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Banestes ckm 2015 apostila versao final 20 05 2015 corrigida

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Concurso Banestes 2015 
Conteúdo Programático 
1. Introdução e esclarecimento ..................................................... 1 
2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional - SFN ........................ 1 
3. Mercado Financeiro ................................................................... 2 
4. Liquidez ...................................................................................... 2 
5. Política Econômica ..................................................................... 2 
6. Instrumentos de política monetária .......................................... 2 
7. Mercado Primário e Secundário ................................................ 2 
8. Mercado Bancário ...................................................................... 2 
9. Spread Bancário ......................................................................... 3 
10. Conselho Monetário Nacional ................................................... 3 
11. Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional ............. 4 
12. Banco Central do Brasil - BCB ou Bacen ..................................... 4 
13. COPOM - Comitê de Política Monetária .................................... 5 
14. Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade 
e incapacidade civil, representação e domicílio......................... 5 
15. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos ...... 7 
16. Depósitos a vista ........................................................................ 9 
17. Depósitos a Prazo (CDB e RDB) .................................................. 9 
18. Caderneta de Poupança ............................................................. 9 
19. Financiamento de Capital Fixo ................................................. 10 
20. Financiamento de Capital de Giro ............................................ 10 
21. Crédito fixo .............................................................................. 10 
22. Crédito rotativo ........................................................................ 10 
23. Crédito Direto ao Consumidor (CDC) ....................................... 10 
24. Cheque Especial ....................................................................... 11 
25. Contas garantidas .................................................................... 11 
26. Descontos de títulos ................................................................ 11 
27. Hot Money ............................................................................... 11 
28. Leasing (tipos, funcionamento, bens) ...................................... 11 
29. Cartões de Débito .................................................................... 12 
30. Cartões de crédito.................................................................... 12 
31. Cobrança .................................................................................. 14 
32. Arrecadação de tributos e tarifas públicas .............................. 14 
33. Home / Office Banking ............................................................. 15 
34. Remote banking ....................................................................... 15 
35. Mobile Banking ........................................................................ 15 
36. Bancos Comerciais ................................................................... 15 
37. Bancos de Investimento ........................................................... 15 
38. Bancos de desenvolvimento .................................................... 16 
39. Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento ........... 16 
40. Sociedades de Arrendamento Mercantil ................................. 16 
41. Sociedades de Crédito Imobiliário ........................................... 17 
42. Bancos Múltiplos ...................................................................... 17 
43. Bancos Cooperativos................................................................ 17 
44. Caixas Econômicas ................................................................... 17 
45. Cooperativas de Crédito .......................................................... 17 
46. Cheque - requisitos essenciais, circulação, endosso, 
cruzamento, compensação ...................................................... 18 
47. Nota promissória ..................................................................... 20 
48. Duplicata .................................................................................. 20 
49. Letra de Câmbio ....................................................................... 21 
50. Mercado de Capitais ................................................................ 21 
51. Conselho Monetário Nacional ................................................. 21 
52. Comissão de Valores Mobiliários - CVM .................................. 21 
53. Estrutura e Funcionamento ..................................................... 22 
54. Sociedades Anônimas - diferenças entre 
 companhias abertas e fechadas .............................................. 22 
55. Ações - características e direitos.............................................. 23 
56. Direitos dos Acionistas ............................................................. 23 
57. Desdobramento e Grupamento de Ações ............................... 23 
58. Valor das Ações ........................................................................ 23 
59. Bolsas de Valores ..................................................................... 23 
60. Bolsas de mercadorias e de futuros ......................................... 24 
61. BM&FBovespa ......................................................................... 24 
62. Mercado de balcão .................................................................. 25 
63. Negociando com Ações ............................................................ 25 
64. Funcionamento do mercado à vista de ações ......................... 25 
65. Debêntures .............................................................................. 26 
66. Commercial Paper .................................................................... 26 
67. Operações de Underwriting ..................................................... 27 
68. Fundos Mútuos de Investimento ............................................. 27 
69. Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários - 
SCTVM e Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores 
Mobiliários - SDTVM ................................................................ 27 
70. Sistema de Seguros Privados, Previdência Complementar 
Aberta Títulos de Capitalização ............................................... 28 
71. Conselho Nacional de Seguros Privados .................................. 28 
72. Superintendência de Seguros Privados .................................... 28 
73. Sociedades Seguradoras .......................................................... 28 
74. Planos de seguros .................................................................... 29 
75. Corretoras de Seguros ............................................................. 29 
76. Entidades Abertas de Previdência Privada............................... 30 
77. Planos de aposentadoria e pensão privados abertos .............. 30 
78. Sistema de Previdência Complementar Fechada ..................... 31 
79. Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) ...... 31 
80. Superintendência Nacional de Previdência Complementar 
(PREVIC) ................................................................................... 31 
81. Entidades fechadas de previdência privada ............................. 32 
82. Planos de aposentadoria e pensão privados fechados ............ 32 
83. Mercado de Câmbio ................................................................ 32 
84. Instituições autorizadas a operar ............................................. 32 
85. Operações básicas ...................................................................33 
86. Contratos de câmbio - características ...................................... 33 
87. Taxas de câmbio ...................................................................... 33 
88. Posição de Câmbio ................................................................... 34 
89. Garantias do Sistema Financeiro Nacional............................... 34 
90. Aval ...................................................................................... 34 
91. Fiança ...................................................................................... 34 
92. Fianças Bancárias ..................................................................... 35 
93. Penhor Mercantil ..................................................................... 35 
94. Alienação Fiduciária ................................................................. 35 
95. Hipoteca ................................................................................... 36 
96. Fundo Garantidor do Crédito (FGC) ......................................... 36 
97. Sistema de Pagamentos Brasileiro. .......................................... 37 
98. Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis ............. 38 
99. Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) .................. 38 
100. Cetip S.A. - Mercados organizados .......................................... 39 
101. Guia de Conduta Ética do Sistema Financeiro Banestes .......... 40 
102. Instituições Financeiras Monetárias e Não Monetárias ........... 40 
103. Títulos de crédito ..................................................................... 40 
104. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................... 40 
105. Exercícios - 1ª parte ................................................................. 41 
106. Exercícios - 2ª parte ................................................................. 65 
107. Exercícios - 3ª parte ................................................................. 89 
Banestes 2015 - Conhecimentos Bancários - Prof. Cid Roberto 
facebook.com/ConhecimentoBancario 
 1 
1. Introdução e esclarecimento 
Seja muito bem-vinda(o) ao curso de Conhecimentos Bancários para 
o concurso do Banestes 2015, para o cargo de Técnico Bancário. 
Este curso foi elaborado levando em conta o conteúdo exigido no 
Edital CKM 01/2015, de 08.05.2015. 
O período de inscrições é de 08 a 25.05.2015. A prova está marcada 
para 12.07.2015. 
Ao longo desta apostila e dos nossos encontros em sala de aula ou 
nas vídeoaulas teremos a oportunidade de trabalhar todo o 
conteúdo, por meio de aulas teóricas, exemplos da prática bancária 
e vários exercícios. 
Estarei à disposição em sala de aula e também no meio virtual. 
Participem da minha comunidade Conhecimentos Bancários no 
Facebook, acessando facebook.com/ConhecimentoBancario. 
Estude e realize os seus sonhos! 
Conte com a minha experiência profissional, pois trabalho em 
bancos desde 1968, com o meu auxílio e com a minha parceria. 
Fique na paz! 
Prof. Cid Roberto 
Conhecimentos Bancários 
2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional - SFN 
Entende-se a palavra “estrutura” como o modo pelo qual as 
diferentes partes de um todo estão dispostas. 
O termo “financeiro” tem a ver com finanças e à circulação e à 
gestão do dinheiro e de outros recursos líquidos, segundo o 
Dicionário Aurélio. 
Segundo o mesmo dicionário, “nacional” significa de, ou 
pertencente ou relativo a uma nação, ou próprio dela. 
A palavra “sistema” é entendida como o conjunto de partes, 
componentes, que interagem entre si, de forma ordenada, a fim de 
atingir um objetivo comum. 
