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tenis de mesa

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INCLUSÃO DA MODALIDADE DE TÊNIS DE MESA COMO CONTEÚDO 
CURRICULAR DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
 
Marcos Pinochet Trsic* 
Mey de Abreu van Munster (O)† 
 
Resumo 
A presente proposta visa dar subsídios para a inclusão da modalidade de tênis de mesa 
como conteúdo curricular da educação física escolar. A justificativa para a escolha do tema 
deve-se à minha condição pessoal e experiência de exclusão nas aulas de Educação Física 
Escolar, que me levou a buscar no tênis de mesa uma alternativa pedagógica, 
transcendendo o caráter recreacional usualmente atribuído a esse conteúdo. O objetivo 
principal é elaborar uma proposta pedagógica viável de implementação do tênis de mesa 
dentro do âmbito escolar, tornando essa modalidade adequada para as pessoas nas mais 
diferentes condições. Inicialmente foi feito um levantamento bibliográfico com finalidade 
de fundamentar e discutir sobre o conteúdo do trabalho, dividida em três frentes: análise do 
conteúdo em questão (tênis de mesa), população em que o estudo foi aplicado e a educação 
física escolar. A seguir, foi realizada uma pesquisa de campo do tipo exploratória, que 
constituiu na elaboração de um programa de tênis de mesa e aplicação de um dos estágios 
propostos (1º estágio) em uma turma do primeiro ciclo de uma escola da rede pública do 
ensino fundamental. Em caráter complementar foi aplicada parte da proposta numa escola 
estadual do município de São Carlos e conseqüentemente coleta de dados. A partir da 
observação participante e registro sistemático das aulas por meios de relatórios e 
fotografias, foi possível inferir que a proposta em questão é viável, tendo demonstrado boa 
receptividade por partes dos alunos e do professor responsável pela turma. 
 
Palavras chave: tênis de mesa, educação física escolar. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A opção por escolher o tênis de mesa como tema do trabalho de conclusão da 
especialização em educação física escolar deve-se ao fato da minha história de vida. Nasci 
com hemiparesia do lado esquerdo do corpo, o que conduziu meus pais a buscarem uma 
série de alternativas para minha reabilitação. Médicos e fisioterapeutas se dividiram em 
duas correntes com opiniões diferentes. Os médicos afirmavam que o melhor caminho para 
 
*
 Aluno do II Curso de Especialização em Educação Física Escolar do DEFMH/UFSCar. 
†
 Professora Adjunta do DEFMH/UFSCar e do curso de Especialização em Educação Física Escolar do 
DEFMH/UFSCar. 
 
 
294 
 
meu caso seria o uso de sapatos ortopédicos com intervenções cirúrgicas radicais e 
mutilantes. Por outro lado, fisioterapeutas afirmavam que o mais adequado seria andar 
descalço e submeter-me a várias sessões de fisioterapia. Isso criou um ponto de 
interrogação na cabeça dos meus pais. Após muita controvérsia finalmente chegou-se a um 
consenso, quando um ortopedista do hospital das Clínicas de Ribeirão Preto concordou com 
o tratamento recomendado pelos fisioterapeutas. Desde então, meus pais acataram essa 
idéia e me encaminharam à fisioterapia até minha adolescência. 
Minha condição pessoal passou a ser um grande desafio em minha vida. E assim 
começou meu interesse pela prática de esportes para superar esse pequeno problema que 
tive. Pratiquei diversos esportes, tais como: futebol, basquete, judô e natação. Em 
especial, tive maior afinidade com o tênis de mesa, modalidade que me conduziu a 
participar de vários eventos esportivos, ganhando muitas premiações e aumentando meu 
interesse pelo esporte. Ao optar por uma carreira profissional não tive dúvida em 
abraçar o curso de educação física. 
A experiência anterior levou-me a desenvolver a monografia de graduação 
intitulada: “Esporte Adaptado no Brasil: ênfase em Tênis de Mesa” (TRSIC; 
OLIVEIRA, 2005). A partir deste trabalho, surgiram novos olhares, novos 
entendimentos, novas dúvidas, por exemplo, no que se refere à inclusão da modalidade 
de tênis de mesa como conteúdo da aula de educação física. Esses entendimentos 
instigam-me, com freqüência, ao aprendizado de novos conhecimentos que tenho 
buscado nos cursos e eventos dos quais participo. 
Sendo assim, o tema deste estudo é a inclusão da modalidade de tênis de mesa 
como uma possibilidade de diversificação de conteúdo para as aulas de educação física 
escolar, transcendendo o escopo de uma mera atividade recreativa realizada nas escolas.
 O presente estudo tem como objetivo elaborar uma proposta pedagógica que 
permita o desenvolvimento do tênis de mesa como conteúdo curricular na educação 
física escolar, tornando essa modalidade acessível às pessoas nas mais diferentes 
condições. 
 Como objetivos específicos, destacam-se: 
• Aplicar a proposta em uma escola estadual da rede pública do ensino fundamental, 
verificando a receptividade, aceitação e a viabilidade da proposta. 
 
 
295 
 
• Identificar as dificuldades encontradas no decorrer do processo e buscar alternativas 
para superá-las. 
Segundo Marconi e Lakatos (1990, p.75) o presente estudo pode ser considerado como 
uma pesquisa de campo, pois visa: “conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de 
um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira 
comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles”. 
 A presente pesquisa caracteriza-se como um estudo exploratório, cujo pressuposto é 
a: 
 
Formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: 
desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um 
ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura 
mais precisa ou modificar e clarificar conceitos (MARCONI; 
LAKATOS, 1990, p.77). 
 
 
Após a realização de um levantamento bibliográfico, foi elaborado um programa de 
tênis de mesa a ser aplicada a uma turma de alunos de primeiro ciclo‡ do ensino 
fundamental, desenvolvida em uma escola estadual da rede pública de ensino. A escolha 
desse ciclo é quando aluno apresenta a capacidade de assimilar um aprendizado, nas 
variações em torno da faixa etária, da capacidade motora e dos níveis de desempenho do 
praticante (GRUMBACH; DASSEL, 1984). 
 Além disso, esse tipo de pesquisa permite utilização de uma variedade de 
procedimentos de coleta de dados. Como instrumento de coleta de dados será utilizada a 
observação participante. 
 Segundo Marconi e Lakatos (1990, p.82) a observação participante consiste em: 
 
Participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo. Ele se 
incorpora ao grupo, confunde-se com ele. Fica tão próximo quanto um 
membro do grupo que está estudando e participa das atividades normais 
deste. 
 
 
 
‡
 A coordenadoria de estudos e normas pedagógicas sugere a organização da Educação Física no ensino 
fundamental seja estruturada em oito séries, desenvolvida em regime de progressão continuada e constituída 
por dois ciclos. (...) Assim, o primeiro ciclo refere ao ensino de 1º à 4º séries; e o segundo ciclo ao ensino de 
5º à 8º séries. 
 
 
 
296 
 
Para fundamentar a pesquisa em questão, o quadro teórico desenvolvido neste 
estudo baseia-se na investigação de três pontos principais: 
• A) Análise do conteúdo em questão: o Tênis de Mesa; 
• B) Estudo da população em que o estudo será aplicado: alunos do 2º ciclo do 
ensino fundamental; 
• C) Contexto onde a proposta será desenvolvida: a educação física escolar. 
 
TÊNIS DE MESA 
Histórico 
 Dependendo da fonte consultada a origem do tênis de mesa é relatada de diferentes 
formas. No entanto, parece definitivamente estabelecido que a sua origem seja própria da 
Grã-bretanha disseminando-se em suas colônias. Foi inicialmente concebida como uma 
adaptação do tênis de campo para espaços menores, eventualmente fechados para dias 
chuvosos (MARINOVIC; IIZUKA; NAGAOKA,2006). 
Inicialmente as raquetes eram de madeira, papelão ou de tripa animal; as bolinhas 
eram de celulóide; as redes variavam de altura; as mesas não possuíam tamanho; as partidas 
tinham uma diversidade de regras e variação de contagens (FPTM, 2006). 
 O tênis de mesa iniciou e evoluiu na Inglaterra durante a segunda metade século 
XIX, onde se revela um jogo rude iniciado por estudantes universitários que usavam livros 
no lugar de uma rede e por militares que praticavam com equipamentos improvisados no 
país e no exterior. 
 Em 1905, o esporte foi introduzido no Brasil, trazido por turistas ingleses. No ano 
de 1912, como início das atividades organizadas do tênis de mesa, foi disputado o primeiro 
campeonato por equipes na cidade de São Paulo, onde o vencedor foi o Vitória Ideal Clube 
(CBTM, 2006). 
 Em 1942, o tênis de mesa teve suas regras traduzidas para o português e foi 
oficializado pela Confederação Brasileira de Desporto (MARINOVIC; IIZUKA; 
NAGAOKA, 2006). 
No ano de 1947, o Brasil participou de um evento oficial de tênis de mesa, o 
Terceiro Campeonato Latino-americano na Argentina. Dois anos depois, realizou-se o 
Quarto Campeonato Sul-americano, no Rio de Janeiro, e neste mesmo ano, o Brasil foi o 
 
 
297 
 
representante da América do Sul no XVI Campeonato Mundial de Tênis de Mesa, realizado 
em Estocolmo, na Suécia (MARINOVIC; IIZUKA; NAGAOKA, 2006). 
O Comitê Olímpico Internacional reconheceu o tênis de mesa como esporte 
olímpico no ano de 1977, tendo sido introduzido nos jogos olímpicos de Moscou em 1980, 
ainda em caráter de exibição. Nas olimpíadas de Seul em 1988, foi oficializado, começando 
a distribuir medalhas (COB, 2006). 
O tênis de mesa atualmente no Brasil é organizado por 22 Federações Estaduais 
com mais de 5.000 atletas filiados à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. 
(MARINOVIC; IIZUKA; NAGAOKA, 2006). 
Embora consagrado como esporte olímpico, poucos são os estudos direcionados a 
essa modalidade no âmbito escolar e suas possíveis contribuições à cultura corporal de 
crianças e jovens. 
 
