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Web-Aula 1- Noçoes de Direito

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1 
 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
Noções de Direito 
WEB AULA 1 
Unidade 1 – Noções de Direito Público 
 
Olá! Tudo bem com você? Eu sou a prof. Janaina Vargas Testa, advogada, mestranda em Direito, e 
animadíssima para introduzir o estudo que propus a você nesta web aula. Para tanto, conto também 
com a sua empolgação para discutirmos assuntos essenciais para a sua profissão. Vamos iniciar esta 
jornada por meio do estudo do papel do Direito Constitucional e do Direito Administrativo, que são 
ramos do Direito Público. Vamos lá?! 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Você deve saber que a nossa disciplina tem a intenção de pensar sobre algumas 
“noções” de Direito. Isso significa que vamos, em decorrência do objetivo da 
disciplina, e em virtude da extensão desta web aula, introduzir o estudo do Direito 
Constitucional, por meio da análise introdutória da Constituição Federal e do papel 
do Estado Democrático de Direito. 
Mas, isso não lhe impedirá de se aprofundar e conhecer outros temas do Direito 
Constitucional, já que irei indicar vídeos e textos para você aprofundar o seu 
conhecimento. 
Você já ouvir falar da Constituição Federal? Ela é o maior documento, a maior Lei, a nossa Carta 
Magna. Isso significa que nenhuma lei no nosso país poderá violar o contido na Constituição. 
Inclusive, o Supremo Tribunal Federal (STF) serve justamente para julgar lides que discutem 
violações à Constituição. O STF é o guardião da Constituição. Se você quiser ler a Constituição 
Federal (recomendo, pois todos os brasileiros deveriam conhecê-la), acesse o site do planalto: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> 
Seria muito legal também assistir ao vídeo indicado abaixo quando o Jornal Nacional anunciou a nova 
Constituição Federal de 1988: 
Vamos começar a nossa discussão sobre o ramo do Direito Constitucional, campo do Direito destinado 
ao estudo das constituições brasileiras, em especial, da 8ª e última Constituição Federal brasileira, 
promulgada em 05 de outubro de 1988. 
Na última Constituição brasileira, o nosso país adotou um Estado 
Democrático de Direito, comprometido com os direitos sociais e com a 
construção de uma sociedade mais justa, livre e solidária. 
O Direito Constitucional é o ramo do Direito Público fundamental por 
referir-se diretamente à organização e funcionamento do Estado, à 
articulação dos elementos primários desse Estado e ao estabelecimento das 
bases da estrutura política (SILVA, 2006). Embora existam estas definições 
e campos do Direito, devemos conceber, na verdade, o Direito como uno e 
indivisível, como parte de um grande sistema, eis que todos os ramos do 
Direito se relacionam entre si. 
Figura 1: Transversalidade das lutas sociais por direitos 
2 
 
 
Fonte: Scherer-Warren (1999) apud Das Mobilizações... (2006) 
A Constituição Federal é o mais importante sistema de regras e princípios no ordenamento 
jurídico brasileiro. É ela quem estabelece as diretrizes para a organização, regulamentação e 
organização do Estado, bem como os limites dos poderes e a definição de direitos e deveres dos 
cidadãos. Nenhuma lei ou regra no país pode violar o contido na Constituição Federal. 
O que isso significa na prática? Significa que, geralmente, a Constituição traz as diretrizes gerais, e 
as leis regulamentam essas “diretrizes”. 
Vamos a um exemplo: A Constituição, em seu art. 5º, XXXII, estabelece que o Estado promoverá, na 
forma da lei, a defesa do consumidor. Isso quer dizer que a Constituição garante o direito ao 
consumidor, mas foi necessária a publicação da Lei nº. 8.078/90 (1990), para regulamentar este 
direito, definindo o Código de Defesa do Consumidor. 
O primeiro artigo da nossa Constituição estatui que a “República Federativa do Brasil (RFB), formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos (MORAES, 2007): 
• a soberania, que significa um poder político supremo e independente, no qual o país tem 
capacidade de editar suas próprias normas, sua própria ordem jurídica; 
• a cidadania, que representa um status e se apresenta como um direito fundamental de pessoas; 
• a dignidade da pessoa humana, que concede unidade aos direitos e garantias fundamentais, 
sendo inerente às personalidades humanas. A dignidade é um valor espiritual e moral inerente 
à pessoa, que se constitui um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar; 
• os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, pois é através do trabalho que o homem 
garante sua subsistência e o crescimento do país, prevendo a Constituição, em diversas 
passagens, a liberdade, o respeito e a dignidade ao trabalhador. O trabalhador é visto como ser 
humano digno e o empregador como empreendedor do crescimento do país; 
• pluralismo político, que significa a ampla e livre manifestação popular nos destinos políticos 
do país, garantindo a liberdade de convicção filosófica e política, e a possibilidade de se 
organizar em partidos políticos. 
Você pode estar perguntando? Mas, o que significa “Estado Democrático de Direito”? 
O modelo de Estado Democrático de Direito adotado na Constituição Federal de 1988 deve ser 
capaz de propiciar a garantia, a efetividade e a implementação dos direitos fundamentais, 
efetivando, assim, os direitos fundamentais como a única forma de promover o desenvolvimento 
social. 
3 
 
