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UNIÃO EUROPEIA

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ECONOMIA INTERNACIONAL - 2017
TRABALHO SOBRE BLOCOS ECONÔMICOS
UNIÃO EUROPÉIA
Cláudia Mendonça Lemos 
Monique Fernandes Pereira Carvalho
Murilo Máximo Santana Borges
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
São Leopoldo - Rio Grande do Sul
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PANORAMA GERAL
- Países que formam o bloco:
1957 6 membros: Bélgica, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo e Holanda
1973 + Dinamarca, Irlanda, Reino Unido
1981 + Grécia
1986 + Espanha e Portugal
1995 + Áustria, Finlândia e Suécia
2004 + República Tcheca, Estônia, Chipre, Letônia, Lituânia, Hungria, Malta, Polônia, Eslováquia e Eslovênia
2007 + Bulgária e Romênia
2013 + Croácia
(2018 – 1 Reino Unido)
Total de 28 membros atualmente
(2018 – 27 membros)
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PANORAMA GERAL
- Países candidatos (se encontram na fase de transposição da legislação europeia para o direito nacional)
Albânia
Macedônia
Montenegro
Sérvia
Turquia
- EURO: moeda oficial de 19 dos 28 países (não utilizam o Euro: Bulgária, Croácia, Hungria, Polônia, República Tcheca, Romênia, Suécia, Dinamarca e Reino Unido) 
- ESPAÇO SCHENGEN: um dos maiores feitos da UE. Trata-se de um espaço sem fronteiras internas no interior do qual os cidadãos europeus e muitos nacionais de países que não pertencem à UE podem circular livremente, em turismo ou por motivos de trabalho. Criado em 1985, este espaço tem vindo gradualmente a crescer, englobando, hoje em dia, quase todos os países da UE e alguns países associados. 
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PANORAMA GERAL
- Histórico: como e quando surgiu
A UE foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial. A intenção inicial era incentivar a cooperação económica, partindo do pressuposto de que se os países tivessem relações comerciais entre si se tornariam economicamente dependentes uns dos outros, reduzindo assim os riscos de conflitos.
	
Dessa cooperação econômica resultou a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE) 	em 1957. Desde então, assistiu-se à criação de um enorme mercado único em 	permanente evolução.
O que começou por ser uma união meramente econômica evoluiu para uma organização que abrange uma vasta gama de domínios de intervenção. 
Desde 2014, as leis da União Europeia só podem ser aprovadas se tiverem o voto favorável de 55% dos Estados, desde que represente também 65% da população da União Europeia. 
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PANORAMA GERAL
- Objetivos
Um dos principais objetivos da UE é promover os direitos humanos, tanto a nível interno como no resto do mundo. Dignidade humana, liberdade, democracia, igualdade, Estado de Direito e respeito pelos direitos humanos são os valores fundamentais da UE. Desde a assinatura do Tratado de Lisboa em 2009, todos esses direitos estão consagrados num único documento, a Carta dos Direitos Fundamentais da UE.
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SITUAÇÃO ATUAL
- Descrição da fase em que o bloco se encontra
São seis as fases de processo de Integração Econômica:
Zona de Preferência Tarifária - apenas assegura níveis tarifários preferenciais
Zona de Livre Comércio - eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias
União Aduaneira - adota uma Tarifa Externa Comum (TEC)
Mercado Comum – livre circulação de capitais e pessoas e coordenação das suas políticas macroeconômicas
União Monetária - quando existe uma moeda comum e uma política monetária com metas unificadas e reguladas por um Banco Central comunitário
União Total/ União Política – integração total e instituição de um ordenamento jurídico comum
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SITUAÇÃO ATUAL
- Características
Área
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SITUAÇÃO ATUAL
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SITUAÇÃO ATUAL
Características
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SITUAÇÃO ATUAL
Principais problemas enfrentados pelo bloco
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SITUAÇÃO ATUAL
 Principais problemas enfrentados pelo bloco
 Fonte: Eurostat
Obs: para haver renovação de gerações, a taxa de fertilidade deve ser de 2,1 filhos por mulher
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Intra and Extra-EU trade
Fonte: Eurostat
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Raw materials
Mineral fuels, lubricants and related materials
Chemicals and related products, n.e.s.
