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SISTEMAS ESTRUTURAIS II 3. TRELIÇAS E VIGAS DE ALMA CHEIA 1 PROF: BRUNO NORAT JORGE 2016 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO A treliça é um sistema estrutural formado por barras que se unem em pontos denominados nós. Para se entender o comportamento da treliça, reporte-se ao modelo do cabo que sustenta uma carga no seu centro. Sabe-se que o cabo absorve apenas esforços de tração simples e que, no seu apoio, aparecem forças horizontais denominadas empuxo. 2 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO Em todas as situações, as treliças estarão sempre com suas barras submetidas a esforços de tração e de compressão simples. As barras sempre formarão triângulos. Essas são as duas características mais importantes da treliça. Seguindo essas regras, podem ser criadas as mais diversas formas de treliças. 3 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 4 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 5 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 6 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 7 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 8 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 9 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 10 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 11 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 12 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO 13 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO As cargas sobre as treliças devem ser sempre aplicadas nos nós. Cargas fora dos nós, sobre as barras, fazem com que elas trabalhem à flexão, um esforço menos favorável do que a compressão e a tração originais. Essa situação exige maior dimensionamento das barras, tornando a treliça antieconômica. A inclinação das diagonais é outra preocupação importante nas treliças. 14 3.1. TRELIÇAS 3.1.1 COMPORTAMENTO Diagonais muito abatidas desenvolvem grandes esforços. Diagonais muito inclinadas aumentam muito o número de peças. Recomenda-se que a inclinação fique entre 30° e 60°. 15 3.1. TRELIÇAS 3.1.2. TIPOS DE TRELIÇAS 16 3.1. TRELIÇAS 3.1.3. MATERIAIS UTILIZADOS Como as barras das treliças estão sujeitas a esforços de tração e de compressão simples, devem ser usados materiais que apresentem boa resistência a esses dois esforços, como o aço e a madeira. O aço apresenta duas vantagens em relação à madeira: maior facilidade de execução dos nós de ligação das barras e menor peso, já que é mais resistente aos dois tipos de esforços. 17 3.1. TRELIÇAS 3.1.3. MATERIAIS UTILIZADOS O concreto armado não é boa recomendação, já que nas barras tracionadas apenas a armação colabora, ficando o concreto como mero elemento de revestimento. Além disso sua execução é muito trabalhosa. As seções das barras deverão ser escolhidas entre aquelas que respondam bem a esforços de tração e de compressão. No aço, os cabos podem ser usados para as barras tracionadas; tubos, principalmente de seção circular, e cantoneiras são os mais adequados para barras tracionadas e comprimidas. 18 3.1. TRELIÇAS 3.1.3. MATERIAIS UTILIZADOS Nas treliças metálicas, devido à esbeltez das seções, as barras mais longas ou seja as diagonais, deverão trabalhar a tração. As seções de tubos circulares apresentam como desvantagem maior dificuldade na execução dos nós. Na madeira, são usadas as seções quadradas e retangulares cheias, tanto para as barras tracionadas como para as comprimidas. 19 3.1. TRELIÇAS 3.1.4. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO A treliça, por apresentar em suas barras os dois esforços mais favoráveis, constitui um sistema estrutural muito econômico em termos de consumo de material, sendo, portanto, útil para vencer grandes vãos. Por este motivo, a treliça é muito empregada em coberturas e pontes. Seu uso pode ser interessante na sustentação de pisos com grandes vãos, em substituição às vigas de alma cheia, pois resultará em peças mais leves. 20 3.1. TRELIÇAS 3.1.4. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO A forma da treliça normalmente utilizada para pisos, em substituição às vigas de alma cheia, é mostrada na figura abaixo. Essa treliça recebe o nome de treliça de banzos paralelos. As aberturas na alma da treliça permitem a passagem de tubulações, oferecendo também a possibilidade de ventilação e de iluminação. Os limites de vãos utilizados nas treliças podem chegar a 120 metros em coberturas - como nos hangares - ou ainda a 300 metros, em pontes. 21 3.1. TRELIÇAS 3.1.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 22 3.1. TRELIÇAS 3.1.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 23 3.1. TRELIÇAS 3.1.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 24 3.1. TRELIÇAS 3.1.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 25 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO Chama-se alma de uma viga a porção vertical da sua seção. A viga de alma cheia é aquela que não apresenta vazios em sua alma. Quando uma barra horizontal, apoiada em seus extremos, é solicitada por cargas transversais ao seu eixo ela se deforma. 26 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO Ao sofrer essa deformação, as seções transversais giram em torno do seu eixo horizontal e tendem a escorregar uma em relação à outra. O eixo da viga, antes reto, deforma-se verticalmente. Aos deslocamentos verticais do eixo dá-se o nome de flecha. 27 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO O giro das seções é provocado por um binário interno de forças, denominado momento fletor, que provoca flecha. A tendência de escorregamento entre as seções é provocada por uma força vertical interna, denominada força cortante. 28 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO 29 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO 30 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO Portanto, uma viga é um sistema estrutural sujeito a dois esforços: momento fletor e força cortante. Por estar sujeita predominantemente ao momento fletor, que é o esforço mais desfavorável na hierarquia dos esforços, a viga é o sistema estrutural que exige maior consumo de material e maior resistência. Pode-se dizer que a viga está no extremo oposto ao do cabo, quanto às condições de consumo de material. Conforme a posição e a quantidade de apoios, as vigas podem ser classificadas em vigas bi apoiadas, vigas em balanço e vigas contínuas. 