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EXCELÊNTÍCIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARCA DE IATABUNA, BAHIA JOANA, solteira, técnica em contabilidade, portadora da CI n}, inscrita no CPF sob nº, residente e domiciliada na rua, nº, bairro, Itabuna, Bahia, CEP, E-mail, por seu advogado legalmente constituído, que para fins do art. 106 I, CPC, indica endereço profissional na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, e-mail, perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO Pelo rito comum, em face de JOAQUIM, nacionalidade, profissão, estado civil (existência de união estável), portador da CI nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado na rua, nº, bairro, Itabuna, Bahia, CEP, e-mail, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: DOS FATOS: A Autora em dezembro do ano passado, recebeu a notícia de que seu filho Marcos, maior de idade, havia sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presídio. No mesmo dia em que recebeu a notícia, a Autora procurou por um advogado criminalista, porém, o valor cobrado de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), fugia as suas posses. Ao retornar para sua residência, a Autora comentou com o Réu, que é seu vizinho, que não possuía o valor cobrado pelo advogado a título de honorários. O Réu vislumbrando a oportunidade de obter uma vantagem patrimonial propôs a Autora comprar o seu veículo que atualmente está avaliado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), pelo exato valor que a Autora necessitava para pagar os honorários do advogado, o que acabou sendo aceito por ela, tamanha necessidade que se encontrava. No dia seguinte a realização do negócio jurídico e antes de contratar o advogado criminalista a Autora descobriu que a avó paterna de seu filho, já havia contratado um advogado que inclusive conseguiu a liberdade de seu filho através de um habeas corpus. Um pouco mais tranquila a autora procurou imediatamente pelo Réu e, lhe explicando a situação requereu o desfazimento da compra e venda, o que prontamente foi negado por ele. Diante da situação ocorrida não resta alternativa à Autora se não a propositura da presente ação, para ter assegurado o seu direito. DOS FUNDAMENTOS: O negócio jurídico celebrado entre as partes é revestido de validade conforme determina a lei civil em seu artigo 104 CC que nos diz: “Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei.” Porém, Nobre Julgador, o critério que valida a celebração dos negócios jurídicos que é o efeito volitivo foi viciado com a atitude perpetrada pelo Réu. O contrato celebrado pelas partes está viciado pelo instituto da lesão previsto no art. 157, CC que nos diz: “Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta”. A norma civil prevê para os casos em vício de consentimento, macular a declaração de um negócio jurídico a possibilidade de anulação resguardando assim, o direito daquele que foi frontalmente atingido pelo vício invocado. O art. 171 II, CC evidência quais vícios de consentimento, podem anular o negócio jurídico a saber: “Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: (...) II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores”. Por todo exposto, espera a Autora pela procedência de todos os pedidos por ela formulado fazendo, caso assim proceda Vossa Excelência a mais imperiosa justiça. DOS PEDIDOS: Diante do exposto requer a Vossa Excelência: A citação do Réu para comparecer à audiência de conciliação ou mediação designada por este juízo, sendo intimado, caso não haja acordo para contestar no prazo legal sob pena de revelia: Sejam julgados procedentes todos os pedidos formulados pela Autora e declarados em sentença: Seja anulado o negócio jurídico celebrado entre as partes: A condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios na base de 20% sob o valor da causa. DAS PROVAS: Requer a produção de todas as provas, e direito admitidos, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu DO VALOR DA CAUSA: Dá-se a causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Nestes termos, Pede deferimento. __________, __ de ______ de ____ _____________________________________________________ Advogado OAB
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