Equipamentos 
 
 A seguir, com base em CBTM (2006) serão descritos os equipamentos necessários 
para a prática do tênis de mesa: 
• Mesa – Superfície plana retangular de 274 cm de comprimento por 152,5 cm 
de largura e 76 cm de altura. A superfície da mesa é denominada a 
“superfície de jogo”, de cor escura, verde escuro ou azul, para evitar 
reflexos, tendo em cada borda uma lista branca de 2 cm de largura no 
sentido longitudinal. As listas 152,5 cm são os extremos da superfície de 
jogo são as linhas de fundo, as listas de 274 cm, correspondentes são aos 
lados da superfície de jogo que são as linhas utilizadas no jogo de duplas, 
quando o saque deve ser realizado a partir do lado direito da mesa em 
direção diagonal. 
• Rede – Tem 183 cm de comprimento e 15,25 cm de altura sobre a superfície 
de 
jogo e sua parte inferior deve estar em contato com a superfície de jogo. 
• Bola – Esférica, feita de celulóide na cor branca ou laranja, com 40 mm de 
diâmetro e 2,7 g. 
 
 
298 
 
• Raquete – Pode ser de tamanho, forma e peso variáveis, mas devem ter 85% 
de madeira natural. Nas competições oficiais, o lado utilizado para bater na 
bola deverá estar coberto por uma borracha (lisa ou porosa) e o lado não 
utilizado deve ser pintado de cor diferente da borracha (a raquete deve ter 
duas cores diferentes um lado vermelho e outro preto). Não é permitido 
jogar com o lado da madeira em que não haja borracha. 
 
 
Regras 
 
Durante a sua evolução, as regras sofreram diversas modificações. A partir de 2000, 
tem se estabelecido: 
• A bola – deve seguir as especificações citadas no item anterior. 
• O Saque – Cada atleta tem o direito a dois saques, alternando sempre que a 
soma dos pontos for dois ou seus múltiplos. 
• A Partida – Um set é constituído por 11 pontos, sendo que uma partida pode 
ser jogada em qualquer número de sets ímpares. No caso de empate em 10 
pontos, o vencedor será aquele que fizer dois pontos consecutivos primeiro. 
• Pontuação – O atleta pontuará quando o adversário: errar o saque (execução 
de saque irregular); não conseguir rebater a bola; tocar na bola duas vezes 
consecutivas; a bola tocar duas vezes consecutivas em sua superfície de 
jogo; bater na bola com o lado da madeira; mover a mesa do lugar com o 
corpo; tocar na rede com seu corpo; tocar com a mão livre na superfície de 
jogo; tocar na bola antes dela bater na sua metade da mesa; quando essa 
ainda estiver acima da sua superfície (MESSINIS apud MARINOVIC; 
IIZUKA; NAGAOKA, 2006). 
Repete-se uma jogada sem que qualquer jogador perca ponto quando: a bola 
do saque toca na rede e cai no campo do adversário; se realiza o saque 
precoce sem que o adversário esteja preparado; erro na ordem de saque, 
recebimento ou lado; quando o árbitro interrompe o jogo por algum motivo 
 
 
299 
 
(perturbações sonoras, ópticas ou movimentação que distraiam os atletas, 
sem que esses sejam os responsáveis). 
• Jogo - Segundo Messinis (apud MARINOVIC; IIZUKA; NAGAOKA, 
2006): o jogo começa quando o árbitro realiza um sorteio, onde o 
beneficiado tem o direito de escolher se ele prefere começar sacando ou 
recebendo, ou ainda, permitir ao adversário de escolher sacar ou o campo 
que prefere iniciar jogando. Cada atleta executa dois saques consecutivos, 
mudando o sacador após realizar dois saques consecutivos e assim 
sucessivamente até o final do set. 
Um jogador ganha um set quando atinge 11 pontos, mas se ambos jogadores 
estiverem igualados no décimo ponto, o vencedor do set será aquele que 
conseguir dois pontos consecutivos de vantagem, sendo que neste momento, 
o saque é feito alternado por cada um dos jogadores. 
Ao final de cada set, os jogadores trocam de lado e o jogador que iniciou 
sacando no set anterior será o recebedor do próximo. O conjunto de sets é 
denominado partida, onde a partida é constituída por 3, 5 ou 7 sets, sendo 
que o vencedor é aquele que atingir 2, 3 ou 4 sets respectivamente. Quando 
há empate de sets, por exemplo, em 1 a 1, 2 a 2 ou 3 a 3, no último set, há 
uma troca de lado quando uns dos jogadores alcançar 5 pontos, mantendo-se 
o sacador. 
Os torneios podem ser realizados nas categorias individuais, duplas e duplas 
mistas. Nas partidas de duplas, cada jogador deve rebater uma vez na bola 
alternando-se os rebatedores. Ao término cada set troca-se o lado das duplas. 
O lado que irá sacar escolhe quem será o sacador e o recebedor tendo que 
inverter a posição. Por exemplo, estão jogando a dupla AB contra XY, onde 
o jogador A lança a bola para o jogador X e o jogador B lança para o jogador 
Y, no próximo set (segundo set) inverte-se a ordem, onde o jogador A lança 
para o jogador Y e o jogador B lança para o jogador X, no terceiro set, 
retorna-se à posição do primeiro set e assim sucessivamente. 
 
 
 
300 
 
Fundamentos do tênis de mesa 
 
 O tênis de mesa é um esporte caracterizado como uma modalidade individual de 
confronto onde a disputa de um ponto dura em média 3 à 5 segundos, não podendo haver 
interferência do professor. Neste intervalo de tempo, o aluno deve ter ou tem a capacidade 
de perceber inúmeras fórmulas de ação em função do jogo e da situação momento. E assim, 
desenvolve a autonomia do aluno, de forma a avaliar a estratégia traçada junto ao seu 
professor, buscando adaptá-la e tomando decisões por si mesmo (VILANI, 2006). 
 Portanto, é importante analisar que o tênis de mesa é uma modalidade que se baseia 
na combinação de velocidade e raciocínio do aluno. O tênis de mesa também pode estar 
agindo de uma maneira positiva nos aspectos psicológicos (momentos de tensão, que o 
aluno se encontra em momentos desfavoráveis), aspectos pedagógicos (troca de 
companheiro de treino numa mesma sessão aula para que o alunotenha oportunidade de 
vivenciar diferentes estilos de jogo) e aspecto do ambiente de aula (proporcionando o 
vínculo e oportunizando a coesão do grupo) (VILANI, 2006). 
 O tênis de mesa é uma modalidade esportiva olímpica que trabalha com diversas 
capacidades físicas, auxiliando na sociabilização de seus praticantes e com os aspectos 
cognitivos dos mesmos. Sendo um esporte, onde o grau de dificuldade é mínimo com uma 
evolução muito rápida, proporcionando um alto nível de prazer e satisfação para seus 
praticantes iniciantes, principalmente para as crianças, podendo ser praticado pelos diversos 
biótipos (VILANI, 2006). 
 A análise do tênis de mesa tem como finalidade o desenvolvimento humano, 
desenvolvimento motor, desenvolvimento técnico, aprendizagem motora, treinamento 
desportivo, características específicas da modalidade e da formação esportiva (VILANI; 
GRECO; LIMA, 2001). 
Os fundamentos básicos a serem trabalhados no desenvolvimento técnico das 
crianças são os seguintes: 
 
• Formas de segurar a raquete: Basicamente existem duas formas de se 
segurar a raquete: clássica e caneta. 
 
 
301 
 
Clássica: A raquete é segurada como se fosse estar apertando a mão de 
alguém, colocando o cabo da raquete na palma da mão, com os dedos 
polegar e indicador paralelamente sobre a extremidade da borracha e os 
outros três dedos segurando o cabo dando estabilidade. O lado da raquete 
que fica o dedo polegar é chamado de forehand e o lado que fica o dedo 
indicador é chamado de backhand. 
 