De acordo com o conceito, todos os sistemas têm partes que 
interagem entre si, possuem ordem ou normas e visam um objetivo 
comum. 
Assim, poderíamos fazer as seguintes associações: 
 
SISTEMA PARTES 
ORDENAMENTO/ 
NORMAS 
OBJETIVO 
Solar 
planetas, 
estrelas, 
satélites, etc. 
leis da gravidade, 
física, etc. 
manter o 
equilíbrio dos 
corpos celestes 
Transporte 
vias, veículos, 
passageiros, etc. 
código de trânsito 
transportar 
cargas e 
passageiros 
Financeiro 
Nacional 
órgãos 
normativos, 
entidades 
supervisoras, 
entidades 
financeiras, 
entidades 
auxiliares, PF e 
PJ, etc. 
leis, decretos, 
resoluções, 
normas, códigos, 
etc. 
circular as 
finanças da 
nação 
brasileira; 
encontro 
dos 
superavitários 
com os 
deficitários 
 
O Sistema Financeiro Nacional - SFN tem a função básica de fazer o 
encontro dos superavitários (doadores de recursos) com os 
deficitários (tomadores de recursos). 
Para que isso ocorra, existem intermediários financeiros legalmente 
autorizados a fazerem esses encontros. São os operadores do SFN. 
Eles fazem com que os que têm sobra de dinheiro encontrem 
alternativas onde aplicar seus recursos financeiros. 
Esses recursos são repassados para os agentes econômicos que 
necessitam de dinheiro para atender as suas necessidades de 
consumo, que podem ser de caráter pessoal bem como para 
ampliação da capacidade produtiva das empresas. 
A intermediação financeira implica em captar os recursos dos 
superavitários, repassando-os para os deficitários. 
Os intermediários financeiros ganham juros ou comissões, 
dependendo da operação financeira que estiver realizando. 
Os superavitários ao aplicarem seus recursos em geral esperam 
auferir rendimentos positivos. Os deficitários pagam juros pelos 
recursos que tomam emprestados. 
Como consta no sítio do Banco Central do Brasil (bcb.gov.br), o SFN 
está estruturado basicamente em três subsistemas: órgãos 
normativos, entidades supervisoras e operadores. 
 
Órgãos 
normativos 
Entidades 
supervisoras 
Operadores 
Conselho 
Monetário 
Nacional - 
CMN 
Banco 
Central do 
Brasil - 
Bacen 
Instituições 
financeiras 
captadoras 
de depósitos 
à vista 
Demais 
instituições 
financeiras 
Outros intermediários 
financeiros e 
administradores de 
recursos de terceiros 
Conselho 
Nacional 
de Seguros 
Privados - 
CNSP 
Comissão 
de Valores 
Mobiliários - 
CVM 
Bolsas de 
mercadorias 
e futuros 
Bolsas de 
Valores 
Conselho 
Nacional 
de Seguros 
Privados - 
CNSP 
Superin-
tendência 
de Seguros 
Privados - 
Susep 
Ressegu-
radores 
Sociedades 
Seguradoras 
Sociedades 
de 
Capitali-
zação 
Entidades 
Abertas de 
previdência 
complementar 
Conselho 
Nacional de 
Previdência 
Comple-
mentar - 
CNPC 
Superin-
tendência 
Nacional de 
Previdência 
Comple-
mentar - 
Previc 
Entidades Fechadas de previdência complementar 
(fundos de pensão) 
Órgãos Normativos 
Têm a atribuição de traçar as linhas gerais que devem ser 
observadas na parte do Sistema Financeiro que está a cargo de cada 
uma delas. Não executam coisa alguma. 
São os seguintes: 
 Conselho Monetário Nacional - CMN; 
 Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP; e 
 Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC. 
Entidades Supervisoras 
Executam o que foi determinado pelos órgãos normativos, cabendo 
supervisionar, fiscalizar, acompanhar e punir os operadores do 
Sistema Financeiro, dentro das atribuições definidas para cada uma 
delas. 
São os seguintes: 
 Banco Central do Brasil - Bacen; 
 Comissão de Valores Mobiliários - CVM; 
 Superintendência de Seguros Privados - Susep; e 
 Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc. 
Banestes 2015 - Conhecimentos Bancários - Prof. Cid Roberto 
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2 
Operadores (Intermediários Financeiros) 
São todos aqueles que fazem efetivamente o Sistema Financeiro 
Nacional alcançar o seu objetivo de proporcionar o encontro dos 
superavitários com os deficitários, cabendo-lhes observar as regras 
definidas pelosórgãos normativos e que são implementadas pelas 
entidades supervisoras. 
3. Mercado Financeiro 
O setor financeiro é constituído por quatro segmentos, definidos 
pelos tipos de operações que os caracterizam e pelos fins a que se 
destinam. 
O termo mercado é usualmente empregado na designação desses 
segmentos. Esta designação resulta da própria essência da 
intermediação financeira: os intermediários financeiros estão entre 
os tomadores de recursos, aqueles que exercem a procura por 
ativos financeiros, e os poupadores, que detêm recursos excedentes 
e exercem a oferta destes excedentes de ativos financeiros. 
Termos, portanto, a situação típica de um mercado constituído pelas 
forças da oferta e da procura. 
Segundo Newlands Jr, 2009, os quatro segmentos do setor 
financeiro correspondem a quatro mercados: Monetário, de Crédito, 
de Câmbio e de Capitais 
Mercado Monetário 
É neste mercado que se estabelece o nível de liquidez geral da 
economia, definido pelo suprimento de moeda, em seu conceito 
estrito e convencional constituída pelo papel-moeda e pela moeda 
escritural, esta última correspondendo aos depósitos à vista no 
sistema bancário. O Banco Central, na qualidade de autoridade 
monetária, é o regulador do nível dos estoques monetários. Para 
compatibilizar, no dia a dia, o nível destes estoques com a desejada 
liquidez da economia, as autoridades monetárias operam neste 
mercado junto a uma rede de intermediários financeiros, através da 
qual injeta ou retira recursos. 
Neste mercado, de alta sensibilidade e de grandes montantes 
negociados, as operações são de curtíssimo prazo, lastreadas por 
títulos repassados pelo Banco Central. 
Também fazem parte deste mercado as operações do chamado 
interbancário, lastreadas em CDIs. As operações do Banco Central 
no mercado monetário são denominadas Operações no Mercado 
Aberto (Open Market). 
Mercado de Crédito 
As operações neste mercado têm prazos curto, médio e longo; têm 
por finalidade o financiamento do consumo das pessoas físicas, do 
capital fixo e do capital de giro das empresas. Esse processo envolve 
concessores de crédito (instituições financeiras) e tomadores finais 
(pessoas físicas e jurídicas), com normas preestabelecidas, tais como 
valor da operação, destino do uso, custo do crédito, prazo, garantias 
oferecidas e forma de liquidação: 
 valor da operação: valor em moeda ou percentual do bem a 
financiar; 
 destino do uso: crédito industrial, rural, imobiliário, capital de 
giro, pessoal, direto ao consumidor; 
 custo do crédito: refere-se ao custo de captação de recursos, mais 
impostos e taxas e mais remuneração do agente financeiro 
(spread); 
 prazo: data de vencimento; 
 garantias: reais - baseadas em bens ou títulos (hipoteca, alienação 
fiduciária e penhor); fidejussórias - prestadas por terceira pessoa 
(aval e fiança, garantem até a capacidade do patrimônio do 
avalista ou fiador); acessórias (seguro do bem); 
 forma de liquidação: de uma só vez ou pagamento parcelado. 
É também neste mercado de crédito que os poupadores (agentes 
superavitários quanto aos recursos financeiros) fornecem os 
recursos que serão repassados. 
Além desses dois mercados temos ainda o Mercado de Câmbio e o 
Mercado de Capitais. 
4. Liquidez 
Três conceitos 
 quantidade de dinheiro na economia 
 capacidade de honrar compromissos financeiros 
 possibilidade de transformar algo em dinheiro 
5. Política Econômica 
A política econômica consiste no conjunto de ações governamentais 
que são planejadas para atingir determinadas finalidades 
relacionadas com a situação econômica do Brasil. 
