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Drogas Anti inflamatórios Esteroides

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Anti-inflamatórios Esteroides
	Corticoides ou corticosteroides ou glicocorticoides.
São semelhantes ao cortisol, que são hormônios endógenos.
São agrupados de acordo com o seu tempo de ação (curta, intermediaria e longa).
Eles podem ser chamados de glicocorticoides.
	O cortisol é produzido pelo organismo fisiológico em situações de estresse com intenção de formar glicose como fonte energética. É o tipo de hormônio que se envolve com o metabolismo dos carboidratos e gorduras.
	Quando administramos corticoides, o mesmo irá gerar glicose no nosso organismo disso, teremos um dos efeitos colaterais que a droga pode vir a promover (diabetes).
	Os efeitos colaterais desta droga não acontecem todos ao mesmo tempo, isso porque cada individuo possui uma variação individual, além do mais, os efeitos também estão relacionados com o tipo de corticoide administrado, dose empregada e tempo de tratamento. O desenvolvimento do diabetes e outras patologias como a osteoporose, podem vir a desencadear com o uso prolongado da mesma. O efeito mais comum é o da “face de lua cheia” onde, o paciente fica com as bochechas edemaciada sendo sessado com o termino do tratamento da droga.
	Existem situações em que o paciente apresenta um ganho de peso acima do normal, podendo demorar meses, anos para retornar ao peso original e até mesmo em algumas complicações maiores, o paciente não consegue retornar ao seu peso antigo. Essas situações ocorrer de organismo para organismo.
	Um dos corticoides mais usado é a PREDNISONA, que é um corticoide de ação intermediaria com potente ação anti-inflamatória (ponto positivo) e retentor de água e Na+ (ponto negativo) por possuir propriedades MINERALOCORTICOIDES.
HORMONIOS DO CORTEX ADRENAL:
	Acima dos rins existem as glândulas adrenais (suprarrenais) onde, a região medular dessas glândulas são responsáveis pela secreção de ADRENALINA.
	A região do córtex é dividida em três partes sendo cada uma delas responsáveis pela secreção de determinado tipo de hormônio.
	Uma parte vai secretar o cortisol o qual é secretado pela influencia do eixo H-H-A (hipotálamo – hipófise – adrenal); uma outra é responsável pela secreção de hormônios andrógenos sexuais e a outra pela secreção de aldosterona.
	Os produtos da síntese do córtex adrenal, são hormônios esteroides denominados como mineralocorticoides.
	Os mineralocorticoides são hormônios responsáveis pelo equilíbrio eletrolítico (aldosterona). Essa ação que é a responsável pelo mecanismo de retenção de água e Na+.	Dependendo da quantidade de Na+ que esta sendo excretado, haverá a liberação de aldosterona, abrindo canais de Na+ (reabsorção), em contrapartida excreção de K+ (atentar a esse efeito pois pode levar o paciente a uma hipopotassemia).
	O uso de anti-inflamatórios esteróides, podem também ocorrer esse mesmo efeito fisiológico da aldosterona, por isso o paciente acaba inchando (edema – face de lua cheia) pois, à um aumento de retenção de água e Na+.
	Os corticoides classificados de ação curta como a CORTISONA e HIDROCORTISONA), possuem mais efeito mineralocorticoide (quando menos ação mineralocorticoide, menos reações adversas).
	Deve-se tomar cuidado em administrar essas drogas em pacientes com doenças primarias como a HAS pois pode provocar picos hipertensivos.
GLICOCORTICOIDES:
	É um hormônio responsável pela produção de glicose (cortisol). O estimulo para a liberação desse hormônio fisiológico ocorre pelo eixo H-H-A e a ALDOSTERONA-RENINA-ANGIOTENSIA. As drogas desse grupo possuem estruturas semelhantes tendo propriedades glicocorticoides e mineralocorticoides.
EIXO H-H-A:
	
