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Resumo Análise Textual com exercícios e gabarito

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Apostila de 
Análise Textual 
 2014
 
Aluna Monica, 1º período de Gestão de Recursos Humanos, Estácio EAD. 
 
1 
1. Língua, linguagem e variação linguística 
 
▪ A língua varia de acordo com o contexto de comunicação, sendo necessário, 
distinguir informalidade da linguagem vulgar ou popular. A língua varia de acordo 
com a situação, com a idade do falante, com a formalidade ou informalidade do 
encontro, com as pessoas envolvidas etc. Para contextos diferentes há linguagens 
diferentes 
 
▪ A língua é um produto social e cultural constituído por signos linguísticos, 
caracterizado por um código, e a linguagem é o veículo de expressão. 
 
A LIBRAS, assim como diversas línguas, conta com diversos níveis linguísticos e 
itens lexicais conhecidos por sinais, mas não basta apenas conhece-los, é 
necessário conhecer também a gramática para combinar frases e estabelecer 
comunicação, que neste caso se dará através das combinações de configurações de 
mão, movimentos e de pontos de articulação. Por isso, a LIBRAS se apresenta 
como um sistema linguístico de transmissão de ideias e pertencente à comunidade 
surda brasileira, levando em consideração também as diferenças regionais como 
em todas as línguas. 
 
▪ Linguagem: Faculdade (capacidade) que permite exercitar a comunicação, latente 
ou em ação. 
▪ Língua: Refere-se a um conjunto de palavras e expressões usado por um povo, 
por uma nação, munido de regras próprias (sua gramática). 
 
▪ A linguagem representa qualquer forma de comunicação: 
> Não verbal: linguagem dos sinais (placas de trânsito, indicação de gênero nas 
portas dos banheiros, a linguagem das cores, a linguagem do corpo, etc.). 
> Verbal: linguagem escrita. 
 
▪ Uniformidade e Diversidade: A língua necessita ter uma mesma estrutura, mas 
não necessariamente ser a mesma para toda a comunidade. A conservação de sua 
estrutura é que faz com que falemos a mesma língua, apesar de algumas 
variações. Todos se entendem dentro de uma mesma comunidade, apesar das 
variações, porque há uma estrutura básica que não é modificada, ou seja, há 
uniformidade na diversidade. Diversidade são variações que acontecem nas línguas 
Apostila de 
Análise Textual 
 2014
 
Aluna Monica, 1º período de Gestão de Recursos Humanos, Estácio EAD. 
 
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humanas. 
 
> Variações Geográficas: A partir de regiões diferentes. 
> Variações Sociais: A partir de nível de escolaridade, meio ambiente adequação às 
diferentes situações. Neste tipo de variação, convivemos com as Inadequações da 
linguagem em situações formais. 
 
▪ A interpretação dos fatos e o significado que precisamos atribuir às coisas estão 
relacionados à capacidade humana, exclusivamente humana, que nos permite 
comunicar o que estamos pensando, os nossos anseios, desejos etc. Não podemos 
afirmar que os animais tenham linguagem, pois esta é exclusiva do ser humano. O 
que os animais têm são formas de comunicação. 
 
2. Adequação Vocabular, Variação Linguística, Texto e Hipertexto 
 
▪ Variação Linguística: Diversos contextos em que a língua se acomoda. Entretanto, 
mesmo que haja variação, sempre será necessário que os elementos da língua 
estejam ordenados e relacionados de forma a haver textualidade. 
 
▪ Texto: Quando há uma ideia completa, mesmo que seja feito através de uma 
única palavra. Não é uma questão de quantidade de palavras, mas, sim, de 
comunicação, da capacidade de passar uma mensagem que possa ser entendida 
pelo interlocutor ou pelo leitor. Texto é um entrelaçamento de enunciados 
oracionais e não oracionais organizados de acordo com a lógica do autor. 
 
▪ Tipos de Variações Linguísticas: 
> Variações diatópicas ou geográficas > Variações diastráticas ou sociais 
> Variações diafásicas ou situacionais > Variações diacrônicas 
 
A maneira como as palavras estão conectadas – coesão – e o sentido que a 
mensagem produz – coerência – são os pontos fundamentais de entendimento do 
texto. 
 
▪ Tipos básicos de coesão: 
A. Coesão Referencial: A informação é retomada. 
- Lexical: Permite o entrelaçamento do texto pela substituição/omissão de 
Apostila de 
Análise Textual 
 2014
 
Aluna Monica, 1º período de Gestão de Recursos Humanos, Estácio EAD. 
 