Não sei se você tem conhecimento, mas os “direitos fundamentais” são todos aqueles direitos 
inerentes a qualquer vida digna, tais como o direito à vida, à saúde, à educação, à liberdade, à 
propriedade, à igualdade, ao trabalho digno, etc. 
A nossa Constituição também estabelece que: 
 
Em outubro de 2013, vamos celebrar 25 anos de 
Constituição (1988) e 65 anos da Declaração 
Universal dos Direitos do Homem (1948), dois dos 
mais importantes documentos a respeito dos direitos 
fundamentais. Embora a nossa Constituição tenha 
sido chamada de “cidadã” e a Declaração de 
“universal”, questionamos se, de fato, somos cidadãos 
e até que ponto universalizamos os direitos estatuídos 
nos dois documentos citados. 
Cabe a todos nós, então, contribuir para a consolidação da Constituição e, ao mesmo tempo, 
universalizar os direitos sociais. Você não acha? Neste sentido, você será capaz de efetivar os 
direitos fundamentais no dia a dia da sua profissão? 
Para tanto, faz-se necessário que você também conheça os objetivos deste Estado democrático 
consagrado pela Constituição, a fim de entender que, além da sociedade e da iniciativa privada 
(todos nós), o Estado também o dever de criar políticas e realizar atividades que visam a tutelar e 
garantir efetivamente os direitos fundamentais. 
Os objetivos estão previstos no art. 3º da Constituição e visam, essencialmente, erradicar a 
pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais. Lei o art. 3° da 
Constituição no link do planalto indicado acima. 
Os fundamentos e os objetivos delineados pelo constituinte brasileiro de 1988 só podem ser 
concretizados se o disposto no artigo 6º da Constituição for estendido a todos os cidadãos 
brasileiros. O rol de direitos sociais, previstos no art. 6º, contempla os direitos à educação, à saúde, 
ao trabalho, à moradia, à segurança, à previdência social, à proteção à maternidade e à infância e à 
assistência aos desamparados. 
PARA SABER MAIS: Constituição Federal, Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
Para finalizar o nosso breve estudo introdutório do Direito Constitucional, não poderia deixar de 
mencionar a importância que a Constituição Federal atribui ao direito ao trabalho. O trabalhose 
circunscreve no elenco dos direitos sociais, devendo ser vinculado ao princípio da dignidade da 
pessoa humana, sendo vedado todo e qualquer trabalho exercido de forma desumana ou indigna. 
No contexto da globalização econômica, é comum surgirem discussões 
no sentido de minar as normas jurídicas que protegem os trabalhadores 
mediante a flexibilização ou até mesmo a desregulamentação dos 
direitos trabalhistas. 
4 
 
