
Dentro das perspectivas dos direitos fundamentais do trabalhador em usufruir de 
uma boa saúde e qualidade de vida, na medida em que não se pode dissociar os 
direitos humanos e a qualidade de vida, verificam-se, gradativamente, a grande 
preocupação com as condições do trabalho. 
 
Figura 1 – Aristóteles 
 1.700: O médico italiano Bernardino Ramazzini, considerado o pai da medicinado trabalho, publicou por volta de 1700, o livro “Doenças dos Trabalhadores”. 
 
Figura 2 – Bernardino Ramazzini 
 1760: Surgiu a revolução industrial na Europa, começaram aí as improvisações. 
Nesta época o índice de acidentes era alto, com alta taxa de mortalidade. 
 1802: Começa a preocupação com o trabalhador e surgiu a lei de saúde moral dos 
aprendizes. Essa lei estabelecia um limite de 12 horas por dia, proibia o trabalho 
noturno e atribuía obrigações do empregador quanto às condições de higiene no 
ambiente do trabalho. 
 1831: Surgiu a comissão parlamentar de inquérito - elaborou um documento 
sobre a condição de vida dos trabalhadores. 
 
 
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 1833: Com o impacto causado na sociedade pelo relatório, surgiu a LEI DAS 
FÁBRICAS (FACTORY ACT), considerada a primeira legislação no campo da 
proteção ao trabalhador. Dizia que Maiores de 18 anos só poderiam trabalhar até 
12h/dia não superior a 69h semanais. Idade mínima para trabalho era de 9anos. 
Fábricas que empregassem menor deveriam ter escolas, além de médicos para 
acompanhamento do correto desenvolvimento físico desses menores. 
 1860: Surgiu a legislação alemã. 
 1867: Alteração da medida de 1833 estabelecendo o controle para as condições do 
ambiente de trabalho. 
 1900: Surgiu a legislação americana. 
 1919: OIT – Organização Internacional do Trabalho com o objetivo de uniformizar 
as questões trabalhistas, a superação das condições subumanas do trabalho e o 
desenvolvimento econômico adota seis convenções destinadas à proteção da saúde 
e à integridade física dos trabalhadores (limitação da jornada de trabalho, 
proteção à maternidade, trabalho noturno para mulheres, idade mínima para 
admissão de crianças e o trabalho noturno para menores). Objetivando 
uniformizar as questões trabalhistas, a superação das condições subumanas do 
trabalho e o desenvolvimento econômico. 
 1945: É assinada a Carta das Nações Unidas, que estabeleceu nova ordem na 
busca da preservação, progresso social e melhores condições de vida das futuras 
gerações. 
 1948: Cria-se a OMS - Organização Mundial da Saúde, que estabelece o conceito 
de que a “saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a 
ausência de afecções ou enfermidades” e que “o gozo do grau máximo de saúde 
que se pode alcançar é um dos direitos fundamentais de todo ser humano. ” Neste 
ano aprova-se também a Declaração Universal dos Direitos Humanos do Homem, 
que se constitui uma fonte de princípios na aplicação das normas jurídicas, que 
assegura ao trabalhador o direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, as 
condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra ao desemprego; o 
direito ao repouso e ao lazer, limitação de horas de trabalho, férias periódicas 
remuneradas, além de padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família 
saúde e bem-estar. 
 
 
 
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2.1.2 Era da Revolução Industrial 
A Revolução Industrial provocou grandes transformações no mundo: a economia 
transformou-se, pois a atividade industrial passou a ocupar o centro da vida econômica; 
formaram-se grandes empresas industriais e o trabalho assalariado passou a predominar 
em toda parte; em outras palavras, impôs-se o capitalismo industrial. 
A sociedade foi profundamente afetada pelo êxodo rural e pelo crescimento da vida 
urbana; começaram a formarem-se as cidades industriais; ocorreu também um aumento 
da população mundial; a burguesia industrial se fortaleceu, e começou a ganhar cada 
vez mais destaque a classe operária. Na política, houve a queda do Estado Absolutista, 
disputa entre países europeus pelo domínio das colônias na África e na Ásia com o 
objetivo de obter matérias-primas para a indústria e consumidores para os produtos 
manufaturados; começaram a aparecer ideias políticas, sociais e econômicas tentando 
explicar a nova situação e solucionar os novos problemas. 
A Revolução Industrial enriqueceu muitos capitalistas, mas a grande maioria dos 
operários vivia em péssimas condições. 
Os problemas relacionados com a saúde intensificaram-se a partir da Revolução 
Industrial. Houve uma elevada taxa de acidentes devido a novos equipamentos adotados, 
ou seja, deixando o trabalho artesanal e adotando o Trabalho Industrial, a falta de 
treinamento adequado para esse novo equipamento, as longas jornadas de trabalho 
adotadas pelas empresas, o trabalho infantil contribuiu muito para esse fato e também 
para agravar mais ainda essa ocorrência, falta de uma legislação justa, onde o 
trabalhador acidentado ficava a própria sorte. 
A industrialização trouxe muitos benefícios materiais, mas gerou também um 
grande número de problemas que ainda afligem o mundo moderno, como os danos ao 
meio ambiente. Além disso, a modernização tecnológica tornou obsoletas diversas formas 
de trabalho, gerando um desemprego crescente. Segundo o historiador Mario Schmidt, 
“antes da Revolução Industrial, menos de 10% da população europeia vivia nas cidades" 
(2005, p. 112). Isso era ainda um reflexo do feudalismo, pois havia poucas indústrias em 
toda a Europa Ocidental e a maioria dos produtos manufaturados era feita em casas 
situadas nas zonas rurais. Comerciantes da burguesia distribuíam as matérias-primas 
aos trabalhadores e recolhiam os produtos acabados. Os burgueses eram donos das 
matérias-primas, pagavam pelo trabalho realizado e procuravam mercado para seus 
produtos. O modo de vida variava pouco de uma geração para outra, e a maioria dos 
filhos seguia o ofício dos pais. Os trabalhadores e lavradores não tinham voz ativa no 
governo. Em muitos países, não havia nem mesmo eleições. 
 