 
Fig 1 - Forma de segurar a raquete: Clássico 
Fonte: www.emack.com.br/sao/efis/circulares/tenis_mesa/manual.pdf 
 
 
Caneta: Nesta forma, segura-se a raquete como estivesse segurando uma 
caneta, os dedos polegar e indicador envolverá o cabo do lado superior 
da raquete e os outros três dedos estarão localizado no lado inferior da 
raquete (FORTIN apud MARINOVIC; IIZUKA; NAGAOKA, 2006). 
 
Fig 2 - Forma de segurar a raquete: Caneta 
Fonte: http://www.emack.com.br/sao/efis/circulares/tenis_mesa/manual.pdf. 
 
As vantagens dos dois tipos de empunhaduras (clássico e caneta) são 
definidas por Canciglieri (2006) como: 
 
Estilo Clássico: Caracterizado por uma empunhadura que permite 
golpear a bola com os dois lados da raquete (dorsal e palmar), otimiza 
maiores possibilidades para o repertório técnico e potencializa o uso do 
backhand (dorso da mão), facilitando uma maior coordenação dos 
 
 
302 
 
membros superiores, diminui o deslocamento do centro de gravidade, 
buscando a conquista do ponto através de “rallys” (disputa), sendo 
caracterizado normalmente como um atleta generalista. 
 
Estilo Caneta: O estilo caneta utiliza somente um lado da raquete, 
potencializando o uso do forehand (palma da mão) que exige maior 
atenção para o trabalho de membros inferiores devido a constantes 
solicitações de deslocamento lateral e de profundidade, aumentando a 
necessidade de deslocamento do centro de gravidade com maior 
freqüência durante o jogo, onde a conquista do ponto ocorra de forma 
mais rápida, caracterizando-o como um atleta especialista. 
 
. 
• Efeitos – Existem basicamente três tipos de efeitos principais que o 
jogador pode estar imprimindo à bola, que são eles: 
1. Para baixo (backspin): Quando o jogador rebate a bola raspando-a 
na parte inferior, de cima para baixo (movimento descendente da 
raquete). 
2. Para cima (topspin): É o processo inverso do backspin, quando o 
jogador rebate a bola raspando-a na parte superior, de baixo para 
cima (movimento ascendente da raquete). 
3. Lateral (sidespin): Quando o jogador rebate a bola raspando-a na 
parte lateral. Onde o jogador pode dar dois tipos de efeito lateral, já 
que há dois lados, o efeito lateral para direito raspando a bola no 
lado direita e para esquerda raspando a bola no lado esquerdo. 
Existem outras várias combinações de efeitos mencionados, tais como: 
lateral para direita e para cima; lateral para esquerda e para baixo, etc 
(MARINOVIC; IIZUKA; NAGAOKA, 2006). 
• Posição Fundamental: Camargo e Martins (1999, p.26) definem como: 
“(...) posição fundamental é a postura básica corporal para todos os 
golpes/ movimentos realizados por um jogador no Tênis de Mesa. 
Portanto, é importantíssimo fundamento no desenvolvimento técnico do 
aluno.” 
• Saque: De acordo os autores Harst, Giesecke e Schalaf (apud 
MARINOVIC; IIZUKA; NAGAOKA, 2006), o procedimento para 
realizar um saque correto é colocar a bola na palma da mão “livre”, onde 
 
 
303 
 
essa mão deve estar aberta e acima da superfície da mesa. Para que a 
bola não fique na posição irregular o polegar deve estar destacado e os 
outros dedos estendidos, estando na palma da mão. A bola deve ser 
lançada verticalmente para cima, no mínimo 16 cm, e só ser batida na 
sua descendente, de qual maneira que ela toque primeiro no campo do 
sacador e ultrapasse sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do 
recebedor. É importante ressaltar que, o adversário possa ter a visão a 
todo o momento da bola durante a execução do saque. 
• Também serão trabalhados outros fundamentos básicos no 
desenvolvimento técnico do tênis de mesa como: batida de forehand, 
batida de backhand ou shoto, smash, bloqueio, drive de velocidade, drive 
de efeito, flick ou “harau”, slice ou “cozinhada” são definidos por 
Marinovic, Iizuka, Nagaoka (2006) como: 
 
Batida forehand – Rebatida realizada com a palma voltada para frente, 
composta por dois componentes: um movimento de preparação (balanço 
para trás ou backswing), seguido por um movimento de balanço para 
frente, no qual deve ocorrer contato com a bola (balanço para frente ou 
forwardswing). Trata-se de um movimento com amplitude mediana e 
leve curvatura. 
 
Batida de backhand ou shoto: Rebatida realizada com a palma da mão 
voltada para trás, composta pelos mesmos componentes do movimento 
de forehand (backwing e forwardswing), geralmente utilizado no lado 
esquerdo da mesa. Trata-se de um movimento com pequena amplitude de 
curvatura, freqüentemente utilizado durante uma disputa com ênfase no 
controle. 
 
Smash – Movimento realizado com grande força, normalmente utilizado 
quando a bola vem muito acima da rede para finalizar um ponto. Neste 
fundamento, há grande transferência de peso do corpo da perna direita 
para esquerda, além rotação do tronco. Trate-se de um movimento com 
grande amplitude e pequena curvatura. A descrição do smash é realizada 
em linhas gerais, pois a posição do corpo neste fundamento varia de 
acordo com a localização e altura da bola. 
 
Bloqueio – Movimento utilizado de forehand ou backhand, com objetivo 
de bloquear uma bola ofensiva, aproveitando a velocidade e o efeito 
exercido na bola pelo jogador adversário. Portanto, não se deve aplicar 
muita força para realização deste movimento, cuja ênfase é no controle. 
Trate-se de um movimento com pequena amplitude e curvatura. 
 
 
 
304 
 
Drive de Velocidade – Movimento de maior amplitude, realizado de 
forehand ou backhand, no qual a bola é “raspada” de forma a exercer 
grande quantidade de efeito e dar velocidade a essa. É um movimento 
ofensivo, utilizado normalmente em bolas que não estão com efeito para 
baixo. 
 
Drive de Efeito – Movimento de ataque realizado de forehand ou 
backhand, para preparar a bola com o objetivo de criar oportunidade de 
finalizar o ponto. É um movimento ofensivo no qual se imprime grande 
quantidade de efeito para cima utilizado normalmente quando o 
adversário rebate de slice ou cozinhada. 
 
Flick ou “Harau” – Movimento de ataque utilizado em bolas curtas 
(incluindo recepção de saque). Trata-se de um movimento com pequena 
amplitude e pouca curvatura. A descrição do harau é realizada em linhas 
gerais, pois a posição do corpo neste fundamento varia de acordocom a 
localização da bola. 
 
Slice ou “Cozinhada” – Bola rebatida com movimento descendente (de 
cima para baixo), normalmente utilizada para efetuar a recepção de saque 
curto e evitar o ataque do adversário. Movimento com pequena 
amplitude, executando de forma rápida. A descrição da “cozinhada” é 
realizada em linhas gerais, pois a posição do corpo neste fundamento 
varia de acordo com a localização da bola. 
 
 
Vários autores discorrem sobre as possíveis contribuições da prática do tênis de 
mesa no desenvolvimento infantil. Segundo Capon (apud CAMARGO; MARTINS, 1999), 
o tênis de mesa promove benefícios, tais como: percepção, equilíbrio, lateralidade, imagem 
do corpo (estrutura física de corpo e suas partes; os movimentos e funções do corpo e de 
suas partes; a posição do corpo e suas partes em relação umas a outras partes e aos outros 
objetos), auto-imagem, associação visual motora, coordenação, coordenação motora grossa, 
coordenação motora fina, movimento de locomoção, movimentos uniformes, orientação 
espacial, direcionalidade (conhecimento das direções em relação à direita e esquerda, 
dentro e fora e para cima e para baixo; a projeção da pessoa no espaço; a avaliação das 
distâncias entre os objetos), coordenação entre os olhos e mãos, coordenação entre olhos e 
pés, mira ocular, cinestesia, habilidade de percepção motora, explosão do movimento e 
educação do movimento. 
 
