Buscar

8.Direito Tributário AP 2016

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 1 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 2 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 3 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
Prof. Giuliano Menezes 
Apostila 2016 
 
 
 
1 – RECEITAS ESTATAIS 
 
 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
1 - Receita/ Despesa 
 O Estado como qualquer pessoa ou empresa precisa de 
uma receita para cumprir com as suas despesas. 
 
1.2. Receitas 
 - Originárias – São as que decorrem/ defluem do 
próprio patrimônio do Estado. O Estado tem esta receita em 
função do próprio patrimônio. O Estado excepcionalmente 
pode exercer atividade econômica. Ex. Petrobrás (sociedade 
de economia mista), assim como o foro anual cobrado de 
que ocupa terrenos de marinha. É estudado no direito 
Administrativo. 
- Derivadas (tributos) – Decorrem do patrimônio do 
particular, NÃO são obtidas a partir do patrimônio do 
Estado e sim do Particular. Ex. Tributos (IPTU, IPVA, IR....). 
No Direito Tributário nos preocupamos com as receitas 
derivadas como sendo nosso objeto de estudo 
(Fisco/Contribuinte). 
 ** Cada vez mais o Estado depende das receitas 
derivadas, pois o Brasil fez opção pelas privatizações. 
 
2 - Direito Financeiro x Direito Tributário 
 O Direito Tributário na sua origem integrava o 
Direito Financeiro. No entanto, ganhou autonomia, pois o 
Direito Financeiro se preocupa com o fenômeno financeiro 
completo ( receitas e despesas), tais como a aprovação da 
lei orçamentária, a aprovação da LDO, dentre outros 
assuntos pertinentes ao orçamento, sendo que ao longo 
do século XX a questão tributária passa a ter relevância 
maior. Esta relação tributária é conflituosa, pois o particular 
quer pagar menos tributo e o Estado quer arrecadar mais, 
surgindo a necessidade de um regramento constitucional e 
infraconstitucional que discipline a relação FISCO-
CONTRIBUINTE. 
 
3 - Princípios Constitucionais Tributários 
 3.1 – Princípio Federativo – O Brasil é uma federação, 
onde o poder está descentralizado, pois existem várias 
instâncias de governo: União, Estados/DF e Municípios. O 
Brasil é uma federação sui generis porque o município 
também é considerado ente federativo. O princípio 
federativo é uma cláusula pétrea. 
Entes integrantes de uma Federação ( Art. 18 CF) – União. 
Estados/DF e Municípios são autônomos). 
 - União 
 - Estados/ DF 
 - Municípios 
 
4 - Características de uma Federação- É possível citar 
algumas características de uma federação. 
 - Eleições próprias – No Brasil, cada ente federativo tem 
suas próprias eleições. A investidura de um Prefeito, por 
exemplo, não depende da vontade do Governador ou do 
Presidente da República. 
- Competência Administrativa própria para prestar 
serviços públicos – Função principal do Estado. Os entes 
federativos recebem do texto constitucional 
competência para prestar serviços públicos próprios. O 
país opta pela Federação para melhorar a prestação do 
serviço público, comum em Estados geograficamente 
grandes. 
- Autonomia Administrativa – A organização político 
administrativa do Brasil compreende em União, 
Estados/DF e municípios com autonomia do ponto de 
vista administrativo, com capacidade de se auto-
administrar. 
- Competência Tributária própria -“Não existe autonomia 
sem dinheiro – isto é essencial para fazer valer a 
federação”. IR – União, IPVA- Estado, IPTU – Município. 
Para que seja autônomo realmente cada ente que 
integre a federação tem competência para tributar. 
 A CF prevê impostos para cada ente – essencial para fazer 
valer a autonomia. Nos arts. 153, 154, 155 e 156 da 
Constituição Federal estão elencadas as competências dos 
entes federativos para a instituição dos impostos. 
 A união concentra ainda grande parte dos impostos, mas 
comparando-se com o Brasil, antes da atual Constituição, 
houve um avanço muito grande, principalmente em relação 
aos municípios, que atualmente possuem uma situação 
financeira muito melhor do que a que existia 
anteriormente. 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 4 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
 LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (art 150. CF) 
 Princípios Constitucionais Tributários 
A CF atribui aos entes competência tributária, cada um 
recebe uma parte da competência tributária. A 
competência tributária é a 1ª forma de limitação do poder 
de tributar. Ex. IPVA - imposto exclusivo do Estado. No 
entanto, não é a única forma de limitação. Os princípios 
tributários também limitam o poder de tributar. Referidos 
princípios (alguns previstos no art. 150 da Constituição 
Federal) condicionam o poder de tributar. 
 
 Princípio da Legalidade (art. 150, I CF). 
A essência da CF é dar poder e ao mesmo tempo limitar o 
poder. O tributo só pode ser criado/majorado por lei 
específica. Não pode ser criado por decreto ou portaria. 
Quem o aprova são os nossos representantes. 
A competência tributária só é outorgada a entes políticos 
federativos porque só eles são dotados de poder legislativo 
O que adiantaria entregar a competência tributária sem 
poder para legislar? 
Somente os entes políticos podem criar tributos, por ser 
dotados de poder legislativo. 
 “Exceções ao Principio da Legalidade” (art.153, p1º CF) – 
Mitigações – A lei do I.R alíquota fixa em 15, 20, 27,5% mas 
em alguns impostos a alíquota não é fixada, ou seja, tem 
um patamar mínimo e máximo a ser cobrado, por exemplo, 
a alíquota pode variar de 0% até 100% e um decreto fixa o 
valor da alíquota dentro do intervalo legal. A lei prevê o 
intervalo e o decreto fixa o valor. São os seguintes 
impostos: II (imposto de importação), IE (exportação), IPI 
(produtos industrializados), IOF (operações financeiras) (art. 
153, § 1º, CF). São impostos sem alíquotas fixas por lei e sim 
pelo Poder Executivo através de decreto. 
O Poder Executivo fixa a alíquota no intervalo que a lei 
autorizar, razão pela qual existe imposto sem alíquota fixa 
(para isso as leis tem que verificar as funções dos tributos). 
 
 Funções dos tributos: 
- Fiscal: A sua função principal é arrecadar. O Estado 
através dos impostos tem objetivo de arrecadação. 
- Extrafiscal: Objetivo central é intervir na economia, 
estimulando ou desestimulando determinados 
comportamentos dos contribuintes. Ex. o governo 
diminuiu a cobrança do IPI sobre automóveis 
aumentando quase que imediatamente o consumo 
interno, tendo como resultado o aumento do consumo 
em 2009 maior do que o ano de 2008. O poder público é 
o tutor da economia. 
 
Essa é a razão pelo qual esses impostos tem que ter 
alíquotas flexíveis para ter respostas imediata (II,IE,IPI,IOF). 
Ex. Imposto sobre Importação alíquota alta para valorizar o 
consumo dos bens nacionais. 
Instrumento de política econômica (função extra-fiscal), 
flexibilidade dentro da limitação da lei – o executivo é quem 
define. 
 
- Parafiscais 
 Função do Código Tributário Nacional 
No art. 146, II CF – Lei complementar – regular as limitações 
constitucionais ao poder de tributar. – Regula os princípios 
tributários (dentre outras matérias). 
O CTN seria uma Lei complementarque esclareceria os 
princípios. O CTN regulamenta o poder de tributar (dentre 
outras matérias). 
O CTN no Art. 97 esclarece a CF, regula as limitações ao 
poder de tributar, esclarece os princípios. É importante 
ressaltar que o Código Tributário Nacional foi elaborado 
como lei ordinária e recepcionado pela nova ordem 
constitucional como lei complementar (cuida-se do 
fenômeno da Recepção Constitucional) 
Existe hierarquia entre lei complementar e lei Ordinária? 
Uma lei complementar poderá ocasionalmente ser 
revogada por lei ordinária? 
O STF sempre teve uma posição contrária a este 
posicionamento. O STF entende que não há hierarquia o 
que há é uma RESERVA DE MATÉRIA. 
 