Os instrumentos da política econômica são: 
 política fiscal - tem a ver com os gastos públicos e os impostos; 
 política monetária - diz respeito à moeda nacional e aos títulos 
públicos (dívida pública interna); 
 política cambial - tem a ver com as moedas estrangeiras; 
 política creditícia - diz respeito à concessão de créditos. 
6. Instrumentos de política monetária 
São três, basicamente, os instrumentos utilizados pelo governo: 
 compra e venda de títulos públicos (operações do mercado 
aberto) - quando o governo vende (lança) títulos no mercado ele 
retira moeda da economia e quando compra títulos ele coloca 
moeda na economia; 
 depósitos compulsórios - corresponde a um percentual das 
captações que os bancos são obrigados a recolher ao Banco 
Central; quanto maior o percentual do compulsório menos moeda 
na economia e vice-versa; e 
 controle da taxa de juros - quanto maior a taxa de juros menos 
pessoas estarão dispostas a tomar dinheiro emprestado, 
resultando em menos moeda na economia. 
Alguns defendem que o redesconto e a emissão de moeda também 
são instrumentos de política monetária. 
7. Mercado Primário e Secundário 
Mercado primário 
As empresas ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para 
captar novos recursos diretamente de investidores. 
Mercado secundário 
É composto por títulos e valores mobiliários previamente adquiridos 
no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto 
é, a compra e venda. Não envolve mais o emissor e nem a entrada 
de novos recursos de capital para quem o emitiu. Seu objetivo é 
gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos. 
8. Mercado Bancário 
Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra “mercado” em economia, 
significa o conjunto de compradores e vendedores e sua interação. 
No Mercado Bancário temos os agentes econômicos comprando e 
vendendo seus recursos financeiros por meio dos vários produtos e 
serviços bancários ofertados pelas várias instituições financeiras, de 
natureza bancária ou não, públicas ou privadas. 
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 3 
Os produtos e serviços bancários podem ser divididos da seguinte 
forma em três segmentos: 
Operações passivas 
Ocorrem quando a instituição financeira capta recursos. Nessa hora 
o banco passa a ter um passivo, uma obrigação de devolver ao 
cliente o dinheiro captado. As principais operações passivas são: 
depósitos a vista, depósitos a prazo e depósitos de caderneta de 
poupança. 
Operações ativas 
Acontecem quando a instituição financeira empresta dinheiro. A 
partir do momento do empréstimo o banco passa a ter um ativo, o 
direito de receber do cliente o dinheiro emprestado. São os 
empréstimos e os financiamentos. As principais operações ativas 
são: crédito direto ao consumidor, cheque especial, conta garantida, 
desconto de títulos, operação de arrendamento mercantil e o 
financiamento imobiliário. 
Operações acessórias 
São as prestações de serviços. Não envolve captação nem 
empréstimo de dinheiro. A instituição financeira por meio da sua 
rede agências presta serviços aos clientes. Exemplo: cobrança de 
títulos, carnês e assemelhados, arrecadação de tributos e impostos, 
ordens de pagamento, consórcios, cartão de crédito e etc. 
9. Spread Bancário 
Em termos simplificados, o Spread Bancário é a diferença entre a 
taxa de juros cobrada aos tomadores de crédito e a taxa de juros 
paga aos depositantes pelos bancos. 
Em outras palavras, é a diferença entre a remuneração que o banco 
paga ao aplicador para captar um recurso e o quanto esse banco 
cobra para emprestar o mesmo dinheiro. 
O cliente que deposita dinheiro no banco, em poupança ou outra 
aplicação, está de fato fazendo um empréstimo ao banco. Portanto 
o banco remunera os depósitos de clientes a uma certa taxa de juros 
(chamada taxa de juros de captação ou simplesmente taxa de 
captação). 
Analogamente, quando o banco empresta dinheiro a alguém, cobra 
uma taxa pelo empréstimo - uma taxa que será certamente superior 
à taxa de captação. 
A diferença entre as duas taxas é o chamado Spread Bancário. 
10. ConselhoMonetário Nacional 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi instituído pela Lei nº 
4.595, de 31.12.1964. 
É o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. 
Tem a responsabilidade de expedir diretrizes gerais para o bom 
funcionamento do SFN. 
Dentre suas funções estão: 
 fixar a meta anual de inflação; 
 adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades 
da economia e seu processo de desenvolvimento; 
 regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do 
balanço de pagamentos; 
 orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras com 
vistas a propiciar, nas diferentes regiões do País, condições 
favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional; 
 propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros; 
 zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
 coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e 
da dívida pública interna e externa; 
 estabelecer a meta de inflação; 
 regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização 
das instituições financeiras; 
 fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a 
compra e venda de ouro; 
 disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações 
creditícias em todas as suas formas; 
 regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que 
exercerem atividades no SFN, bem como a aplicação das 
penalidades previstas; 
 regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as 
operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com 
quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza 
bancária; 
 estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central do 
Brasil - Bacen em suas transações com títulos públicos; 
 estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços 
bancários ou financeiros (juro, tarifas, etc); 
 outorgar ao Banco Central o monopólio das operações de câmbio 
quando necessário; 
 determinar a percentagem máxima dos recursos que as 
instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente 
ou grupo de empresas; 
 expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem 
observadas pelas instituições financeiras; 
 autorizar as emissões de moeda; 
 aprovar os orçamentos monetários preparados pelo Banco 
Central; 
 aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas 
vedações ou restrições equivalentes, que vigorem nas praças de 
suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados ou 
que nelas desejem estabelecer-se; 
 determinar o recolhimento de até 60% do total dos depósitos 
e/ou outros títulos contábeis das instituições financeiras por: 
subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou 
compra de títulos da Dívida Pública Federal, recolhimento em 
espécie. Em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil; 
 fixar e divulgar a TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo até o último 
dia do trimestre imediatamente anterior ao de sua vigência (em 
31.12, 31.03, 30.06 e 30.09). 
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito - 
Comoc, composta dos seguintes membros: 
 presidente e quatro diretores do Banco Central do Brasil; 
 presidente da Comissão de Valores Mobiliários; 
 secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão; 
 Secretário-Executivo e Secretários do Tesouro Nacional e de 
Política Econômica do Ministério da Fazenda. 
A Comoc possui as seguintes competências: 
 propor a regulamentação das matérias tratadas na presente Lei, 
de competência do Conselho Monetário Nacional; 
 manifestar-se, na forma prevista em seu regimento interno, 
previamente, sobre as matérias de competência do Conselho 
Monetário Nacional, especialmente aquelas constantes da Lei nº 
4.595; 
 outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Conselho 
Monetário Nacional. 
Estão previstas de funcionar também junto ao CMN as seguintes 
Comissões Consultivas: 
 de Normas e Organização do Sistema Financeiro; 
 de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; 
 de Crédito Rural; 
 de Crédito Industrial; 
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4 
 de Crédito Habitacional, e para Saneamento e Infra-Estrutura 
Urbana; 
 de Endividamento Público; e 
 de Política Monetária e Cambial. 
É constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo 
Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento Gestão e pelo 
Ministro de Estado Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen). 
Os seus membros reúnem-se ordinariamente uma vez por mês e 
extraordinariamente por convocação do seu presidente para 
deliberarem sobre assuntos relacionados com as competências do 
CMN. 
A data, a hora e o local de cada reunião serão determinados pelo 
presidente do conselho. 
Participam das reuniões do CMN: 
 os conselheiros; 
 os membros da Comoc; 
 os diretores do Banco Central do Brasil, não integrantes da 
COMOC; 
 representantes das Comissões Consultivas, quando convocados 
pelo Presidente do CMN. 
Poderão assistir às reuniões do CMN: 
 assessores credenciados individualmente pelos conselheiros; 
 convidados do presidente do conselho; 
 funcionários da secretaria-executiva do conselho, credenciados 
pelo Presidente do Banco Central do Brasil. 