 
 
 
305 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA 
 
Pensando em desenvolver um trabalho, com crianças no ambiente escolar, que 
pudesse criar possibilidades de vivenciar a realização de uma gama de movimentos 
relacionados ao uso de acessórios (raquetes, bolas de variados pesos, tamanhos e materiais), 
foram propostas vivências motoras, realizadas de forma lúdica. Essas vivências tinham 
como finalidade apresentar o Tênis de Mesa, mostrando que é possível desenvolver este 
conteúdo na escola. 
Neste sentindo, esta proposta esteve baseada nas teorias defendidas por alguns 
autores que utilizam a abordagem desenvolvimentista e que acreditam, como eu, que a 
exposição a um variado repertório de movimentos tende a aprimorar o desenvolvimento 
motor. 
Conforme Darido (2001), no Brasil, o principal precursor da abordagem 
desenvolvimentista é o autor Go Tani. Uma das obras mais representativa deste modelo 
desenvolvimentista é “Educação Física Escolar: fundamentos de uma abordagem 
desenvolvimentista” de TANI et al (1988). 
 Para Tani et al (1988), esta proposta desenvolvimentista é enfatizada para a faixa 
etária de 4 a 14 anos, encontrado nos processos de aprendizagem e desenvolvimento de 
uma fundamentação para a Educação Física escolar, caracterizando a progressão normal do 
crescimento físico, do desenvolvimento fisiológico, cognitivo, motor e afetivo-social. Na 
aprendizagem motora busca-se, em função destas características, sugerir elementos para a 
estruturação da Educação Física escolar (DARIDO, 2001). 
 Ainda Darido (2001), afirma que nesta abordagem é defendida a idéia de que o 
movimento é o principal meio e fim da Educação Física, não tendo como sua função o 
desenvolvimento das capacidades que auxiliem na alfabetização e o pensamento lógico-
matemático, ocorrendo como uma conseqüência da prática motora. Sendo que, em uma 
aula de Educação Física, prioriza-se a aprendizagem do movimento e assim podendo 
ocorrer outras aprendizagens de caráter afetivo-social e cognitivas em decorrência da 
prática das habilidades motoras. 
 Um dos conceitos mais importantes dentro desta abordagem é a habilidade motora. 
Os padrões fundamentais do movimento, à medida que são adquiridos, obtém uma grande 
 
 
306 
 
importância no domínio dessas habilidades motoras. Com isso, a Educação Física possui 
um relevante papel neste processo, enquanto ela estrutura o ambiente adequado para a 
criança, o que resulta no auxilio e organização, permitindo e validando o desenvolvimento 
motor (TANI et al, 1998). 
 Segundo Darido (2001), as habilidades devem ser desenvolvidas do mais simples 
para as mais complexas, ou seja, partir do desenvolvimento das habilidades básicas para as 
habilidades específicas. As habilidades básicas são classificadas em: 
• Habilidades Locomotoras (andar, correr, saltar, saltitar); 
• Habilidades Manipulativas (arremessar, chutar, rebater, receber); 
• Habilidades de Estabilização (girar, flexionar, realizar posições invertidas). 
Enquanto aos movimentos específicos, estão relacionados à prática dos esportes, 
jogos e a dança, sendo influenciado pela cultura (DARIDO, 2001). 
Ainda a autora citada acima, a Educação Física na abordagem desenvolvimentista 
sugere a interação entre o aumento da diversificação e a complexidade dos movimentos, 
dando ao aluno condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido. 
A principal finalidade da Educação Física é propor experiências de movimento 
adequado ao seu nível de crescimento e desenvolvimento, objetivando que as 
aprendizagens das habilidades motoras sejam alcançadas. Com essa perspectiva, a questão 
da adequação dos conteúdos passou a ser difundida ao longo das faixas etárias (DARIDO, 
2001). 
Conforme Tani et al (apud CARVALHO; ALMEIDA, 2006) ressaltam que na pré-
escola e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental a Educação Física deve 
proporcionar as condições para que crianças tenham oportunidade de desenvolvimento 
hierárquico do seu comportamento motor e a formação de estruturas cada vez mais 
organizadas e complexas. 
 
Desenvolvimento Motor 
 
O presente estudo será aplicado em uma turma (sala) de alunos do segundo ciclo da 
educação fundamental de uma escola estadual da rede pública de ensino. Para tanto deve-se 
 
 
307 
 
levar em conta os principais aspectos do desenvolvimento motor relacionados à faixa etária 
da população em questão. 
 Galahue e Ozmun (2005, p.25) definem desenvolvimento motor como: “(...) 
alterações progressivas do comportamento motor, no decorrer do ciclo de vida, realizadas 
pela interação entre as exigências da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do 
ambiente.” 
Os mesmos autores conceituam comportamento motor como: “(...) estudo de 
alterações no aprendizado motor, controle motor e desenvolvimento motor realizadas pela 
interação do aprendizado e dos processos biológicos” (GALAHUE; OZMUN, 2005, p.25). 
 Já a habilidade motora é descrita como: “Processo subjacente comum de 
movimentos básicos” (GALAHUE; OZMUN, 2005, p.25). 
 As habilidades motoras básicas são características do desenvolvimento motor 
infantil que permite a criança ter um domínio vasto de seu corpo em diferentes posturas 
(estáticas e dinâmicas), locomoção pelo meio ambiente em diversas formas (correr, saltar, 
pular, andar) e manipulação de objetos e instrumentos variados (SANTOS; DANTAS; 
OLIVEIRA, 2004). 
 Os autores acima citados, afirmam que a condução de rotinas diárias em casa e/ou 
nas escolas faz com que a criança adquira essas habilidades motoras. Essas habilidades 
motoras básicas são base para que a criança possa adquirir as habilidades motoras 
especializadas. 
 Para a criança essa relação de dependência entre as fases de habilidades básicas e as 
habilidades especializadas é muito importante nas aquisições iniciais, tendo como objetivos 
buscar profundas implicações para o sucesso das habilidades especificas. 
 Santos, Dantas e Oliveira (2004) afirmam que os movimentos críticos do 
desenvolvimento são mais fáceis de serem detectados na infância, pois o intervalo entre o 
surgimento de um determinado comportamento e de outro, gera um obstáculo, se o período 
de tempo for muito longo entre estes. 
 De acordo com Santos, Dantas e Oliveira (2004), o estudo do desenvolvimento 
motor visa “(...) enfocar as mudanças qualitativas e quantitativas de ações motoras do ser 
humanoao longo de sua vida.” 
 
 
308 
 
 As possíveis contribuições que o tênis de mesa pode oferecer para o 
desenvolvimento motor infantil são os refinamentos motores, tendo como meta a função de 
jogadas características de acordo com diversas alternativas e situações de jogo (VILANI, 
2006). 
 
Domínios Básicos do Desenvolvimento Humano 
 
O processo de aprendizagem pode ser associado às mudanças no comportamento 
humano e classificado em três domínios básicos: cognitivo, afetivo-social e motor. Assim, 
podemos analisar e concluir que há influências e correlações entre todos os domínios do 
comportamento humano, podendo reunir fatores inerentes ao ato motor, que possuem uma 
relação de interseção entre os três domínios básicos (VILANI, 1998). 
Neste sentido, o domínio afetivo-social engloba o estudo dos sentimentos, afeições, 
emoções, entre outros fatores inerentes ao ser humano. Também estudando influências da 
sociedade, instituições, grupos de amigos e família em relação ao desenvolvimento da 
pessoa. O domínio cognitivo tem como objeto de estudo os processos de pensamento, a 
linguagem, o conhecimento, a inteligência no desenvolvimento do ser humano. Por fim, o 
domínio psicomotor que abrange os movimentos corporais e seu controle; as condutas 
caracterizadas pelos verbos fazer e realizar. Onde, nas situações simples se manifesta em 
coordenação básica de ações e nas situações mais complexas se denomina habilidades 
(VILANI, 1998). 
� Domínio Cognitivo 
O processo de desenvolvimento cognitivo de crianças de 6 a 12 anos é caracterizado 
pela fase de operações concretas em relação aos jogos, competições e regras. Segundo 
Charles (apud VILANI, 1998) os jogos vão perdendo as características de individualidade e 
aumentando a coletividade, exigindo mais cooperação e esforço do grupo. Em relação às 
regras, a partir dos 9 anos idade, tem início a fase de construção das regras dos jogos e bem 
como uma preocupação destas se fazerem respeitadas. Com isso, acaba emergindo um forte 
sentimento de competição e a derrota acaba não sendo aceita pelas crianças, podendo gerar 
comportamentos de inconformidade com as perdas. Nesta fase é fundamental a intervenção 
do professor no sentido de ajudar a criança a compreender e a perder desportivamente. 
 