 Princípio da Anterioridade 
Princípio da Anterioridade: Como regra geral, a criação ou 
majoração de um tributo fica postergada para o exercício 
financeiro seguinte. No Brasil, o ano fiscal coincide com o 
ano civil, ou seja, se o governo aumentar um tributo em 
fevereiro de 2009, em regra só poderá ser cobrado no 
exercício financeiro de 2010. 
Anterioridade X Anualidade: A anualidade não se aplica no 
Brasil. Anterioridade refere-se a cobrança de tributo a partir 
do exercício seguinte, valendo de forma indefinida, só 
deixando de valer quando revogada por outra lei. A 
anualidade – significa que a majoração/criação terá que ser 
ratificada todo ano para poder cobrar no ano seguinte, 
como se exigisse do Executivo que justifique todo ano a 
cobrança. Não se aplica a anualidade no Brasil no campo 
tributário. 
 
Quando se fala em principio da Anterioridade, postergando 
a cobrança do tributo para o ano seguinte, não significa que 
tenha que esperar 1 ano inteiro, por exemplo, aumento em 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 5 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
dezembro/09, cobra-se em jan/10 (inicio do exercício fiscal 
seguinte). 
O principio da anterioridade também é chamado de 
princípio da não surpresa: Para que o contribuinte não seja 
surpreendido na cobrança de novos impostos. 
ART. 150, III “b”– Fica vedada a cobrança de tributos no 
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou. 
Os princípios tributários existem para nos proteger 
(proteção para o contribuinte), mas se o Governo reduz ou 
extingue o tributo e coloca no corpo da lei “esta lei entra 
em vigor após a publicação” tem efeito imediato – não há 
que se falar em principio da anterioridade em caso de 
redução ou extinção. 
 
 Princípio da Anterioridade Genérica (art. 150,III, “b”, CF) 
Posterga a eficácia para o ano seguinte (Art. 150, III “B” CF) 
– Regra Geral 
 
 Princípio Anterioridade Mitigada (nonagesimal ) 
(Art.195,§ 6º e Art 150,III “C”- CF) 
** Contribuições sociais para a seguridade social (Art. 195, 
§ 6º) – A cobrança desse tipo de tributo terá eficácia 
conforme preceito do art. 195, p.6º quando determina que 
a exigibilidade só poderá ocorrer após decorridos 90 dias da 
data da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. 
A Anterioridade Mitigada era restrita às contribuições 
sociais para a seguridade social. No entanto, a EC. Nº 42/03 
estendeu referida imunidade também para os tributos em 
geral (Art. 150, III, “C”, CF) 
 
 Exceções ao princípio da Anterioridade (Art. 150, §1º CF) 
A extrafiscalidade flexibiliza o principio da anterioridade Art. 
150, § 1º 
Na verdade o art.150, § 1º diz que existem algumas 
espécies tributárias que não estão sujeitas ao principio da 
anterioridade mitigada e nem genérica, são eles: Art. 148,I – 
empréstimo compulsório (guerra), Art. 150, I,II,V 
(I.Importação, II. Exportação, V.operações financeiras), Art. 
154 II( imposto da guerra) – Essas espécies não estão 
sujeitas, nem ao Princípio da Anterioridade Genérica, nem 
ao Princípio da Anterioridade Mitigada – Publica-se hoje e a 
cobrança amanhã. 
Existem outras que não seguem a mitigada aplicando-se 
somente a genérica. Exemplo: Imposto de Renda 
 
 
Art 153,III – IR – ainda é possível o aumento no final do ano 
e a cobrança no exercício seguinte com menos de 90 dias. 
Também não se aplica a mitigada (nonagesimal) a base de 
cálculo dos impostos previstos nos artigos 155 III (IPVA), 
156 I (IPTU). 
Não se aplica a anterioridade Genérica ao IPI- só segue 
a mitigada – art. 153, IV CF (se aumentar o teto) ** 
Os que não estão ressalvados seguem os dois 
princípios. 
O ITR segue os dois, o ITBI segue os dois (genérica e 
mitigada- aplicando o mais benéfico). 
 
 Principio da Irretroatividade (Art 150,III “a”, CF) 
É uma consequência lógica do principio da anterioridade. 
Talvez não fosse necessário o constituinte expressá-lo. Ex. 
Jan/08 alíquota IR - 27,5% e o Governo em Jun/08 aumenta 
para 28% - esta nova alíquota só será cobrada em Jan/09 
(genérica-IR), pelo principio da anterioridade os fatos 
futuros poderão ser protegidos (período de jun/o8 e 
dez/08) – não serão alcançados. E devido ao principio da 
irretroatividade não pode alcançar fatos passados – 
segurança jurídica. 
Ex. Atividades estimuladas por tributação baixa e não seria 
justo cobrar os passados (art.150, III “a”) 
O principio da irretroatividade não tem Exceções – até 
mesmo os extrafiscais que são cobrados imediatamente (I. 
importação, I. exportação) não podem retroagir. 
 
 Princípio da Isonomia (Art. 150, II, CF) 
O respeito à Isonomia é exigência do próprio Estado de 
Direito. Não existe Justiça sem passar pela Isonomia. Houve 
por parte do Constituinte de 1988 uma preocupação muito 
grande com a necessidade de respeitar este princípio, tendo 
um grande destaque no art. 5º do seu texto em que há três 
referências a este princípio. 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
No sistema constitucional tributário brasileiro, 
particularmente no art. 150, inciso II, há expressamente 
referência a este princípio, quando afirma que: 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes 
que se encontrem em situação equivalente, proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 6 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 
 Princípio da Capacidade Contributiva (Art. 145, § 1º, CF) 
 A Isonomia se realiza quando se trata igualmente 
os iguais e desigualmente os desiguais de acordo com as 
suas desigualdades. Em Direito Tributário, este princípio se 
realiza com o rspeito ao Princípio da Capacidade 
Contributiva que, em linhas gerais, corresponde a cobrar 
mais de quem pode pagar mais e cobrar menos de quem 
pode pagar menos. Este princípio vem expressamente 
previsto no texto constitucional no art. 145, § 1º da 
Constituição Federal, a seguir transcrito: 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter 
pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e 
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
 
 Princípio da Vedação ao Confisco (art. 150, IV CF). 
A essência da CFé dar poder e ao mesmo tempo limitar 
o poder. O tributo não pode destruir a atividade produtiva 
que enseja o mesmo. Sendo assim, o tributo não pode ter 
efeito confiscatório. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
 Princípio da Liberdade de Tráfego (art. 150, V CF) 
 A tributação não pode ser utilizada como forma de 
impedir o tráfego de mercadorias e de bens, sob pena de 
ferir o Princípio Federativo. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
 
 Princípio da Uniformidade Geográfica (Art. 151, I, CF) 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o 
território nacional ou que implique distinção ou preferência 
em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos 
fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes 
regiões do País; 
 
 Princípio da Não Cumulatividade 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for 
devido em cada operação com o montante cobrado nas 
anteriores; 
 
 Outros Princípios 
Imunidade Tributária x Isenção x Não Incidência 
 
Imunidade Tributária (Ex. Art. 150, VI, CF) – É uma vedação 
constitucional ao poder de tributar, ou seja, a Constituição 
Federal resolve retirar do alcance do legislador 
infraconstitucional a tributação de alguns fatos da vida. 
 
