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Resumo AV2 Ciencia politica

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Resumo AV2
Ciência Política
Ciência Política – Conceito
A Ciência Política é uma área do saber dedicada ao estudo dos fenômenos políticos que possibilitam o funcionamento dessas comunidades e a convivência entre seus membros.
Função de auxiliar os cidadãos a adquirirem melhor compreensão dos fenômenos políticos. 
Política X Politicagem
A política é a ciência do governo dos povos. Direção de um Estado e determinação das formas de sua organização. Conjunto dos negócios de Estado, maneira de os conduzir. Arte de fazer o bem comum.
A politicagem expressa uma forma de agir (corrompida), que tem por propósito último atender a interesses pessoais ou trocar favores particulares em benefício próprio.
-Exemplo de Politicagem: O Nepotismo é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos.
Relação entre política e poder
O poder consiste na habilidade de os indivíduos ou grupos fazerem valer os próprios interesses ou as próprias preocupações, mesmo diante da resistência de outras pessoas. – Emprego direto da força – Violência.
a) Poder Legítimo: é aquele exercido sob o consentimento daqueles que a ele se submetem. Denomina-se esse poder de “autoridade”.
b) Poder Ilegítimo: Nos casos em que um governo, para restringir manifestações legítimas do corpo social dirigidas contra ele mesmo, necessitou se utilizar da violência, é possível constatar que, embora tenha exercitado seu poder, acabou por sinalizar a perda de sua autoridade.
Autoridade X Autoritarismo
Autoridade: Respeito, admiração, exemplo.
Autoritarismo: Força, medo, imposição, opressão, humilhação.
O discurso na construção da vontade coletiva
Discurso político é o discurso pela luta do PODER!
Ele se caracteriza pela construção discursiva que busca o convencimento de um determinado grupo em assuntos de interesse coletivo e vem sendo considerado um pré-requisito de grande importância para o exercício de uma vida política plena.
Características do discurso político
Uso das palavras – retórica, persuasão (estratégias de comunicação e convencimento) etc.
Apresenta ideias de forma argumentativa e persuasiva;
Expressa uma fala coletiva de interesses da comunidade.
Componentes do discurso político:
Logos: (convicção) pertence ao puro raciocínio, estando voltado para o estabelecimento de verdade.
Pathos: (relativo aos sentimentos/afeto) não é a forca do argumento, mas a forma como é transmitida para o auditório (alegria, tristeza, orgulho, etc).
Ethos: (as virtudes do caráter do orador) projeta dignidade, confiança e credibilidade.
Estado – A busca de uma definição
Estado em termos mais estritos indica ele uma forma de organização do poder político que vai se construindo na Europa, aproximadamente, a partir do século XIII.
 
ESTADO É: determinado território próprio e independente onde habita um determinado povo, governado por representantes políticos sob a forma de um sistema de instituições políticas, jurídicas, administrativas, econômicas, policiais etc. 
As principais linhas teóricas sobre a origem do Estado.
a) teorias contratualistas (Hobbes, Locke, Rousseau)
b) teorias naturalistas (Aristóteles e São Tomás de Aquino)
A Teoria Naturalista 
Por esta teoria o homem seria naturalmente gregário (pertence a um, bando ou grupo) e a associação com os outros seres humanos, de maneira organizada ou não é que estaria na origem da ideia contemporânea de Estado.
As Teorias Contratualistas
Estas teorias se demonstram com características diversas, porém unidas todas elas pela ideia central de que o Estado é fruto de um contrato (ou pacto) entre humanos. 
Hobbes e a fundamentação do Estado absolutista
O Estado de Natureza para Hobbes: segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. Conforme o autor, os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), pois possuem um poder de violência ilimitado, não há presença de Estado ou leis que regulem as ações humanas. Há, portanto um estado de guerra – onde todos tem direito a tudo.
