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APH e RESGATE Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar Pofº Marcos Fonseca Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar UM POUCO DE HISTÓRIA Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar período – Larrey • Séc XVIII – napeolônico Dominique (1792). • 1863 – Cruz Vermelha Internacional. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar • Séc XX – combatentes receberam treinamento de primeiros socorros. • Registro de participação de Enfermeiras na 1ª e 2ª guerras mundiais e nas guerras do Vietnã e na Coréia. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar NO BRASIL • 1893 - aprovação da lei, pelo Senado da República, que pretendia estabelecer o socorro médico de urgência na via pública, no Rio de Janeiro. •1899 - o Corpo de Bombeiros punha em ação a primeira ambulância. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar • 1910 - Decreto n.1392, tornou obrigatória a presença de médicos no local de incêndios ou outros acidentes (SP). • 1950 - instalou-se em São Paulo o SAMDU – Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar CONTINUAMOS NO BRASIL • 1976 - A DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), sistema de ajuda aos usuários. • Década de 80 - o Estado de São Paulo já contava com um serviço destinado ao atendimento às urgências e emergências: o “192”. • 1981 - representantes do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas, da Secretaria de Higiene e Saúde do Município de São Paulo, do Hospital Heliópolis e da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. • 1985 - Grupo de Emergências do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. • Anos 90 – implantado em São Paulo, o Sistema de APH na Corporação dos Bombeiros do Estado de São Paulo. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar • Projeto SAMU: São Paulo, Curitiba, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Santa Catarina. SERGIPE • 1997 – criação do SIET do Corpo de Bombeiros do Estado de Sergipe, integrado ao Centro de Trauma do Hospital Gov. João Alves Filho. • 2002 – SAMU ARACAJU. • 2005 – SAMU SERGIPE. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar ASPECTOS LEGAIS DO APH Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar • 1997 – Conselhos Regionais e Federais de Medicina iniciam questionamento sobre a eficácia dos serviços de APH. • Em âmbito federal: 1998 – Resolução CFM 1.529, 1999 – Portaria MS 824, 2001 – Portaria 814/GM, 2002 – Portaria 2.048/GM, 2003 – Resolução CFM 1.671 - 2003 – Portaria 1.864/GM. • COFEN: resolução 225/2000, resolução 260/2001, resolução 300/2005, resolução 375/2011. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar Modelos de atenção pré-hospitalar - Modelo americano: início no final da década de 60 e é pautado pela atividade desenvolvida por profissionais “não médicos” treinados. - Modelo francês: regulamentado em 1986, mas em atividade há mais de 40 anos. Baseado no princípio da regulação e atendimento realizado por médicos. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar • Conceito de APH - atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde, sendo necessário prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado. - APH primário; - APH secundário. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar ambulâncias Premissas de um sistema de APH - Chegada precoce à vítima. - Deslocamento de pessoal treinado em equipadas. - Possibilidade de realização de manobras e intervenções de manutenção da vida até a chegada a uma unidade hospitalar. - Escolha por uma unidade hospitalar adequada. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar QUAL O PAPEL DO ENFERMEIRO NO APH? Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar • Recursos humanos do APH: responsáveis técnicos, médicos reguladores, médicos intervencionistas, assistenciais, auxiliares e técnicos em enfermeiros enfermagem, profissionais não oriundas da saúde. • Perfil do enfermeiro assistencial - disposição pessoal para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; capacidade física e mental para a atividade; disposição para cumprir ações orientadas; experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao atendimento de urgências e emergências; iniciativa e facilidade de comunicação; condicionamento físico para trabalhar em unidades móveis; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação bem como para a recertificação periódica (Brasil, 2002). Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar • Competências/Atribuições: supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel; executar prescrições médicas por telemedicina; prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a pacientes graves e com risco de vida, que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas; prestar a assistência de enfermagem à gestante, a parturiente e ao recém-nato; realizar partos sem distócia; participar nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde em urgências, particularmente nos programas de educação continuada; fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos para as necessidades de educação continuada da equipe; obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de Enfermagem; conhecer equipamentos e realizar manobras de extração manual de vítimas (Brasil, 2002). Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar “O enfermeiro é participante ativo da equipe de atendimento pré hospitalar e assume em conjunto com a equipe a responsabilidade pela assistência prestada as vítimas. Atua onde há restrição de espaço físico e em ambientes diversos, em situações de limite de tempo, da vítima e da cena e portanto são necessárias decisões imediatas, baseadas em conhecimento e rápida avaliação” Thomas, 2000. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar Função ASSISTENCIAL do enfermeiro no APH • Lei do Exercício Profissional de Enfermagem n. 7498/86 - estabelece ser privativo do enfermeiro a organização e direção de serviços e unidades de enfermagem, a assistência direta ao paciente crítico e a execução de atividades de maior complexidade técnica e que exijam conhecimento de base científica e capacidade de tomar decisão imediata. • Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem - avaliar sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e clientela, levanta-se a questão da impossibilidade da assistência de enfermagem ser executada por qualquer outro agente que não o enfermeiro. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar Função GERENCIAL do enfermeiro no APH • A palavra gerência é de origem latina genere que significa o ato de gerir, administrar. • Gestão de recursos humanos - capacitação. • Gestão de recursos materiais. • Gestão da qualidade. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar Função: CAPACITAÇÃO da equipe CATEGORIA PROFISSIONAL CARGA HORÁRIA TEÓRICA CARGA HORÁRIA PRÁTICA Enfermeiros 60 100 Técnicos e auxiliares de enfermagem 59 125 Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência,urgências clínicas no paciente adulto, urgências clínicas na criança, urgências traumáticas no paciente adulto e na criança, urgências psiquiátricas, urgências obstétricas, materiais e equipamentos do serviço pré-hospitalar móvel, estágios em ambulâncias, avaliação teórica e prática do curso. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar Função: GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS do enfermeiro no APH •Respirador mecânico de transporte; oxímetro não-invasivo portátil; monitor multiparâmetro, bomba de infusão, mochila de vias aéreas contendo: máscaras laríngeas e cânulas endotraqueais de vários tamanhos; cateteres de aspiração; adaptadores para cânulas; cateteres nasais; seringa de 20ml; ressuscitador manual adulto/infantil com reservatório; sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos; luvas de procedimentos; lidocaína geléia e máscara para ressuscitador adulto/infantil; “spray”; cadarços para fixação de cânula; laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas; estetoscópio; esfigmomanômetro adulto/infantil; cânulas orofaríngeas adulto/infantil; fios-guia para intubação; pinça de Magyll,... Brasil, 2002 Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar CHECK LIST Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar UTILIZAÇÃO DE KITS OU MOCHILAS Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar Função GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS do enfermeiro no APH CLASSIFICAÇÃO DAS AMBULÂNCIAS DEFINIÇÃO BASE POPULACIONAL TRIPULAÇÃO Tipo A Ambulância de transporte - Condutor TE/AE Tipo B Unidade de Suporte Básico - USB 100 a 150 mil habitantes Condutor AE/TE Tipo C Unidade de Resgate - UR - 3 profissionais de segurança Tipo D Unidade de Suporte Avançado - USA 400 a 450mil habitantes Condutor Médico Enfermeiro Tipo E Aeronave de Transporte Médico - Piloto + co-piloto Médico Enfermeiro Tipo F Embarcação de Transporte Médico - 2 ou 3 profissionais Motocicletas Motolâncias 1 para cada USA 1 para cada 2 USB TE/AE Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar Função GESTÃO DA QUALIDADE no APH • Tempo médio: entre a chamada telefônica e a chegada da equipe no local da ocorrência, decorrido no local da ocorrência, de transporte até a unidade de referência, de resposta total (entre a solicitação telefônica de atendimento e a entrada do paciente no serviço hospitalar de referência). • Indicadores de adequação da regulação (% de saídas de veículos de Suporte Avançado após avaliação realizada pela equipe de Suporte Básico). • Taxas de mortalidade evitável e mortalidade geral no APH, com avaliação do desempenho segundo padrões de sobrevida e taxa de seqüelas e seguimento no ambiente hospitalar. • Mortalidade hospitalar imediata dos pacientes transportados (24 horas). • Casuística de atendimento de urgência: causas clínicas, externas, atendimentos pediátricos, obstétricos, psiquiátricos, considerando localização das ocorrências e suas causalidades, idade, sexo, ocupação, condição gestante e não gestante. • Causas de absenteísmo, custo das ocorrências. Introdução ao resgate e ao atendimento pré- hospitalar DESAFIOS E PERSPECTIVAS
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