Isenção – É uma vedação legal ao poder de tributar. Na 
isenção, é o legislador ordinário que resolve dispensar da 
tributação alguns contribuintes, ou seja, segundo a 
Constituição Federal, estes fatos podem ser tributados. 
Quem afasta a tributação é a legislação infraconstitucional 
 
Não Incidência – É quando o contribuinte não realiza o 
fato gerador disciplinado na lei, ou seja, o contribuinte não 
realiza a hipótese normativa tributada. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
(Imunidade Recíproca) 
b) templos de qualquer culto; (Imunidade Religiosa) 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
(Imunidade Partidária e Social) 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão. (Imunidade Cultural) 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às 
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos 
serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 7 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo 
anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos 
serviços, relacionados com exploração de atividades 
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a 
empreendimentos privados, ou em que haja 
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo 
usuário, nem exonera o promitente comprador da 
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e 
"c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os 
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das 
entidades nelas mencionadas. 
_________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
_________________________________________________ 
2 – CONCEITO DE TRIBUTO 
 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
TÍTULO VI 
Da Tributação e do Orçamento 
CAPÍTULO I 
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
Seção II 
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes 
que se encontrem em situação equivalente, proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do 
início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, 
observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos 
no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais deCURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 8 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por 
artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou 
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de 
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013) 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos 
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a 
vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos 
nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da 
base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 
156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às 
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos 
serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo 
anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos 
serviços, relacionados com exploração de atividades 
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a 
empreendimentos privados, ou em que haja 
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo 
usuário, nem exonera o promitente comprador da 
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e 
"c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os 
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das 
entidades nelas mencionadas. 
§ 5º - A lei determinará medidas para que os 
consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que 
incidam sobre mercadorias e serviços. 
§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de 
cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou 
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só 
poderá ser concedido mediante lei específica, federal, 
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as 
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo 
ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, 
XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 
1993) 
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação 
tributária a condição de responsável pelo pagamento de 
imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer 
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial 
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato 
gerador presumido.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 
3, de 1993) 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o 
território nacional ou que implique distinção ou preferência 
em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos 
fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes 
regiões do País; 
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a 
remuneração e os proventos dos respectivos agentes 
públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas 
obrigações e para seus agentes; 
III - instituir isenções de tributos da competência dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e 
serviços, de qualquer natureza, em razão de sua 
procedência ou destino. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Questão 28 (EO XV) Em dezembro de 2006, foi 
publicada a Lei Complementar nº 123, que instituiu o 
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de 
Pequeno Porte, e criou novo regime de tributação 
simplificada, abrangendo, além dos impostos e 
contribuições federais, o Imposto sobre Operações 
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), bem como o 
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A referida lei é inconstitucional, pois é vedada à 
União instituir benefício fiscal de tributo de 
competência dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
B) O regime de tributação simplificada é obrigatório 
a todos os contribuintes que cumpram os 
requisitos previstos na referida lei complementar. 
C) A referida lei é inconstitucional, no que se refere 
ao ICMS, pois institui benefício fiscal do imposto 
sem a competente autorização por meio de 
convênio do Conselho Nacional de Política 
Fazendária – CONFAZ. 
D) Segundo a Constituição Federal, a fiscalização do 
cumprimento das obrigações principais e 
acessórias do regime único de arrecadação 
poderá ser compartilhada pelos entes da 
Federação. 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 9 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
2. Questão 28 (EO XII) A respeito dos Princípios 
Tributários Expressos e Implícitos, à luz da Constituição 
da República de 1988, assinale a opção INCORRETA. 
 
A) É vedado à União instituir isenções de tributos de 
competência dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
B) O princípio da irretroatividade veda a cobrança 
de tributos em relação a fatos geradores 
ocorridos antes do início da vigência da lei que os 
houver instituído ou aumentado. 
C) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios estabelecer diferença tributária entre 
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão 
de sua procedência ou destino. 
D) Pelo princípio da anterioridade, para que os 
tributos possam ser cobrados a cada exercício, é 
necessária a prévia autorização na lei 
orçamentária. 
 
3. Questão 27 (EO X) Suponha que determinada Medida 
Provisória editada pela Presidenta da República, em 
29/09/2012, estabeleça, entre outras providências, o 
aumento para as diversas faixas de alíquotas previstas 
na legislação aplicável ao imposto de renda das 
pessoas físicas. Nesse caso, com base no sistema 
tributário nacional, tal Medida Provisória 
 
A) não violaria o princípio da legalidade e produzirá 
efeitos a partir da data de sua publicação. 
B) violaria o princípio da legalidade, por ser 
incompatível com o processo legislativo previsto 
na Constituição Federal/88. 
C) não violaria o princípio da legalidade e produzirá 
efeitos a partir de 90 (noventa) dias contados a 
partir da data de sua publicação. 
D) não violaria o princípio da legalidade e só 
produzirá efeitos a partir do primeiro dia do 
exercício financeiro subsequente à data de sua 
conversão em lei. 
 
4. Questão 25 (EO XIV) Visando a proteger a indústria de 
tecnologia da informação, o governo federal baixou 
medida, mediante decreto, em que majora de 15% 
para 20% a alíquota do Imposto sobre a Importação de 
Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo 
procedentes do exterior, limites esses que foram 
previstos em lei. A respeito da modificação de alíquota 
do Imposto de Importação, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Deve observar a reserva de lei complementar. 
B) Deve ser promovida por lei ordinária. 
C) Deve observar o princípio da irretroatividade. 
D) Deve observar o princípio da anterioridade. 
 
5. Questão 26 (EO XIV) Empresa X, constituída em 1980, 
entrou com ação na Justiça Federal impugnando a 
cobrança da Contribuição Sobre o Lucro – CSLL, 
alegando que, apesar de prevista no Art. 195, I, c, da 
Constituição Federal, trata-se de um tributo que tem o 
lucro como fato gerador. Dessa forma, haveria um bis 
in idem em relação ao Imposto Sobrea Renda das 
Pessoas Jurídicas (Art. 153, III da CRFB), o que é 
vedado pelo próprio texto constitucional. A partir do 
caso narrado e considerando a jurisprudência 
dominante do Supremo Tribunal Federal, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) A empresa tem razão porque os dois tributos têm 
o lucro como fato gerador, o que é vedado pela 
Constituição Federal. 
B) A empresa, por ter sido constituída 
anteriormente à Constituição Federal de 1988, 
tem direito adquirido a não pagar a CSLL. 
C) A empresa não tem razão, porque ambos os 
tributos estão previstos na CRFB. 
D) A empresa tem razão, pela clara violação à 
vedação ao confisco prevista no Art. 150, IV, da 
CRFB. 
 
6. Questão 26 (EO XI) Determinada editora de livros, 
revistas e outras publicações foi autuada pela 
fiscalização de certo Estado, onde mantém a sede da 
sua indústria gráfica, pela falta de recolhimento de 
ICMS incidente sobre álbum de figurinhas. Nessa linha, 
à luz do entendimento do STF sobre a matéria em 
pauta, tal cobrança é 
 
A) inconstitucional, por força da aplicação da 
isenção tributária. 
B) inconstitucional, por força da aplicação da 
imunidade tributária. 
C) constitucional, por força da inaplicabilidade da 
imunidade tributária. 
D) inconstitucional, por estar o referido tributo 
adstrito à competência tributária da União 
Federal. 
 
7. Questão 26 (EO XII) Em procedimento de fiscalização, 
a Secretaria da Receita Federal do Brasil identificou 
lucro não declarado por três sociedades empresárias, 
que o obtiveram em conluio, fruto do tráfico de 
entorpecentes. Sobre a hipótese sugerida, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O imposto sobre a renda é devido face ao 
princípio da interpretação objetiva do fato 
gerador, também conhecido como o princípio do 
pecunia non olet. 
B) Não caberá tributação e, sim, confisco da 
respectiva renda. 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 10 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
C) Não caberá tributo, uma vez que tributo não é 
sanção de ato ilícito. 
D) Caberá aplicação de multa fiscal pela não 
declaração de lucro, ficando afastada a incidência 
do tributo, sem prejuízo da punição na esfera 
penal. 
 
8. Questão 28 (EO XVII) Em 17/07/2014, o Tribunal de 
Justiça do Estado X da Federação instituiu, por meio de 
Provimento da Corregedoria Geral da Justiça, as custas 
judiciais e os emolumentos cartorários vigentes a 
partir da data da publicação. Sobre a hipótese, assinale 
a afirmativa correta. 
 