Enquanto a paixão pela glória e a vaidade levam à guerra, a paixão pela conservação da vida faz com que o homem procure a paz com seus semelhantes, daí se faz necessário existir um poder que esteja acima das pessoas para garantir suas vidas e uma ordem social segura. Por meio de um contrato os homens concordam renunciar aos seus direitos naturais sobre todas as coisas, entregando seu poder a um soberano.
A finalidade do Estado para Hobbes:
a) Representar os cidadãos;
b) Assegurar a ordem;
c) Ser a única fonte da lei.
John Locke e a fundamentação do Estado Liberal
Para ele a FAMÍLIA e a PROPRIEDADE caracterizam o estado natural.
O Estado de Natureza para Locke: Na teoria contratualista de Locke, o estado de natureza não é um estado de violência, pois a própria sociedade possuiria o direito de, com suas próprias mãos, defender a vida, a liberdade e os bens daqueles que vivem de acordo com essas leis (naturais).
Então, por que seria necessário passar para um estado civil, se o primeiro já teria por pressuposto os direitos à liberdade, à vida e à propriedade?
R: A fim de salvaguardar os seus direitos naturais (à felicidade, à liberdade, à igualdade, à propriedade). Ou seja, o que realmente se almeja com a criação do estado civil por meio de um contrato social é obter maior garantia e respeito aos direitos naturais, através de uma democracia representativa (o representante age em nome da população).
O Direito de Resistência em Locke: 
E se o governo não for capaz, através das leis, de garantir os direitos à vida, à liberdade e à propriedade? R: é ilegítimo!
Rousseau e a fundamentação do Estado democrático plebiscitário
O estado de natureza em Rousseau: Para ele o “homem nasce naturalmente bom”. Não existe perversidade original no coração humano e os primeiros movimentos da natureza são sempre bons. Porém, não foi possível manter-se neste estado de felicidade e a formação de grupos sociais acaba por corromper o homem. 
Daí ele afirma que aquele que, cercando um terreno, por primeiro teve a brilhante ideia de dizer “isto é meu”, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Começava aí a mais assustadora forma de desordem, terrível estado de guerra, insegurança generalizada, e desigualdade.
O contrato social surge propondo conciliar a liberdade natural do homem e a necessidade de uma ordem política, definindo as condições de uma ordem social justa, nas quais a liberdade e a igualdade sejam salvaguardadas de qualquer forma de opressão.
Nesta concepção contratualista, o povo, constitui um corpo coletivo e moral detentor da autoridade suprema (soberania popular). O cidadão deve seguir as leis de cujo processo de elaboração ele participou ativamente (democracia direta).
Os elementos constitutivos do Estado
Há um grande consenso de que sejam o povo, o território e a soberania (una e indivisível). Faltando qualquer um dos elementos considerados essenciais do Estado, este não poderá mais ser assim considerado. 
a) Povo: Conjunto de cidadãos (natos e naturalizados) vinculados a um regime jurídico do Estado.
b) Território: Espaço geográfico onde reside determinada população. É limite de atuação dos poderes do Estado. Obs: não haverá dois estados exercendo poder em um único território.
c) Soberania: Exercício de poder do Estado. Pode ser: interna (poder de valer as leis para os cidadãos natos/naturalizados) e externa/internacional (capacidade de ratificar tratados e convenções internacionais). 
Diferenças importantes: Autonomia X Soberania
A autonomia é o exercício de poder dentro do território nacional (União, Distrito Federal, municípios). E a soberania é a capacidade que o estado tem de fazer valer a sua opinião externamente.
Território: a Delimitação Espacial do Poder
O território possui como característica a multidimensionalidade, ou seja, seus limites jurisdicionaispodem ser terrestre, marítimo e aéreo. 
O Espaço Marítimo: 
a) Mar Territorial (MT): soberania plena
b) Zona Contígua (ZC): soberania contida
c) Zona Econômica Exclusiva (ZEE): econômica, pesquisa e científica
d) Plataforma Continental (PC): exploração de recursos naturais
Povos – Traços característicos e distintivos
Povo:
Conjunto de indivíduos que em um dado momento se unem para constituir o Estado, estabelecendo, assim, um vínculo jurídico de caráter permanente. 