Somente aos conselheiros é dado o direito de voto. 
As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, 
normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da 
União e na página de normativos do Banco Central do Brasil. 
De todas as reuniões são lavradas atas, que informarão o local e a 
data de sua realização, nomes dos conselheiros presentes e demais 
participantes e convidados, resumo dos assuntos apresentados e 
debates ocorridos e as deliberações tomadas, cujo extrato é 
publicado no Diário Oficial da União - DOU. 
As decisões de caráter confidencial serão comunicadas somente aos 
interessados. 
Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Bacen. 
As metas de inflação e os respectivos intervalos de tolerância serão 
fixados pelo Conselho Monetário Nacional - CMN, mediante 
proposta do Ministro de Estado da Fazenda até 30 de junho de cada 
segundo ano imediatamente anterior ao da meta. 
11. Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional 
É um órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do 
Ministério da Fazenda. 
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é 
constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos 
especializados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de 
câmbio, de capitais, e de crédito rural e industrial. 
Composição: 
 dois representantes do Ministério da Fazenda (Minifaz); 
 um representante do Banco Central do Brasil (Bacen); 
 um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); 
 quatro representantes das entidades de classe dos mercados 
afins, por estas indicados em lista tríplice 
Todos os Conselheiros são nomeados pelo Ministro da Fazenda, com 
mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez. 
Fazem parte ainda: 
 Procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-
Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel 
observância da legislação aplicável, e 
 um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministério da Fazenda, 
responsável pela execução e coordenação dos trabalhos 
administrativos. 
O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e a 
Secretaria de Comércio Exterior proporcionam o respectivo apoio 
técnico e administrativo. 
Um dos representantes do Ministério da Fazenda é o presidente do 
Conselho e o vice-presidente é o representante designado pelo 
Ministério da Fazenda dentre os quatro representantesdas 
entidades de classe que integram o Conselho. 
Atribuições: 
 julgar em segunda e última instância administrativa os recursos 
interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas 
aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores 
Mobiliários, pela Secretaria de Comércio Exterior e pelo Coaf - 
Conselho de Controle de Atividades Financeiras. 
Recursos de penalidades examinados: 
 relativas a penalidades por infrações à legislação cambial, de 
capitais estrangeiros e de crédito rural e industrial; 
 relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação de 
consórcios; 
 referentes à adoção de medidas cautelares; 
 referentes à desclassificação e à descaracterização de operações 
de crédito rural e industrial, e a impedimentos referentes ao 
Programa de Garantia de Atividade Agropecuária - PROAGRO; e 
 das decisões do Coaf “Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras” relativas às aplicações de penas administrativas. 
Compete ainda apreciar os recursos de ofício, dos órgãos e 
entidades competentes, contra decisões de arquivamento dos 
processos. 
12. Banco Central do Brasil - BCB ou Bacen 
Trata-se de uma autarquia
1
 federal vinculada ao Ministério da 
Fazenda, com diretoria colegiada composta de nove membros 
(presidente e oito diretores), todos nomeados pelo Presidente da 
República, sujeitos à aprovação do Senado Federal. 
É o principal órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional. 
O Bacen faz cumprir todas as determinações do CMN (Conselho 
Monetário Nacional). É por meio do Bacen que o governo intervém 
diretamente no Sistema Financeiro. 
As principais atribuições do Bacen são: 
 executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as 
diretrizes do Governo Federal; 
 regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional; 
 administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) 
 administrar e sanear o meio circulante; 
 emitir papel moeda; 
 autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, 
punindo-as se for o caso; 
 controlar o fluxo de capitais estrangeiros; 
 exercer o controle do crédito 
 executar os serviços de meio circulante; 
 determinar os recolhimentos compulsórios de: até 100% do total 
de depósitos a vista e até 60% de outros títulos contábeis 
(também chamados de rubricas contábeis ou contas do balanço 
patrimonial); seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações 
do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública 
Federal, seja através de recolhimento em espécie (em ambos os 
 
1 Autarquia - entidade de direito público, com autonomia econômica, técnica 
e administrativa, embora fiscalizada e tutelada pelo Estado, o qual 
eventualmente lhe fornece recursos, e constitui órgão auxiliar de seus 
serviços. 
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 5 
casos entregues ao Banco Central do Brasil, podendo ser 
diferentes em função das regiões geográficas, das prioridades e 
da natureza das instituições financeiras); 
 receber os recolhimentos compulsórios dos bancos; 
 realizar operações de redesconto; 
 efetuar como instrumento de política monetária a compra e 
venda títulos públicos federais; e 
 regular o serviço de compensação de cheques e outros papeis. 
É vedado ao Banco Central: 
Fazer operações bancárias de qualquer natureza com outras pessoas 
de direito público ou privado, salvo as expressamente autorizadas 
por lei. 
Os encargos e serviços de competência do Banco Central, quando 
por ele não executados diretamente, serão contratados de 
preferência com o Banco do Brasil S. A., exceto nos casos 
especialmente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional. 
Constituem receita do Banco Central do Brasil as rendas: 
 de operações financeiras e de outras aplicações de seus recursos, 
 das operações de câmbio, de compra e venda de ouro e de 
quaisquer outras operações em moeda estrangeira, e 
 eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora 
aplicados por força do disposto na legislação em vigor. 
O BCB, em função das diversas atividades que desenvolve recebe 
vários títulos: 
Banco dos bancos 
Determina e recolhe Depósitos compulsórios e faz operações de 
redesconto de liquidez. 
Gestor do SFN 
Elabora normas, concede autorizações, fiscaliza e intervém. 
Executor da política monetária 
Controla os meios de pagamento, cuida da liquidez do mercado. 
Banco emissor 
Executa o orçamento monetário, emite moeda e saneia o meio 
circulante. 
Banqueiro do governo 
Gestor e fiel depositário das reservas internacionais e nacionais do 
país, e representante do país diante das instituições financeiras 
internacionais. 
13. COPOM - Comitê de Política Monetária 
O Comitê de Política Monetária (Copom), constituído no âmbito do 
Bacen, em 20.06.1996, tem como objetivos implementar a política 
monetária, definir a meta da Taxa Selic e seu eventual viés e analisar 
o Relatório de Inflação. 
É composto pelo Presidente e os Diretores do Bacen, que se reúnem 
ordinariamente oito vezes por ano e, extraordinariamente, por 
convocação de seu Presidente, presentes, no mínimo, o Presidente, 
ou seu substituto, e metade do número de Diretores. 
As reuniões acontecem com o intervalo em torno de 45 dias. 
O Copom deliberará por maioria simples de votos, a serem 
proferidos oralmente, cabendo ao Presidente voto de qualidade. 
Compete ao Copom avaliar o cenário macroeconômico e os 
principais riscos a ele associados, com base nos quais são tomadas 
as decisões de política monetária. 
As decisões do Copom têm como objetivo cumprir as metas para a 
inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional. 
Se as metas não forem atingidas, cabe ao presidente do Banco 
Central divulgar, em Carta Aberta ao Ministro da Fazenda, os 
motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo 
para o retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos. 
A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa 
Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos 
federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a 
qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. 
Se for o caso, o Copom também pode definir o viés, que é a 
prerrogativa dada ao presidente do Banco Central para alterar, na 
direção do viés, a meta para a Taxa Selic a qualquer momento entre 
as reuniões ordinárias. 
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e 
dezembro), o Copom publica o documento "Relatório de Inflação", 
que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do 
País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação. 
14. Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e 
incapacidade civil, representação e domicílio 
Pessoas Físicas 
Capacidade e Incapacidade Civil 
Capacidade de Fato - É aquela que permite o exercício de direitos 
pelo próprio titular. Confunde-se com o autodiscernimento ou 
consciência dos próprios atos. Trata-se, portanto, de uma aptidão 
que não depende de determinação legal, sendo mero atributo da 
personalidade moral. 
Capacidade Jurídica - É aquela que possibilita a pessoa a adquirir e 
exercer direitos e contrair obrigações. 