A) As custas judiciais e os emolumentos cartorários 
têm natureza jurídica de preço público e, 
portanto, não estão sujeitos às limitações 
constitucionais ao poder de tributar. 
B) As custas judiciais e os emolumentos cartorários 
têm natureza jurídica de taxa de serviço. Sendo 
assim, o provimento da Corregedoria Geral viola 
os princípios da legalidade, da anterioridade de 
exercício e nonagesimal. 
C) As custas judiciais e os emolumentos cartorários 
têm natureza jurídica de contribuição social. 
Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral 
viola os princípios da legalidade, da anterioridade 
de exercício e nonagesimal. 
D) As custas judiciais e os emolumentos cartorários 
têm natureza jurídica de taxa de poder de polícia. 
Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral 
viola os princípios da legalidade e da 
anterioridade de exercício. 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 
D D D C C B A B 
 
 
_________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________ 
3 – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, 
CONCEITO DE TRIBUTO E ESPÉCIES 
TRIBUTÁRIAS - IMPOSTOS 
FEDERAIS, ESTADUAIS E 
MUNICIPAIS 
 
1 – Princípio Federativo – O Brasil é uma federação, onde 
o poder está descentralizado, pois existem várias 
instâncias de governo: União, Estados/DF e 
Municípios. O Brasil é uma federação sui generis 
porque o município também é considerado ente 
federativo. O princípio federativo é uma cláusula 
pétrea. 
Entes integrantes de uma Federação ( Art. 18 CF) – 
União. Estados/DF e Municípios são autônomos). 
- União 
- Estados/ DF 
- Municípios 
 
2 – Características de uma Federação- É possível citar 
algumas características de uma federação. 
 - Eleições próprias – No Brasil, cada ente federativo tem 
suas próprias eleições. A investidura de um Prefeito, por 
exemplo, não depende da vontade do Governador ou do 
Presidente da República. 
- Competência Administrativa própria para prestar 
serviços públicos – Função principal do Estado. Os entes 
federativos recebem do texto constitucional 
competência para prestar serviços públicos próprios. O 
país opta pela Federação para melhorar a prestação do 
serviço público, comum em Estados geograficamente 
grandes. 
- Autonomia Administrativa – A organização político 
administrativa do Brasil compreende em União, 
Estados/DF e municípios com autonomia do ponto de 
vista administrativo, com capacidade de se auto-
administrar. 
- Competência Tributária própria -“Não existe autonomia 
sem dinheiro – isto é essencial para fazer valer a 
federação”. IR – União, IPVA- Estado, IPTU – Município. 
Para que seja autônomo realmente cada ente que 
integre a federação tem competência para tributar. 
 A CF prevê impostos para cada ente – essencial para 
fazer valer a autonomia. Nos arts. 153, 154, 155 e 156 
da Constituição Federal estão elencadas as 
competências dos entes federativos para a instituição 
dos impostos. 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 11 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
 A união concentra ainda grande parte dos impostos, 
mas comparando-se com o Brasil, antes da atual 
Constituição, houve um avanço muito grande, 
principalmente em relação aos municípios, que 
atualmente possuem uma situação financeira muito 
melhor do que a que existia anteriormente. 
 
 IMPORTANTE 
Além da competência Tributária, qual seria a outra forma 
através da qual os Estados e Municípios podem auferir 
receitas derivadas? 
Através das receitas da União que são repassadas para os 
Estados e para os Municípios, e também receitas do Estado 
que são repassadas para os Municípios. Essas receitas 
derivadas são transferidas, Ex. O que a União arrecada com 
IR e IPI grande parte será repassado (Arts.157. 158 e 159 
CF). O IPVA arrecadado pelo Estado será em parte 
repassado para o município. A CF determina este repasse, 
pois além da competência própria para tributar, os 
Estados/DF e Municípios também possuem essas receitas 
que lhe são transferidas. 
 
 DISTRIBUIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
Atribuição da Competência Tributária 
 Outra Forma: Receitas Transferidas, além da própria 
competência tributária, os Estados e municípios recebem 
receitas transferidas por outro ente. Ex. FPE (21,5%) e FPM 
(22.5%) FPM. Quem fiscaliza é o TCU. A União e o Estado 
não ficam com 100% do que arrecadam. 
 
O porquê desse repasse? 
 Primeiramente, o tributo existe onde estão as riquezas 
ou presunção de riquezas, ou seja onde há consumo, onde 
há poder de compra. Vamos partir da hipótese de um 
município localizadono sertão central do estado do Ceará 
com 10.000 habitantes – Os impostos municipais previstos 
nos arts 156 CF são (IPTU, ISS, ITBI). – Nesta hipótese, não 
existirá muita transferência de bens imóveis, pois a 
quantidade de imóvel vendido é mínima e quando existem 
imóveis à venda, o valor é muito pequeno, chegando a ser 
irrelevante, desta forma a arrecadação através do ITBI será 
quase inexistente. Em relação ao ISS, – sabe-se que o setor 
de serviços é próprio de cidades mais desenvolvidas. Em 
relação ao IPTU, – a arrecadação será baixa devido ao valor 
do imóvel e parte desses imóveis são isentos de IPTU. Nesse 
caso, o município tem baixa receita tributária, mas tem 
obrigações e competências constitucionais de prestar 
serviço público. Em razão disso, é necessário receber essas 
receitas (derivadas) transferidas através do FPM e do FPE, 
existindo municípios que recebem mais receitas 
transferidas do que receitas oriundas de sua competência 
tributária. É importante ressaltar, no entanto, que o repasse 
de receitas de um ente federativo para outro ente 
federativo não altera a competência tributária. 
 
 Competência Tributária – Poder de Tributar 
juridicamente limitado 
“É o poder de tributar juridicamente limitado; O que está 
limitando? A CF é quem limita. Ex. União não pode tributar 
IPVA, um ente não pode invadir a competência tributária de 
outro ente. 
 
 Formas de Competência Tributária: 
- Competência Exclusiva – Exs. Arts 153,155,156 CF 
A Competência exclusiva existe em relação aos Impostos. 
CTN – Imposto é um tributo independente de qualquer 
atividade estatal específica à pessoa do contribuinte. Não 
está associado a nenhuma ação do Estado, é um tributo não 
contra-prestacional. Ex. IPVA é pago somente porque tenho 
carro – não é necessário o Estado prestar um serviço. Por 
sua vez, as taxas e contribuições de melhorias são 
vinculadas a alguma atuação do Estado. São tributos contra-
prestacionais. 
A CF em seu art. 145 II – “A União, os Estados, O Distrito 
Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos:” 
 II – Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou 
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos 
a sua disposição. 
 Poder de Polícia- Restringir a esfera individual em prol 
da coletividade. Ex. Alvará de construção ( o município 
verifica se o meu projeto respeita o espaço de calçada, 
se respeita a lei municipal), podendo cobrar uma taxa 
para liberar o alvará. 
 
A Contribuição de melhoria sempre existiu, mas de difícil 
cobrança. Ex. particular com terreno no Eusébio comprado 
por um preço X (muito barato) e depois das melhorias 
provenientes do Estado como, por exemplo, rodovia que 
valorizou o terreno. A rodovia beneficia a todos, mas no 
caso em questão, a obra gerou uma valorização imobiliária 
no seu imóvel especificamente, podendo existir uma lei que 
cobre um valor sobre a valorização do terreno, também é 
um tributo vinculado/ contra-prestacional. 
- Competência Comum – Art 145 II, III CF – Existe em 
relação às taxas e às contribuições de melhorias (outras 
espécies tributárias). 
Porque o constituinte resolveu discriminar as competências 
dos impostos? 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 12 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
- Porque se não houver a discriminação como saberia a 
quem pertence os impostos? Não existe outra forma de 
definir, pois em relação aos impostos não há vinculação / 
contra- prestação, desta forma é preciso ser definido pela 
CF. Já no caso das taxas e contribuições de melhorias, por 
serem tributos vinculados, o ente que prestar será o 
competente para cobrar, por estar associado a atuação 
prévia do Ente, somente ele pode cobrar – não sendo 
necessário discriminar/ previsão clara exclusiva. 
*** Imposto como não é vinculado é necessário a 
discriminação pela CF – com isso gera a competência 
exclusiva. Mas, quando se falar em competência comum 
(no plano abstrato), é no sentido de que não existe a pré-
definição constitucional. No entanto, quando o ente prestar 
o serviço, será o competente para cobrar. É comum no 
plano abstrato, pois quando a obra é feita, a competência 
deixa de ser comum e passa a ser exclusiva. 
 