	O hipotálamo o hormônio CRH que estimula a hipófise anterior, a qual secreta os hormônios ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) que vão atuar sobre as glândulas adrenais do córtex adrenal liberando corticotrofinas (corticotropinas), que é o cortisol. Esse mecanismo fisiológico está ocorrendo diariamente para a manutenção da homeostasia.
INDIVIDUOS COM DEFICIENCIA NA PRODUÇÃO DE CORTISOL:
	Síndrome de Addison: ocorre pela diminuição de cortisol no organismo, onde, o tratamento deve ser feito pelo uso de corticoides com intuito de reposição do mesmo. Somente nesta síndrome o uso de corticoides tem como efeito terapêutico (a cura), já em outras doenças como asma, DPOC, transplante e processos alérgicos, o emprego dessa droga tem como ação paliativa. Nos casos de pacientes transplantados, usa-se corticoides para evitar a rejeição do orgão.
OS CORTICOIDES TÊM TRES AÇOES:
Anti-inflamatória.
Antialérgica.
Imunossupressora.
	Se eu quero um efeito anti-inflamatório e antialérgico, o efeito imunossupressor pode vir como efeito colateral.
	A secreção do cortisol observada no esquema eixo H-H-A tem a RETROALIMENTAÇÃO ou FEEDBACK NEGATIVO.
	O cortisol é responsável pelo controle da própria secreção do eixo H-H-A ou seja, se houver secreção cortisol ou administração de corticoides demasiada, haverá um aumento da concentração do hormônio circulante no plasma fazendo com que a glândula diminuía sua secreção.
	Assim que administramos corticoides, a droga faz com que o feedback comece a acontecer e a glândula para de secretar o cortisol, tendo o que chamamos de insuficiência da glândula, pois a mesma não consegue trabalhar como devia.
	Em tratamento com corticoides a longo período, não deve por hipótese alguma a retirada imediata do mesmo, deve-se fazer o desmame ou seja, ir retirando a medicação gradativamente para que o eixo H-H-A volte a funcionar, ex: paciente que faz uso de corticoides 7,5 mL de 8/8 horas por 3 dias. Alteração: 7,5 mL a cada 12 horas por 3 dias; 7,5 mL 1 vez ao dia por 3 dias.
	Em até uma semana o grupo de ação intermediário ainda não tem feedback acontecendo, podendo fazer a retirada imediata, sem necessidade de desmame, acima de uma semana, o feedback já está acontecendo (insuficiência glandular), devendo ser feito o desmame como citado acima.
	Quando a administração da droga tiver por finalidade um efeito imunossupressor como em caso de transplantes, tem que ser empregada doses elevadas, para que o efeito imunossupressor ocorra de maneira imediata. Nesse procedimento também ocorre insuficiência glandular e caso seja necessário a retirada da droga, deve-se fazer o desmame.
	