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palavras; podemos destacar o uso de sinônimos e hiperônimos. 
- Gramatical: Permite o entrelaçamento do texto pelo emprego de pronome, 
conjunções e numerais, dentre outros. 
B. Coesão Sequencial: A informação progride. 
- Temporal: Permite a progressão da informação pela ordenação linear dos 
elementos, pela utilização de partículas temporais e pela correlação dos tempos 
verbais. 
- Por conexão: Auxiliar na compreensão do texto como um todo. Pode ser vista por 
meio dos operadores do tipo lógico e operadores discursivos, dentre outros. 
 
▪ Hipertexto: espécie de conexão em que as informações podem ser lidas em 
diferentes sequências. Dispositivo cognitivo, no sentido de que no instante da 
leitura podemos fazer associações, passando a outras fontes de informação. O 
hipertexto se constrói a partir da associação de uma imagem ou informações 
relacionadas a um texto considerado pelo receptor da mensagem. 
 
3. Textualidade 
 
▪ Coesão sequencial e a relação com o sentido: Quando falamos que um texto se 
caracteriza por apresentar uma ideia completa, queremos dizer que as informações 
estão conectadas umas às outras coerentemente, ou seja, estabelece-se relações 
lógicas entre as ideias contidas no texto. A coesão sequencial que garante a 
textualidade é facilitada pela utilização de conectivos, como preposições e 
conjunções. 
 
▪ Exemplos de coesão sequencial: 
A. Adição: Também, e, ainda, não só, mas também, além disso. 
Ex. Fiz Análise Textual e Metodologia Científica. 
B. Proporção: À medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. 
Ex. Quanto mais estudava, mais ganhava dinheiro. 
C. Conformidade: Como, segundo, conforme, consoante. 
Ex. Segundo a orientação do professor, começaremos o estágio em breve. 
D. Condição: Se, caso, desde que, contanto que. 
Ex. Você pode ter um bom emprego, desde que se dedique à faculdade. 
E. Finalidade: Para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de. 
Ex. Com o intuito de conseguir a vaga na faculdade, ela estudava oito horas todos 
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Análise Textual 
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os dias. 
 
A junção de informações de forma inadequada é um dos principais motivos da falta 
de coerência nos textos. 
 
1. Conectivos: As relações sintático-semânticas permitem a conexão entre as 
orações e, por serem tão importantes, é bastante válido que você aprenda algumas 
dessas conjunções e as suas influências. Quando você se torna bem íntimo delas, 
tem mais segurança na hora de aplicá-las e seu texto será mais claro e coerente. 
2. Estruturas sintáticas: Ao revisar seu texto verifique se os verbos que você 
utilizou estão sendo aplicados de maneira adequada e se estão dizendo realmente 
aquilo que você pretendia, isto é, veja se existe um verbo mais específico, que não 
dê margem para o seu leitor interpretar de forma equivocada. Ao fazer essa revisão 
é bom checar se os complementos verbais que você utilizou estão de acordo e 
também as preposições, para evitar problemas de regência, porexemplo. 
3. Períodos Longos: Quando escrevemos períodos muito longos as chances de 
cometermos erros aumentam consideravelmente. Opte por escrever períodos mais 
curtos e objetivos. Essa tática auxilia na pontuação correta de seu texto. 
4. Fatores de Coerência: Alguns fatores que auxiliam na formação de textos coesos, 
que você sempre deve observar na hora de escrever: 
A. O conhecimento de mundo e a preocupação em compartilhar esse conhecimento 
com os interlocutores; 
B. O domínio das regras da língua, possibilitando a combinação dos elementos 
linguísticos que serão compreendidos pelos interlocutores que também dominam 
essas regras; 
C. Os próprios interlocutores, considerando a situação em que se encontram, as 
suas intenções de comunicação e a função comunicativa do texto. A coerência diz 
respeito à intenção comunicativa do emissor, mas sempre interagindo, de maneira 
cooperativa, com o seu interlocutor. 
 
4. Tipos e Fatores de Coerência 
 
1. Coerência semântica: Refere-se à relação entre os significados dos elementos 
das frases em sequência. A incoerência aparece quando esses sentidos não 
combinam ou quando são contraditórios. É estabelecida entre os significados dos 
elementos do texto através de uma relação logicamente possível. 
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▪ Incoerência semântica: A casa que desejo comprar é bastante jovem. 
Essa frase é incoerente quando levamos em consideração o significado da palavra 
jovem. Embora tenha o sentido de coisa nova, o vocábulo jovem só é empregado 
para caracterizar seres humanos; e não seres inanimados, como é o caso de casa. 
Para essa caracterização, a palavra nova seria mais apropriada. 
 