População: 
Conjunto de pessoas que se encontram na base geográfica. É mera expressão numérica.
Nacionalidade:
É a condição básica para o exercício da cidadania, vale dizer todo cidadão é nacional, mas nem todo nacional é cidadão. Ex. Estrangeiros não podem participar da vida política de um país.
Nação:
Refere-se a uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais ou espirituais, por interesses, ideais e aspirações comuns. 
É possível que um único Estado possua indivíduos que, embora tenham reconhecidas suas nacionalidades e cidadanias pelo Estado, consideram-se como pertencentes à outra nação, reivindicando a criação de um Estado próprio. A título de exemplo, podemos citar Espanha (bascos, catalães), China (tibetanos), Rússia (chechenos) e Bélgica (flamengos). Esses Estados possuem um povo que é formado por cidadãos de várias “nações”.
Soberania: o império estatal e sua base de sustentação
Refere-se à plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado. Por outro lado, a soberania sob uma perspectiva externa, é o atributo que possui o Estado Nacional de não ser submetido às vontades estatais estrangeiras.
Legitimidade e legalidade como fundamentos da soberania estatal:
Legitimidade é o grau de lealdade de todos os seus cidadãos.
Legalidade é o fiel cumprimento dessas normas abstratas e gerais.
Organização política do Estado
Sistema de Estado e Governo
-> Formas de estado: federação ou estado unitário;
-> Formas de governo: república ou monarquia;
-> Sistema de governo: presidencialista ou parlamentarista;
-> Regimes políticos: democracia ou autocracia.
A separação de poderes e o sistema de freios e contrapesos
Controle mútuo entre os três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), garantindo-se a independência e harmonia entre eles, não se admitindo que qualquer dos poderes seja mais importante que os demais.
Estado Democrático de Direito e Estado Liberal
Os pilares do E.D. de Direito são a garantia dos direitos fundamentais do cidadão comum diante do Estado. E a separação de poderes, com a garantia de harmonia e independência entre si, sem predominância de nenhum deles.
Já o Estado Liberal, existe uma ausência de intervenção estatal na economia, e a adoção de um governo dividido em três poderes: legislativo, judiciário e executivo, a Constituição como norma fundamental e a garantia dos direitos básicos.
As Formas de Estado
a) Estado Unitário: existe uma só fonte normativa para todo o território do Estado, tem apenas um Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, daí a ideia de uma única ordem jurídica central. Porém sofrer descentralização administrativa, gerando, relativa autonomia local para municípios, províncias, departamentos. (Ex. França, Espanha, Itália). 
Características: politicamente centralizado, há apenas uma constituição e ordem jurídica.
b) Estado Federalista: com origem estadunidense, nasce com a formação dos Estados Unidos da América, quando as treze ex-colônias britânicas abrem mão de sua soberania para a formação de um único Estado Federal.
 
Na federação, os Estados membros são autônomos com plena capacidade de auto-organização político-administrativa, porém, sem o direito de secessão, isto é, sem o direito de separar-se da União. 
No Brasil o precursor do federalismo foi Rui Barbosa. A CF de 88 trouxe a descentralização do poder político e financeiro para as esferas subnacionais e transformou a forma federativa em cláusula pétrea - o pacto federativo é indissolúvel.
c) Confederação: União de Estados que, conservando governo próprio, se submetem a um poder central, através de um tratado, no qual quase todas as decisões são tomadas por consentimento dos Estados confederados.
	FEDERAÇÃO 
	CONFEDERAÇÃO
	O vínculo jurídico que une seus membros é a Constituição
	 O vínculo jurídico que une seus membros é um tratado internacional. 
	Os Estados são autônomos
	Os Estados são soberanos. 