	O esquema acima representa as três zonas que o córtex é dividido, sendo cada zona responsável pela secreção de um tipo de hormônio.
	A HIDROCORTISONA possui propriedades mineralocorticoides semelhantes aos da aldosterona. O estresse pode interferir diretamente nesse eixo, tanto nos centros superiores como também influenciar o estresse nas glândulas, sendo a ADRENALINA o primeiro hormônio a sofrer alterações sobre a influencia desse estresse, ex.: liberação a curto prazo de estresse.
	Nas situações do estresse, haverá libera de HIDROCORTISONA (hormônio cortisol a longo prazo) ou seja, quanto maior for o estresse maior será a secreção de cortisol.
	Todos esses hormônios possuem um precursor comum que é o COLESTEROL ou seja, é a partir do colesterol que produzimos os hormônios cortisol, andrógenos (hormônios sexuais) e a aldosterona. Por isso a importância de ter uma dieta bem balanceada.
CICLO CIRCADIANO:
	O cortisol não é liberado na mesma quantidade a todo momento, existem picos de sua liberação que são entre as 8 e 9 horas da manhã que é quando tem maior pico de liberação de cortisol.
	A partir da 00:00 os níveis de cortisol começam a declinar. As 04:00 horas da manha começa a aumentar a secreção. Pela manhã por volta das 8:00-9:00 horas ocorrem os picos com maior cortisol para produção de energia necessária ao ser humano.
	Por isso que grandes cirurgias são marcadas pela manhã pois, haverá uma produção maior de energia para enfrentar o estresse que o corpo sofrera.
	Em terapias com o uso de corticoides, tenta-se não mudar o padrão circadiano, administrando quando possível a droga no período da manhã, seguindo o mesmo padrão fisiológico pois, com isso haverá interferência no eixo H-H-Ae na retroalimentação negativa (feedback negativo).
	Quando a terapia do paciente tiver prescrita administração a cada 8 horas, haverá vários picos ao longo do dia ou seja, a retroalimentação negativa estará mais atuante pelo aumento de droga circulante, inibindo a secreção do ACHT e inibindo a liberação de cortisol.
	A manobra mais eficaz para que ocorra menor interferência na secreção fisiológica do cortisol e diminuir os efeitos colaterais é a administração da droga pela manhã. Com isso a droga terá um efeito mais fisiológico, já que o cortisol também é liberado pela manhã, evitando assim os efeitos colaterais que os picos podem levar ao paciente em administrar drogas em horários fora do ciclo circadiano.
GLICOCORTICOIDES SINTETICOS:
	Os glicocorticoides sintéticos não competem por ligações proteicas no plasma pois, se ligam muito pouco às CBG (globulina ligadora de corticotrofina) que é um tipo de proteína exclusiva para ligação de hormônios fisiológicos. As mesmas dão preferência para se ligarem as ALBUMINAS (proteínas intrínsecas).
	Ao administramos altas concentrações de glicocorticoides, as mesmas vão circular mais na forma livre pois, não haverá albumina suficiente para se ligar a esse excesso de droga. A droga livre interage com o tecido aumentando seu efeito farmacológico e também seus efeitos colaterais.
TRANSPORTE E CIRCULAÇÃO:
Maioria liga-se minimamente à CBG.
Ligam-se preferencialmente à ALBUMINA.
Circulam principalmente na forma livre (não ligadas) em concentrações elevadas.
MEIA VIDA BIOLOGICA CARACTERIZA A DURAÇÃO DA AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES:
	Curta
	HIDROCORTISONA
	Intermediaria
	PREDNISOLONA; TRIAMCINOLONA
	Prolongada
	BETAMETASONA; DEXAMETASONA
	Os efeitos são baseados na duração da supressão do ACTH após dose única do composto.
MECANISMO DE AÇÃO:
	Existem dois tipos de mecanismo para ação dessas drogas esteroides, sendo eles:
	Mecanismo genômico: a drogas se ligam em receptores interno da célula, atuando diretamente na transcrição celular (núcleo), ou seja, essa ação poderá tanto aumentar como diminuir a produção proteica da célula. A proteína produzida pode modificar tanto o meio intra como o meio extracelular. A resposta dos receptores deste mecanismo é mais demorada, levando-se em torno de horas e até mesmo dias
	Mecanismo não genômico: além dos receptores que são dispostos no meio intracelular, existem receptores hormonais acoplados a membrana da célula. Diferente do mecanismo genômico, o mecanismo não genômico atua sobre a via FOSFOLIPASE C. a resposta dos receptores deste mecanismo é mais rápida, podendo ser em questão de segundos como no caso do canal iônico.
	Lembrar que os receptores de membranas não são os mesmos do meio intracelular.
CORTICÓIDES:
Ações fisiológicas:
Ação permissiva: muitos dos hormônios do organismo humano dependem dessa permissão do cortisol para que desencadeie sua função. Um ex.: é a adrenalina que se liga em células B3 e células de gordura se houver a presença de cortisol.
Resistencia ao estresse.
Ações metabólicas.
AÇÕES FARMACOLOGICAS:
Ação anti-inflamatória.
Ação imunossupressora.
Ação antialérgica.
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS:
Aumento da glicemia e glicosúria.
Aumento da gliconeogênese.
Diminuição da glicose periférica.
	Os corticoides vão agir sobre os tecidos linfoides (células do sistema imunológico) onde, promovem a lise dos linfócitos (células produzidas pelo tecido linfoide) para a produção de aminoácidos, levando a produção de glicose. Ocorre também lise nos tecidos da pele, tudo com intensão de fazer com que o fígado produza glicose. Esses tecidos que estão se partindo estão negativos de glicose, então, o musculo sofre quebra de proteínas para liberar mais aminoácidos porem, não existe glicose suficiente para promover nova síntese. Chega um momento em que o indivíduo começa a apresentar fraqueza muscular, principalmente em braços e pernas. Os tecidos linfoides também não conseguem se restabelecer causando uma depressão no sistema imune.
	Existe a formação de estrias na pele por conta deste motivo, os tecidos da pele são quebrados não conseguindo promover nova síntese formando as cicatrizes de estria como mecanismo de melhora promovida pelo organismo.
	A lipólise centrípeta é a quebra de gorduras, mas em algumas pessoas existe um acumulo de gordura nas regiões do corpo como o abdome e a nuca (formando a giba), onde tem mais resistência a insulina, produzindo tanta glicose extinguindo o reaproveitamento da mesma. Com isso, os níveis se elevam, promovendo uma hiperglicemia e consequentemente a um quadro de diabetes.
	Por isso, deve-se tomar todo cuidado ao administrar drogas desse grupo em pacientes, atentando para as doses e uso de maneira correta, pois ao invés da droga melhorar o quadro do paciente, pode vir a piorar.
METABOLISMO DE PROTEINAS:
Aumenta o catabolismo proteico.
Diminui a síntese proteína.
METABOLISMO DE LIPIDIOS:
Lipólise.
	O uso de corticoides faz com eu o Ca+ que absorvemos da dieta não seja mais o mesmo, tendo uma deficiência na absorção de Ca+ pelo TGI.
	Nos rins, com o aumento das doses de corticoides, ocorre o aumento da excreção de Ca+ levando a uma reabsorção óssea, ou seja, os ossos começam a doar Ca+ para o organismo, esse aumento na reabsorção gera para o paciente a osteoporose.
	Os pacientes asmáticos necessitam do uso de corticoides para se manter fora das crises de asma, sendo a via preferencial inalatória (bombinha), pois, diminui essas ações sintomáticas. Mas em casos em que a asma é de difícil controle, deve-se adotar a administração de corticoides por via oral. O paciente deve ir regularmente ao medico por conta das ações sintomáticas.