 
309 
 
� Domínio Afetivo-Social 
 Conforme Rappaport (apud VILANI, 1998) a teoria de aprendizagem social propõe, 
que as experiências diretas do sujeito como experiências observadas em outras pessoas 
“(...) determinam a gama de comportamentos disponíveis no repertório de um dado 
organismo”. 
 Já Skinner (apud VILANI, 1998) define o comportamento social como: “(...) o 
comportamento de duas ou mais pessoas em relação a uma outra ou em conjunto em 
relação ao ambiente comum”, explicando neste sentido como um grupo exerce controle 
sobre o outro e descreve técnicas de controle utilizadas pelas principais agências de 
controle (governamental-lei, religiosa, etc). 
 Assim, podemos enfatizar dentre os vários processos de interação social dentro do 
meio desportivo: a competição, o conflito e a cooperação. 
• Competição – Tem como finalidade alcançar um melhor resultado; 
podendo interagir positivamente dentro das partes de um grupo e entre 
essas a competição pode também ocorrer de forma negativa. A 
competição pode ser consciente (quando a conhecimento se está 
competindo) ou inconsciente (entre um aluno e o professor diante a 
prova final). E ainda, a competição pode ocorrer internamente, de forma 
individual, entre grupos ou de uma pessoa contra um grupo (TANI et al, 
1988). 
• Conflito – Tani (apud VILANI, 1998) define conflito como: “(...) uma 
forma drástica de oposição que pode ser adotada pelos indivíduos. É um 
processo social que acentua as diferenças entre pessoas e diminui as 
semelhanças”. Sendo reprovada pela maioria das sociedades, que não 
atribuiu valores positivos para os conflitos, podendo ser vantajoso para 
fortalecer a ligação de um grupo entre grupos aliados. Também 
possibilitando o fortalecimento das relações e a estabilidade de um 
grupo. 
• Cooperação – Segundo Tani (apud VILANI, 1998) cooperação “(...) é 
um processo orientado para um objetivo, implicando esforço consciente 
dos membros participantes”. A cooperação pode ser voluntária 
 
 
310 
 
(iniciativa parte da própria pessoa) como também pode ser coercitiva 
(pressão de forças que obrigam a pessoa cooperar). Sendo que, a 
cooperação tem como uma necessidade de um objetivo comum, ela exige 
lealdade e dependência mútua de todos os participantes. 
� Domínio Psicomotor 
 Meinel & Schanabel; Ruiz Perez (apud VILANI, 1998) afirmam que o estudo da 
motricidade humana pedagogicamente orientada está ligado à execução de ações motoras; 
tanto global como fina; controle dos movimentos desta ação e as possibilidades de 
utilização destas capacidades motoras em qualquer tipo de situação (esporte, escrita, etc). 
 
Desenvolvimento Motor da Criança 
 
 Existem vários autores que pesquisam e comentam o desenvolvimento motor da 
criança. A seguir, serão descritas as contribuições de Gallahue (apud VILANI, 1998) em 
relação a esse assunto. 
Gallahue (apud VILANI, 1998) afirma que temos a capacidade de observar as 
diferentes fases de desenvolvimento no comportamento motor, fatores biológicos e 
ambientais através dos mecanismos e performance que observamos. Sendo que, o 
desenvolvimento de habilidades motoras influencia diversos fatores cognitivos, afetivos-
sociais e psicomotores. 
Onde o movimento pode ser caracterizado por diversas formas de expressão, sendo 
caracterizado como estável, locomotor, manipulativo ou pelas combinações entres três 
últimos. 
Os movimentos axiais (em torno do eixo corporal) são exemplo de movimentos 
estáveis. Os movimentos locomotores são os movimentos que abrange um determinado 
deslocamento do corpo em relação a um ponto fixo na superfície. São exemplos: caminhar, 
correr, pular, etc. Enquanto, estável-locomotores são movimentos que ocorrem de um 
deslocamento de um ponto a outro exigindo a manutenção do equilíbrio. Um exemplo deste 
movimento são os rolamentos. Os movimentos manipulativos são aqueles movimentos de 
coordenação motora grossa, tais como, por exemplo, lançar, receber, chutar, golpear, etc. E 
também são considerados movimentos manipulativos os movimentos de coordenação fina, 
 
 
311 
 
tais como, escrever, datilografar, etc. Os movimentos combinados existem num grande 
número, não se encaixando numa categoria especifica, mas podem ser encaixados numa 
destas categorias. Um bom exemplo deste tipo movimento combinado é o tênis, onde o 
atleta precisa de combinação de um movimento para rebater a bola com deslocamento 
durante uma partida. 
A seguir Gallahue (apud VILANI, 1998) discute as diversas fases de 
desenvolvimento motor (fase dos movimentos reflexos – útero materno a 1 ano, fase dos 
movimentos rudimentares – 1a 2 anos, fase dos movimentos fundamentais 2/3 a 7 anos, 
fase dos movimentos especializados – 7 a 13 anos). Sendo que, o principal foco do nosso 
estudo é para alunos do primeiro ciclo (1º a 4º séries) conforme a coordenadoria de estudos 
e normas pedagógicas. A fase de movimentos especializados – 7 a 13 anos é a faixa etária 
que encaixam-se estes alunos, assim, iremos nos aprofundar em detalhe nesta fase. 
A fase dos movimentos reflexos corresponde ao tempo do feto no útero materno até 
um ano de vida. Gallahue (apud VILANI, 1998) explica que são movimentos involuntários 
(reações ao toque, sons, luz, etc.), para base das outras fases do desenvolvimento motor. 
Após o nascimento são reflexos básicos de sobrevivência. 
Gallahue (apud VILANI, 1998), descreve a fase dos movimentos rudimentares 
como característicos durante o período de um a dois anos de vida. Esta fase é dos primeiros 
movimentosvoluntários, mas rudimentários. A criança inicia os movimentos de 
locomoção, controle de objetos, controle do corpo. 
Esta fase de movimentos fundamentais inicia-se entre os dois ou três anos e 
continua até os sete anos de vida. O autor Gallahue (apud VILANI, 1998), explica que 
nesta fase a criança aprende a responder mediante padrões de movimentos fundamentais a 
uma diversidade de estímulos. Com o transcorrer do tempo, os movimentos vão 
amadurecendo em eficiência e coordenação. 
 
 
Fases dos Movimentos Especializados (7-13 anos) 
 
Conforme Gallahue (apud VILANI, 1998), os movimentos especializados ou 
movimentos relacionados aos esportes está ligada a uma fase de superação da fase de 
 
 
312 
 
movimentos fundamentais, sendo que, estes movimentos estão relacionados a toda a 
manifestação desportiva e não só no esporte de rendimento. 
Dentro dos movimentos especializados o autor ainda ressalta que o início e a 
extensão do desenvolvimento das habilidades motoras depende de uma variação de fatores 
cognitivos, afetivos e psicomotores. Outros fatores que influenciam no comportamento 
motor nesta fase são: tempo de reação. Força, velocidade de movimento, coordenação, 
biótipo, altura e hábitos e características emocionais. 
Assim Gallahue (apud VILANI, 1998) observou três estágios nesta fase: 
- Estágio de transição – Neste estágio dos 7-8 anos, as crianças entram num 
período de transição. Neste período são observadas a combinação e a 
aplicação das habilidades dos movimentos fundamentais relacionadas à 
performance desportiva. Exemplos do estágio de transição são andar sobre 
uma trave de equilíbrio pular corda, entre outros. A criança neste estágio 
está totalmente envolvida em descobertas e numerosas combinações de 
movimentos expandindo rapidamente suas habilidades, tomando cuidado 
não deixando a criança especializar a determinados estímulos específicos e 
sim dando a criança oportunidades de vivenciar várias combinações de 
movimentos e novas descobertas. 
- Estágio de aplicação – é o estágio que corresponde à criança de 11-13 anos, 
caracterizado pelas influências de outros domínios do desenvolvimento 
humano. O ambiente sócio-cultural, a capacidade cognitiva e outros aspectos 
afetivos envolvem a criança em seus interesses próprios de aplicação dos 
movimentos. As atividades que envolvam estes aspectos são “cobradas” 
pelas próprias crianças. Sendo exemplos desta cobrança são os aspectos 
táticos e específicos de certas modalidades, tais como, as passadas para a 
bandeja no basquete, atividades coletivas e aplicação de estratégia de jogo. E 
assim, as crianças começam a participar de atividades especificas. 
- Estágio de utilização vitalícia – este estágio inicia-se por volta dos 14 anos 
de idade, prologando durante toda a vida da pessoa. A principal 
característica neste estágio é a participação em atividades restritas que 
variam com a individualidade da pessoa. O principal objetivo deste estágio é 
 
 
313 
 
a prática da qualidade de vida. Este período esta ligada a prática de 
atividades que requerem movimentos adquiridos nas fases anteriores, 
podendo ser aperfeiçoados ou não de acordo com os interesses próprios do 
sujeito. 
 
De acordo com os autores (MARINOVIC; IIZUKA; NAGAOKA, 2006), as 
capacidades motoras mais importantes envolvidas na prática do tênis de mesa são: 
velocidade de reação, velocidade de movimento, orientação espacial, potência e resistência 
de potência. 
 Ainda os autores acima citados reforçam que, a principal é a velocidade, pois no 
tênis de mesa a velocidade do jogador é uma capacidade complexa, que necessita das outras 
capacidades secundárias (velocidade de percepção, velocidade de antecipação, velocidade 
de decisão, velocidade de reação, velocidade de movimento cíclico e acíclico, velocidade 
de ação e velocidade de ajuste) que acabam sendo utilizadas durante o jogo. 
Como foi relatado neste capitulo, a escolha do tênis de mesa como possibilidade de 
proporcionar condições para o aprimoramento do desenvolvimento motor se refere ao fato 
das possibilidades oferecidas pela prática desta modalidade esportiva, ou pela tentativa de 
seu aprendizado, que são: 
• Desenvolver estratégias para superação de possíveis dificuldades; 
• Auto-avaliação de seu próprio desempenho; 
• Conhecimento e percepção do próprio corpo; 
• Desenvolvimento de habilidades motoras básicas. 
 
