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Jornada – Horas extras Conceitos: Duração de trabalho- Lapso temporal em que o trabalhador fica laborando ou em disponibilidade, em virtude do contrato, considerado em todas as unidades de medida, tais como: mês, ano, dia. Jornada de trabalho- O tempo diário laborado pelo trabalhador, compreendendo o tempo em disponibilidade em decorrência do contrato. Horário de trabalho- Traduz o lapso de tempo entre o começo e o fim da jornada de trabalho. A jornada de trabalho é composta por: 1- Tempo trabalhado; 2- Tempo à disposição; 3- Tempo de deslocamento (em regra, inaplicável). Horas in itinere- O tempo de deslocamento não será computado, salvo se: Tratar-se de local de difícil acesso. Não servido por transporte público Condução para o emprego fornecida pelo empregador Critérios especiais: Tempo de prontidão- Tempo em que o empregado permanece dentro da empresa aguardando ordens. Remunerado com 2/3 do salário/hora. Tempo de sobreaviso- Tempo em que o empregado permanece dentro de sua casa aguardando ordens da empresa. Remunerado com 1/3 do salário/hora. Tempo residual a disposição- Pequenos períodos de disponibilidade do empregador em face do empregado, nos momentos anteriores à efetiva prestação de serviço. Consigna-se que a CLT informa que não serão computados como jornada extraordinária de trabalho (horas extras) as variações de horário não excedentes a 5 min, que totaliza 10 min diários. Jornada padrão: 8 horas ao dia, e 44 horas semanais Jornadas especiais: Bancários/radialistas = 6 horas/dia. Turnos ininterruptos de revezamento - o trabalhador labora, alternativamente, em diversas fases do dia e da noite = 6 horas/dia. Atividade continua de digitação = 6 horas/dia Horas extras- Consiste no tempo trabalhado além da jornada comum e podem ser contratuais ou compulsórias Contratuais- devem advir de acordo individual escrito ou acordo coletivo ou convenção coletiva, não excedendo mais do que 2 horas diárias que devem ser acrescidas com um adicional de 50% do salário. Se ultrapassar 2 horas diárias, a empresa incorrerá em multa que será calculada pelo número de funcionários. A jornada de horas extras pode ser flexibilizada e/ou compensada. Um dos sistemas utilizados para tanto é o Banco de Horas que consiste num programa em que o empregado faz horas extras, ganhando em contraprestação, dias de descanso. O Banco de horas somente será válido se: For pactuado por convenção ou acordo coletivo Não exceder 2 horas por dia A compensação deve ser realizada no prazo máximo de um ano, comportando, logicamente, prazo mais curto. Nesse sistema, o empregador deve pagar em dinheiro se (a contrario sensu dos requisitos + fim do contrato): Não houver acordo ou convenção coletiva. Exceder 2 horas Se a compensação for realizada depois do prazo de um ano. Quando o contrato termina. Exigência- A empresa pode exigir horas extras se tiver necessidade imperiosa: Por força maior, se absolutamente necessário o serviço Realizar e concluir um serviço que, se não for feito, o prejuízo é manifesto Menor não pode fazer hora extra, salvo por força maior. Tais horas podem ser exigidas independentemente de Acordo Coletivo, devendo ser comunicado em 10 dias à autoridade competente. Resultado: Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais ou força maior, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 horas, durante o número de dias necessário para a recuperação, devendo observar: Autorização do Ministério do Trabalho Empregador pode obrigar o empregado a trabalhar 2 horas a mais Pode ser apenas 45 dias por ano Se as horas extras forem habitualmente prestadas, se engloba no cálculo. Salário Complessivo- Nula é a cobrança contratual que fixa determinada importância ou porcentagem para atender englobadamente vários direitos trabalhistas (S. 91 TST) Quem não tem direito às horas extras: Trabalho externo- Não tem direito pois é patente a falta de controle. Se a empresa tiver controle no empregado, seja direta ou indiretamente, o empregado terá direito às horas extras trabalhadas. Exige-se também anotação na carteira e no livro de registros. Em suma, SE A EMPRESA TEM CONTROLE, ELE TEM DIREITO ÁS HORAS, AO PASSO QUE, SE ELA NÃO TEM CONTROLE, O EMPREGADO NÃO TEM DIREITO ÀS HORAS EXTRAS. Cargo de confiança- Requisitos: Cargo de Gestão- Deve ter poderes de gerência Salário diferenciado- Corresponde a uma gratificação de função Jornada mista- Trabalho noturno e diurno- Começara a ganhar a hora noturna no momento em que o período ultrapassar o limite e ganhara 20% das horas diurnas. Se fizer horas extras, estas serão devidas no importe de 50% do salário adicionado do noturno. Trabalho noturno- Período estipulado em lei que, por ser mais desgastante, é remunerado com 20% a mais da hora diurna. Noturno Urbano- das 22 às 5 Noturno Rural (mexe com animais) - das 20 às 4 Noturno Rural (mexe com agricultura) – 21 às 5 Vantagens conferidas pela lei no trabalhador noturno urbano. Redução ficta (equivale a 52 min e 30 seg) 20% a mais da hora diurna Vantagens conferidas pela lei ao trabalhador noturno rural. 25% a mais da hora diurna Obs.: não existe redução ficta para trabalhador rural, em contrapartida o adicional é maior. O salário noturno pago com habitualidade integra o salário para todos os efeitos legais (S. 60). A transferência do trabalhador noturno para o diurno, implica na perda do adicional, isso porque, numa interpretação teleológica e sistêmica, perceptível que o legislador buscou o meio menos gravoso a própria saúde do trabalhador, visto que o trabalho noturno é contra a natureza humana e, por si só, mais desgastante. Os intervalos- É direito de quem trabalha por mais de 4 horas; estabelecendo-se desse modo: Menos de 4 horas – Sem intervalos. De 4 a 6 horas – Mínimo de 15 minutos. De 6 a 8 horas- Mínimo de 1 hora, máxima de 2 horas. (art. 71 CLT) Importante: Se o trabalhador labora 6 horas. Caso faça horas extras, o intervalo devido será o de 1 hora. Mecanografia (datilografia, digitação)- A cada 1,5 horas trabalhadas, terá direito a 10 min de intervalo. Empregados que trabalham em ambiente frio, tem direito a 20 min de intervalo. Se não conceder o empregador terá que remunerar em 50% da hora normal. Para quem trabalha com transporte, os intervalos podem ser divididos por 30 min. Para empregado rural, a lei admite os usos e costumes, ressalvando o mínimo de 1 hora. A supressão do intervalo implica no pagamento total (e não apenas daquela suprimida). Trabalho intermitente- Não é contado o tempo de espera entre uma e outra parte da execução dos trabalhos. Requisitos: Tem que estar na carteira de trabalho. Fora da jornada- 11hrs de descanso mínimo.
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