 
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A situação nas pequenas e novas indústrias que surgiam não era fácil para os 
operários. Conforme Schmidt relata, “os salários eram baixíssimos, a jornada de trabalho 
podia alcançar 14 ou 16 horas por dia e não havia direito a férias. As fábricas eram 
imundas e barulhentas. Os patrões, muito autoritários, humilhavam os empregados” (op. 
cit.). 
Com todas essas condições precárias, é evidente que a consequência seria a 
pobreza. Grandes cidades, como Londres e Paris, encheram-se de favelas e cortiços. O 
mesmo autor citado ainda diz que “os pobres se amontoavam em bairros onde o esgoto e 
os ratos disputavam as ruas com os pedestres” (op. cit.). A máquina a vapor dispensava 
a força física. Por causa disso os patrões preferiam o trabalho das mulheres e, 
principalmente, das crianças, que recebiam pagamento menor pelo mesmo serviço de um 
homem adulto. Quase todas as fábricas do começo do século XX empregavam crianças. 
Enquanto isso, os burgueses continuavam enriquecendo. 
Os trabalhadores logo perceberam a necessidade de se unir e lutar por seus 
direitos. Assim, o começo da Revolução Industrial representou também o início das lutas 
operárias. Por meio dessas lutas, os operários formavam a consciência de que 
pertenciam a umamesma classe social: o proletariado. 
2.1.3 História de Acidentes do Trabalho no Brasil 
 No Brasil a industrialização tomou impulso a partir da 2° Guerra Mundial, a 
situação dos trabalhadores não foi diferente: nossas condições de trabalho mataram e 
mutilaram mais pessoas que a maioria dos países industrializados do mundo. 
 Com o objetivo de melhorar as condições de saúde e trabalho no Brasil, a partir da 
década de 30, várias leis sociais foram criadas; dentre elas, ressalta-se a obrigatoriedade 
da formação da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que se tornou 
eletiva em 1944. A luta dos trabalhadores pela saúde no Brasil é anterior até mesmo à 
industrialização do país no início do século X. Antes, porém, os trabalhadores lutavam 
por direitos considerados atualmente como básicos, mas que só foram alcançados graças 
a muita luta, como: Descanso semanal remunerado; Jornada semanal de 48 horas de 
trabalho; Igualdade de direitos para a mulher trabalhadora; Assistência médica e 
aposentadoria; Indenização por acidente de trabalho. 
Com o aumento da industrialização do país a partir da década de 50, surgem os 
primeiros médicos de empresa, com a responsabilidade de manter nas linhas de 
produção os trabalhadores mais saudáveis, afastando aqueles que sofriam de algum mal 
ou um acidente. No entanto, nesta época, pouco ou quase nada se fazia em termos de 
 
 
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prevenção e, a única preocupação real era a perda de tempo e os prejuízos causados 
pelos acidentes ao empregador. 
No Brasil, segundo o último dado oficial disponível da Previdência Social, foram 
registrados 390 mil acidentes em 2011, com quase 2.700 mortes. Há uma tendência de 
queda, mas o número ainda é elevado, as principais ações do MTE na área de segurança 
e saúde no trabalho são a normatização e as fiscalizações, desenvolvidas pelo DSST, e a 
pesquisa e difusão de conhecimentos, de responsabilidade da Fundacentro. 
Recentemente, foram publicadas as Normas Regulamentadoras (NRs) referente à 
segurança em várias áreas de atuação e com foco nas atividades desenvolvidas pelas 
mesmas. 
As normas são resultados de um processo de consulta pública e negociação 
tripartite, envolvendo governo, trabalhadores e empregadores. Em 2011, os 3 mil 
auditores fiscais do trabalho realizaram quase 137 mil ações em todo o país, atingindo 
14,5 milhões de trabalhadores. Foram regularizadas mais de 750 mil situações de 
descumprimento da legislação, efetuados 1.107 embargos e interdições e analisados 
1.666 acidentes de trabalho graves e fatais. 
Fatos Históricos no Brasil: 
 1930: O Estado interveio nas relações do trabalho. 
 1943: No Governo Vargas entra em vigor a CLT (consolidação das leis do trabalho) 
decreto lei 5452 1 de maio de 1943. 
 1970: O Brasil é o detentor do título de campeão mundial de acidentes. 
 1977: O legislador dedica no texto da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, 
por sua reconhecida importância Social, capítulo específico à Segurança e 
Medicina do Trabalho. Trata-se do Capítulo V, Título II, artigos 154 a 201, com 
redação da Lei nº 6.514/77. 
 1978: Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho regulamenta os artigos 
contidos na CLT por meio da Portaria nº 3.214/78, criando vinte e oito Normas 
Regulamentadoras - NRs. 
 1988: Com a Constituição de 1988 nasce o marco principal da etapa de saúde do 
trabalhador no nosso ordenamento jurídico. Está garantida a redução dos riscos 
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. E, 
ratificadas as Convenções 155 e 161 da OIT, que também regulamentam ações 
para a preservação da Saúde e dos Serviços de Saúde do Trabalhador. 
 1997: A NR 29 é aprovada que diz respeito a Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário. 
 