	Em crises alérgicas, deve-se administrar preferencialmente anti-histamínicos, mas, se a intensidade alergênica do paciente for alarmante, administrar corticoides. O CELESTAMINE® é uma associação de anti-histamínico com corticoide, sendo muito usado nos dias atuais.
	Os corticoides tópicos não possuem esses efeitos colaterais, sendo mulher também que os anti-histamínicos tópicos.
	Em casos de ações anti-inflamatórias, dar preferencia para os AINES exceto em quadros como a artrite, que deve-se administrar corticoides como droga de ação anti-inflamatória e imunossupressora.
	Os corticoides também causam excitação do SNC, onde o paciente fica mais agitado, nervoso, ansioso. Em pacientes com distúrbios psiquiátricos ou pensamentos suicidas não deve ser administrado.
	Há um aumento de apetite, tendo ganho de peso. O paciente passa a produzir muita glicose com o uso prolongado do medicamento, levando a exaustão das células B do pâncreas que são responsáveis pela secreção de insulina, ocorrendo a hiperglicemia e por consequência o diabetes.
CASCATA DO ACIDO ARAQUIDONICO:
	A droga vai inibir os mediadores da cascata do acido araquidônico. Então a partir de qualquer estimulo físico, químico e/ou hormonal os fosfolipídeos de membrana através da FOSFOLIPASE A2, vão liberar ácido araquidônico. Este acido serve de substrato para outras duas vias enzimática, a LOX e COX.
	A LOX transforma o acido em LEUCOTRIENOS (LTS) e a COX transforma o acido em PROSTAGLANDINAS (PGS), PROSTACICLINAS (PGI) e TROMBOXANOS (TXA2). Cada uma dessas substancias formadas possui uma ação diferente, a PGi (mecanismo da febre, vasodilatação); PGs (vasodilatação e inibição da agregação plaquetária) e TXA2 (agregação plaquetária). Os LTs, além do efeito de quimiotaxia, nos brônquios ele promove a broncoconstrição (na asma alérgica há produção desses LTs).
AÇÃO DOS ANTI-INFLAMATORIOS NÃO ESTEROIDAIS:
	A ação dos anti-inflamatórios acontece quando o paciente faz uso de AINES, inibindo a COX1 e 2, reduzindo a liberação de seus mediadores. Em pacientes asmáticos, não é o grupo de droga de escolha para crises pois, mesmo que ocorra a inibição da COX, ocorre um desvio metabólico, permanecendo ácido araquidônico apenas para LOX, aumentando a liberação de LTs, podendo vir a desenvolver uma crise asmática.
AÇÃO DOS ANTI-INFLAMATORIOSESTEROIDAIS:
	Os corticoides agem diminuindo a produção da fosfolipase A2, consequentemente diminuindo toda cascata do ácido araquidônico, ou seja, se não houver a COX e LOX não haverá produção de seus mediadores. Sendo assim, em pacientes asmáticos, deve-se administrar corticoides como preventiva de crises.
MECANISMO INFLAMATORIO ALERGICO:Histamina
PGs, LTs, Bradicininas, PAF
Alérgeno
Linfócito T
Linfócito B
Citocinas
Cininas
Moléculas de adesão
Sinais e sintomas alergicos
Mastócitos
Eosinofilos
	Quando o organismo entra em contato com algum alérgeno, podem ocorrer dois mecanismos:
	Pode ter sensibilização previa de mastócitos e basófilos, já existindo os Ac expressos ocorrendo interação entre o Ag-Ac. Quando ocorre a reação Ag-Ac as células granulocíticas liberam mediadores como a histamina, PGi, TXA2, LTs, PAF, bradicinina, causando os sinais e sintomas da alergia.
	Um outro mecanismo é quando o alérgeno entra em contrato com o meio intra fisiológico humano e como resposta, o organismo recruta linfócitos T que vão sintetizar novas células como os linfócitos B, recrutando também moléculas de adesão, citocinas, que irão atrair para aquele local os eosinófilos, contribuindo para os sinais e sintomas alérgicos.
	