 Competência Residual – Art 154, I CF 
** Principio da legalidade: Os tributos não são criados pela 
CF. A CF limita-se a autorizar a tributação A CF delimita 
espaços de tributação. Na verdade quem cria o tributo é o 
ente competente – União, Estados/DF e municípios quando 
aprovam suas leis, como conseqüência lógica do Principio 
da Legalidade. Ex. A CF autoriza a tributação sobre grandes 
fortunas, porém não há lei que regulamente a tributação – 
a CF prevê a possibilidade de haver tributo, porém 
enquanto não houver uma lei (podendo ser lei ordinária em 
alguns casos) não poderá ser tributado. 
“A CF assina o cheque, mas quem preenche os valores deste 
é o Ente competente e este ato é feito através da lei.” 
Residual – Também é exclusiva, pois só quem pode exercê-
la é a União, através de lei complementar, não sendo um 
tributo cumulativo. 
Pode a União Federal criar imposto residual sobre renda? 
Não, pois já é tributado através do I.R – tem que ser fato 
novo não tributado. 
Para os demais impostos, basta a lei ordinária (maioria 
simples dos votos) e para o exercício da competência 
residual é necessário uma lei complementar (maioria 
absoluta dos votos). Qual a razão? Quando a União, 
Estados/DF e municípios aprovam as lei para regulamentar 
os impostos já previstos na CF, já estão limitados 
materialmente. Ex. Veículo automotor para a cobrança de 
IPVA – existe uma limitação material maior por isso exige-se 
uma lei menos rígida (lei ordinária). No caso de impostos 
residuais por ser fato NOVO ainda não tributado, e sem 
previsão constitucional, a União tem maior liberdade no 
plano material. Em razão disto, o constituinte restringe 
através de uma lei mais formal (lei complementar- maioria 
absoluta de votos- anuência do congresso maior). Este 
formalismo é para compensar a liberdade material maior, é 
uma forma de contrabalancear. “ A União nunca exerceu, 
mas em tese poderá fazê-lo.” 
 
 A qual ente federativo pertence à competência Residual 
em relação as taxas? 
Em matéria de impostos, a competência residual é exclusiva 
da União. Em matéria de taxas, a competência residual é do 
Estado (art. 25 p. 1º CF). As taxas estão vinculadas aos 
serviços públicos e os novos serviços públicos que surgirão 
são de competência do Estado (podem surgir serviços 
novos), razão pela qual as novas taxas serão cobradas pelo 
Estado Residualmente as taxas incubem aos Estados. A 
Doutrina questiona essa competência entregue ao Estado, 
pois verifica-se que seria mais razoável ser entregue aos 
municípios pois este ente está mais próximo do cidadão e 
verifica-se mais detalhadamente a necessidade de 
prestação de novos serviços. 
 
 COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA (ART.154,II CF) 
Tem um aspecto semelhante à competência residual 
porque também é exclusiva da União Federal, nenhum 
outro ente poderá exercê-la. 
A cobrança de impostos de competência extraordinária só 
pode acontecer em períodos de guerra, porém nunca foi 
exercida, pois o Brasil não se envolve em conflitos armados. 
Nunca foi cobrada, mas poderá ser. Evidentemente quando 
se está em guerra, é necessário receita extraordinária, 
mesmo porque a receita ordinária diminui e precisa haver 
uma compensação, desta forma o constituinte viu uma 
maneira de equilibrar o orçamento autorizando a união a 
cobrança de impostos extraordinários. Neste caso, devido 
ao caráter de urgência, basta ser autorizado através de lei 
ordinária Não exige-se leicomplementar por esta ser mais 
formal e consequentemente mais demorada, porque 
precisa-se que a arrecadação seja da forma mais rápida 
possível. O constituinte visualizou tornar mais rápida sua 
criação, exigindo-se apenas lei ordinária. O imposto da 
guerra pode ser cumulativo por fatos já tributados (lógico), 
pois a rentabilidade é mais imediata, pode alcançar 
situações tributadas por imposto Federal, Estadual ou 
Municipal (art. 154 II). Ambos: impostos residual e 
extraordinário são de competência da união. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1. Questão 25 (EO XX) Determinado ente da Federação 
instituiu um tributo incidente sobre a folha de salários 
e demais rendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que 
preste serviço a empregador privado, ainda que sem 
vínculo empregatício, com o objetivo de financiar a 
seguridade social. Em sintonia com a CRFB/88, assinale 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 13 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
a opção que indica o ente da federação competente 
para a instituição do tributo descrito e o nome do 
tributo em questão. 
 
A) Estados-membros e o Distrito Federal. 
Contribuição previdenciária. 
B) União. Contribuição social. 
C) União. Imposto sobre a renda. 
D) Todos os entes da Federação. Contribuições 
sociais. 
 
2. Questão 27 (EO XX) O Estado Alfa institui, por meio de 
lei complementar, uma taxa pela prestação de serviço 
público específico e divisível. Posteriormente a 
alíquota e a base de cálculo da taxa vêm a ser 
modificadas por meio de lei ordinária, que as mantém 
em patamares compatíveis com a natureza do tributo 
e do serviço público prestado. A lei ordinária em 
questão é 
 
A) integralmente inválida, pois lei ordinária não 
pode alterar lei complementar. 
B) parcialmente válida – apenas no que concerne à 
alteração da base de cálculo, pois a modificação 
da alíquota só seria possível por meio de lei 
complementar. 
C) parcialmente válida – apenas no que concerne à 
alteração da alíquota, pois a modificação da base 
de cálculo só seria possível por meio de lei 
complementar. 
D) integralmente válida, pois a matéria por ela 
disciplinada não é constitucionalmente reservada 
à lei complementar. 
 
3. Questão 28 (EO XIX) O Estado X, visando aumentar a 
sua arrecadação, instituiu novo imposto, não previsto 
na Constituição Federal. Sobre a hipótese, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O Estado X pode instituir imposto, mediante lei 
complementar, desde que previsto na 
Constituição Estadual. 
B) Para exercer a competência residual do Estado X, 
é necessária lei de iniciativa do Governador do 
Estado. 
C) O Estado X não pode instituir o imposto novo, 
tendo em vista que a competência residual para a 
instituição de novos impostos é somente da 
União. 
D) É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, a instituição de impostos não 
previstos na Constituição Federal. 
 
4. Questão 25 (EO XVIII) A União instituiu determinado 
tributo federal e conferiu a uma autarquia as tarefas 
de fiscalizá-lo e arrecadá-lo. Tendo em vista a situação 
narrada, assinale a opção correta. 
 
A) A capacidade tributária ativa (realizar atos de 
fiscalização e arrecadação) é delegável. 
B) Trata-se de caso de delegação da competência 
tributária da União. 
C) Não é possível que a União revogue, a qualquer 
tempo e por ato unilateral, a atribuição que 
conferiu a tal autarquia. 
D) Em eventual discussão judicial proposta por um 
contribuinte do tributo, a autarquia não terá 
prazo em dobro para recorrer. 
 
5. Questão 26 (EO XV) O Art. 146, III, a, da Constituição 
Federal estabelece que lei complementar deve trazer a 
definição dos fatos geradores, da base de cálculo e dos 
contribuintes dos impostos previstos na Constituição. 
Caso não exista lei complementar prevendo tais 
definições relativamente aos impostos estaduais, os 
estados 
 
A) não podem instituir e cobrar seus impostos, sob 
pena de violação do Art. 146 da Constituição. 
B) podem instituir e cobrar seus impostos, desde 
que celebrem convênio para estabelecer normas 
gerais. 
C) podem instituir e cobrar seus impostos, pois 
possuem competência legislativa plena até que a 
lei complementar venha a ser editada. 
D) podem instituir e cobrar seus impostos, desde 
que seja publicada Medida Provisória 
autorizando. 
 