	O pacto federativo é indissolúvel. 
	 O pacto confederal é dissolúvel. 
	Não há direito de secessão. 
	 Há direito de secessão.
As formas de Governo
Monarquia: o chefe de Estado é um monarca, que é chamado de rei/rainha, o cargo do rei é hereditário, passando de geração a geração dentro de uma mesma família, e vitalício, ou seja, o rei detém o seu título até a sua morte.
República: exercido por uma pessoa escolhida diretamente pelo povo, geralmente chamado de presidente - que é, ao mesmo tempo, o chefe de Estado e o chefe de governo.
 Formas Puras e Impuras – Aristóteles
Formas puras (buscam o interesse geral): 
Monarquia – governo de um só
Aristocracia – governo de vários;
Democracia – governo do povo.
Formas impuras (buscam conveniências particulares):
1. Tirania – corrupção da monarquia;
2. Oligarquia – corrupção da aristocracia;
3. Demagogia – corrupção da democracia
Características da República 
O conceito: res (coisa) pública (de todos). Características: temporalidade (mandato com prazo de duração), eletividade (chefe de governo eleito pelo povo), responsabilidade (o chefe de governo deve prestar contas de seus atos).
Características da Monarquia
Hereditariedade, vitaliciedade, não representatividade popular (o exercício da função não decorre da escolha popular), irresponsabilidade (o monarca não tem responsabilidade política e não deve dar explicações ao povo/orgão).
Sistemas de Governo:
a) Presidencialismo: o Poder Executivo é exercido pelo presidente da República, eleito pelo voto direto.
Características: O mandato presidencial tem prazo determinado; o poder de veto do Presidente da República e sua participação efetiva no processo de elaboração das leis, a separação entre os poderes executivo, legislativo e judiciário é rígida, porém, harmônica. 
b) Parlamentarismo: o chefe do Executivo é eleito entre os deputados mais votados de uma determinada sigla. Os partidos políticos elaboram uma lista com os candidatos à eleição parlamentar e o primeiro nome dessa lista, caso seja o mais votado, será alçado à condição de primeiro ministro.
Características: Voto de desconfiança do Parlamento para o Primeiro-Ministro e seu Gabinete, prazo do mandato do Poder Executivo (Gabinete e Primeiro-Ministro) é indeterminado, sistema típico das Monarquias, porém podendo ser adotado nas Repúblicas.
Regimes de Governo
Estrutura e instituições utilizadas pelo Estado a fim de determinar a forma como o poder político será exercido.
O regime Democrático
“todo poder emana do povo” - o povo exerce a soberania. Sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições
Pode ser: representativa (onde os representantes agem em nome da população) e participativa (é uma forma de exercício do poder, baseada na participação dos cidadãos nas tomadas de decisão política ex. no Brasil o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular). 
Os regimes autocráticos 
Regimes políticos no quais o poder está concentrado nas mãos de um único detentor. (Exemplos: Ditadura Vargas, Regime Militar de 64, Nazismo, fascismo). 
Regime Autoritário: operam através da suspensão das garantias individuais e das garantias políticas as normas constitucionais são manipuladas ou reeditadas conforme os interesses do grupo ou partido que detêm o poder.
Regime Totalitário: tem a pretensão de tudo englobar, buscando submeter a vida do cidadão à autoridade absoluta do Estado existindo um forte conteúdoideológico (conjunto de ideias, princípios e valores orientando uma forma de ação.), a existência do controle policial da população (terror policial) e uso do mecanismo de persuasão. Exemplos: fascismo, nazismo.
Socialismo: Pleiteia um controle popular da economia em geral ou dos seus setores principais, concessão de igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.
Comunismo: Defendem a eliminação das classes sociais, estabelecendo que todas as propriedades devem estar sob o controle do Estado, buscava acabar a relação dominantes e dominados - fortalecendo a classe trabalhadora e criando uma sociedade sem classes.

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