 
PROPOSTA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO DE TÊNIS DE MESA NA 
ESCOLA 
 
Programa de iniciação de Tênis de Mesa na escola 
 
O programa de iniciação ao tênis de mesa na escola tem como principal objetivo 
difundir a prática do tênis de mesa, propondo a implantação de um projeto de 
 
 
314 
 
desenvolvimento social e esportivo dentro do ambiente escolar, onde muitas escolas 
possuem pelo menos uma mesa. Além de que, conscientizar os professores de educação 
física que também podem trabalhar esta modalidade junto aos seus alunos e assim, 
aumentando seus conhecimentos desta modalidade esportiva. 
Local: Qualquer escola, na qual, tenha um ambiente fechado, sem interferência externa 
(vento) e que tenha pelo menos uma mesa. 
Faixa etária: 9 a 11 anos (4º serie – 1º Ciclo). 
Número de Alunos: 20 alunos. (Divisão dos alunos em pequenos grupos para realizarem 
outras atividades paralelas, que enfoquem os aspectos motores básicos que serão utilizados 
no tênis de mesa, já que seria muito difícil trabalhar esta quantidade alunos em uma única 
mesa). Frisando que essas atividades são um pré-quesito e essencial para obter sucesso 
atividade principal: o tênis de mesa. 
Duração do Programa: 1 ano (onde o programa será dividido em 4 estágios e assim será 
aplicado um estágio por bimestre) ou podendo ser também distribuídos um estágio ao longo 
das demais séries do ensino fundamental (com duração de um bimestre por série) 
Material: Raquetes, bolinhas de tênis de mesa e materiais alternativos (bexigas, cordas, 
raquetes de tênis, raquetes de frescobol, cones, bolinhas de tênis, etc.). 
Método: Parcial (Divisão por etapas para entender o que será pedido futuramente ou das 
partes para o todo). 
Metodologia: Orientada (Professor orienta as tarefas). 
Objetivo do Programa: 
- Promover o desenvolvimento das capacidades e habilidades motoras; 
- Desenvolver o aspecto afetivo-social, oportunizando a interação com os 
colegas e a discussão/construção das regras; 
- Diversificar os conteúdos curriculares da Educação Física na escola; 
- Difundir a prática do Tênis de Mesa, propondo a implantação de um projeto 
de desenvolvimento social e esportivo; 
Estágios do Programa 
O programa de iniciação ao tênis de mesa na escola será dividido em 4 estágios, com 
base na estrutura de modelo do programa dos autores (CAMARGO; MARTINS, 1999). 
Cada estágio possui objetivos específicos: 
 
 
315 
 
 
• 1º Estágio: Neste primeiro estágio serão trabalhadas atividades de percepção 
motoras junto aos alunos, onde os exercícios serão ministrados através de 
brincadeiras e mini competições com o objetivo de que o aluno ganhe consciência 
corporal (coordenação dos seus movimentos, noção de tempo e espaço, mais 
equilíbrio, melhor conhecimento corporal e espacial, etc). A parte técnica neste 
estágio ficando para segundo plano. 
• 2º Estágio: Neste estágio o objetivo é oferecer uma seqüência na melhoria da 
percepção motora dos alunos, para atingir exercícios de maior complexidade. A 
consciência corporal será trabalhada nesta etapa através de circuitos de atividades 
motoras mais competitivas. 
• 3º Estágio: As atenções neste estágio estarão voltadas para a aquisição da técnica. A 
técnica deverá ser transmitida sempre através de joguetes e brincadeiras, mas sem 
deixar de lado de trabalhar as capacidades e habilidades motoras dos alunos. 
• 4º Estágio: Neste último estágioda iniciação, o objetivo continua sendo a aquisição 
da técnica. A consciência corporal dos alunos neste estágio deve estar bem formada 
e já podendo ser trabalhada em níveis mais complexos em um menor espaço de 
tempo. 
Conteúdo do Programa: 
No 1º e 2º estágios do programa de iniciação ao tênis de mesa na escola terão 
prioridades as atividades de aspectos fundamentais para o desenvolvimento motor 
(percepção, equilíbrio, lateralidade, imagem do corpo, auto imagem, associação visual 
motora, coordenação, coordenação motora fina e grossa, movimento de locomoção, 
movimentos uniformes, orientação espacial, direcionalidade, coordenação entre olhos e 
mãos, coordenação entre olhos e pés, mira ocular, cinestesia, habilidade de percepção 
motora, explosão de movimento, educação dos movimentos), através de joguetes, 
brincadeiras e circuitos. Mas não deixando de lado totalmente os aspectos fundamentais 
para o desenvolvimento técnico. 
No 3º e 4º estágios do programa de iniciação ao tênis de mesa na escola serão 
trabalhadas em prioridade as atividades de aspectos fundamentais para o desenvolvimento 
técnico (fundamentos dos tênis de mesa – formas de segurar a raquete, efeitos, saque, 
 
 
316 
 
movimentos específicos, erros comuns, etc). Sem deixar de trabalhar também os aspectos 
fundamentais para o desenvolvimento motor. 
Estratégias: 
- Discussão com os alunos, sobre modalidades esportivas que se assemelham 
ao tênis de mesa; 
- Vivenciar outras modalidades que foram ditas pelos alunos que se 
assemelham ao tênis de mesa; 
- Educativos até chegar ao tênis de mesa propriamente dito; 
- Contextualizar o tênis de mesa (contado o histórico do esporte, regras, 
mostrar vídeos, etc.). 
A título de exemplificação, foram elaborados três planos de aulas correspondentes ao 
1º estágio, que foram aplicados a uma turma de alunos do 1º ciclo (4º série) do ensino 
fundamental de uma escola estadual da rede estadual do município de São Carlos. 
Antes do início do programa foi solicitado aos responsáveis pelos alunos que 
preenchessem o termo de consentimento (Apêndice 1). 
 
Plano de Aula – 1º Estágio 
 
 Aula 1 
Local: Pátio da escola. Onde existe uma parte do pátio com uma área coberta e uma outra 
área descoberta. 
Material: Uma diversidade de bolas (bolas de borracha, bolas de futsal, vôlei, handebol, 
basquete, tênis de mesa, tênis, frescobol, bexigas, petecas, etc). 
Objetivo: Trabalhar o nível da coordenação motora grossa e fina, lateralidade, 
sensibilidade, orientação espacial, etc. 
PARTE INICIAL: Duração de 10 a 15 minutos. 
Aquecimento: Realizar um aquecimento lúdico, através da brincadeira Par ou Impar. 
Os alunos ficam sentados no meio da quadra ou pátio formando 2 filas mistas, uma fileira 
de frente para outra, numa distância de 2 metros de uma fileira para outra, podendo ter de 8 
a 10 alunos (isso vai depender de quantos alunos tiver a turma). 
 
 
317 
 
Uma fileira será par e conseqüentemente a outra será a ímpar, onde o professor fará contas 
de adição, subtração, divisão e multiplicação. À medida que o professor fará a conta e 
dependendo do resultado uma fileira pega a outra. Por exemplo: 3+3=6, o resultado é par, a 
fileira impar pega a fileira par vice versa. Os possíveis “fugitivos” terão que correr para 
fundo da quadra ou pátio do lado que eles estão, para poder escapar dos pegadores. 
PARTE PRINCIPAL: Duração 25 minutos. 
Exercícios para familiarização com a bola. Utilizando uma diversidade de bolas (bolas de 
borraha, bolas de futsal, vôlei, handebol, basquete, tênis de mesa, tênis, frescobol, bexigas, 
petecas, etc). Realizando circuitos / estafetas, montando esse circuito com obstáculos, 
fazendo que os alunos superem os obstáculos e/ou deixando-os “livres” para brincarem 
como quiserem, podendo somente utilizar as mãos. 
PARTE FINAL: Duração 10 minutos. 
Nesta parte da aula, o aluno poderá optar brincar da maneira que desejar manejando uma 
bola da maneira que preferir, podendo só utilizar as mãos. 
Avaliação da aula: Espera-se que ao termino da aula os alunos trabalhem suas capacidades 
e habilidades motoras e que tenham um contato maior com uma diversidade de bolas de 
tamanho e pesos diferentes, oportunizando o desenvolvimento do aspecto afetivo-social e 
que os alunos assimilem as regras das atividades. 
Relatório da aula: 
� Brincadeira Par ou impar – Nesta brincadeira a divisão das 2 filas mistas foi feita 
rapidamente. Onde os próprios alunos tomaram a iniciativa de organizarem, não 
havendo exclusão por discriminação de gênero, de raça ou de etnia. Sendo que, os 
alunos puderam trabalhar nesta a atividade alguns aspectos motores básicos do 
desenvolvimento infantil, tais como: raciocínio rápido, lateralidade, orientação 
espacial, percepção, movimento de locomoção, etc. Um aspecto importante que 
pude observar foi a questão da competividade, mas não sendo um fator agravante 
para que a atividade se desenrolasse naturalmente. 
 