Capacidade Plena - É aquela atribuída a todas as pessoas aptas a 
exercer direitos, isto é, as que completam 18 anos. 
Da Personalidade e da Capacidade Civil 
Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. A 
personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas 
a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil: 
 os menores de dezesseis anos; 
 os que, porenfermidade ou deficiência mental, não tiverem o 
necessário discernimento para a prática desses atos; 
 os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade. Obs.: Estes deverão ser representados em seus atos. 
São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os 
exercer: 
 os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
 os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por 
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
 os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
 os pródigos. 
Obs.: Estes deverão ser assistidos em seus atos. 
Atenção: A capacidade dos índios será regulada por legislação 
especial. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a 
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Cessará, para os menores, a incapacidade: 
 pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de 
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o 
menor tiver dezesseis anos completos; 
 pelo casamento; 
 pelo exercício de emprego público efetivo; 
 pela colação de grau em curso de ensino superior; 
 pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de 
relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 
dezesseis anos completos tenha economia própria. A existência 
da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto 
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aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de 
sucessão definitiva. 
Pessoas Jurídicas 
As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de 
direito privado. 
São pessoas jurídicas de direito público interno: 
 a União; 
 os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
 os Municípios; 
 as autarquias, inclusive as associações públicas; 
 as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito 
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, 
no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas do 
Código Civil. 
São pessoas jurídicas de direito público externo: os Estados 
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito 
internacional público. 
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente 
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem 
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores 
do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
São pessoas jurídicas de direito privado: 
 as associações; 
 as sociedades; 
 as fundações; 
 as organizações religiosas; 
 os partidos políticos. 
São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o 
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder 
público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos 
constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
As disposições concernentes às associações aplicam-se 
subsidiariamente às sociedades. 
Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o 
disposto em lei específica. 
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado 
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, 
precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por 
que passar o ato constitutivo. 
Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas 
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o 
prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
O registro declarará: 
 a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo 
social, quando houver; 
 o nome e a individualização dos fundadores ou institui dores, e 
dos diretores; 
 o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, 
judicial e extrajudicialmente; 
 se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e 
de que modo; 
 se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas 
obrigações sociais; 
 as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu 
patrimônio, nesse caso. 
Obriga a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos 
limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. 
Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se 
tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato 
constitutivo dispuser de modo diverso. 
Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere 
este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de 
erro, dolo, simulação ou fraude. 
Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a 
requerimento de qualquer interessado, nomear-Ihe-á administrador 
provisório. 
Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo 
desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz 
decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização 
para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, 
até que esta se conclua. 
Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a 
averbação de sua dissolução. 
As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que 
couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado. 
Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição 
da pessoa jurídica. 
Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos 
direitos da personalidade. 
A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no 
registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos. 
Registro 
O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro 
Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a 
sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual 
deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a 
sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. 
Representação 
Na sucessão legítima, direito dos descendentes em linha reta, ou 
colateral, do falecido, de suceder em todos os direitos que a ele 
competiam; faculdade legal que se atribui a alguém para agir em 
juízo; a representação é o objetivo do mandato, razão pela qual se 
diferencia de qualquer contrato. 
Podem ser representadas as pessoas jurídicas, os incapazes, o 
interdito, entre outros. Em Juízo, a parte será representada por 
advogado legalmente habilitado. Outras formas de representação 
são arroladas pelo Código de Processo Civil em seu art. 12 - 
autorização dada pela vítima do crime ou seu representante legal, 
para que a autoridade policial, o promotor público ou o juiz 
determinem a instauração de inquérito policial, a fim de que o órgão 
do Ministério Público possa oferecer a denúncia nos crimes de ação 
pública dependentes dessa formalidade. 
Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo 
interessado. A manifestação de vontade pelo representante, nos 
limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado. 
Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio 
jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de 
outrem, celebrar consigo mesmo. 
O representante é obrigado a provar às pessoas com quem tratar 
em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus 
poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a 
estes excederem. É anulável o negócio concluído pelo representanteem conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou 
devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. 
Mandato 
Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes 
para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A 
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procuração é o instrumento do mandato. Todas as pessoas capazes 
são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que 
valerá desde que tenha a assinatura do outorgante. 
O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde este 
foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o 
objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes 
conferidos. O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir 
que a procuração traga a firma reconhecida. 
Quando se outorgue mandato por instrumento público, ainda pode 
substabelecer-se mediante instrumento particular. 
O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito. A outorga 
do mandato está sujeita à forma exigida por lei para o ato a ser 
praticado. 
Não se admite mandato verbal quando o ato deva ser celebrado por 
escrito. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido 
estipulada retribuição, exceto se o seu objeto corresponder àqueles 
que o mandatário trata por ofício ou profissão lucrativa. 
O mandato pode ser especial a um ou mais negócios 
determinadamente, ou geral a todos os do mandante. O mandato 
em temos gerais só confere poderes de administração. 
Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos 
que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração 
de poderes especiais e expressos. Os atos praticados por quem não 
tenha mandato, ou não tenha poderes suficientes, são ineficazes em 
relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os 
ratificar. 
O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado 
pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele 
senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às 
obrigações contraídas por menores. 
Extinção do Mandato 
Cessa o mandato: 
 pela revogação ou pela renúncia; 
 pela morte ou interdição de uma das partes; 
 pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os 
poderes, ou o mandatário para os exercer; 
 pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio. A renúncia 
do mandato será comunicada ao mandante, que, se for 
prejudicado pela sua inoportunidade, ou pela falta de tempo, a 
fim de proceder à substituição do procurador, será indenizado 
pelo mandatário, salvo se este provar que não podia continuar no 
mandato sem prejuízo considerável, e que não lhe era dado 
substabelecer. 
São válidos, a respeito dos contratantes de boa-fé, os atos com estes 
ajustados em nome do mandante pelo mandatário, enquanto este 
ignorar a morte daquele ou a extinção do mandato, por qualquer 
outra causa. Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele 
cometido, os herdeiros, tendo ciência do mandato, avisarão o 
mandante, e providenciarão a bem dele, como as circunstâncias 
exigirem. 
Domicílio 
É o local onde a pessoa fixa sua residência com ânimo definitivo 
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua 
residência com ânimo definitivo. Se, porém, a pessoa natural tiver 
diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á 
domicílio seu qualquer delas. 
É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações 
concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Se a pessoa 
exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá 
domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência 
habitual, o lugar onde for encontrada. 
Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção 
manifesta de mudá-lo. A prova da intenção resultará do que 
declarar a pessoa às municipalidades dos lugares que deixar e dos 
para onde for. Se não fizer tais declarações, a prova resultará da 
própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. 
Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
 da União, o Distrito Federal; 
 dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
 do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
 das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as 
respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem 
domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. Tendo a 
pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, 
cada um deles será considerado domicílio para os atos nele 
praticados. 
Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-
se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações 
contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do 
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. 
Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o 
marítimo e o preso. O domicílio do incapaz é o do seu representante 
ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer 
permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo 
da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se 
encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio 
estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a 
sentença. 
O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar 
extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu 
domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último 
ponto do território brasileiro onde o teve. Nos contratos escritos, 
poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e 
cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
15. Abertura e movimentação de contas: documentos 
básicos 
Tipos de Contas 
Os principais tipos de conta são: 
 depósito à vista - é o tipo mais usual de conta bancária. Nela, o 
dinheiro do depositante fica à sua disposição para ser sacado a 
qualquer momento; 
 poupança - foi criada para estimular a economia popular e 
permite a aplicação de pequenos valores que passam a gerar 
rendimentos mensalmente; e 
 conta-salário - é um tipo especial de conta de registro e controle 
de fluxo de recursos, destinada a receber salários, proventos, 
soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. A 
"conta-salário" não admite outro tipo de depósito além dos 
créditos da entidade pagadora e não é movimentável por 
cheques. 
