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Prof MsC. André Luiz Hoffmann Fisioterapia respiratória em paciente hospitalizado com derrame pleural O líquido pleural, em condições fisiológicas, atua como lubrificante, facilitando o deslizamento das pleuras durante os movimentos respiratórios. Todo o líquido secretado no espaço pleural é reabsorvido (4). O derrame pleural caracteriza-se pelo acúmulo de grande quantidade de líquido no espaço pleural, podendo ser identificado como patologia primária ou secundária, é análoga ao líquido de edema nos tecidos. Esse acúmulo de líquido pleural faz com que ocorra a diminuição da expansibilidade dos pulmões e, algumas vezes, até mesmo da caixa torácica, causando assim, uma diminuição na ventilação dos alvéolos, ou seja, uma hipoventilação alveolar (1). Geralmente, evolui com dor localizada, em correspondência com a zona lesada; tosse irritante e tímida, não produtiva; dispnéia, dependendo da quantidade do derrame; febre; redução do movimento da parede torácica; deslocamento do mediastino para o lado oposto; diminuição do frênico tóraco vocal (FTV); som maciço a percussão; diminuição do murmúrio vesicular e níveis hidroaéreos no exame radiológico (1,3). Outros sinais que também podem ser observados são: assimetria do tórax; abaulamentos intercostais expiratórios; submacicez ou macicez sobre a coluna vertebral adjacente ao derrame, (sinal de Signorelli); sopro respiratório e ausculta da voz anasalada, chamada egofonia, ou da voz “caprina”, percebida no limite superior do derrame (3). De acordo com Paula (apud CUNHA; SOARES; NASCIMENTO, 2009), a classificação do derrame pleural varia segundo sua etiologia e pode ser dividido em 6 grandes grupos que são: A) Infecção: Bacterianas, viróticas, micóticas, protozooses; B) Insuficiência cardíaca congestiva; C) Neoplasias: Primárias – mesotelioma local benigno e mesoteliomas difusos malignos, Secundárias – carcinoma broncogênico, carcinoma da mama e linfonas; D) Hipoproteinemias: cirrose e síndrome nefrótica; E) Colagenoses F) Outras causas: Pulmonares – infarto pulmonar, derrame estéril das pneumonias, síndrome de Loeffler e sarcoidose, Torácicas – traimatismo e metástase da parede e hemopneumotorax, Subdiafragmáticas – abcesso subfrênico, pancreatite e síndrome de Meigs. O diagnóstico de derrame pleural pode ser feito através de Raio X de tórax com o paciente em posição ortostática e somente se o volume do derrame for pelo menos 200mL, sendo que a sensibilidade desse método diminui na posição supina. Outro método utilizado para diagnosticar o derrame pleural é a ultrassonografia que pode detectar derrames com volume de apenas 20mL, sendo que a posição sentada é melhor porque permite uma quantificação mais precisa do derrame pleural (2). A radiografia em região póstero-anterior, no derrame pleural livre, caracteriza-se pela presença de um velamento homogêneo, com densidade de partes moles, localizado, inferiormente, no hemitórax, obliterando o ângulo do seio costofrênico e desenhando uma curva de convexidade para baixo, chamada curva de Damoiseau ou sinal do menisco (3). O tratamento clínico inclui: drenagem pleural, toracotomia e decorticação, drenagem aberta e toraconcentese, considerada a forma menos invasiva de tratamento do derrame pleural (5). O fisioterapeuta, em seu tratamento, objetivará promover, entre outras coisas, o aumento da drenagem do líquido (paciente com dreno), incentivar a expansão pulmonar, melhorar mobilidade torácica, remover secreção pulmonar, melhorar a função diafragmática, evitar posturas antálgicas, realizar orientações posturais, observar drenagem torácica, evitar entubação oro-traqueal e ter cuidados com o dreno (1). Para a aplicação das técnicas de reexpansão deve-se levar em consideração o estado clínico e os exames complementares do paciente, pois, essas técnicas só devem ser aplicadas após a drenagem do paciente, isso quando a drenagem for necessária. Dentre as técnicas mais utilizadas na fisioterapia estão: estimulo diafragmático, posicionamento no leito, ventilação seletiva, decúbito dependente, entre outras (1). Portanto, este trabalho tem como objetivo apresentar o estudo de caso de um paciente com diagnóstico clínico de derrame pleural. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CUNHA, Cleize S., SOARES, Bruno, NASCIMENTO, Ramon R. Técnicas Reexpansivas No Derrame Pleural - Uma Revisão De Literatura. Cadernos UNIFOA, n.9, 2009. PRINA, Elena, TORRES, Antoni, CARVALHO, Carlos R.R. Ultrassom de pulmão na avaliação de derrame pleural. J Pneumol, v.1, n.40, 2014 SILVA, Geruza A. Derrames Pleurais: Fisiopatologia e diagnóstico. Simpósio: doenças pulmonares, Medicina, Ribeirão Preto, 1998. CIRINO, Luis M. I., NETO, Miguel J. F., TOLOSA, ERASMO M.C. Classificação ultra-sonográfica do derrame pleural e do empiema parapneumônico. Radiol Bras,v.2, n.35,2002. MARCHI, Evaldo, LUNDGREN, Fernando, MUSI, Ricardo. Derrame pleural parapneumônico e empiema. J Bras Pneumol, v. 32,2006. GENOFRE, Eduardo,CHIBANTE, Antonio M.S., MACEDO, Alex G. Derrame pleural de origem indeterminada. J Bras Pneumol, v.32, 2006.
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