 
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 2002: A NR 30 é aprovada e fala sobre a Segurança e Saúde no Trabalho 
Aquaviário. 
 Hoje ainda estão em vigor a portaria 3214 de 08 de junho de 1978, 
regulamentadora da lei 6514/77 onde estão inseridas as 36 NRs. 
2.1.3 As Condições de Trabalho na Atualidade 
Hoje, todos os funcionários de qualquer fábrica que seja, bem como qualquer 
trabalhador de outro setor, desfrutam de benefícios e leis trabalhistas que definem os 
direitos e deveres dos empregados. 
Existem os sindicatos que ainda defendem a classe dos trabalhadores, e mais do 
que isto, existe uma legislação específica em que, conforme consta na CLT (Consolidação 
das Leis do Trabalho), são alguns direitos dos trabalhadores: 
 Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de serviço; 
 Exames médicos de admissão e demissão; 
 Repouso Semanal Remunerado (1 folga por semana); 
 Salário pago até o 5º dia útil do mês; 
 Primeira parcela do 13o salário paga até 30 de novembro; 
 Segunda parcela até 20 de dezembro; 
 Férias de 30 dias com acréscimos de 1/3 do salário a cada um ano de trabalho; 
 Vale-Transporte com desconto máximo de 6% do salário; 
 Licença Maternidade de 120 dias, com garantia de emprego até 5 meses depois do 
parto; 
 Licença Paternidade de 5 dias corridos; 
 FGTS: depósito de 8% do valor total da remuneração em conta bancária a favor do 
empregado (CONTA DA CAIXA); 
 Garantia de 12 meses em casos de acidente; 
 Adicional noturno de 20% para quem trabalha de 21 horas de um dia às 05 horas 
do dia seguinte, para trabalhadores urbanos e rural (lavoura e pecuária); 
 Faltas ao trabalho nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/ano), 
alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho na 
Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico; 
 Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão sem justa causa; 
 Seguro-Desemprego. 
Estes são alguns dos direitos válidos no Brasil previsto na CLT – Consolidação das 
Leis do Trabalho (sempre em constante atualização) e saibamos que as leis trabalhistas 
podem variar conforme cada país. 
 
 
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Outro aspecto a ser destacado é que existem muitas empresas que atuam de 
maneira clandestina ou até mesmo que sonegam impostos, prejudicando assim a 
situação dos trabalhadores. 
Além do mais, em pleno século XXI ainda existem trabalhadores escravos no 
mundo todo, isto é o que afirmam os dados da Organização Internacional do Trabalho. 
Segundo a pesquisa, “pelo menos 12,3 milhões de pessoas estão submetidas ao trabalho 
forçado em todo o mundo, e quase a metade é de meninos e meninas, [...] disse a 
Organização Internacional do Trabalho" (apud. SURI, 2009). 
Portanto, mesmo com todos esses direitos garantidos e conquistados através de 
muita luta por parte dos trabalhadores, podemos perceber que a situação de alguns 
trabalhadores não evoluiu, alguns ainda são tratados com desigualdade, de forma 
humilhante e desumana, não recebendo nenhum direito garantido por Lei. Muitas vezes, 
quem se rende a essa forma de trabalho (escravo) são pessoasleigas, de classe baixa, 
sendo esta forma sua única opção de renda. 
3 O ACIDENTE DE TRABALHO 
Conforme o artigo 19 da Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991 conceitua como 
acidente do trabalho "aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa 
ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando, direta ou 
indiretamente, lesão corporal, doença ou perturbação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho". 
É um acontecimento involuntário resultante tanto de uma ação insegura por parte 
do funcionário (negligenciar-se quanto ao uso de EPI’s, por exemplo) quanto de uma 
situação que possa causar danos ao trabalhador e à organização que o abriga 
(negligenciar a oferta de EPI’s, por exemplo). 
Do ponto de vista preventivo, entretanto, essa definição não é satisfatória, pois o 
acidente é definido em função de suas consequências sobre o homem, ou seja, as lesões, 
perturbações ou doenças. 
Visando a prevenção dos acidentes, no que se refere à produção, acidente de 
trabalho deve ser definido como "qualquer ocorrência que interfere no andamento normal 
do trabalho", pois além do homem, podem ser atingidos nos acidentes, outros fatores de 
produção, como máquinas, ferramentas, equipamentos e tempo. 
 
 
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3.1Tipos de Acidentes 
Equipara-se a acidente do trabalho quando uma das situações abaixo é verificada: 
Doença profissional, ou seja, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade e constante de relação elaborada pelo MPAS 
(Ministério da Previdência Social). 
Doença do trabalho, ou seja, aquela adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, 
constante de relação do MPAS. 
Equiparam-se também ao acidente do trabalho, segundo a Lei n.º 8213/91: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua 
recuperação; 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho. 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho. 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho. 
d) ato de pessoa privada do uso da razão. 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de 
força maior. 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de 
sua atividade. 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa. 
 
 
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b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo 
ou proporcionar proveito. 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por 
esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente 
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
3.2 Classificação de Acidentes 
 
Figura 3: Classificação pela ordem de órgão competente. 
Na ocorrência de acidentes de trabalho, conforme a situação é necessário realizar 
a comunicação aos órgãos competentes, para tal é fundamental a sua classificação, 
conforme ilustração a seguir: 
Tipo Descrição
Acidentes Típicos 
São os acidentes decorrentes da característica da atividade profissional
desempenhada pelo acidentado.
Acidentes de 
Trajeto 
São os acidentes ocorridos no trajeto entre a residência e o local de trabalho do 
segurado e vice-versa. 
Acidentes 
Devidos à Doença 
do Trabalho 
São os acidentes ocasionados por qualquer tipo de doença profissional peculiar a
determinado ramo de atividade constante na tabela da Previdência Social.
Acidentes 
Liquidados 
Corresponde ao número de acidentes cujos processos foram encerrados
administrativamente pelo INSS, depois de completado o tratamento e indenizadas as
seqüelas.
Assistência 
Médica 
Corresponde aos segurados que receberam apenas atendimentos médicos para sua 
recuperação para o exercício da atividade laborativa. 
Incapacidade 
Temporária 
Compreende os segurados que ficaram temporariamente incapacitados para o 
exercício de sua atividade laborativa. Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do 
afastamento da atividade, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu 
salário integral. Após este período, o segurado deverá ser encaminhado à perícia 
médica da Previdência Social para requerimento do auxílio-doença acidentário 
Incapacidade 
Permanente 
Refere-se aos segurados que ficaram permanentemente incapacitados para o 
exercício laboral. A incapacidade permanente pode ser de dois tipos: parcial e total. 
Entende-se por incapacidade permanente parcial o fato do acidentado em exercício 
laboral, após o devido tratamento psicofísico-social, apresentar seqüela definitiva que 
implique em redução da capacidade. Esta informação é captada a partir da concessão 
do benefício auxílio-acidente por acidente do trabalho, espécie 94. O outro tipo ocorre 
quando o acidentado em exercício laboral apresentar incapacidade permanente e total 
para o exercício de qualquer atividade laborativa.
Óbitos
Corresponde a quantidade de segurados que faleceram em função do acidente do
trabalho.
Classificação de Acidentes Segundo Sistema Previdenciário
 