Abertura 
Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-
proposta de abertura de conta, que é o contrato firmado entre 
banco e cliente; dispor de quantia mínima, caso exigida pelo banco; 
e apresentar os originais dos seguintes documentos: 
no caso de pessoa física: 
 documento de identificação (carteira de identidade ou 
equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional de 
habilitação nos moldes previstos na Lei 9.503, de 1997); 
 inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); e 
 comprovante de residência. 
no caso de pessoa jurídica: 
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 documento de constituição da empresa (contrato social e registro 
na junta comercial); 
 documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, 
mandatários ou prepostos a movimentar a conta; e 
 inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). 
O contrato de abertura de conta um acordo entre as partes, a 
instituição financeira não é obrigada a abrir uma conta específica. 
O menor de idade pode ser titular de conta bancária. O jovem 
menor de 16 anos precisa ser representado pelo pai, mãe ou 
responsável legal. O maior de 16 e menor de 18 anos não 
emancipado devem ser assistidos pelo pai, mãe ou pelo responsável 
legal.O banco deve prestar no ato de abertura conta informações sobre 
direitos e deveres do correntista e do banco, constantes de 
contrato, tais como: 
 condições para fornecimento de talonário de cheques; 
 necessidade de você comunicar, por escrito, qualquer mudança 
de endereço ou número de telefone; 
 condições para inclusão do nome do depositante no Cadastro de 
Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF); 
 informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, 
poderão ser destruídos; 
 tarifas de serviços, incluindo a informação sobre serviços que não 
podem ser cobrados; 
 saldo médio mínimo exigido para manutenção da conta. 
Todos esses assuntos devem estar previstos em cláusulas 
explicativas na ficha-proposta. 
Antes de abrir uma conta o interessado deve tomar os seguintes 
cuidados: 
 ler atentamente o contrato de abertura de conta (ficha-proposta); 
 não assinar nenhum documento antes de esclarecer todas as 
dúvidas, inclusive referentes a tarifas, juros e outros encargos; 
 solicitar cópia dos documentos que assinou. 
As informações incluídas na ficha-proposta e todos os documentos 
de identificação devem ser conferidos, nos originais, quando da 
abertura da conta, pelo funcionário encarregado da abertura da 
conta, que assina a ficha juntamente com o gerente responsável. 
Os nomes desses dois funcionários devem estar claramente 
indicados na ficha-proposta. 
Em caso de abertura de contas para deficientes visuais o banco deve 
providenciar a leitura de todo o contrato, em voz alta. 
O dinheiro depositado em qualquer tipo de conta não pode ser 
transferido, pelo banco, para qualquer modalidade de investimento 
sem autorização do correntista. 
Isso somente pode ocorrer mediante autorização feita por escrito ou 
por meio eletrônico. 
O banco não pode fazer débitos em conta sem autorização do 
cliente. 
O banco só pode debitar na conta se tiver sido autorizado pelo 
correntista. Essa autorização pode ocorrer no momento da 
assinatura do contrato, ou em contratos de financiamento e 
empréstimo em que o cliente concorde com o débito em sua conta, 
ou ainda nas situações de agendamento de pagamento solicitado 
pelo titular da conta. 
O débito relativo a tarifas bancárias normalmente é autorizado no 
momento da assinatura do contrato. 
Observe que, mesmo autorizado, o débito referente à cobrança de 
tarifa em conta corrente e em conta de poupança não pode ser 
superior ao saldo disponível, sendo que o saldo disponível 
compreende o saldo em sua conta mais o limite de cheque especial, 
quando houver. 
Sendo um contrato voluntário e por tempo indeterminado, uma 
conta bancária pode ser encerrada por qualquer uma das partes 
envolvidas. 
Quando a iniciativa do encerramento for do banco, ele deve: 
 comunicar o fato, solicitando a regularização do saldo e a 
devolução dos cheques por acaso em poder do correntista; 
 anotar a decisão na ficha-proposta. 
O banco deverá encerrar a conta se forem verificadas 
irregularidades nas informações prestadas, julgadas de natureza 
grave, comunicando o fato imediatamente ao Banco Central. 
No caso da inclusão no CCF, o encerramento da conta depende da 
decisão do próprio banco, mas não poderá continuar fornecendo 
talão de cheque a você. 
Quando a iniciativa do encerramento for sua, você deverá observar 
os seguintes cuidados: 
 entregar ao banco correspondência solicitando o encerramento 
da sua conta, exigindo recibo na cópia, ou enviar pelo correio, por 
meio de carta registrada; 
 verificar se todos os cheques emitidos foram compensados para 
evitar que seu nome seja incluído no CCF pelo motivo 13 (conta 
encerrada); 
 entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu poder, ou 
apresentar declaração de que as inutilizou; 
 manter recursos suficientes para o pagamento de compromissos 
assumidos com a instituição financeira ou decorrentes de 
disposições legais. 
A instituição financeira deve lhe informar a data do efetivo 
encerramento da conta, por correspondência ou por meio 
eletrônico. 
O Banco Central não pode bloquear ou desbloquear valores em 
contas. 
Apenas um Juiz pode protocolar ordens de bloqueio, desbloqueio e 
transferências de valores e/ou contas, solicitar informações sobre 
endereço, existência de ativos financeiros, saldo, extratos, 
comunicação de falência e extinção de falência. 
Para facilitar a comunicação entre o Poder Judiciário e as 
instituições financeiras, o Banco Central desenvolveu um sistema 
informatizado chamado Bacen Jud, por meio do qual as ordens 
judiciais são registradas e transmitidas eletronicamente para as 
instituições financeiras. 
Na verdade, os juízes poderiam enviar suas determinações 
diretamente às instituições financeiras, mas, pela facilidade de 
comunicação que dispõe com o Sistema Financeiro, o Banco Central 
auxilia o Poder Judiciário na intermediação desse processo. 
Movimentação 
A movimentação de recursos na conta corrente pessoa física ocorre 
por meio de cheque, guia de retirada, cartão magnético e Internet 
Banking. 
Guia de retirada, também chamada de cheque avulso ou saque 
contra recibo, é um documento de saque exclusivamente para uso 
na agência bancária, sendo fornecida ao correntista somente no 
momento do saque. 
O cartão magnético é um cartão de plástico dotado de uma tarja 
magnética e/ou um chip, que permite consultas, saques e demais 
operações bancárias nos terminais eletrônicos dos bancos ou dos 
estabelecimentos comerciais conveniados. 
A Internet Banking é uma tecnologia que permite o acesso do cliente 
à sua conta, para consulta e transações eletrônicas, por meio do site 
do banco na Internet. 
Neste contexto, quando falamos de movimentação, estamos nos 
referindo a saque, retiradas, pagamentos e transferências, ou seja, 
movimentação a débito. 
É importante fazer esta diferenciação, pois a movimentação a 
crédito de uma conta (depósitos, por exemplo) pode ser feita por 
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qualquer pessoa (qualquer um pode depositar valores em qualquer 
conta, sua ou de outrem, à sua livre escolha); no entanto, 
evidentemente apenas o titular de uma conta corrente ou seus 
representantes podem efetuar saques e pagamentos. 
Na conta conjunta não solidária, a movimentação se dá 
exclusivamente por cheques ou guia de retirada. 
Não é emitido cartão magnético para este tipo de conta, pois o 
cartão magnético é de uso pessoal e individual e a conta conjunta 
não solidária só admite saques efetuados por todos os titulares em 
conjunto. 
16. Depósitos a vista 
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é 
atividade típica e própria dos bancos comerciais, o que os configura 
como instituições financeiras monetárias ou bancárias. 
É a chamada captação a custo zero. 
Como há custos para a abertura e movimentação da conta corrente, 
os bancos podem estabelecer valores mínimos para a abertura. 
Os bancos nada podem cobrar a título de manutenção de conta 
corrente. 
A conta corrente é o produto básico de relacionamento entre o 
banco e o cliente, através dela são movimentados os recursos do 
cliente via depósito, cheques, ordens de pagamento, créditos de 
salários e benefícios e débitos de contas agendadas (luz, telefone, 
fatura de cartão de crédito, tv a cabo, internet e etc.). 