2. Coerência sintática: Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a 
coerência semântica: conectivos, pronomes etc. Trata da adequação entre os 
elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras de 
concordância e de regência. 
 
▪ Incoerência sintática: As pessoas que têm condições procuram o ensino particular, 
onde há métodos, equipamentos e até professores melhores. 
Apesar de haver comunicabilidade, já que possível compreender a informação, a 
coerência desse período está inadequada. Ela poderia ser restabelecida se fosse 
feita uma alteração: a troca do pronome relativo onde, específico de lugar, para no 
qual ou em que (ensino particular, no qual/em que há métodos). 
 
3. Coerência estilística: Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis 
variações do contexto. Na maioria das vezes, esse tipo de coerência não chega a 
perturbar a interpretabilidade de um texto. É uma noção relacionada à mistura de 
registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É desejável que quem 
escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme. 
 
▪ Incoerência estilística: O ilustre advogado observou que sua petição não 
prosperaria, haja vista seu cliente ter enfiado o pé na jaca. 
Imagine iniciar uma fala, em um contexto formal, com palavras mais “sofisticadas” 
e depois misturar com uma forma de linguagem bem popular, usando gírias. Esta 
incoerência poderia parecer inclusive uma brincadeira, modificando o sentido que o 
autor da frase desejava. 
 
4. Coerência pragmática: Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado 
através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui 
também um comportamento adequado às conversações. Refere-se ao texto visto 
como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é 
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preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada 
interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, 
de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o 
texto é usado. 
 
▪ Incoerência pragmática: Veja esta conversa entre amigos: 
― Maria, sabe dizer se o ônibus para o Centro passa aqui? 
― Eu entendo, João. Hoje faz um ano que minha avó faleceu. 
Note que Maria, na verdade, não responde a pergunta feita por João, pois não 
estabeleceu uma sequência na conversa. Ela propôs outro assunto, irrelevante para 
a pergunta feita. Assim, percebemos que na sequência de falas deste exemplo não 
há coerência. 
 
▪ Tipos de conhecimento: 
A. Conhecimento linguístico: consiste no domínio das regras que norteiam a língua, 
isso vai possibilitar as várias combinações dos elementos linguísticos. 
B. Conhecimento de mundo: É o conhecimento proveniente de nossas experiências 
com o mundo, resultante da interação sociocultural. Através dessa interação, 
armazenamos conhecimento, constituindo os modelos cognitivos. É uma espécie de 
arquivo que guardamos em nossa memória, como se fosse um dicionário, 
relacionado ao mundo e à cultura a que temos acesso. 
C. Conhecimento partilhado: Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre 
quem estabelece uma interação. Essa interação se torna possível graças à 
experiência comum dos envolvidos. 
D. Inferência: São as reflexões que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de 
determinado texto. Incluem as deduções, conclusões que construímos juntamente 
com quem conta ou escreve uma história, um fato etc. 
E. Contextualização: São os elementos que “ancoram” o texto em uma situação 
comunicativa determinada, como a data, o local, a assinatura, elementos gráficos, 
timbre, título, autor. 
F. Situacionalidade: Conhecimento de onde a história se situa, com todos os 
elementos necessários. Fator que atua nas duas direções, tanto da situação para o 
texto quanto do texto para a situação. 
G. Informatividade: É o nível de informação contida no texto, que dependerá da 
intenção do produtor de construir um texto mais ou menos hermético. Diz respeito 
ao grau de previsibilidade da informação que vem no texto, que será menos 
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informativo, se contiver apenas informação previsível ou redundante. Já se contiver 
informação inesperada ou imprevisível, o texto terá um grau máximo de 
informatividade, podendo, à primeira vista, parecer até incoerente por exigir do 
receptor um grande esforço de decodificação. 
H. Focalização: Constitui-se no próprio foco do texto, no assunto a ser tratado. Isso 
evita que um texto com tema da globalização passe a falar mal dos países 
globalizados. O titulo do texto é, em grande parte dos casos, responsável pela 
focalização. Também pode ser analisado como a concentração dos usuários 
(produtor e receptor) em apenas uma parte de seu conhecimento. 
I. Intencionalidade e aceitabilidade: O primeiro fator diz respeito à intenção do 
emissor e o segundo refere-se à atitude do receptor de aceitar a manifestação 
linguística como um texto coeso e coerente. 
 