 
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Acidente
no
Trabalho
O acidente
deve ser
registrado
O acidente
deve ser
registrado
Incapacidade
Temporária
Incapacidade
Total
Permanente
Incapacidade
Parcial
Permanente
Acidente Sem 
Afastamento
do Trabalho
Acidente Com
Afastamento
do Trabalho
Morte
 
 
Figura 4: Classificação pela ordem de órgão competente. 
A esquematização do sistema de comunicação de acidentes será elaborada a partir 
das consequências do acidente, que podem ser classificadas em: 
 Sem lesão 
 Lesão leve (acidente sem afastamento): É aquele em que o acidentado pode 
exercer sua função normal, no mesmo dia do acidente, ou no próximo, no horário 
regulamentar. O acidente sem afastamento deve ser investigado, mas, por 
convenção, não entra nos cálculos dos coeficientes de frequência e gravidade. 
 Lesão incapacitante (acidente com afastamento): é o acidente que provoca a 
incapacidade temporária, incapacidade parcial ou incapacidade total. Conformedescrito. 
 Incapacidade temporária: É a perda total da capacidade de trabalho por um 
período limitado de tempo, nunca superior a um ano. É aquela em que o 
acidentado, depois de algum tempo afastado do serviço, devido ao acidente, volta 
ao mesmo serviço executando suas funções normalmente, como fazia antes do 
acidente. 
 Incapacidade parcial: É a redução parcial da capacidade de trabalho do 
acidentado, em caráter permanente. Exemplos: Perda de um dos olhos. Perda de 
um dedo. 
 Incapacidade total: É a perda da capacidade total para o trabalho em caráter 
permanente. Exemplo: Perda de uma das mãos e dos dois pés, mesmo que a 
prótese seja possível. 
 
 
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Essa classificação é feita no sentido de facilitar o entendimento. A Associação 
Brasileira de Normas Técnicas editou uma norma de cadastro de acidentes (NB-18) em 
1958, a qual já passou por duas reformulações, em 1967 e 1975, as quais não tem 
caráter legal apenas normativo. Os conceitos aqui apresentados envolvem não só uma 
compilação dessa Norma, mas também aspectos legais. 
Qualquer acidente, mesmo aquele sem lesão já ocasiona perda de tempo para 
normalização das atividades podendo ocasionar ainda, danos materiais. Não existe a 
necessidade legal de comunicação aos órgãos da Previdência Social quando não ha lesão 
que ocasione o afastamento do trabalhador, se este retornar ao trabalho no mesmo dia 
ou no dia seguinte, no horário normal. O acidente sem afastamento seria aquele que o 
acidentado, embora tenha sofrido uma lesão, pode retornar ao trabalho no mesmo dia ou 
no dia seguinte, em seu horário regulamentar de entrada. Ocorrido o acidente e não 
acontecendo o retorno do acidentado ao trabalho no mesmo dia ou dia seguinte de 
trabalho, no horário normal, passamos a considerar esse acidente como acidente com 
afastamento, cuja consequência é uma incapacidade temporária total, ou uma 
incapacidade permanente parcial ou total, ou mesmo a morte do acidentado. 
A comunicação de acidentes será tanto mais complexa quanto mais grave for a 
sua consequência. Os acidentes que não ocasionam lesão (como a simples queda de um 
fardo de algodão da respectiva pilha) tornam-se importantes pela possibilidade de que, 
no caso do exemplo citado, havendo repetição do fato, o fardo pode atingir algum 
operário. Deverão, portanto, ser estudadas as causas dessa queda para evitar fatos 
semelhantes, acionando-se o encarregado do setor, o chefe do departamento e o Serviço 
Especializado de Segurança do Trabalho, quando houver, ou então a CIPA. No caso de 
um acidente sem afastamento, com uma lesão leve, portanto, além dos elementos citados 
anteriormente também o enfermeiro ou médico será envolvido. 
Quando em virtude do acidente ocorre lesão ou perturbação funcional que cause 
incapacidade temporária total, incapacidade permanente parcial, ou total, ou a morte do 
acidentado, as providências a serem tomadas quanto à sua comunicação no âmbito da 
empresa são: 
a) Da própria vitima ou de colegas ao encarregado do setor (normalmente oral) 
b) Do encarregado do setor ao chefe do departamento (normalmente oral) 
c) Do chefe de departamento à direção da empresa e ao departamento de segurança 
(por escrito). 
 
 
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A empresa deverá comunicar ao INSS, em, no máximo, 01 dia útil, da ocorrência 
do acidente, através do preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho. 
3.3 Causas, consequências e custos dos Acidentes 
São os fatores principais causadores de acidentes: 
a) Condições inseguras, inerentes às instalações, como máquinas e equipamentos. 
b) Atos inseguros, entendidos como atitudes indevidas do elemento humano. 
c) Fatores pessoais de insegurança, fatores pessoais (personalidade) dos indivíduos 
que contribuem para a ocorrência de acidentes. 
d) Eventos catastróficos, como inundações, tempestades, (independentes da ação da 
empresa ou do funcionário). 
As figuras a seguir ilustram algumas situações de risco a acidentes no trabalho: 
 
Figura 5: Situação de risco – Ato inseguro 
 
Figura 6: Situação de risco – Condições inseguras 
 
Estudos técnicos, principalmente no campo da engenharia, são capazes de, com o 
tempo, eliminar as condições inseguras. Quando se fala, porém, do elemento homem, 
 