A conta corrente pode ser pode ser pessoal ou conjunta. 
A conjunta pode ser: 
 simples (exige a assinatura de, no mínimo, dois participantes) ou 
 solidária (exige a assinatura apenas de um participante). 
17. Depósitos a Prazo (CDB e RDB) 
O CDB - Certificado de Depósito Bancário é um título de crédito 
(físico ou escritural) e o RDB - Recibo de Depósito Bancário é um 
recibo que ao serem emitidos geram a obrigaçãodas instituições 
emissoras pagar ao aplicador, ao final do prazo contratado, o capital 
inicial mais a remuneração prevista. 
O investidor ao adquirir um CDB ou RDB está concedendo 
empréstimo ao banco onde é correntista tornando-se credor do 
banco e o banco, naturalmente, torna-se devedor do investidor. 
A principal diferença entre os dois é que o CDB, sendo um título, 
pode ser negociado por meio de transferência. O RDB é inegociável 
e intransferível. 
Trata-se de uma dívida do setor privado que permite aos bancos 
captarem recursos de pessoas físicas e jurídicas. 
A rentabilidade vem dos juros pagos pela instituição ao cliente pelo 
empréstimo do dinheiro ao fim do término do contrato. A aplicação 
inicial varia conforme o banco. 
Caracterizam uma operação de depósito a prazo, que pode ser 
formalizada por um banco múltiplo, comercial, de investimento ou 
sociedade crédito, financiamento e investimento (essa somente na 
forma de RDB) 
É um investimento de renda fixa, que pode ser contratado com taxa 
pré-fixada ou taxa pós-fixada. 
O CDB pode ser transferido para outra pessoa até o vencimento, 
possibilitando a sua negociação no mercado secundário. 
O resgate antes do vencimento pode ocorrer, caso o banco emissor 
concorde em resgatá-lo antecipadamente. Isso pode gerar a perda 
dos rendimentos previstos inicialmente. 
Esses investimentos podem ter a incidência de quatro alíquotas 
distintas de Imposto de Renda na Fonte sobre os seus rendimentos, 
conforme o prazo da aplicação: 
 
Alíquota Prazo da Aplicação 
22,5% até 180 dias 
20,0% entre 181 dias e 360 dias 
17,5% entre 361 dias e 720 dias 
15,0% 721 dias ou mais 
18. Caderneta de Poupança 
É a aplicação mais simples, tradicional, conservadora e popular, 
onde se pode aplicar pequenas somas e ter liquidez, apesar da 
perda de rentabilidade para saques fora da data de aniversário da 
aplicação. 
Não há restrição para aplicação de grandes valores, mas na 
poupança prevalece o pequeno investidor, por conta da facilidade 
operacional, rendimento e a possibilidade de resgatar o valor 
depositado a qualquer momento. 
Trata-se de um investimento de renda fixa com taxa pós-fixada. 
Podem depositar pessoas físicas e jurídicas. 
Remunera a pessoa física e a pessoa jurídica sem fins lucrativos 
mensalmente e a pessoa jurídica com fins lucrativos 
trimestralmente, da seguinte forma: 
 
Depósitos Remuneração 
 
até 
03.05.2012 
0,5% a.m. ou 
6,17% a.a. + TR 
 
a partir de 
 04.05.2012 
Taxa Selic (meta) 
maior que 
8,5% a.a. 
menor ou igual 
a 8,5% a.a. 
0,5% a.m. 
ou 6,17% 
a.a. + TR 
70% da Selic a.m. 
+ TR 
 
A abertura da poupança e os depósitos podem ser feitos em 
qualquer dia do mês, sendo que as contas abertas nos dias 29, 30 e 
31, bem como os depósitos realizados nesses dias, começam a 
contar rendimento a partir do primeiro dia do mês seguinte. 
Os rendimentos obtidos por pessoas físicas e jurídicas “não 
tributadas” não pagam imposto de renda. 
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real pagam o 
imposto de renda sobre os rendimentos auferidos. 
Os riscos em aplicar na poupança são quase inexistentes. 
Não há risco de liquidez, visto que o valor depositado pode ser 
sacado a qualquer momento. 
O risco de crédito é minimizado por ser garantido pelo Fundo 
Garantidor do Crédito - FGC até o limite de R$250.000,00. 
Os rendimentos de depósitos efetuados em cheque, desde que 
esses não sejam devolvidos, começam a ser contados a partir do dia 
depósito e não a partir da liberação do cheque. 
É vedado às instituições financeiras a cobrança de qualquer 
remuneração a título de manutenção de contas de poupança, sem 
exceção. 
Os bancos só podem cobrar as tarifas previstas na Res. CMN 3.919, 
de 25.11.2010. 
Os tipos de serviços prestados pelas instituições financeiras e 
demais instituições autorizadas a funcionar pelo BCB são 
classificados em quatro modalidades: 
 serviços essenciais: aqueles que não podem ser cobrados 
 serviços prioritários; 
 serviços especiais; e 
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 serviços diferenciados. 
Serviços essenciais (sem cobrança): 
 fornecimento de cartão com função débito; 
 fornecimento de segunda via do cartão de débito, exceto nos 
casos decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros 
motivos não imputáveis à instituição emitente; 
 realização de até dois saques, por mês, em guichê de caixa ou em 
terminal de autoatendimento; 
 realização de até duas transferências, por mês, para conta de 
depósitos de mesma titularidade; 
 fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a 
movimentação dos últimos trinta dias; 
 realização de consultas mediante utilização da internet; 
 fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extrato 
consolidado, discriminando, mês a mês, os valores cobrados no 
ano anterior relativos a tarifas; e 
 prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos, no caso de 
contas cujos contratos prevejam utilizar exclusivamente meios 
eletrônicos. 
Atenção: A regulamentação estabelece também que a realização de 
saques em terminais de autoatendimento em intervalo de até trinta 
minutos é considerada como um único evento. 
19. Financiamento de Capital Fixo 
São os recursos liberados pelas instituições financeiras com a 
destinação específica de financiar a aquisição dos bens fixos das 
empresas. 
Como bens fixos, devemos entender aqueles classificados no ativo 
imobilizado das empresas. 
São os veículos, as instalações, os móveis e utensílios, a infra-
estrutura da empresa, o maquinário, os computadores, as 
instalações complementares, ou seja, tudo aquilo que é necessário 
para que a empresa possa exercer sua atividade produtiva. 
São operações de longo prazo e com juros mais em conta para 
viabilizar o desenvolvimento da empresa e até de uma região. 
Desta forma, as fontes (funding) destas operações têm origem nas 
entidades e instituições governamentais. 
Destaca-se o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES) como o grande financiador das empresas no longo 
prazo. 
20. Financiamento de Capital de Giro 
O capital de giro é o conjunto de valores (dinheiro) necessário para a 
empresa fazer seus negócios acontecerem (girar) e está diretamente 
relacionado com o circulante da empresa. 
Tem a ver com os recebimentos e os pagamentos da empresa. 
A necessidade de capital de giro acontece quando a empresa tem 
algum compromisso a pagar e só terá os recursos necessários dali a 
alguns dias. 
Estes compromissos podem ser impostos, aluguéis, folha de 
pagamento, fornecedores e etc. 
O financiamento de capital de giro visa atender essa necessidade de 
capital da empresa. 
Firma-se um contrato específico de abertura de crédito, onde é 
estabelecido o prazo, taxa, valor e garantias. 
21. Crédito fixo 
O contrato de abertura de crédito fixo é a linha de crédito aberta 
com determinado valor para que o cliente utilize de uma única vez. 
É fixo exatamente por ter não ter mobilidade, o cliente é obrigado a 
usar o valor liberado de uma única vez, sendo o fixado o valor de 
cada parcela a ser paga periodicamente, devendo restituir ao banco 
o valor tomado emprestado em prazo também pré-estabelecido 
contratualmente. 
Na prática não se formaliza uma operação de crédito fixo, mas 
alguma das modalidades possíveis de serem realizadas: crédito 
direto ao consumidor, financiamento imobiliário. 