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Other manufactured goods
Machinery and transport equipment
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O FIM DO EURO
A História da Moeda da União Europeia e Seu Futuro Incerto
 Johan Van Overtveldt
 
 O autor, jornalista belga Johan Van Overtveldt, expõe as razões que levaram à fundação da União Europeia e explica como políticos bem-intencionados, porém míopes, definiram um plano que já nasceu condenado.
 Existem falhas que datam da origem da “grande ideia” europeia.
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Como a História moldou a União Europeia
 Planos e tentativas de unificação econômica e política do continente europeu remontam ao início dos anos de 1800:
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Como os problemas no início da União Econômica e Monetária (UEM) levaram à crise
Os países do “Club Med” (Grécia, Itália, Irlanda, Portugal e Espanha) tomaram empréstimos pesados, beneficiados por um estado de espírito eufórico.
Em 2009 a Grécia admitiu que os déficits orçamentários do país eram muito maiores, devido a uma contabilidade duvidosa preparada para cumprir os critérios de convergência. 
A Grécia oscilou rumo ao incumprimento e exigiu resgate, assim como Irlanda e Portugal. 
Grécia, sem poder a capacidade de desvalorizar sua moeda possuía como única solução instituir cortes orçamentais severos, que levaram sua economia a uma recessão profunda.
Em 2011, o contágio da incerteza se espalhou para a Espanha, Itália e França.
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O que o futuro reserva para o euro e a UEM
A crise expôs os problemas subjacentes da UEM.
Há 3 resultados:
Ficar como está: colocando mais dinheiro nas nações em dificuldades, enquanto se exige reformas fiscais internas sérias. Porém, essa opção contém as sementes da extinção do euro (a recusa de resgate leva o país vai à falência). Dívidas: Espanha (11,5%), Itália (16,8%) e França (21,2%).
Cair fora do sistema: fora do euro o país poderia desvalorizar sua moeda para recuperar competitividade externa.
Reconstruir o sistema: mesmo que alguns países fracos deixem a UEM, os outros teriam que encontrar uma solução. A Alemanha teria que assumir a autoridade e manter a cultura de estabilidade financeira. Problema: a Alemanha permanecerá na UEM somente enquanto isso servir aos seus interesses maiores, logo ela detém neste momento a chave para o futuro do euro.
Na ausência de ações colaborativas radicais para a reestruturação da UEM é provável que já seja tarde demais para salvar o euro.
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“Se o euro falhar, então a Europa vai falhar.” (Angela Merkel, chanceler alemã)
“O que deu errado não foi o que aconteceu este ano. O que deu errado foi o que aconteceu nos primeiros 11 anos da história do euro, (...) algo como uma pílula para dormir, algum tipo de droga. Nós não estávamos cientes dos problemas subjacentes.” (Herman Van Rompuy, presidente da União Europeia)
“Os economistas reconheceram desde o início que havia desequilíbrios entre os países membros. Desequilíbrios que poderiam ameaçar todo o projeto”
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O Processo de Integração Econômica da União Europeia 
Eliana Maria Octaviano Martins
2002
 Dentro do contexto da globalização, o multilateralismo surge como preceito basilar. Porém, diante da impossibilidade da liberalização do comércio atingir escala mundial, o multilateralismo se revela em menor escala, retratado no regionalismo e na consolidação dos blocos regionais.
Os acordos regionais são motivados pela necessidade de ampliação do espaço econômico das empresas a fim de viabilizar a operação e a continuidade das inovações.