 
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apenas técnicas não são suficientes para evitar uma falha nas suas atitudes. Sob o ponto 
de vista preventivo a causa de acidente é qualquer fator que, se removido a tempo teria 
evitado o acidente. Os acidentes não são inevitáveis, não surgem por acaso, eles, na 
maioria das vezes, são causados, e, portanto possíveis de prevenção, através da 
eliminação a tempo de suas causas. Estas podem decorrer de fatores pessoais 
(dependentes, portanto, do homem) ou materiais (decorrentes das condições existentes 
nos locais de trabalho). 
Vários autores, na análise de um acidente, consideram como causa do acidente o 
ato ou a condição que originou a lesão, ou o dano. Porém, devem ser analisadas todas as 
causas, desde a mais remota, o que permitirá um adequado estudo e posterior 
neutralização ou eliminação dos riscos. 
Qualquer acidente do trabalho acarreta prejuízos econômicos para o acidentado, 
para a empresa, para os cofres públicos. Se encararmos o acidente do ponto de vista 
preventivo (não há necessidade de efeito lesivo ao trabalhador em virtude da ocorrência), 
a simples perda de tempo para normalizar a situação já representa custo. Por exemplo, a 
queda de um fardo de algodão mal armazenado, em princípio, teria como consequências: 
a) O empregado encarregado de rearmazená-lo despenderá esforço para o 
trabalho, inclusive passando novamente pelo risco inerente a atividade, desnecessário se 
a armazenagem inicial tivesse sido corretamente feita; 
b) O empregador pagará duplamente pelo serviço de armazenagem; 
c) A perda de produção, pela necessidade de execução do serviço várias vezes, 
representa um custo, mais sentida em caso de produtos de exportação. 
Se, no exemplo anterior, um trabalhador for atingido pelo fardo e necessitar de um 
afastamento temporário para recuperação, cita-se como consequências: 
a) o operário ficará prejudicado em sua saúde; 
b) o empregador arcará com as despesas de salário do acidentado, do dia do 
acidente e dos seguintes quinze dias, 
c) a empresa seguradora (no caso do INSS) pagará as despesas de atendimento 
médico e os salários a partir do 15º dia até o retorno do acidentado ao trabalho normal. 
Há diversos custos que o próprio bom-senso facilmente determina. Outros, porém, 
além de não serem identificados na totalidade, quando o são tornam-se de difícil 
 
 
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mensuração. O casode um trabalhador morto em virtude de um acidente do trabalho. 
Em termos da Nação como um todo, como mensurar a perda de capacidade produtiva e 
mesmo da capacidade criativa do acidentado? Teremos os gastos com funeral, 
pagamento de pensão, porém o chamado CUSTO SOCIAL decorrente do acidente não 
poderá ser determinado. A família do acidentado poderá sofrer graves consequências, 
não só financeiras como também sociais. 
Não haverá mais a possibilidade de promoções, horas extras, etc. Toda a 
experiência de vida que poderia ser transmitida aos filhos é perdida. Pode ser sentida 
aqui a dificuldade para mensurar os custos dos acidentes. Para contornar esse 
problema, por meio de uma investigação de acidentes bem feita, e com a utilização de 
recursos matemáticos e inferências estatísticas, podemos atingir um bom nível de 
precisão em termos de custos para o empregador. 
O custo total do acidente do trabalho pode ser duas parcelas: o custo direto e o 
custo indireto, ou seja: 
 
 
 
O custo direto não tem relação com o acidente em si. É o custo do seguro de 
acidentes do trabalho que o empregador deve pagar ao Instituto Nacional de Seguridade 
Social - INSS, conforme determina do no artigo 26 do decreto 2.173, de 05 de março de 
1997. Essa contribuição é calculada a partir do enquadramento da empresa em três 
níveis de risco de acidente do trabalho (riscos leves, médios e graves) e da folha de 
pagamento de contribuição da empresa, da seguinte forma: 
I – 1 % (um por cento) para a empresa cuja atividade preponderante ao risco de 
acidente do trabalho seja considerada leve. 
II – 2 % (dois por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante a esse 
risco de acidente do trabalho seja considerado médio. 
III – 3 % (três por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante a esse 
risco de acidente do trabalho seja considerado grave. 
Essa porcentagem é calculada em re1ação a folha de pagamento de contribuição e 
é recolhida juntamente com as demais contribuições devidas INSS. A classificação da 
C.T. = C.D.+ C.I. 
 
 
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empresa será feita a partir de tabela própria, organizada pelo Ministério da Previdência 
Social. 
Tendo em vista que o custo direto nada mais é que a taxa de seguro de acidentes 
do trabalho paga pela empresa a Previdência Social, esse custo também é chamado de 
"custo segurado" e representa saída de caixa imediata para o empregador. Já os fatores 
que influem no custo indireto não representam uma retirada de caixa imediata para a 
empresa, mas, embora prejudiquem a produção e inclusive a diminuam, não acarretam 
novos gastos necessariamente. Eles são inerentes, a própria atividade da empresa. 
A seguir são citados alguns fatores que influem no aumento do custo indireto de 
um acidente do trabalho: 
a) Salário pago ao acidentado no dia do acidente. Mesmo em casos de acidente de 
trajeto, o empregador é responsável por esse pagamento. 
b) Salários pagos aos colegas do acidentado, que deixam de produzir para socorrer a 
vítima, avisar seus superiores e, se necessário, auxiliar na remoção do acidentado. 
c) Despesas decorrentes da substituição de peça danificada ou manutenção e 
reparos de máquinas e equipamentos envolvidos no acidente, quando for o caso. 
d) Prejuízos decorrentes de danos causados ao produto em processo. 
e) Gastos para a contratação de um substituto, quando o afastamento for 
prolongado. 
f) Pagamento do salário do acidentado nos primeiros quinze dias de afastamento; 
pagamento de horas extras aos empregados para cobrir prejuízo causado à 
produção pela paralisação decorrente do acidente; gastos extras de energia elétrica 
e demais facilidades das instalações em decorrência das horas extras trabalhadas. 
g) Pagamento das horas de trabalho despendidas por supervisores e outras pessoas: 
 Na investigação das causas do acidente. 
 Na assistência médica para os socorros de urgência. 
 No transporte do acidentado. 
 Em providências necessárias para regularizar o local do acidente. 
 Na assistência jurídica. 
 