Ora, não podemos esquecer que “os valores sociais do trabalho” se constituem como um dos 
fundamentos da República Federativa do Brasil. Além disso, temos que questionar qual é o papel 
da cidadania na ordem econômica. A ordem econômica, segundo o art. 170 da Constituição, está 
fundada na valorização do trabalho humano, tendo por fim assegurar a todos existência digna. Isso 
significa que o qualificativo “humano” é no sentido de distinguir um tipo de trabalho, que é 
prestado pelo homem, sem as formas desumanizadoras de trabalho, como o trabalho escravo, por 
exemplo. 
O trabalho deve permitir a realização do homem enquanto ser humano! Caso contrário, não 
estaremos a concretizar o direito ao trabalho digno, como quer a Constituição Federal. 
Não nos esquecemos, ainda, que a função social da propriedade (e das empresas) se insere neste 
contexto, na medida em que a empresa não pode estar alheia ao seu papel social, que é, entre 
outros, promover a oferta de trabalho humano e ambiente de trabalho digno a todos. 
Veja, então, que você enquanto contador e gestor deve defender esta prática: criar meio de 
ambiente de trabalho digno a todos! Somente assim, estaremos juntos a construir uma sociedade e 
um Estado comprometido, de fato, com os direitos sociais. 
WEB AULA 2 
Unidade 1 – Noções de Direito Público 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Agora vamos juntos conversar um pouco sobre outro ramo do Direito 
Público: o direito administrativo. Você sabe a que compete este campo 
do direito? 
O Direito Administrativo pode ser entendido como um conjunto de 
regras e princípios que tem o objetivo de disciplinar os agentes públicos, 
órgãos públicos e suas atividades de forma a alcançar os anseios da 
coletividade. 
Você precisa entender que o Direito Administrativo 
busca atender o interesse da coletividade, ou seja, o 
interesse público. Caso não ocorra a busca do 
interesse público e sim do interesse privado das 
pessoas que estão ocupando as funções públicas, 
então estaremos diante do desvio de poder, o que caracterizará a ilegalidade. Observa-se, desta 
maneira, que o objetivo do Direito Administrativo é atender ao interesse público. 
Com o fim de permitir sempre a prevalência do interesse público e a legalidade daqueles que ocupam 
funções e cargos públicos, o Direito Administrativo é regulamento também por princípios que devem 
ser rigorosamente seguidos por todos os agentes, órgãos e instituições públicas. 
Vamos conhecer estes princípios? Mas, antes, você 
precisa entender o que é um princípio. O autor Dalvi traz 
uma bela definição: “Os princípios são as regras que 
trazem no seu interior valores altamente relevantes e que 
vão nortear a elaboração, estruturação e aplicação das 
normas de um determinado ordenamento jurídico” (DALVI, 2009, p. 15). 
Perceba, então, a importância que os princípios têm para toda a ciência do Direito, já que eles trazem 
uma carga muito grande de valores, significados e também de moral que formam a sociedade. 
E, afinal, quais são os princípios que regem a Administração Pública? Eles estão elencados no art. 37 
da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988). Vamos conhecê-los? 
5 
 
• Princípio da Legalidade: é um dos mais importantes princípios do Direito Administrativo, 
uma vez que dispõe que todos os atos administrativos (todos os atos praticados pelos agentes 
públicos) devem respeitar a legislação na estrita forma e nos precisos limites dados pelas 
normas, sob pena da responsabilização (cível, administrativa, eleitoral, penal, etc.) conforme a 
infração cometida. Isso significa que a Administração Pública somente pode agir nos limites 
daquilo que é permitido pela lei. 
• Princípios da impessoalidade e da isonomia/igualdade: estes princípios impedem o 
favorecimento dos gestores públicos. Isso significa que, na administração púbica, todas as 
decisões devem se pautar em critérios objetivos, sem levar em consideração as condições 
pessoais, buscando tratar todos de forma igual e isonômica. A Administração Pública não 
pode favorecer um em detrimento do outro. 
• Princípios da moralidade e da probidade: tais princípios servem como pressupostos para 
validar os atos administrativos, já que exigem que a administração pública ao celebrar atos e 
contratos, tenha a obrigação de seguir a lei e de honrar a moral e o comportamento probo, 
entendido como honesto e correto. Os agentes públicos têm de agir de forma lícita, compatível 
com a moral e os bons costumes. Se assim não agir, os agentes podem sofrer sanções como a 
perda do cargo, a indisponibilidade de seus bens e até mesmo ressarcir o erário público. 
• Princípio da publicidade: este princípio expõe que é dever do Estado manter plena 
transparência em seus comportamentos. Sendo assim, todos os atos da administração pública 
devem ser, em regra, públicos. 
• Princípio da eficiência: a administração pública também deve ser eficiente. Isso significa que 
todo agente administrativo tem a obrigação de satisfazer as necessidades dos cidadãos. A 
eficiência está ligada à correta e adequada utilização dos recursos disponíveis. Uma 
administração eficiente é uma administração gerencial. 
• Princípio da supremacia do interesse público: este princípio está relacionado à ideia de que 
o interesse público deve se sobrepor ao interesse privado. Isso não significa que a 
administração pode fazer tudo o que quer, mas apenas o que está na lei. A supremacia do 
interesse público só é válida se exercida dentro dos limites das regras e dos valores do nosso 
ordenamento jurídico. 
Gostou de conhecer os princípios da Administração Pública? Espero que sim! Agora que você já 
entendeu um pouquinho o ramo do Direito Administrativo, é importante compreender os atos 
celebrados pela Administração Pública: como são celebrados, quais os critérios para a sua validade, 
como serão anulados, quando poderão ser revogados, etc.. Vamos lá? 
O ato administrativo pode ser conceituado como (DI PIETRO, 2008, p. 185): “[...] a declaração do 
Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob 
regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”. 
Então, o que achou do conceito? Difícil de entender? Tentarei explicar melhor. 
O ato, declaração nas palavras de Di Petro (2008) realizado pela Administração Pública é toda 
manifestação do pensamento que foi exteriorizada. Todo ato manifestado pelos órgãos do Estado tem 
efeito jurídico imediato, passando a ter vigência na conclusão do ato. Para entender melhor, veja a 
diferença de um ato público e um ato privado: 
• Ato público: desapropriação, emissão de alvará, remoção de servidor, etc. 
• Ato privado: doação, uma compra e venda particular, etc.. 
Para que os atos administrativos sejam considerados válidos e legais, eles devem ser constituídos por 
cinco requisitos ou elementos: 
1. Sujeito: Diz respeito à pessoa emissora/autora do ato administrativo. Para ser válido, deve ser 
feito porque quem está autorizado na legislação, quem tem competência jurídica para praticar 
o ato (agentes públicos); 
6 
 