A União Europeia (UE) configura mais complexo e avançado processo de integração econômica consolidado no mundo, instituindo uma moeda única e com alterações significativas no contexto jurídico.
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Princípios norteadores da UE:
Mercado internoúnico e um sistema financeiro comum, com moeda própria (euro)
Cidadania única aos habitantes dos países do bloco
As bases de uma política externa e de defesa europeia
Definição de 4 direitos básicos: livre circulação, igualdade entre homens e mulheres, assistência previdenciária e melhores condições de trabalho
O processo de integração da UE seguiu as seguintes fases:
Zona de livre comércio: em 1957, Comunidade Econômica Europeia (CEE) - Tratado de Roma
União Aduaneira: em 1968, com receitas próprias
Mercado Comum: em 1993, livre circulação de bens, pessoas e capital (Tratado de Maastricht)
União Econômica: em 1999, com a criação do Banco Central Europeu e da moeda única e imposição dos requisitos de convergência macroeconômica
Foram emitidas 14,500 bilhões de notas e 50 bilhões de moedas
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A organização da UE se assenta em 5 instituições:
Parlamento Europeu (eleito pelos povos do Estados-Membros)
Conselho (que representa os governos dos Estados-Membros)
Comissão (órgão executivo que detém o direito de iniciativa em matéria legislativa)
Tribunal de Justiça (que garante o respeito a legislação)
Tribunal de Contas (que assegura o controle das contas)
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Atualmente (artigo do ano de 2002), a UE deseja alargamento do processo de integração (incorporar os países do Leste Europeu) e acordos com o Mercosul e países latino-americanos até 2005.
Obs: “Os países do Mercosul não podem, simplesmente, proceder a abertura de mercados para produtos externos, visto que poderá ocorrer uma falência do setor produtivo doméstico e de toda a economia. É imprescindível analisar todas as questões relativas à competividade do produto mercosulento no mercado internacional”. Além disso, os países desenvolvidos sempre resguardam fatias de mercado para sua própria proteção (Europa: produtos agrícolas, restrições sanitárias, obstáculos técnicos)
Conclusão: A UE provou ao mundo que o processo de globalização traz inúmeras vantagens, deflagrando em uma melhor qualidade de vida para os cidadãos.
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REVISÃO DA LITERATURA
Metodologias para mensurar os efeitos dos blocos econômicos:
Modelo de Comércio ( Krugmann, 1980);
Feenstra, Markusen e Rose (1998), mostram que uma equação gravitacional pode também ser derivada de um modelo de “dumping recíproco” em produtos homogêneos.
Deardoff (1998) mostra que tal equação também pode ser obtida do modelo de Heckscher-Ohlin.
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REVISÃO DA LITERATURA
O forte apelo do uso de modelos gravitacionais para a explicação dos fluxos de comércio anteriormente a esses desenvolvimentos teóricos deriva, sem dúvida, dos bons resultados empíricos obtidos.
Assim, Deardoff (1998) conclui que a equação do modelo gravitacional pode ser derivada tanto dos modelos de concorrência monopolística ou de produtos diferenciados segundo a origem (tipo Armington), como do modelo tradicional de comércio.
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REVISÃO DA LITERATURA
A mais difundida justificativa teórica à idéia de que os fluxos bilaterais de comércio dependem positivamente da renda dos países e negativamente da distância entre eles baseia-se em um modelo de comércio desenvolvido por Krugman (1980), sob competição monopolística entre dois países, com a introdução de custos de transporte1.
1 A base do argumento é a de que a existência de rendimentos crescentes e custos de transporte atuam como um incentivo para a concentração da produção próximo a um grande mercado, de forma a que se possam realizar economias de escala e minimizar custos de transporte.
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REVISÃO DA LITERATURA
Linnemann (1966) considera que a oferta e a demanda potenciais são determinadas pelas mesmas forças: pelos tamanhos do produto doméstico, que influenciam na definição do fator escala, e da população, que baliza o coeficiente entre a produção para o mercado doméstico e para o mercado externo.