 
 
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AULA 2 
4 NORMAS REGULAMENTADORAS – NR´S 
4.1 Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho (NRs) 
As Normas Regulamentadoras regulamentam o capítulo V, título II da CLT. Foram 
aprovadas pela Portaria 3214 de 08/06/1978 do Ministério do Trabalho, e legislação 
complementar, sendo atualmente em número de trinta e seis, cujo conteúdo básico é 
apresentado a seguir. 
 
NR 1: DISPOSIÇÕES GERAIS 
Estabelece as competências relativas às NR no âmbito dos Órgãos governamentais, 
define os principais termos usados nas normas e estabelece as obrigações gerais do 
empregador e do empregado. 
NR 2: INSPEÇÃO PRÉVIA 
Estabelece os procedimentos a serem seguidos para o início das atividades de 
qualquer estabelecimento visando obter junto ao Órgão Regional do MTB a aprovação de 
suas instalações e do “Certificado de Aprovação de Instalações”. 
NR 3: EMBARGO OU INTERDIÇÃO 
Estabelece as condições em que pode ocorrer interdição de um estabelecimento, 
setor de serviço, máquina ou equipamento ou embargo de uma obra em função da 
existência de risco grave e iminente para o trabalhador. 
NR 4: SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) 
 Define as empresas que deverão manter SESMT, e estabelece que o 
dimensionamento deste serviço vincula-se à gradação do risco da atividade 
principal e ao número total de empregados do estabelecimento; 
 Apresenta o quadro de “Classificação Nacional de Atividades Econômicas” e seu 
correspondente “grau de risco”; 
 Estabelece os requisitos a serem observados pelos profissionais que venham a 
ocupar os cargos de médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, 
enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e técnico de 
segurança do trabalho; 
 Relaciona as competências dos profissionais integrantes do SESMT; 
 
 
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 Define o número de profissionais que irá constituir o SESMT e a jornada mínima 
de trabalho dos mesmos, através do relacionamento entre o grau de risco do 
estabelecimento e o número de operários. 
NR 5: COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA) 
Estabelece a obrigatoriedade da constituição da CIPA nas empresas, seus objetivos, 
como deve ser constituída, suas obrigações junto ao MTE, as atribuições, deveres e 
direitos de seus componentes e as obrigações dos empregados e do empregador relativas 
a seu funcionamento. 
NR 6: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) 
 Define o que são EPI; 
 Estabelece as obrigações do empregador quanto ao fornecimento gratuito dos EPI, 
treinamento dos funcionários para o uso dos mesmos, a responsabilidade de 
tornar obrigatório seu uso e dá outras disposições; 
 Estabelece as obrigações dos empregados relativas ao uso do EPI; 
 Define as obrigações do fabricante e do importador do EPI; 
 Estabeleceque todo EPI deve possuir “Certificado de Aprovação”(CA) fornecido 
pelo MTE e dá outras disposições relativas ao assunto. 
NR 7: PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO) 
 Estabelece a obrigatoriedade por parte dos empregadores em elaborar e 
implementar PCMSO, assim como o acompanhamento do programa; 
 Define as diretrizes e responsabilidades do empregador e do médico coordenador 
relativo ao PCMSO; 
 Estabelece à realização obrigatória de exames médicos nos operários, sua 
frequência, a necessidade da realização de exames complementares e dá outras 
disposições; 
 Torna obrigatória a emissão de “Atestado de saúde Ocupacional” (ASO), seu 
conteúdo mínimo e o direito do trabalhador em receber uma via do mesmo; 
 Estabelece a obrigação dos estabelecimentos em possuírem materiais para 
prestação de primeiros socorros. 
NR 8: EDIFICAÇÕES 
Estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas 
edificações para garantir o conforto aos que nelas trabalham. 
NR 9: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) 
 Estabelece a obrigatoriedade do empregador de elaborar e implementar o PPRA 
visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de 
 
 
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riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, 
tendo em consideração o meio ambiente e os recursos naturais; 
 Define os responsáveis pela elaboração do PPRA a forma como devem ser levadas 
a efeito as ações, os parâmetros mínimos a serem observados em sua elaboração, 
sua estrutura e forma de acompanhamento e registro de dados e dá outras 
disposições. 
NR 10: INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 
 Estabelece as condições mínimas que qualificam os trabalhadores que atuam em 
redes elétricas e dá outras disposições; 
 Fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados 
que tenham em instalações elétricas em suas diversas etapas, incluindo o projeto, 
execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e ainda a segurança de 
usuários e terceiros. 
NR 11: TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E MANUSEIO DE 
MATERIAIS 
 Estabelece as normas de segurança para as atividades de transporte de sacas e de 
armazenamento de materiais; 
 Define as normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras. 
NR 12: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
 Estabelece as condições a serem observadas nas instalações e áreas de trabalho; 
 Define as normas de segurança das máquinas e equipamentos, assim como sua 
manutenção e operação; 
 Estabelece critérios a serem observados na fabricação, importação, venda e 
locação de máquinas e equipamentos. 
NR 13: CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO 
Estabelece as normas de segurança relativas a instalação, documentação, 
funcionamento, manutenção, inspeção e habilitação de pessoal para operação de 
caldeiras e vasos sob pressão e das outras disposições relativas ao assunto. 
NR 14: FORNOS 
Estabelece os requisitos necessários para a construção e funcionamento de fornos, 
oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores. 
NR 15: ATIVIDADES E OPRAÇÕES INSALUBRES 
Define “Limites de Tolerância” e as atividades e operações consideradas insalubres e sua 
graduação (“graus de insalubridade”), que são relacionadas em 14 anexos à referida 
norma que são os seguintes: 
 