2. Forma: É o meio pelo qual o ato é exteriorizado, diz respeito ao procedimento administrativo, 
à sequência de momentos necessários para que o ato nasça no mundo jurídico; 
3. Finalidade (Fim): Refere-se àquilo que se busca com o ato administrativo, àquilo que o ato 
quer alcançar; 
4. Objeto: é o que se observa no ato em si,o seu conteúdo, ou seja, sobre o que o ato enuncia, 
dispõe; 
5. Motivo: É a razão de ser do ato, o que lhe motivou existir, a causa pela qual ele foi necessário 
surgir no mundo jurídico. 
Não se esqueça de que todo ato administrativo deve ser executado por sujeito competente, ter a forma 
exigida por lei, ter um fim e objeto de interesse público e ser motivado. 
Para finalizar a nossa conversa sobre os atos administrativos, é importante que você aprenda em que 
momentos ele pode ser revogado ou anulado. 
A revogação é medida tomada pelo próprio órgão público que produziu o ato administrativo e ocorre 
quando a administração pública entender que não mais persistem as razões, motivos e finalidades do 
ato existir. Assim, por meio da Conveniência e Oportunidade, isto é, por meio da análise da 
situação, a Administração Pública entende que o ato deve ser revogado porque se tornou 
inconveniente para os órgãos públicos. 
• Exemplo: Prefeitura revoga a permissão que tinha dado aos ambulantes para comercializarem 
seus produtos. Assim, os efeitos da revogação serão apenas “para frente” (ex nunc). 
A anulação, por sua vez, ocorre quando o ato administrativo está viciado (falho em algum de seus 
elementos), ou seja, quando este for ilegítimo ou ilegal. Um ato ilegítimo, ilícito ou ilegal deve ser 
anulado e invalidado pela própria Administração Pública ou pelo Poder Judiciário, se necessário for. 
Os efeitos de um ato nulo atingem fatos pretéritos, ou seja, atingem todos os fatos ocorridos desde o 
momento da celebração do ato (ex tunc). Veja que, no caso da revogação, a Administração Pública, 
por sua vontade, poderá revogar um ato. Na anulação, não há que se falar em declaração de vontade, o 
ato deve ser anulado porque é ilegal. Logo, anulação e revogação são termos diferentes. Não se 
esqueça disso! 
Cabe-nos agora apenas entender a diferença entre atos administrativos discricionários e vinculados. 
• Ato vinculado: é aquele em que a Administração Pública realiza nos exatos termos/requisitos 
e condições estabelecidos em lei. Os atos vinculados somente podem ser praticados de uma 
única maneira, não tendo espaço para escolha da Administração Pública. Exemplo: nomear 
um candidato aprovado em concurso público dentro do período de validade do concurso. 
• Ato discricionário: é aquele em que a Administração Pública tem uma margem de 
opção/escolha dada pela lei. Diante do caso concreto, a Administração tem a possibilidade de 
escolher dentre duas ou mais soluções, a melhor para o caso, segundo os critérios de 
oportunidade e conveniência. Mas, claro, que esta opção jamais poderá violar a 
legislação.Exemplo: revogar uma permissão de uso de um espaço público. 
Aprofunde os seus conhecimentos acerca dos atos administrativos, leia este texto claro e didático 
disponível em: 
<http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1010831/atos-administrativos> 
PARA DISCUTIR: Dirija-se ao FÓRUM e saliente a importância da Constituição Federal para a 
concretização de direitos. 
Até o nosso próximo encontro. Grande abraço, Profª. Janaina.

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