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Pratica Simulada IV - aula 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTO JUIZO DA VARA DE FAMILIA DA COMARCA DE _____.
ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, portadora do RG n° xxxxx, inscrita no CPF n° xxxxxx, sob endereço eletrônico: xxxxxxxx, residente e domiciliada em xxxxxxxx, vêm, por sua procuradora que esta subscreve, com endereço profissional: xxxxxx@xxxx.xxx.xxx, com escritório na Rua xxxxxx, nº xxxxx, bairro xxxxx, em xxxxxx, xxxx, vem respeitosamente a presença de vossa excelência propor a seguinte:
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR
Pelo rito comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, portador do RG n° xxxxx, inscrito no CPF n° xxxx, sob endereço eletrônico: xxxxx, residente e domiciliado em xxxx, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
DOS FATOS
 A requerente é casada com o réu a mais de 30 anos, como fruto desta relação matrimonial, tiveram dois filhos ambos maiores de idade e capazes. Durante esses anos de casados obtiveram um vasto patrimônio, fruto do esforço mútuo do casal.
Ocorre que a requerente descobriu recentemente que o réu está tendo um relação extraconjungal, assim tornando impossível manter essa relação de marido e esposa. Acontece que o réu sabendo que a autora iria dar andamento no divórcio, começou a se desfazer dos seus bens, como por exemplo doar seus dois imóveis de marca Toyota, modelos SW4 e Corolla para a sua irmã Isabel Soares.
Também é possível ver as intenções do réu de retirar parte do patrimônio do casal junto ao banco, pois conforme os extratos a seguir ele fez saques da conta. O réu assim visando prejudicar futuramente uma partilha de bens, resolveu se desfazer de parte dos bens, desse modo prejudicando a autora, pois todos os bens adquiridos na constância do casamento, foram em decorrência do trabalho e esforço de ambos.
DO DIREITO
2.1 DA MEDIDA CAUTELAR
Haja vista situação em que se encontra a autora, pois o réu está se desfazendo de seu patrimônio, conforme dispõe o art. 305 do CPC, a parte autora 
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
 
Inegável, no caso em tela, que a Autora corre fundado receio de dano irreparável, razão pela qual imperiosa se faz a concessão da liminar. Neste esteio, ademais, define Nelson Néry Junior o “periculum in mora” como:
“Periculum in mora. Caracterização: “Periculum in mora” é dado do mundo empírico, capaz de ensejar um prejuízo, o qual poderá ter, inclusive, conotação econômica, mas deverá sê-lo, antes de tudo e sobretudo, eminentemente jurídico, no sentido de ser algo atual, real, capaz de afetar o sucesso e a eficácia do processo principal, bem como o equilíbrio das partes litigantes” (Justiça Federal – Seção Judiciária do Espírito Santo, Proc. Nº 93-0001152-9, Juiz Macário Judice Neto, j. 12 de maio de 1993).”
Conforme o exposto trazemos as seguintes jurisprudências: 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIVÓRCIO LITIGIOSO. AÇÃO CAUTELAR DE ARROLAMENTO DE BENS. PEDIDO DE DESBLOQUEIO DE VALORES. DESCABIMENTO. CONHECIMENTO PARCIAL DO RECURSO, CONSIDERANDO PEDIDOS IDÊNTICOS FORMULADOS EM AÇÃO DE DIVÓRCIO EM APENSO. Merece mantida a decisão que determinou a manutenção do depósito judicial de 50% do valor obtido com a venda de grãos, a fim de assegurar a meação da autora. Apelação cível desprovida. (Apelação Cível Nº 70068677814, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 29/06/2016).
Ementa: AÇÃO DE DIVÓRCIO. BLOQUEIO DE VALORES TRANSFERIDOS A TERCEIROS. PEDIDO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES. CABIMENTO. 1. Inviável o bloqueio de todas as contas existentes em nome da genitora e da atual companheira do varão, pois os indícios de transferências fraudulentas relacionam-se a contas específicas. 2. Havendo indícios de desvio de bens, justifica-se o deferimento do pedido de exibição de documentos e informações, até mesmo para subsidiar novas providências cautelares que se mostrarem necessárias para preservar a meação da autora. Recurso parcialmente provido. (Agravo de Instrumento Nº 70063512198, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 25/03/2015)
Desta forma caracteriza, induvidosamente, no presente caso, o perigo da demora, o fato de que a Autora pode correr risco real e imediato de ficar sem a totalidade de seus bens. Assim, torna-se imprescindível a concessão da medida liminar, como forma de se evitar que a Autora, como vem acontecendo, fique em prejuízo pois seus bens estão sendo alienados pela parte ré, que visa claramente prejudicar uma partilha de bens.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
Seja deferida a medida cautelar, sem a oitiva da parte ré para que seja determinado o arrolamento de bens do casal;
Que seja oficiado o sistema Bacenjud para informar os ativos e investimentos financeiros em nome da parte autora e parte ré, assim como torne indisponível;
Que seja oficiado o sistema Renajud afim de apresentar os veículos em propriedade de ambos;
Que seja oficiado os registros de imóveis para informar a existência de bens em nome do casal;
Citar o réu em cinco dias para querendo promover a sua contestação;
Que seja o réu condenado ao pagamento das custas processuais bem como os honorários sucumbenciais;
DAS PROVAS
Requer a produção de provas, conforme artigo 369 do CPC, especialmente documental.
Valor da causa: xxxxxxxxxxxxx
Xxxx, xxxx de xxxxxx
________________________
Advogado xxxxx
OAB/XX n° xxx.xxx.xxx

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