 
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1. Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente; 
2. Limites de tolerância para ruídos de impacto; 
3. Limites de tolerância para exposição ao calor; 
4. Foi revogado (referia-se a iluminação dos locais de trabalho); 
5. Limite de tolerância para radiações ionizantes; 
6. Trabalhos sob condições hiperbáricas; 
7. Radiações não ionizantes; 
8. Vibrações; 
9. Frio; 
10. Umidade; 
11. Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e 
inspeção no local de trabalho; 
12. Limites de tolerância para poeiras minerais (asbestos, manganês e seus 
compostos e sílica livre cristalizada); 
13. Agentes químicos; 
14. Agentes biológicos. 
NR 16: ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS 
Estabelece as atividades e operações perigosas assim como as áreas de risco para 
fins de pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores, as quais estão 
relacionadas nos anexos à referida norma que são: 
ANEXO 1 - Atividades e operações perigosas com explosivos (LEI N.º 12.740, DE 8 DE 
DEZEMBRO DE 2012); 
ANEXO 2 - Atividades e operações perigosas com inflamáveis (LEI N.º 12.740, DE 8 DE 
DEZEMBRO DE 2012); 
ANEXO 3 - Acrescentando pela Port. 3393 de 17/12/87 - Atividades e operações 
perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas (LEI N.º 12.740, DE 8 DE 
DEZEMBRO DE 2012) 
NR 17: ERGONOMIA 
Estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores incluindo: 
 O levantamento, transporte e descarga individual de materiais; 
 Mobiliário dos postos de trabalho; 
 Equipamentos dos postos de trabalho; 
 Condições ambientais de trabalho; 
 Organização do trabalho. 
 
 
 
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NR 18: CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO 
Estabelece as diretrizes de ordem administrativa e de planejamento de organização 
que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de 
segurança nos processos, nas condições, e no meio ambiente de trabalho na indústria de 
construção. 
NR 19: EXPLOSIVOS 
 Define e classifica os explosivos assim como as normas de segurança para o 
manuseio e transporte destes produtos; 
 Estabelece os requisitos para a construção de depósitos de explosivos; 
 Define os períodos para inspeção dos explosivos de forma a verificar sua condição 
de uso. 
NR 20: LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS 
 Define e classifica líquidos combustíveis e inflamáveis; 
 Estabelece normas de segurança para a armazenagem destes produtos inclusive 
para os gases liquefeitos. 
NR 21: TRABALHO A CÉU ABERTO 
 Estabelece as medidas de proteção para trabalhos realizados a céu aberto, 
incluindo as condições de moradia do trabalhador e de sua família que residirem 
no local de trabalho; 
 Define as normas de segurança do trabalho no serviço de exploração de pedreiras. 
NR 22: TRABALHOS SUBTERRÂNEOS 
Estabelece as normas gerais de segurança para o trabalho em minas. Esta norma 
se aplica a: 
a) Minerações subterrâneas; 
b) Minerações a céu aberto; 
c) Garimpos, no que couber; 
d) Beneficiamento minerais; 
e) Pesquisa minera. 
NR 23: PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
 Define as necessidades básicas que as empresas devem possuir para proteção 
contra incêndios e as atitudes a serem tomadas no combate a incêndios; 
 Define as classes de fogo; Estabelece normas relativas a extinção de incêndios por meio de água; 
 Normatiza o uso de extintores de incêndio e estabelece critérios relativos aos 
extintores portáteis; 
 
 
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 Indicam os extintores recomendados ás diversas classes de fogo, como deve ser 
feita a inspeção destes equipamentos, o número de extintores e sua distribuição 
nos ambientes de trabalho, a localização e sinalização dos extintores e as 
situações em que há necessidade de serem instalados sistemas de alarmes para 
incêndios. 
NR 24: CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO 
Estabelece os critérios a serem observados nos locais de trabalho relativos às 
instalações sanitárias, vestiários, refeitórios (incluindo condições de higiene e conforto 
por ocasião das refeições), cozinhas, alojamento e dá outros dispositivos pertinentes à 
matéria. 
NR 25: RESÍDUOS INDUSTRIAIS 
Estabelece critérios para a eliminação de resíduos industriais sólidos, líquidos e 
gasosos no ambiente. 
NR 26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
Fixa as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de 
acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando 
as canalizações empregadas nas industrias para a condução de fluídos (líquidos e gases), 
e advertindo contra riscos. 
NR 27: REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Fixa os critérios para o exercício da profissão de "Técnico de Segurança do 
Trabalho" e dá outras disposições relativas ao registro destes profissionais na secretaria 
de Segurança e Medicina do Trabalho. 
NR 28: FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES 
 Define os critérios relativos a fiscalização do cumprimento das disposições legais 
e(ou) regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, incluindo os 
processos resultantes da ação fiscalizadora, o embargo ou interdição de locais de 
trabalho, máquinas ou equipamentos; 
 Estabelece a graduação das multas, em UFIR, referentes aos preceitos legais e (ou) 
regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador. 
NR 29: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO 
As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em 
operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que 
exercem atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e 
retroportuárias, situados dentro ou fora da área do porto organizado, assim 
regulamentando a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais. 
 
 
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NR 30: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO 
 Esta norma regulamentadora tem como objetivo a proteção das condições de 
segurança e a saúde dos trabalhadores aquaviários. 
NR 31: SEGURANÇA E SAÚDE E NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, 
SILVICULTURA EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA. 
Tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no 
ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento 
das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura 
com a segurança e saúde e meio ambiente de trabalho. 
NR 32: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇO DE SAÚDE 
Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de 
medidas de proteção á segurança e a saúde, bem como daqueles que exercem atividades 
de promoção e assistência a saúde em geral. 
NR 33: SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS 
Esta norma tem como objetivo estabelecer requisitos mínimos para a identificação 
de espaços confinados e reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos 
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores 
que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. 
NR 34: CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL. 
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos mínimos e as medidas 
de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da 
indústria de construção e reparação naval. 
Consideram-se atividades da indústria da construção e reparação naval todas 
aquelas desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para este fim ou nas 
próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas, plataformas fixas 
ou flutuantes, dentre outras. 
NR 35: TRABALHO EM ALTURA 
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o 
trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a 
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente 
com esta atividade. 
NR 36: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E 
PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS. 
O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, 
controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria 
 