22. Crédito rotativo 
O contrato de abertura de crédito rotativo é a linha de crédito 
aberta com determinado limite para que o cliente utilize conforme 
sua necessidade. 
É rotativo exatamente por ter mobilidade, o cliente utiliza o quanto 
necessita, quando quiser,pelo período que precisar, restituindo ao 
banco assim que puder. 
Como está pré-estabelecido não há data certa para o uso do crédito 
nem para devolver (a data-limite é a data de vencimento do 
contrato). 
Na prática não se formaliza uma operação de crédito rotativo, mas 
alguma das modalidades possíveis de serem realizadas: cheque 
especial, conta garantida ou cartão de crédito. 
23. Crédito Direto ao Consumidor (CDC) 
É a operação realizada pelas financeiras para que seus clientes 
adquiram bens e serviços. 
Sua maior utilização é para a aquisição de veículos e 
eletrodomésticos. 
O bem financiado geralmente serve como garantia da operação, 
ficando alienado à financeira, ou seja, o cliente transfere à financeira 
a propriedade do bem adquirido com o dinheiro emprestado até o 
pagamento total da dívida. 
Atualmente, os contratos têm sido firmados com a incidência 
somente de juros pré-fixados e não há prazo máximo para a sua 
realização. 
Existe um tipo especial de CDC, chamado CDC-i, que vem a ser o 
Crédito Direto ao Consumidor com a interveniência do lojista 
vendedor. 
A palavra interveniência significa, segundo o Aurélio, entre outros, 
que há prática de intervenção. Esse CDC é chamado com 
interveniência porque o lojista vendedor intervém na operação, 
garantindo-a. Caso o financiado não pague, caberá ao lojista quitar o 
financiamento. 
O financiamento não é realizado somente com a participação da 
financeira e do cliente comprador do produto que estiver sendo 
vendido. 
Esse tipo de operação atende os interesses de lojas varejistas que 
tradicionalmente fazem vendas a prazo. Como essas lojas não são 
instituições financeiras elas não podem financiar seus compradores. 
Assim, esses lojistas firmam contratos com instituições financeiras 
que assumem o compromisso de financiar as vendas desses 
varejistas. 
Quando da formalização do contrato com o lojista, a instituição 
financeira passa a contar com o lojista garantindo adicionalmente a 
operação além da garantia real do produto vendido quando ele fica 
vinculado ao financiamento na forma de alienação fiduciária. 
O risco de crédito é menor nesse tipo de operação, refletindo numa 
menor taxa de juros para o financiado. 
Para o comprador é interessante, pois contrata o financiamento 
diretamente na loja onde estiver comprando, sem haver a 
necessidade de procurar alguma financeira que possa financiar suas 
compras. 
O lojista tem a vantagem de receber a vista as vendas que serão 
pagas parceladamente à financeira pelo seu cliente comprador. 
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24. Cheque Especial 
Destina-se praticamente às pessoas físicas. 
É um limite de crédito pré-estabelecido, vinculado à conta corrente 
do cliente, utilizado de forma automática pela emissão de cheques 
quando não há saldo disponível. 
Conforme a conta corrente vai recebendo créditos, os recursos vão 
sendo transferidos para cobrir o saldo devedor utilizado. 
Os encargos são os juros e o IOF incidentes sobre os valores 
utilizados e o respectivo prazo. 
25. Contas garantidas 
São contas de empréstimo separadas, mas vinculadas às contas 
correntes, com limite de crédito de utilização rotativa destinado a 
suprir eventuais necessidades de capital de giro. 
Geralmente são movimentadas diretamente pelos cheques emitidos 
pelos clientes, quando não há saldo disponível na conta corrente. 
São rotativas por que um limite é pré-definido para o cliente utilizar 
quando necessário e conforme a conta corrente vai recebendo 
créditos os recursos vão sendo transferidos à conta garantida até 
cobrir o saldo devedor. 
Destinam-se às pessoas jurídicas. 
São garantidas por que o cliente tem um limite de uso garantido 
previamente e também porque para a abertura da conta o cliente 
oferece garantias que podem ser: 
 nota promissória com aval dos sócios ou terceiros que possam 
apresentar algum bem, 
 caução de títulos de crédito (duplicatas ou cheques pré-datados), 
e/ou 
 alienação fiduciária/hipoteca. 
Os encargos desta operação são calculados diariamente sobre o 
saldo devedor e cobrados, normalmente, no primeiro dia útil do mês 
seguinte ao da movimentação. 
Os encargos são os juros e o IOF incidentes sobre os valores 
utilizados e o respectivo prazo. 
26. Descontos de títulos 
São os adiantamentos de recursos que os bancos fazem aos clientes, 
sobre valores de duplicatas de cobrança ou notas promissórias, para 
antecipar o fluxo de caixa do cliente. 
O cliente garante o recebimento de recursos que, teoricamente, só 
teria disponíveis no futuro. 
Geralmente, o desconto é feito sobre títulos com prazo máximo de 
60 dias e prazo médio de 30 dias. 
O banco tem o direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o 
título não seja pago pelo sacado, o cedente assume a 
responsabilidade do pagamento, inclusive de multas e/ou juros de 
mora por atraso. 
Descontos também podem ser feitos sobre os recibos de venda com 
cartões de crédito e os cheques pré-datados (no caso de cheques 
pré-datados, esses documentos ficam em caução como garantia do 
empréstimo). 
27. Hot Money 
É o empréstimo de curtíssimo prazo, com prazo mínimo de um dia 
máximo de 29 dias. Normalmente é realizado por um dia. 
Têm a finalidade de financiar o capital de giro das empresas para 
cobrir necessidades imediatas de recursos, sem contrato de 
empréstimo de caráter complexo. 
 
A formação de taxa para o hot money é definida levando em conta a 
taxa do Certificado de Depósito Interbancário (ou interfinanceiro) 
CDI do dia da operação, tributos e ganho pretendido. 
Por ser uma operação de curto prazo o hot money tem a vantagem 
de permitir uma rápida mudança de posição no caso de uma 
variação brusca nas taxas de juros para baixo. 
O Comunicado Bacen 7.569, diz que para efeito de distinção entre as 
operações de "hot money" e de capital de giro deve-se classificar 
como na segunda modalidade aquelas contratadas com prazo igual 
ou superior a 30 dias. 
Sendo assim, hot money tem prazo de até 29 dias. Com prazo igual 
ou superior a 30 dias é operação de capital de giro. 
28. Leasing (tipos, funcionamento, bens) 
O princípio básico que fundamenta a operação de leasing é que o 
fato gerador de rendimentos para uma empresa é a utilização e não 
a propriedade de um bem. 
No Brasil, o leasing é chamado de arrendamento mercantil. 
Há dois tipos de leasing: 
 financeiro - funciona como uma operação financeira, o total 
recebido a título de contraprestação mais o VRG, será suficiente 
para que a arrendadora recupere o valor gasto na aquisição e 
tenha a rentabilidade financeira esperada na operação 
representada pela taxa pactuada; e 
 operacional - não funciona como uma operação financeira, o total 
recebido a título de contraprestação mais a quantia que for 
apurada ao final do contrato com a venda do bem, deverá ser 
suficiente para que a arrendadora recupere o valor gasto na 
aquisição e tenha a rentabilidade financeira esperada no negócio. 
No leasing financeiro é obrigatória a definição do VRG - Valor 
Residual Garantido. 
O VRG Para o cliente exercer uma das três opções que ele pode 
exercer ao final do contrato: 
 comprar o bem arrendado; 
 renovar o contrato; ou 
 devolver o bem arrendado. 
Quanto a forma de pagamento, o VRG pode ser pago: 
 antecipado; 
 diluído; 
 misto; ou 
 no final. 
A descaracterização do contrato de arrendamento mercantil pode 
ocorrer caso a opção de compra seja exercida antes do prazo 
mínimo do contrato de leasing. Após o prazo mínimo isso não 
ocorre. 
 
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 diferenças entre o leasing: 
 financeiro operacional 
prazo mínimo

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