 
 
318 
 
 
Fig 3 - Brincadeira Par ou Impar (1) Fig 4 - Brincadeira Par ou Impar (2) 
Fonte: Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P. Trsic Fonte: Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P. Trsic 
 
� Exercícios para familiarização com a bola – Esta atividade os alunos puderam ter 
um contato com uma diversidade de bolas de tamanhos e pesos distintos. Assim, os 
alunos puderam utilizar a imaginação para explorar as diversas formas de utilizar 
uma bola. Podendo brincar individualmente, em duplas ou grupo. E as duplas e os 
grupos eram todos heterogêneos. Não havendo exclusão de nenhum aluno por 
discriminação de raça, gênero ou de etnia. Aqui nesta atividade os alunos exploram 
vários aspectos motores básicos: coordenação motora fina e grossa; orientação 
espacial, equilíbrio, movimentos de locomoção, entre outros. Além dos trabalhos de 
cooperação e companheirismo. 
 
 
Fig 5 - Familiarização com a bola (1) Fig 6 - Familiarização com a bola (2) 
Fonte: Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P. Trsic Fonte: Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P. Trsic 
 
Pode-se afirmar que o conteúdo programático desta aula transcorreu de uma forma 
tranqüila e natural, havendo muita harmonia e risada entre os participantes. Sendo uma aula 
 
 
319 
 
adequada para faixa etária em questão (9 a 11 anos). Havendo uma participação e 
envolvimento total de todos os alunos. 
 
Aula 2 
Local: Pátio da escola. Onde existe uma parte do pátio com uma área coberta e uma outra 
área descoberta. 
Material: Uma diversidade de raquetes (tênis, frescobol, badminton, tênis de mesa, etc), 
bolinhas (tênis, tênis de mesa, bexigas, peteca, bolinhas de borracha, etc) e cones. 
Objetivo: dar seqüência aos aspectos trabalhados na aula anterior aumentando a 
dificuldades das tarefas solicitadas. 
PARTE INICIAL: Duração de 10 a 15 minutos. 
Aquecimento: Através da brincadeira Quem é vivo corre. 
Os alunos serão organizados em trios e numerados em 1, 2 e 3. Espalhando-se pelo espaço. 
Ao sinal de início do professor, que gritará um número (1, 2 ou 3) o correspondente de cada 
trio deve tentar pegar os outros dois. Uma variação posterior a esta brincadeira é que, num 
segundo momento, quando o professor gritar um número, todos correspondentes serão 
pegadores de todos os demais. 
PARTE PRINCIPAL: Duração 25 minutos. 
Exercícios de controle de bola com a raquete. Utilizando uma diversidade de raquetes 
(tênis, frescobol, badminton, tênis de mesa, etc) e bolinhas (tênis, tênis de mesa, bexigas, 
peteca, bolinhas de borracha, etc). Realizando circuitos ou estafetas com obstáculos, 
controlando a bolinha com a raquete. 
PARTE FINAL: Duração 10 minutos. 
Seqüência do que foi proposto na parte principal até ao termino da aula. 
Avaliação da aula: Nesta aula, espera-se que os alunos continuem ampliando seu 
repertório motor emrelação à aula anterior e que tenham contato com uma diversidade de 
raquetes e bolinhas com uma variedade de tamanho e peso. Também assimilando as regras 
das atividades. 
Relatório da aula: 
� Brincadeira quem é vivo corre - Os alunos ao saberem do processo de 
funcionamento da atividade, começaram a se organizar e formar seus receptivos 
 
 
320 
 
trios. Percebi nesta atividade que teve a formação de “panelinhas”, por questões de 
afinidade, não sendo um fator prejudicial ao desenrolar da atividade. Mas é válido 
ressaltar que não houve exclusão de nenhum aluno por isso. Nesta atividade, os 
alunos puderam trabalhar a capacidade de memorização (tinha que memorizar seu 
número), socialização e as habilidades motoras básicas (andar, correr, saltar, etc). 
 
Fig 7 - Brincadeira Quem é vivo corre 
Fonte: Foto de arquivo pessoal - Prof. Marcos P. Trsic 
 
� Exercícios de controle de bola com raquete - Nesta atividade pude propor 
pequenos “desafios” para os alunos. Poucos alunos conseguiam realizaram meus 
“desafios”, mas com dificuldades. Neste sentido, os alunos puderam desenvolver 
bastante seus repertórios motores, trabalhando diversas capacidades motoras 
básicas. 
 
 
Fig 8 - Controle de bola com raquete (1) Fig 9 - Controle de bola com raquete 
Fonte: Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P.Trsic Fonte:Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P. Trsic 
 
 
 
321 
 
É fundamental salientar que o conteúdo programático adequado para faixa etária de 
9 a 11 anos, com participação e envolvimento foi novamente de total dos alunos, sendo 
uma aula muito descontraída e atrativa para seus participantes. 
Aula 3 
Local: Sala de aula e corredor da escola. 
Material: mesa de tênis de mesa, bolinhas de tênis de mesa e cochonetes. 
Objetivo: Noções básicas do tênis de mesa e trabalhar as habilidades motoras dos alunos. 
PARTE INICIAL: Duração de 10 a 15 minutos. 
Bate papo com os alunos sobre as noções básicas do tênis de mesa tais como: breve 
histórico, tipos de empunhaduras, postura na mesa, posição fundamental na recepção do 
saque, etc. Além de tirar algumas dúvidas dos alunos sobre minha experiência dentro do 
tênis de mesa (conquistas, medalhas, horas de treinamentos, etc). 
PARTE PRINCIPAL: Duração 25 minutos. 
Os alunos serão divididos em três grupos, onde eles terão que fazer um circuito passando 
por três estações diferentes. (Estafetas) 
1º Estação: Vivenciar o tênis de mesa (bate bola com o professor, mantendo a bola na 
mesa, fazendo as correções necessárias). 
2º Estação: Controle de bola com raquete de tênis de mesa (trabalhando as habilidades 
motoras dos alunos). 
3º Estação: Rolamentos em cochonetes (cambalhotas – habilidade motora) 
PARTE FINAL: Duração 10 minutos. 
Seqüência do circuito proposto na parte principal até a finalização desta aula. 
Avaliação Final: Espera-se que nesta aula, os alunos já tenham um certo domínio de suas 
habilidades motoras e vivenciar uma modalidade olímpica (Tênis de Mesa), entendendo 
suas noções básicas (fundamentos, material utilizado, etc) e suas regras. 
Relatório da aula: 
Na primeira parte desta aula, os alunos estavam agitados e ansiosos pela presença da 
mesa de tênis de mesa. Onde no bate papo demonstraram muito interesse e dúvidas sobre as 
noções básicas (fundamentos, regras, equipamentos, etc.) do tênis de mesa. Depois deste 
breve bate papo realizou-se uma atividade em sistema de rodízio (estafetas), onde foram 
divididos em três grupos de 7 a 8 alunos por grupo, sendo que a divisão dos alunos foi feita 
 
 
322 
 
por mim, devido ao tempo de aula que era curto. A finalidade da atividade que cada grupo 
passasse uma vez por cada estação. 
A 1º estação era a vivencia do tênis de mesa propriamente dito. Nesta estação via-se 
os alunos altamente agitados e apreensivos, acredito por ser algo diferente das atividades 
“tradicionais” existentes na escola. 
 
 
 
Fig 10 - Tênis de Mesa (1) Fig 11- Tênis de Mesa (2) 
Fonte: Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P.Trsic Fonte:Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P. Trsic 
 
 
Na 2º estação tinha com finalidade de controlar a bola com a raquete de tênis de 
mesa. Onde os alunos se encontravam empolgados e felizes por ser algo divertido e 
diferente. Dando uma seqüência no que foi visto na aula anterior. 
 
 
 
Fig 12 - Controle de bola com raquete de Tênis de Mesa 
Fonte: Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P. Trsic 
 
 
 
 
323 
 
Na 3º estação os alunos tinham que realizar rolamentos (cambalhotas) em 
cochonetes. Esta estação percebi que foi que eles puderam extravasar, sendo uma atividade 
que provocou muito divertimento e risada de todos os alunos. 
 
 
 
 
Fig 13 - Rolamento em cochonetes (Cambalhota) (1) Fig 14 - Rolamento em cochonetes (Cambalhota) (2) 
Fonte: Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P.Trsic Fonte:Foto de arquivo pessoal – Prof. Marcos P. Trsic 
 
 
Assim posso concluir que de todas as aulas propostas, essa aula foi a que despertou 
mais interesse para os alunos. Por ser uma aula que os alunos puderam vivenciar algo 
inovador nas aulas de educação física diferente da que estão acostumados a vivenciar na 
sua rotina escolar. 
O conteúdo programático foi apropriado para a idade, com interação e envolvimento 
de 100% dos alunos. Onde, os alunos tiveram a oportunidade de trabalhar algumas noções 
básicas do tênis de mesa e diversos aspectos motores. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De acordo com a fundamentação do presente estudo, a inclusão da modalidade de 
tênis de mesa como um conteúdo curricular da educação física deve ser um fator 
facilitador, coerente e acessível para os profissionais (educadores e professores de 
Educação Física) que atuam dentro do âmbito escolar. E assim, enriquecendo mais o 
repertório de conteúdos didáticos destes profissionais. 
 