Os efeitos das preferências comerciais na CEE começam a surgir em 1959.
 Em 1967, o comércio entre os seis países membros do bloco teria sido cerca de 85% mais elevado do que o que prevaleceria sem a formação da Comunidade Européia.
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REVISÃO DA LITERATURA
Polak (1996) considera que a má especificação da variável distância está associada a alguns resultados inesperados encontrados por Frankel, em particular, à não existência ou pequena magnitude dos efeitos de criação de comércio na UE, bem como à evidência de que uma região que não possui um acordo formal de livre comércio — a Apec — gere uma criação de comércio benéfica, sem os efeitos indesejáveis de desvio sobre países não-membros.
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REVISÃO DA LITERATURA
Winters e Soloaga (1999) analisam a criação e o desvio de comércio sobre as exportações de nove grupos de países reunidos em torno de acordos preferenciais de comércio, no período 1986/96, pela estimação de uma equação que também inclui uma variável de “distância relativa”.
Nos casos da UE e da EFTA, o coeficiente é negativo, embora consistentemente significativo apenas para a UE.
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REVISÃO DA LITERATURA
A elasticidade do comércio bilateral com relação às rendas dos países é bastante elevada e razoavelmente estável. Em geral, um aumento de 1% nos PIBs dos países implica um crescimento de 0,96% no comércio entre eles.
A elasticidade da renda per capita, 1,1, é extremamente elevada, embora revele uma tendência de queda ao longo dos anos 90.
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REVISÃO DA LITERATURA
O coeficiente estimado da distância absoluta demonstra sua importância como fator de resistência ao comércio;
Quanto à distância relativa, seu coeficiente é positivo e altamente significativo, confirmando o fato de que pares de países mais isolados do “centro econômico mundial” tendem a comercializar mais entre si;
As dummies de adjacência e idioma são também significativas, em média, dois países adjacentes comercializam cerca de 100% a mais entre si do que outro par de países similares que não compartilhe uma fronteira.
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REVISÃO DA LITERATURA
Bayoumi e Eichengreen (1995) observam que a adesão de Portugal e Espanha foi super-trade creating, no sentido de que a expansão de comércio excedeu aquela produzida pelo aumento dos fluxos comerciais entre esses dois países e o resto da então Comunidade Européia, um resultado que reflete a rápida expansão do comércio também entre ambos.
A participação conjunta de Portugal e Espanha no comércio total da UE cresce continuamente ao longo de todo o período. Partindo de um patamar de 4,4%, em 1986, os dois países passam a responder por 8,2% do comércio intrabloco, em 1997.
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REVISÃO DA LITERATURA
Por último, a indicação de um revigoramento dos fluxos comerciais entre os 15 países europeus aparece como uma conseqüência natural da formação da UE, que, entre outras medidas, levou à eliminação das barreiras não-tarifárias ainda remanescentes entre os países membros.
O coeficiente da dummy representativa da UE, negativo porém estatisticamente não-significativo entre 1986 e 1988, torna-se crescentemente positivo nos triênios seguintes, com níveis de significância estatística que não deixam margem a dúvidas sobre o efeito de criação de comércio, especialmente a partir de 1992.
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REVISÃO DA LITERATURA
A análise confirma a importância dos vários tipos de acordos regionais de livre comércio para a criação de um nível extraordinário de trocas comerciais entre os países membros, em todos os seis blocos, independente de serem compostos por países desenvolvidos ou não.
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BIBLIOGRAFIA
 
Piani, G. Kume, H.; FLUXOS BILATERAIS DE COMÉRCIO E BLOCOS REGIONAIS: UMA APLICAÇÃO DO MODELO GRAVITACIONAL. Texto para discussão nr. 749. IPEA. Rio de Janeiro,2000.
 TD_749.pdf 
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