6. Questão 28(EO XV) Em dezembro de 2006, foi 
publicada a Lei Complementar nº 123, que instituiu o 
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de 
Pequeno Porte, e criou novo regime de tributação 
simplificada, abrangendo, além dos impostos e 
contribuições federais, o Imposto sobre Operações 
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), bem como o 
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A referida lei é inconstitucional, pois é vedada à 
União instituir benefício fiscal de tributo de 
competência dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
B) O regime de tributação simplificada é obrigatório 
a todos os contribuintes que cumpram os 
requisitos previstos na referida lei complementar. 
C) A referida lei é inconstitucional, no que se refere 
ao ICMS, pois institui benefício fiscal do imposto 
sem a competente autorização por meio de 
convênio do Conselho Nacional de Política 
Fazendária – CONFAZ. 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 14 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
D) Segundo a Constituição Federal, a fiscalização do 
cumprimento das obrigações principais e 
acessórias do regime único de arrecadação 
poderá ser compartilhada pelos entes da 
Federação. 
 
7. Questão 27 (EO XII) Em relação ao imposto sobre a 
propriedade de veículos automotores – IPVA -, 
assinale a única opção INCOMPATÍVEL com o previsto 
na Constituição Federal. 
 
A) Poderão ser estabelecidas alíquotas diferenciadas 
do IPVA em função da procedência do veículo, se 
nacional ou estrangeira. 
B) O IPVA é um imposto de competência dos 
Estados e do Distrito Federal. 
C) Poderão ser estabelecidas alíquotas diferenciadas 
do IPVA em função do tipo e da utilização do 
veículo. 
D) Pertence aos municípios parte do produto da 
arrecadação do IPVA relativamente aos veículos 
automotores licenciados em seus territórios. 
 
8. Questão 28 (EO X) A União criou um novo imposto não 
previsto na CRFB mediante lei complementar sobre a 
propriedade de veículos de duas rodas não 
motorizados, que adota fato gerador e base de cálculo 
diferente dos demais discriminados na Constituição. 
Nessa situação, a União terá feito uso de competência 
 
A) comum. 
B) residual. 
C) cumulativa. 
D) extraordinária. 
 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 
B D C A C D A B 
 
 
_________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
4 – CONCEITO DE TRIBUTO E 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
 CONCEITO DE TRIBUTO: 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nelase possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
 IMPOSTO 
 O art. 145 da Constituição Federal (CF) leva o leitor a 
vislumbrar três espécies do gênero: tributo, quais sejam: 
imposto, taxa e contribuição de melhoria. No entanto, 
alguns doutrinadores entendem que além das espécies 
supra aludidas, pode-se acrescentar duas outras, previstas 
expressamente da Magna Carta, quais sejam: empréstimo 
compulsório (art. 148, CF) e contribuição social ou especial 
(art. 149, CF). Esta última subdivide-se em: contribuição de 
intervenção no domínio econômico, contribuição de 
interesse de categorias profissionais ou econômicas, 
contribuição de seguridade social e contribuição de 
iluminação pública. 
 
 DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS IMPORTANTES 
- Art. 150, VI - A imunidade nestas hipóteses existe 
somente em relação aos impostos; 
- Art. 150, par. 1º - O princípio da Anterioridade não se 
aplica aos impostos de importação, exportação, 
produtos industrializados, operações de crédito, câmbio, 
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e o 
imposto extraordinário; 
- Art. 153, par. 1º - Mitigação do princípio da Legalidade. 
O Poder Executivo, atendidas as condições e os limites 
da lei, pode alterar as alíquotas dos impostos de 
importação, exportação, produtos industrializados e 
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a 
títulos ou valores mobiliários. É instrumento de política 
fiscal;. 
- Art. 154, I - Competência residual em relação aos 
impostos; 
- Art. 154, II - Competência em relação aos impostos 
extraordinários; 
- Art. 153 - Impostos de competência da União Federal; 
- Art. 155 - Impostos de competência dos Estados e do 
Distrito Federal; 
- Art. 156 - Impostos de competência dos Municípios. 
 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 15 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
 CONCEITO DE IMPOSTO 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador 
uma situação independente de qualquer atividade estatal 
específica relativa ao contribuinte. Fala-se, por 
consequência, que o imposto é o tributo não vinculado, ao 
passo que, a taxa e a contribuição de melhoria são tributos 
vinculados a uma atuação estatal. A taxa, pela utilização de 
serviços públicos ou em razão do poder de polícia e a 
contribuição de melhoria, vinculada a uma obra pública. A 
não-vinculação é o ponto característico e distintivo do 
imposto em face das demais espécies tributárias. 
A cobrança do imposto relaciona-se sempre com uma 
situação cotidiana da vida do contribuinte. Jamais a uma 
atividade estatal específica. 
Ex.: Imposto de Renda, IPVA, IPTU, etc.... 
Imposto Pessoal - Vislumbra a pessoa. Os impostos pessoais 
são mais justos 
Ex.: Imposto de Renda (Art. 145, par. 1º, CF) 
Imposto Real - Vislumbra somente a matéria tributável 
Ex.: IPI, ICMS 
 
A Constituição Federal (CF) de 1.988 distribuiu a 
competência para instituir os impostos entre os três entes 
(União, estados e DF e municípios) estatais de forma clara e 
incontroversa, em seus arts. 153, 155 e 156. 
Competem à União os impostos de importação, exportação, 
renda e proventos de qualquer natureza (IR), sobre 
produtos industrializados (IPI), sobre operações de crédito, 
câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários, sobre a propriedade territorial rural (ITR) e 
sobre grandes fortunas. (art. 153, CF). 
Deve-se destacar os parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º do art. 153, 
CF 
Além dos impostos supra mencionados, a União dispõe da 
competência residual em relação aos impostos (art. 154, 
inciso I, da CF) e poderá instituir impostos extraordinários 
na iminência ou no caso de guerra externa. (art. 154, inciso 
II, da CF) 
Competem aos Estados e ao Distrito Federal os impostos 
sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer 
bens ou direitos, sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e 
sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). (art. 
155, CF) 
Competem aos Municípios o imposto sobre a propriedade 
predial e territorial urbana (IPTU), sobre transmissão inter 
vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis e 
de direitos reais sobre imóveis (ITBI) e sobre serviços de 
qualquer natureza (ISS). (art. 156, CF) 
Ressalte-se ainda que competem à União, em Território 
Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for 
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos 
municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos 
municipais. (Art. 147, CF). 
 
 TAXAS 
São tributos vinculados. Têm como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, ou o serviço público, prestado 
ou posto à disposição do contribuinte (art. 145, inciso II, CF 
e art. 77, CTN). 
Distingue-se do imposto por ser uma espécie tributária 
vinculada a uma atividade estatal específica em relação ao 
contribuinte. Por sua vez, o traço distintivo da contribuição 
de melhoria, deve-se ao fato de que esta vincula-se à obra 
pública, ao passo que a taxa vincula-se ao poder de polícia 
ou a serviço público. 
Conceito de poder de polícia (art. 78, CTN) 
Utilização efetiva ou potencial de serviços públicos 
específicos e divisíveis (art. 79, CTN) 
Art. 145, parágrafo 2º, CF - As taxas não poderão ter base 
de cálculo própria de impostos. 
O ente estatal competente para cobrar determinada taxa é 
o ente público competente, segundo os dispositivos 
constitucionais e administrativos, para exercer determinado 
serviço público. Só pode cobrar a taxa por aquele 
determinado serviço público, quem for o competente para 
executá-lo. 
TAXA x PREÇO PÚBLICO. 
 
 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
É o tributo instituído para fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como 
limite total a despesa realizada e como limite individual o 
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado. (Art. 81 do Código Tributário Nacional e art. 
145, III, da Constituição Federal. 
É imprescindível para a cobrança deste tributo que os 
imóveis sejam valorizados em virtude da obra pública. Não 
exige-se somente a obra pública. É indispensável que o 
imóvel seja valorizado. 
Competente para instituí-la é o ente estatal que realize a 
obra pública. 
 