	Potencia equivalente (mg)
	Potencia anti-inflamatória
	Potencia retentora de Na+
	Adequado para terapêutica intermitente
	Ação curta
	
	
	
	
	CORTISONA
	25
	0,8
	++
	NÃO
	HIDROCORTISONA
	20
	1
	++
	NÃO
	
	
	
	
	
	Ação intermediaria
	
	
	
	
	PREDNISONA
	5
	3,5
	+
	SIM
	PREDNISOLONA
	5
	4
	+
	SIM
	METILPREDAISOLOMA
	4
	5
	-
	SIM
	TRIANCINOLONA
	4
	5
	-
	NÃO
	
	
	
	
	
	Ação longa
	
	
	
	
	PARAMELASONA
	2
	10
	-
	NÃO
	DEXAMETASONA
	0,75
	30
	-
	NÃO
	BETAMETASONA
	0,60
	25
	-
	NÃO
	CORTIVAZOL
	0,435
	50
	-
	NÃO
	Os corticoides inibem a produção da fosfolipase A2, inibindo assim a produção dos novos mediadores, levando os linfócitos a lise. Não haverá recrutamento, quimiotaxia, infiltração de eosinófilos, diminuindo a secreção de linfócitos e mastócitos. Não havendo linfócitos, não terá reação Ag-Ac; não terá cascata do acido araquidônico, não liberando seus mediadores (PGi, PGs, TXA2, LTs).
	Sendo assim, em pacientes asmáticos a administração de corticoides tem por objetivo o impedimento do quadro agudo venha a evoluir para um quadro crônico (remodelamento do pulmão). Os corticoides possuem ação anti-inflamatória e antialérgica, não ocorrendo de forma separada. A ação anti-inflamatória tem pela inibição da fosfolipase A2 e a ação antialérgica se da pela diminuição da ação das células do sistema imunológico.
GLICOCORTICOIDES SINTETICOS:
	Essa classificação é baseada no tempo de meia-vida biológica da droga, ou seja, o tempo que a mesma leva para ser degradada pela metade no tecido. A caracterização da duração da ação dos glicocorticoides se baseia em:
Curta: HIDROCORTISONA; meia-vida em torno de 8-12 horas.
Intermediaria: PREDNISONA, PREDNISOLONA; meia-vida em torno de 12-36 horas.
Prolongada: DEXAMETASONA, BETAMETASONA; meia-vida em torno de 24-72 horas.
	A meia vida é o tempo que a droga permanece na hipófise, inibindo a secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), diminuindo a liberação do cortisol pela adrenal.
	As drogas que possuem a ação anti-inflamatória mais potente são as de ação prolongada.
	Clinicamente falando, o grupo de drogas mais usados é o intermediário, pois, mesmo não tendo uma potente ação anti-inflamatória como os de ação prolongada, possuem uma ação mineralocorticoide menor que os de ação curta, tendo também menor tempo de ação inibitória sobre a hipófise em comparação com as drogas do grupo de ação prolongada. Então, a insuficiência da glândula vai ser menor pela ação desse grupo do que pelo de ação prolongada.
	Os tratamentos de longa duração que envolvem corticoides, são administrado drogas de ação longa por possuírem uma ação anti-inflamatória muito melhor e como o tratamento vai ser longo, não tem como fugir de uma insuficiência do eixo.
	A insuficiência de eixo se inicia após uma semana de tratamento com corticoides. Caso o tratamento seja de curto prazo (menos de uma semana), porem com doses elevadas, também haverá insuficiência de eixo exceto se as doses forem baixas, sem necessidade de desmame neste caso.
	Corticoterapia Sistêmica
Perfil farmacológico dos glicocorticoides
	Fármaco
	Meia-vida plasmática (min)
	Meia-vida biológica (hrs)
	Duração da ação terapêutica
	CORTISOL (HC)
	90
	8-12
	CURTA
	CORTISONA
	30
	8-12
	CURTA
	PREDNISONA
	60
	12-36
	INTERMEDIARIA
	PREDNOSOLONA
	200
	12-36
	INTERMEDIARIA
	METILPREDNISOLONA
	180
	12-36
	INTERMEDIARIA
	TRIAMCINOLONA
	300
	12-36
	INTERMEDIARIA
	BETAMETASONA
	100-300
	24-72
	PROLONGADA
	DEXAMETASONA
	100-300
	24-72
	PROLONGADA
	As drogas de ação curta precisa ser 20 mg administrada para se obter 1 de potencia anti-inflamatória, já as de ação intermediaria 5 mg é o suficiente para se obter potencia de 3,5-4 e os de ação longa 0,75 mg é o suficiente para ter uma potencia de 20-30.
	O inconveniente das drogas de ação longa é a muitas horas de inibição do eixo H-H-A (insuficiência glandular), por isso é mais comum o uso de faixas intermediarias na terapia. A vantagem de administrar drogas do grupo de ação intermediaria é pela terapia intermitente.
POTENCIA RETENTORA DE Na+:
	É uma ação mineralocorticoide (aldosterona). Quem tem essa ação é o grupo de drogas de ação curta, tendo mais capacidade para deixar o paciente edemaciado (inchado). Os grupos de ação longa mesmo estando (-) na tabela acima para a ação retentora de Na+, o paciente pode vir a apresentar este quadro em caso de terapia a longo prazo.
	As drogas do grupo de ação curta são mais usadas nas situações clinicas como emergências que é a HIDROCORTISONA EV. Hoje em dia já existe droga EV do grupo intermediário que é a METILPREDNISOLONA, edemaciando menos o paciente, tendo um efeito anti-inflamatório muito melhor, porem seu custo é alto.
TERAPIA INTERMITENTE:
	São administrações intercaladas com por ex.: dia sim, dia não; dia sim, dois dias não, que só podem serem feitas com drogas do grupo intermediário. Esse tipo de terapia possui a vantagem de manter o eixo H-H-A mais funcionante, ou seja, no dia em que não for administrado a droga, a hipófise tem que trabalhar.