 
324 
 
Conforme (TANI et al, 1988) afirma que a Educação Física na abordagem 
desenvolvimentista tem como finalidade principal oferecer experiências de movimentos 
adequados ao seu nível crescimento e desenvolvimento, fazendo que a aprendizagem das 
habilidades motoras seja alcançada. 
Concordo com Darido (2001), ressalta que as habilidades desenvolvidas devem 
partir do mais simples para o mais complexo. 
Assim concordo com os autores (SANTOS; DANTAS; OLIVEIRA, 2004), quando 
eles afirmam que as habilidades motoras básicas são importantes e fundamentais para o 
desenvolvimento das habilidades motoras específicas, pois já que o tênis de mesa é uma 
modalidade que exige um certo refinamento motor mais apurado das crianças ao praticarem 
esta modalidade. 
 O programa de iniciação ao tênis de mesa na escola teve como finalidade de 
difundir o tênis de mesa dentro do ambiente escolar um como projeto de desenvolvimento 
social e esportivo. Onde, muitas escolas possuem pelo menos uma mesa, e poucos 
profissionais sabem como usufruir dela. Fazendo uma conscientização com os professores 
de educação física que podem estar trabalhando este conteúdo junto aos seus alunos. E 
conseqüentemente aumentando seus conhecimentos sobre esta modalidade esportiva. 
Poucos os currículos de formação de professores e profissionais de educação física 
que contemplam este conteúdo: tênis de mesa. 
Assim, considero o presente estudo como uma importante referência para futuras 
pesquisas e abordagens dentro deste contexto, possibilitando nova abordagem pedagógica 
dentro do âmbito escolar. 
É expressivo afirmar, que este, é apenas um primeiro passo para a inclusão da 
modalidade de tênis de mesa como um conteúdo curricular da educação física escolar, 
sendo ainda que há muito que percorrer, necessitando de novos estudos que complementem 
e extrapolem este tema. 
 
REFERÊNCIAS 
CANCIGLIERI, P. H. Tênis de Mesa – Acervo motore treinamento muscular localizado no 
auxilio a performance esportiva e combate aos desvios posturais ocasionados pela prática 
no alto rendimento. In: CBTM. Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Disponível 
em: <http://www.cbtm.com.br>. Acesso em dez/2006. 2006. 
 
 
 
325 
 
CAMARGO, F. E. B.; MARTINS, M. S. Aprendendo o Tênis de Mesa brincando. 
1999. 
 
CARVALHO, D. M.; ALMEIDA, M. C. R. Análise do nível maturacional do padrão 
fundamental de manipulação, arremesso por cima, em escolares, que praticam e não 
praticam Educação Física escolar. In: EDUCACÃO FÍSICA EM FOCO – Revista 
Digital - Ipatinga: Unileste/MG – V.1 – Ago./dez. 2006. 
 
CBTM. Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Disponível em 
<http://www.cbtm.com.br>. Acesso em dez/2006. 2006. 
 
CENP. Coordenadoria de estudos e normas pedagógicas. Disponível em 
<http://cenp.edunet.sp.gov.br>. Acesso em abril/ 2008. 2008. 
 
COB. Comitê Olímpico Brasileiro. Disponível em: <http://www.cob.org.br> Acesso em 
dez/2006. 2006. 
 
DARIDO, S. C. Os conteúdos da Educação Física escolar: influências, tendências, 
dificuldades e possibilidades. In: Perspectivas em Educação Física Escolar. Niterói, v. 2, 
n. 1 (suplemento), 2001. 
 
FPTM. Federação Paulista de Tênis de Mesa. Disponível em: 
<http://www.fptm.com.br>. Acesso em dez/2006. 2006. 
 
GALAHUE, D. L.; OZMUN, J. Compreendendo o desenvolvimento motor: uma visão 
geral. Phorte editora, 3º edição, 2005. 
 
GRUMBACH, M.; DASSEL, H. Tênis de Mesa: ensino básico para colégios e clubes. 
Tradução: Paulo Emmanuel da Hora Matta. Rio de Janeiro, editora tecnoprint S.A. 1984. 
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1990. 
 
MARINOVIC, W.; IIZUKA, C. A.; NAGAOKA, K. T. (Ed.). Tênis de Mesa – teoria e 
prática. São Paulo: Phorte editora, 2006. 
 
SANTOS, S.; DANTAS, L.; OLIVEIRA, J. A. Desenvolvimento motor de crianças, de 
idosos e de pessoas com transtornos da coordenação. In: Revista Paulista de Educação 
Física. São Paulo, v.18, p.33-44. ago/2004. 
TANI, G. (et al.). Educação Física escolar: fundamentos de uma abordagem 
desenvolvimentista. São Paulo: EPU, 1988. 
 
TRSIC, M. P.; OLIVEIRA, F. R. A. Esporte Adaptado no Brasil: Ênfase em Tênis de 
Mesa. Trabalho de conclusão de curso – Centro Universitário de Araraquara – UNIARA. 
Araraquara. 2005. 
 
VILANI, L. H. P. A sistematização do processo ensino-aprendizagem-treinamento dos 
fundamentos técnicos dos esportes de raquete: Uma proposta de iniciação desportiva 
 
 
326 
 
para o tênis, tênis de mesa, badminton e squash. Trabalho de conclusão de curso – 
Escola de Educação Física – UFMG. Belo Horizonte. 1998. 
 
VILANI, L. H. P.; GRECO, P. J.; LIMA, F. V. A iniciação esportiva universal para os 
esportes de raquetes: uma proposta de um novo sistema de formação esportiva. In: 16º 
CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA–FIEP. Foz Iguaçu/PR, 
2º volume de anais. 2001. 
 
VILANI, L. H. P. Tênis de mesa nas escolas. In: CBTM. Confederação Brasileira de 
Tênis de Mesa. Disponível em: <http://www.cbtm.com.br>. Acesso em dez/2006. 2006. 
 
 
 
 
327 
 
APÊNDICE 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
 Eu,______________________________________________________________________,portador(
a) _____________________ autorizo meu 
filho(a)____________________________________________________ 
_______________________________a participar da pesquisa intitulada “Inclusão da modalidade de Tênis 
de Mesa como conteúdo curricular da Educação Física Escolar”, sob a responsabilidade do acadêmico 
Marcos Pinochet Trsic e sob a orientação da pesquisadora Profa. Dra. Mey de Abreu van Munster, vinculadas 
à Universidade Federal de São Carlos. 
 É de meu conhecimento que este estudo será desenvolvido em caráter de pesquisa (iniciação 
científica) e objetiva elaborar uma proposta pedagógica que permita o desenvolvimento do tênis de mesa 
como conteúdo curricular na educação física escolar. 
A presença de meu/minha filho(a) neste estudo consistirá em participar das aulas de Educação Física 
desenvolvidas regularmente na escola onde o/a mesmo(a) encontra-se matriculado(a), e participar de sessões 
de fotografia durante as aulas e que serão utilizadas exclusivamente com finalidade acadêmico-científica. 
Os possíveis riscos envolvidos no projeto são aqueles inerentes à participação usual de meu filho(a) 
nas aulas de Educação Física. Os benefícios esperados decorrem da orientação para o processo de inclusão na 
instituição em que está inserido, assim como para os professores que nela trabalham, fornecendo novos 
conhecimentos acerca dessa filosofia, auxiliando o desenvolvimento de procedimentos didático-pedagógicos 
que aceitam e valorizam as diferenças, favorecendo o processo de ensino-aprendizagem dos alunos nas mais 
diferentes condições. 
Fui informado(a) de que a qualquer momento é permitido ao meu filho(a) desistir da participação na pesquisa, 
sendo que sua recusa não trará nenhum prejuízo em suas atividades habituais, em sua relação com o 
pesquisador ou com a instituição de ensino. 
As informações obtidas durante este estudo serão mantidas em sigilo e não poderão ser consultadas 
por pessoas leigas sem minha devida autorização. No entanto, poderão ser utilizadas para fins de pesquisa 
científica, desde que minha privacidade e a de meu filho (a) sejam resguardadas. 
Devo receber uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço do pesquisador principal, 
podendo tirar minhas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento. 
 
 
_________________________________ 
Marcos Pinochet Trsic 
Tel: (16)33710590 
Rua Francisco Brisessi, 86 
E-mail: marcostrsic1@gmail.com 
_________________________________ 
Profa. Dra. Mey de Abreu van Munster 
Tel: (16) 3351-8774 
Rod. Washington Luís, Km 235 
E-mail: mey@ufscar.br 
 
Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa e concordo em 
participar. O pesquisador me informou que o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa 
em Seres Humanos da UFSCar que funciona na Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da 
Universidade Federal de São Carlos, localizada na Rodovia Washington Luiz, Km. 235 - Caixa Postal 
676 - CEP 13.565-905 - São Carlos - SP – Brasil. Fone (16) 3351-8110. Endereço eletrônico: 
cephumanos@power.ufscar.br 
 
 
São Carlos,_____ de __________________de 2008. 
 
 
______________________________________________________________ 
 Nome legível e Assinatura do Responsável

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