 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
São espécies tributárias previstas no art. 149 do Código 
Tributário Nacional. Suas finalidades estão 
constitucionalmente definidas: intervenção no domínio 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 16 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
econômico, interesse de categorias profissionais e 
econômicas e seguridade social 
Competência: União, exclusivamente, para as contribuições 
de intervenção no domínio econômico, de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, bem como para 
custear o regime geral de previdência e assistência social e 
para os sistemas de previdência e assistência social dos 
servidores públicos federais. Estados, Distrito Federal e 
Municípios podem instituir contribuições para os sistemas 
de previdência e assistência social dos seus respectivos 
servidores públicos (Art. 149, parág. Único da CF) 
As contribuições sociais devem obedecer aos princípios 
constitucionais tributários, por expressa determinação 
constitucional. As contribuições sociais destinadas à 
Seguridade Social não obedecem ao princípio da 
anterioridade. No entanto, só podem ser cobradas depois 
de 90 dias da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
Existem duas espécies básicas: 
Art. 148, I, CF - para atender a despesas extraordinárias 
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou 
sua iminência (não obedece ao princípio da anterioridade); 
Art. 148, II, CF - no caso de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional (obedece ao 
princípio da anterioridade) 
Necessidade de lei complementar. Há quem questione a 
natureza tributária do empréstimo compulsório pelo fato de 
ser restituível. No entanto, atualmente não há divergência 
quanto à natureza tributária do Empréstimo Compulsório. 
 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
 
1. Questão 28 (EO XX) Após verificar que realizou o 
pagamento indevido de Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços - ICMS, determinado 
contribuinte requer administrativamente a restituição 
do valor recolhido. O órgão administrativo 
competente denega o pedido de restituição. Qual o 
prazo, bem como o marco inicial, para o contribuinte 
ajuizar ação anulatória da decisão administrativa que 
denega a restituição? 
 
A) 2 (dois) anos contados da notificação do 
contribuinte da decisão administrativa. 
B) 5 (cinco) anos contados da notificação do 
contribuinte da decisão administrativa. 
C) 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do 
exercício seguinte ao fato gerador. 
D) 1 (um) ano contado da data do julgamento. 
2. Questão 26 (EO XIX) A pessoa jurídica Verdes Campos 
Ltda. realiza transporte de cargas entre os estados “X” 
e “Y” por meio de sua frota de 30 caminhões. Sobre a 
referida prestação de serviço de transporte, assinale a 
opção correta. 
 
A) Incide o ISS, de competência dos Municípios. 
B) Não incide qualquer imposto. 
C) Incide o ICMS, de competência dos Estados. 
D) Incide o IPVA, de competência dos Estados. 
 
3. Questão 28 (EO XI) Com relação ao Imposto sobre a 
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), assinale 
a afirmativa correta. 
 
A) É instituído pela União e repartido com o Estado 
em que tenha sido licenciado o veículo. 
B) É instituído pelo Estado e repartido com o 
Município em que tenha sido licenciado o 
veículo. 
C) É instituído pelo Estado em que tenha sido 
licenciado o veículo, que ficará com a 
integralidade do produto da arrecadação. 
D) É instituído pelo Município em que tenha sido 
licenciado o veículo, que ficará com a 
integralidade do produto da arrecadação. 
 
4. Questão 26 (EO X) Uma autarquia federal, proprietária 
de veículos automotores adquiridos recentemente, foi 
surpreendida com a cobrança de IPVA pelo Estado 
responsável pelos respectivos licenciamentos, não 
obstante vincular a utilização desses veículos às suas 
finalidades essenciais. Com base na hipótese sugerida, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) A cobrança é constitucional, por se tratar de fato 
gerador do IPVA. 
B) A cobrança é constitucional, por se aplicar o 
princípio da capacidade contributiva. 
C) A cobrança é inconstitucional, por se tratar de 
isenção fiscal. 
D) A cobrança é inconstitucional, por tratar de 
hipótese de imunidade tributária. 
 
5. Questão 26 (EO XX) Fulano de Tal prometeu adquirir 
de uma autarquia federal um imóvel residencial 
urbano. O sinal e parte substancial do preço são pagos 
no momento da lavratura da escritura pública de 
promessa de compra e venda, que é prontamente 
registrada no Registro Geral de Imóveis (RGI) 
competente. O saldo do preço será pago em várias 
parcelas. Após o registro da promessa de compra e 
venda 
 
A) passa a incidir o IPTU, a ser pago pela autarquia. 
B) continua a não incidir o IPTU, por força da 
imunidade da autarquia (cujo nome continua 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 17 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
vinculado ao imóvel no RGI, ainda que agora a 
autarquia figure como promitente vendedora). 
C) passa a incidir o IPTU, a ser pago solidariamente 
pela autarquia e por Fulano de Tal. 
D) passa a incidir o IPTU, a ser pago por Fulano de 
Tal, uma vez que registrada no RGI a promessa de 
compra e venda do imóvel. 
 
6. Questão 28 (EO XVIII) Prefeito de um determinado 
município resolveu conceder isenção de IPTU, por 10 
(dez) anos, a proprietários de imóveis que sejam 
portadores de deficiência e que realizem investimento 
nas condições de acessibilidade de suas propriedades. 
Com base na situação apresentada, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) É possível que o município institua a isenção por 
meio de decreto. 
B) Tal isenção constitui caso de suspensão da 
exigibilidade daqueles créditos tributários. 
C) Somente por meio de lei específica municipal 
pode ser concedida isenção de IPTU. 
D) A isenção concedida em função de determinadas 
condições, como é o caso, pode ser revogada a 
qualquer tempo. 
 
7. Questão 26 (EO XVIII) Antônio, prestador de serviço 
de manutenção e reparo de instrumentos musicais, 
sujeito à incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS), 
deixou de recolher o tributo incidente sobre fato 
gerador consumado em janeiro de 2013 (quando a 
alíquota do ISS era de 5% sobre o total auferido pelos 
serviços prestados e a multa pelo inadimplemento do 
tributo era de 25% sobre o ISS devido e não recolhido). 
Em 30 de agosto de 2013, o Município credor aprovou 
lei que: (a) reduziu para 2% a alíquota do ISS sobre a 
atividade de manutenção e reparo de instrumentos 
musicais; e (b) reduziu a multa pelo inadimplemento 
do imposto incidente nessa mesma atividade, que 
passou a ser de 10% sobre o ISS devido e não 
recolhido. Em fevereiro de 2014, o Município X 
promoveu o lançamento do imposto, exigindo do 
contribuinte o montante de R$ 25.000,00 – sendo R$ 
20.000,00 de imposto (5% sobre R$ 400.000,00, valor 
dos serviços prestados) e R$ 5.000,00 a título de multa 
pela falta de pagamento (25% do imposto devido). 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) O lançamento está correto em relação ao 
imposto e à multa. 
B) O lançamento está incorreto tanto em relação ao 
imposto (que deveria observar a nova alíquota de 
2%) quanto em relação à multa (que deveria ser 
de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). 
C) O lançamento está correto em relação à multa, 
mas incorreto em relação ao imposto (que 
deveria observar a nova alíquota de 2%). 
D) O lançamento está correto em relação ao 
imposto, mas incorreto em relação à multa (que 
deveria ser de 10% sobre o ISS devido e não 
recolhido). 
 
8. Questão 27 (EO XVII) A pessoa jurídica X foi 
contemplada com isenção do Imposto sobre a 
Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do 
imóvel utilizado para suas atividades comerciais. A 
referida isenção foi concedida pelo prazo de 5 (cinco) 
anos e sob a condição de que o imóvel seja utilizado 
para a produção de artesanato regional. Com base no 
caso apresentado, sobre a referida isenção assinale a 
opção correta. 
 
A) Poderá ser suprimida por lei, a qualquer tempo, 
ainda que o contribuinte atenda à condição de 
utilizar o imóvel para a produção de artesanato 
regional. 
B) Não poderá ser suprimida no prazo de 5 (cinco) 
anos, caso o contribuinte cumpra a condição de 
utilizar o imóvel para a produção de artesanato 
regional. 
C) Não poderá ser suprimida no prazo de 5 (cinco) 
anos, ainda que o contribuinte utilize o imóvel 
para a realização de atividades comerciais 
diversas da produção de artesanato regional. 
D) Poderá ser suprimida por decreto, a qualquer 
tempo, ainda que o contribuinte cumpra a 
condição de utilizar o imóvel para a produção de 
artesanato regional. 
 