	As drogas de ação intermediaria são as mais usadas clinicamente pois, possui maior potência quando comparada com as de ação curta, permitindo a terapia intermitente. A terapia intermitente tem como vantagem em manter a atividade hipofisária, ou seja, quanto menos houver interferência na supressão do eixo H-H-A, menor será o risco de insuficiência glandular.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA SUPRESSÃO DO EIXO H-H-A (MENOR GRAU):
Dose total do CG a ser usada: baixa x alta.
Tempo de tratamento: curto x prolongado.
Fracionamento da dose: única x múltipla.
Horário da administração: manhã x noite.
Frequência: alternada x diária.
Duração da ação: curta x intermediaria x longa.
	Em relação a dose empregada, é melhor administrar doses baixas se possível, porém, existe situação em que não é possível esse tipo de administração como em casos de pacientes transplantados, pois é necessário a administração de doses altas para que o efeito seja imunossupressor.
	Outro fator que deve-se levar em consideração é o tempo de tratamento, quanto menor for, melhor. Em casos específicos como o Lúpus e/ou doenças autoimune, administrar a droga por meses para controle da doença, pausar por um tempo e depois retornar com a medicação.
	Com relação ao fracionamento, o mais viável é que medicação seja administrada uma vez ao dia do que por várias vezes.
	O melhor horário é pela manhã, pois é o horário em que ocorre maior pico fisiológico de cortisol.
	A frequência do uso da droga se possível deve ser alternada (terapia intermitente).
	Quanto a duração, o grupo que vai interferir menos no eixo hipotalâmicosão os de ação curta.
USO TERAPUETICO:
Terapia de reposição: quando o paciente tem SINDROME DE ADDISON, sendo o único uso curativo.
Reumatologia.
Doenças autoimune.
Edema cerebral: o processo inflamatório provoca edema, que leva ao aumento da pressão intracraniana. Quando ocorre a redução dos mediadores da inflamação, reduz o edema cerebral e a pressão intracraniana.
Uso tópico: para quadros alérgicos e inflamatórios BUDESONIDA (NOEX®); FLUTICASONA (AVAMYS®); intranasais ou também colírios antialérgicos, pomada, creme, loção.
Outros: transplante, asma, DPOC.
	Com exceção da terapia de reposição, todas são uso paliativos.
REAÇÕES ADVERSAS:
Insuficiência suprarrenal aguda: feedback negativo do eixo; o aumento circulante de corticoide aumenta essa retroalimentação negativa.
Compleição de Cushing: é o excesso de cortisol no organismo; compleição porque é ocasionada pelo uso de medicamento.
Atraso no crescimento: em crianças que fazem uso de corticoide; esse eixo também influencia no hormônio do crescimento, mas não interfere na estatura final.
Diabetes mellitus: a hiperglicemia leva a exaustão das células B pancreáticas que são responsáveis pela secreção de insulina.
Imunodepressão.
Ulceras gastrointestinais: pela não produção de prostaglandinas que tem ação citoprotetora; ocorrer quadros de ulceras hemorrágicas também pela não produção de tromboxanos (cascata ácido araquidônico inibida).
Aumento da pressão intraocular: glaucoma.
Retenção de Na+ e água: hipertensão (ação mineralocorticoide nos túbulos).
Osteoporose: redução de absorção de Ca+ pelo TGI, o aumento de excreção renal gera uma reabsorção óssea.
Alterações psíquicas: estimula o SNC gerando ansiedade, irritabilidade, nervosismo, ganho de peso.
	A prostaglandina tem ação vasodilatadora nos rins e a angiotensina provoca a vasoconstrição. Então temos a perfusão controlada pela ação das duas. Quando tomamos anti-inflamatórios de uma maneira geral (esteroides ou AINES), não haverá produção da prostaglandina renal, não tendo esse efeito vasodilatador renal, prevalecendo apenas o efeito vasoconstritor, aumentando a volemia e a pressão. Em indivíduos normotensos é imperceptível esse mecanismo da droga, porem em pessoas hipertensas, deve-se tomar cuidado com os corticoides, principalmente os de ação curta.
	Existem vários mecanismos que contribuem para o aumento da PA. O edema é reversível, exceto em paciente que devem fazer uso constantemente de corticoides.
CONTRA INDICAÇÕES:
Portadores do doenças fungicas sistêmicas: não administrar corticoides pelo seu efeito imunossupressor.
Portadores de herpes simples ocular: não administrar corticoides pelo seu efeito imunossupressor.
Histórico de doenças psicóticas.
Portadores de tuberculose ativa: não administrar corticoides pelo seu efeito imunossupressor.
Hipersensibilidade à droga.
PRECAUÇÕES:
	Administração dessas drogas com cautela em:
Gestantes e lactantes.
Diabéticos (controlados): em alguns casos deve-se aumentar a dosagem do antidiabético para que o corticoide não descompense os níveis glicêmicos.
Hipertensos e cardiopatas.
Ulceras pépticas.
Pacientes imunodeprimidos.
Infecções bacterianas agudas disseminadas.
Paulo Tonon

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