31 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO 32 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO 33 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO 34 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO 35 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO 36 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.1 COMPORTAMENTO 37 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.2. MATERIAIS UTILIZADOS O aço, a madeira e o concreto armado são materiais que respondem bem a esforços de flexão, ou seja, à solicitação concomitante de tração e de compressão, já que resistem bem a esses esforços. O concreto armado leva a desvantagem de necessitar de um segundo material, o aço, para aumentar a sua capacidade à tração. O concreto armado ainda apresenta uma segunda desvantagem: para a sua execução necessita de um terceiro material, a madeira da fôrma. 38 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.2. MATERIAIS UTILIZADOS Sendo as vigas submetidas à flexão, suas seções deverão apresentar uma concentração de material longe do centro de gravidade, conforme comentado na discussão da relação entre os esforços e a forma da seção. Assim, a seção ideal para as vigas é a L devido à concentração de tensões, a mesa, parte horizontal da seção I, deve ser mais espessa do que a parte vertical, a alma. No aço, essa forma de seção é facilmente obtida; na madeirae no concreto armado, pode ser também alcançada, com maior trabalho de elaboração. 39 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.2. MATERIAIS UTILIZADOS Por conta disso, as seções usuais em vigas de madeira e de concreto armado são as retangulares, nas quais, obviamente, a altura é bem maior do que a largura. No aço, as seções retangulares podem ser formadas por tubos, solução que acarreta maior consumo de material do que a seção I, já que os tubos têm seções com a mesma espessura em todo o seu perímetro. 40 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.2. MATERIAIS UTILIZADOS Uma seção compatível com o concreto armado é a T. 41 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.3. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO A viga é um elemento estrutural que se caracteriza por transmitir cargas verticais ao longo de um vão através de um eixo horizontal. Dessa forma, o vão sob a viga é totalmente livre e aproveitável, o que não ocorre no cabo e no arco, cujos eixos são curvos e limitam parte do espaço sob eles. Graças a essa virtude, a viga é o sistema estrutural mais usado. 42 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.3. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO A viga de alma cheia, por estar sujeita predominantemente ao esforço menos favorável, é em princípio o sistema estrutural que mais consome material, sendo, portanto, a solução mais pesada. Entretanto, a viga permite soluções que tornam os espaços mais aproveitáveis, daí a sua frequente utilização, principalmente como elemento de sustentação de pisos. Os vãos vencidos pela viga de alma cheia são bem menores do que aqueles vencidos pelo cabo e pelo arco. 43 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.3. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO Na prática, esses limites ficam em torno de 20 metros, quando considerados o aço e o concreto armado. No concreto protendido, esses vãos podem ser bem maiores, principalmente quando são usadas vigas caixão. Neste caso, são possíveis vãos em torno de 200 metros. Para vencer vãos grandes com vigas de madeira, há a necessidade de compor seções a partir de bitolas comerciais de menores dimensões, ou, então, de usar vigas compostas de sarrafos colados - as vigas laminadas. As vigas de alma cheia de madeira têm seus limites dados pelos comprimentos disponíveis no mercado, ou pela possibilidade de emenda de barras entre si. 44 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.4. VIGA BALCÃO Algumas vezes, por exigências arquitetônicas, por necessidades espaciais ou estéticas, a viga projeta-se fora do plano, desenvolvendo em planta um arco ou poligonal, apoiando-se apenas nos seus extremos. Essas vigas são denominadas vigas balcões, nome originado da forma dos pisos que se projetam além da fachada do edifício, como nos episódios de Romeu e Julieta e Rapunzel. 45 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.4. VIGA BALCÃO A viga balcão apresenta um comportamento atípico em relação às vigas planas. Além de apresentarem os mesmos esforços que aquelas, sofrem também esforço de torção. Na figura ao lado, imagine a força percorrendo a viga até alcançar os apoios. 46 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.4. VIGA BALCÃO É fácil observar que a cada "deslocamento" a força apresenta uma excentricidade em relação à posição anterior; essa excentricidade produz o aparecimento de um binário transversal à seção da viga, provocando um momento torçor na seção. Essa situação repete-se ao longo de toda a viga. 47 3.2. VIGAS DE ALMA CHEIA 3.2.4. VIGA BALCÃO Como já foi visto, o momento torçor exige seções que apresentem massa distante do centro de gravidade em todas as direções, o que levaria à escolha da seção tubular circular. Como essa forma não é muito prática para uso em vigas, deve-se, quando se projeta uma viga balcão, escolher seções que se aproximem daquela. Assim, as vigas balcões, quando de seção retangular, deverão ter uma largura bem próxima da altura, tendendo ao quadrado. 48 3.2. VIGAS DE ALMACHEIA 3.2.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 49 3.2. VIGAS DE ALMACHEIA 3.2.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 50 3.2. VIGAS DE ALMACHEIA 3.2.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 51 3.2. VIGAS DE ALMACHEIA 3.2.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 52 3.2. VIGAS DE ALMACHEIA 3.2.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 53 3.2. VIGAS DE ALMACHEIA 3.2.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 54 3.2. VIGAS DE ALMACHEIA 3.2.5. PRÉ DIMENSIONAMENTO 55
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