9. Questão 28 (EO XVI) Em 2007, a pessoa jurídica Y 
recebeu notificação para pagamento de débitos de 
Imposto sobre a PropriedadePredial e Territorial 
Urbana (IPTU). Em 2014, diante da constatação de que 
a contribuinte não havia apresentado qualquer 
impugnação e nem realizado o pagamento, o 
Município X ajuizou execução fiscal para a cobrança 
destes créditos. Considerando os fatos narrados e as 
disposições da Lei nº 6.830/80, o juiz, ao analisar a 
inicial da execução fiscal proposta pelo Fisco, 
 
A) poderá, de ofício, reconhecer e decretar a 
prescrição somente depois de ouvida a Fazenda 
Pública. 
B) poderá, de ofício, reconhecer e decretar a 
prescrição somente depois de ouvida a Fazenda 
Pública e a contribuinte. 
C) poderá decretar a prescrição de ofício, 
independentemente da prévia oitiva da Fazenda 
Pública. 
D) só poderá decretar a prescrição se esta vier a ser 
suscitada pela contribuinte. 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 18 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
10. Questão 26 (EO XVI) Determinado contribuinte 
verificou a existência de débitos vencidos de Imposto 
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) 
e da taxa de coleta de lixo com o Município M. Os dois 
tributos são relativos ao ano-calendário de 2012 e se 
referem ao imóvel onde reside. O contribuinte pagou 
ao Município M montante insuficiente para a quitação 
de ambos os tributos. Diante de tais débitos, a 
autoridade administrativa municipal que recebeu o 
pagamento 
 
A) determinará, primeiramente, a imputação do 
pagamento à taxa e, posteriormente, ao imposto. 
B) determinará o pagamento na ordem decrescente 
dos prazos prescricionais. 
C) determinará o pagamento na ordem crescente 
dos montantes. 
D) determinará, primeiramente, a imputação do 
pagamento ao imposto e, posteriormente, à taxa. 
 
11. Questão 25 (EO X) Três irmãos são donos de um 
imóvel, em proporções iguais. Em relação ao IPTU, 
cada irmão 
 
A) só pode ser cobrado pelo fisco na razão de 
33,33% do imposto. 
B) é devedor solidário em relação ao todo do 
imposto. 
C) é devedor na razão de 33,3% do imposto e 
responsável subsidiário pelo restante. 
D) não pode ser cobrado judicialmente pela parte de 
outro irmão que tenha recursos para pagá-la. 
 
12. Questão 27 (EO XVIII) A Presidência da República, por 
meio do Decreto 123, de 1º de janeiro de 2015, 
aprovou novas alíquotas para o Imposto sobre 
Produtos Industrializados (IPI), dentro das balizas 
fiadas na lei tributária, a saber: Cigarro – alíquota de 
100% Vestuário – alíquota de 10% Macarrão – alíquota 
zero Sobre a hipótese, é possível afirmar que 
 
A) o referido decreto é inconstitucional, uma vez 
que viola o princípio da legalidade. 
B) o referido decreto é inconstitucional, uma vez 
que viola o princípio do não confisco. 
C) as alíquotas são diferenciadas em razão da 
progressividade do IPI. 
D) as alíquotas são diferenciadas em razão do 
princípio da seletividade do IPI. 
 
13. Questão 27(EO XV) Um empresário consulta um 
escritório de advocacia sobre a possibilidade de a 
sociedade da qual é administrador participar de uma 
licitação, sendo certo que, para tal, terá que 
apresentar uma certidão demonstrando a inexistência 
de débitos fiscais com o governo federal. Ele informa 
que a sociedade foi autuada pelo não recolhimento do 
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer 
Natureza (IR), e a defesa administrativa, apresentada 
no prazo, ainda não foi apreciada pelo órgão 
competente. Considerando apenas os dados 
apresentados, é correto afirmar que a sociedade 
 
A) não poderá participar da licitação, pela existência 
de crédito tributário vencido e não pago. 
B) poderá participar da licitação, pois o crédito 
tributário está com a exigibilidade suspensa. 
C) poderá participar da licitação somente após a 
defesa administrativa ser analisada. 
D) somente poderá participar da licitação se 
depositar o valor do crédito tributário. 
 
14. Questão 25 (EO XIV) Visando a proteger a indústria de 
tecnologia da informação, o governo federal baixou 
medida, mediante decreto, em que majora de 15% 
para 20% a alíquota do Imposto sobre a Importação de 
Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo 
procedentes do exterior, limites esses que foram 
previstos em lei. A respeito da modificação de alíquota 
do Imposto de Importação, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Deve observar a reserva de lei complementar. 
B) Deve ser promovida por lei ordinária. 
C) Deve observar o princípio da irretroatividade. 
D) Deve observar o princípio da anterioridade. 
 
15. Questão 26 (EO XIV) Empresa X, constituída em 1980, 
entrou com ação na Justiça Federal impugnando a 
cobrança da Contribuição Sobre o Lucro – CSLL, 
alegando que, apesar de prevista no Art. 195, I, c, da 
Constituição Federal, trata-se de um tributo que tem o 
lucro como fato gerador. Dessa forma, haveria um bis 
in idem em relação ao Imposto Sobre a Renda das 
Pessoas Jurídicas (Art. 153, III da CRFB), o que é 
vedado pelo próprio texto constitucional. A partir do 
caso narrado e considerando a jurisprudência 
dominante do Supremo Tribunal Federal, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) A empresa tem razão porque os dois tributos têm 
o lucro como fato gerador, o que é vedado pela 
Constituição Federal. 
B) A empresa, por ter sido constituída 
anteriormente à Constituição Federal de 1988, 
tem direito adquirido a não pagar a CSLL. 
C) A empresa não tem razão, porque ambos os 
tributos estão previstos na CRFB. 
D) A empresa tem razão, pela clara violação à 
vedação ao confisco prevista no Art. 150, IV, da 
CRFB. 
 
 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 19 
 
OS: 0010/10/16-Gil 
OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 
16. Questão 25 (EO XI) Assinale a alternativa que indica os 
impostos cujas alíquotas podem ser majoradas por ato 
do Poder Executivo, observados os parâmetros legais. 
 
A) Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações 
Financeiras (IOF) e Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Rural (ITR). 
B) Imposto sobre a Importação (II), Imposto sobre a 
Exportação (IE) e Imposto sobre Grandes 
Fortunas (IGF). 
C) Imposto de Renda (IR) Imposto sobre a 
Propriedade Territorial Rural (ITR) e Imposto 
sobre Grandes Fortunas (IGF). 
D) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), 
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e 
Imposto sobre a Importação (II) 
 
17. Questão 27 (EO XI) A remuneração que os Municípios 
pagam a seus servidores está sujeita à incidência do 
Imposto sobre a Renda retido na fonte (IR-Fonte). 
Assinale a alternativa que indica o ente público ao qual 
pertence o produto da arrecadação do IRFonte nesse 
caso específico. 
 
A) Ao Município que efetua o pagamento da 
remuneração. 
B) À União. 
C) Ao Estado em que está situado o Município que 
efetua o pagamento da remuneração. 
D) Metade à União e metade ao Município que 
efetua o pagamento da remuneração. 
 
18. Questão 27 (EO XIII) José recebeu auto de infração 
pelo inadimplemento de determinado tributo 
instituído por lei ordinária. José contesta a exigência 
fiscal sob o argumento, correto, de que o tributo em 
questão deveria ter sido instituído por lei 
complementar. A partir da hipótese apresentada, 
assinale a opção que indica o tributo exigido no 
referido auto de infração. 
 
A) Contribuição de Interesse de Categoria 
Profissional. 
B) Contribuição de Melhoria. 
C) Contribuição de Intervenção no Domínio 
Econômico. 
D) Empréstimo Compulsório. 
 
19. Questão 25 (EO XIII) Segundo o entendimento do STF, 
a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços 
públicos de coleta, remoção e tratamento ou 
destinação de lixo ou resíduos provenientes

Outros materiais