 
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de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de 
forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 3 
5 PRINCIPAIS NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHO PARA A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS 
5.1 NR 05: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) foi criada com o objetivo de 
prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível a 
atividade laboral com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. É 
composta por representantes do empregador e representantes do empregado em número 
par de representações, cabendo ao empregador escolher entre seus funcionários de 
confiança sua representatividade e aos trabalhadores, por processo eleitoral, escolherem 
seus representantes através de voto secreto. 
A preocupação de zelar pela prevenção de acidentes e doenças no ambiente de 
trabalho, fez com que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) propusesse às 
empresas, com mais de 25 funcionários, que organizassem um comitê de segurança para 
tratar desse assunto. Assim, vários países membros passaram a adotar tal medida, 
tornando obrigatórios a organização e funcionamento dos comitês. 
No Brasil, através do Decreto-Lei nº 7.036, de 10 de novembro de 1944, conhecido 
como Lei de Prevenção de Acidentes, foi fixado o número de 100 ou mais empregados 
para que as empresas constituíssem seu comitê nas empresas. 
Em 1953, pormeio da Portaria 155, foi oficializada a sigla CIPA – Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes. 
A CIPA é uma comissão interna, na empresa, que através da representação dos 
trabalhadores é parte integrante nas questões de segurança. Pela própria constituição, 
ressalta-se o valor significativo de contribuição de seus membros, uma vez que os 
mesmos vivenciam o mundo do trabalho e são capazes de identificar, na medida em que 
são treinadas, as situações de risco na empresa. 
As empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da 
administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, 
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como 
empregados são obrigados a constituir CIPA por estabelecimento e mantê-la em regular 
funcionamento. 
 
 
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A CIPA é composta por representantes 
do empregador e dos empregados, 
dimensionamento de CIPA, da NR 05, em 
função do grupamento de setores 
econômicos definidos pela CNAE 
(Classificação Nacional de Atividades 
Econômicas), nos Quadros II (Agrupamento 
de setores econômicos pela classificação Nacional de Atividades Econômicas) e III 
(Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e o número de empregados 
da empresa. 
Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão designados pelo 
próprio empregador entre os seus empregados, por sua vez, os representantes dos 
empregados, titulares e suplentes serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participam, 
independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. O 
mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma 
reeleição. 
A empresa poderá designar um responsável substituindo a CIPA, quando a mesma 
não se enquadrar no Quadro I da NR 05, podendo ainda ser adotados mecanismos de 
participação dos empregados, através de negociação coletiva. 
Uma vez composta a CIPA, o empregador designará entre seus representantes o 
Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o 
vice-presidente. Por sua vez, o secretário e seu substituto serão indicados, de comum 
acordo, com os membros da CIPA, podendo ser indicado entre os componentes ou não da 
comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador. 
Exemplo: 
Vamos dimensionar a CIPA de uma empresa de Comércio varejista de produtos 
farmacêuticos para uso humano e veterinário, com 85 funcionários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro III 
Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (Versão 2.0), 
com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA (Dado pela Portaria 
SIT nº 14, de 21 de junho de 2007) 
Tabela 1 – Fragmento do quadro III da NR 05 
 
 Na 1ª ETAPA: Posse do tipo de atividade que a empresa desempenha você procura 
o grupo ao qual ela pertence no quadro III da NR 05 – Relação da Classificação 
Nacional de Atividades Econômicas –CNAE (versão 2.0), com correspondente 
agrupamento para dimensionamento da CIPA. No nosso exemplo, a empresa 
pertence ao grupo C – 21. 
 Na 2ª ETAPA: De posse do agrupamento da empresa: C-21 e o número de 
funcionários da mesma, você cruza essas informações no Quadro I da NR05 – 
Dimensionamento da CIPA e encontra para a empresa de Comércio varejista de 
produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário, com 85 funcionários: 1 
representante do empregador e 01 suplente, 01 representante do empregado e 01 
suplente do representante do empregado. 
 
Tabela 2 – Fragmento do quadro I da NR 05 
 
Aos membros da CIPA é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do 
empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de 
Acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. 
CNAE DESCRIÇÃO GRUPO 
47.71-7 Comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e 
veterinário 
C-21 
47.71-5 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de 
higiene pessoal 
C-21 
47.71-3 Comércio varejista de artigos médicos e ortopédicos C-21 
 
 
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Assim como serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem 
suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro 
estabelecimento sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do 
contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a 
mudança de seu domicílio. 
 
O empregador, parte integrante desse contexto, deverá garantir que seus indicados 
tenham a representação necessária, número previsto no Quadro I, da NR 05, para a 
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no 
trabalho analisadas na CIPA. 
Cabe também ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios 
necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a 
realização das tarefas constantes do plano de trabalho e convocar eleições para escolha 
dos representantes dos empregados, até sessenta dias antes do término do mandato em 
curso, assim como a guarda de todos os documentos relativos à eleição, por um período 
mínimo de cinco anos. 
Os empregados têm como obrigação participar da eleição de seus 
representantes, assim como deverão colaborar com a sua gestão. Como parte integrante 
no processo de prevenção de acidentes, os empregados deverão indicar à CIPA, ao 
SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das 
condições de trabalho e observar e aplicar, no ambiente de trabalho, as recomendações 
quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. 
Uma das atribuições da CIPA é em conjunto ao SESMT (quando houver) elaborar o 
Mapa de Riscos da empresa vejam o que é esta atribuição. 
5.1.1 O Mapa de Riscos 
O Mapa de Riscos é uma das modalidades mais simples de avaliação qualitativa 
dos riscos existentes nos locais de trabalho. É a representação gráfica dos riscos por 
meio de círculos de diferentes cores e tamanhos, permitindo fácil elaboração e 
visualização. É um instrumento participativo, elaborado pelos próprios trabalhadores e 
de conformidade com as suas sensibilidades. O Mapa de Riscos está baseado no conceito 
filosófico de que quem faz o trabalho é quem conhece o trabalho. Ninguém conhece 
melhor a máquina do que o seu operador. As informações e queixas partem dos 
trabalhadores, que deverão opinar discutir e elaborar o Mapa de Riscos e divulgá-lo ao 
conjunto dos trabalhadores da empresa através da fixação e exposição em local visível. 
Serve como um instrumento de levantamento preliminar de riscos, de informação para os 
 
 
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