5. Tipologia Textual e Gêneros Textuais 
 
▪ Gêneros textuais: Diversas formas que um texto assume para cumprir 
determinados objetivos, ou seja, para informar. São praticamente infinitos, visto 
que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um 
determinado momento, em um determinado contexto. Adaptam-se às 
circunstâncias da comunicação, bem como aos interesses do emissor e do receptor 
damensagem. Por esse motivo, não há um limite para as classificações de gêneros, 
visto que os textos podem ser produzidos por falantes diversos e com objetivos 
específicos, de forma oral ou escrita. Portanto, são ações discursivas que se 
constituem para representar o mundo, as experiências vivenciadas, os 
conhecimentos, os desejos etc. 
 
▪ Exemplos de gêneros textuais: 
> Poesia > Notícia > E-mail > Publicidade > Carta > Charge 
 
É possível identificar mais de um gênero textual em um só texto. Trata-se da 
transmutação de gêneros. Por exemplo, uma conversa pode se transformar em um 
telefonema, bilhete, carta ou e-mail. 
 
▪ Tipo de texto: É limitado, pois se refere à estrutura composicional da língua. De 
forma geral, temos cinco tipos textuais: 
A. Narração: Conta um fato, que pode ser ou não inventado. Compõe-se de 
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personagens, tempo e lugar. Normalmente, os verbos utilizados estão no tempo 
passado. 
B. Argumentação: Tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta 
convencer o ouvinte/leitor. O texto argumentativo defende uma ideia específica. 
C. Exposição: Tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um 
conhecimento, uma explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância). 
Também é chamado de texto informativo. 
D. Descrição: Apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato 
etc.), realçando suas características e pode ser objetiva ou subjetiva. No primeiro 
caso, destacam-se características concretas do objeto, aproximando-o o mais 
possível da realidade. No segundo, o observador apresenta o objeto segundo a 
emoção que o envolve. 
E. Injunção: Caracteriza-se por determinar, indicar, orientar como se realiza uma 
ação. 
 
Um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma que 
um único gênero pode conter mais de um tipo textual. 
 
6. Estrutura do parágrafo 
 
▪ Parágrafos: São as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um 
discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, 
pensamento ou ponto principal que o unifica. Essas unidades são chamadas de 
tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam. 
 
A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias 
principais do texto e acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes 
estágios. 
 
▪ Extensão do parágrafo: Variada; A ideia central que o parágrafo apresenta pode 
ser um critério para determinar se este será curto ou mais extenso. Geralmente, 
parágrafos longos são utilizados para manter uma continuidade do raciocínio 
(comum em obras científicas e acadêmicas). Parágrafos curtos são adequados para 
pequenos textos (geralmente escritos por quem tem pouca prática na escrita ou 
pensando-se nos leitores que possuem pouca prática de leitura). 
 
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▪ Tipos de tópicos mais comuns: 
A. Declaração inicial: O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa 
ou negativa. Usualmente encontrada em textos argumentativos. Ex: A violência foi 
banalizada pelos meios de comunicação. 
B. Definição: Quando se delimita o seu significado dentro de um campo semântico. 
Usualmente encontrada em textos dissertativos/informativos. Ex: O jornal é um 
meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, 
entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público. 
C. Divisão: O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será 
tratado em seu desenvolvimento. Ex: As informações tomam dois caminhos para 
atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão. 
 
D. Interrogação: O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento 
dado a um determinado tema, mediante uma pergunta. Usualmente encontrada em 
textos argumentativos. Ex: O crescente uso da internet provocará o fim do jornal 
impresso? 
E. Alusão/Citação: O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra 
pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de 
prender a atenção do leitor. Ex: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, 
tomar leite tem como resultado morte certa. 
 
▪ Tipos de desenvolvimento: 
A. Explanação da declaração inicial: O autor esclarece a afirmação ou negação que 
fez no tópico. 
B. Enumeração de detalhes: Há uma preocupação em apresentar detalhes da 
afirmação que foi feita, de maneira mais genérica, no tópico. 
C. Comparação: Há quem faça distinção entre ANALOGIA e CONTRASTE, 
distinguindo as formas de comparação. Assim, a analogia seria uma comparação 
entre semelhantes, enquanto o contraste se configuraria pela aproximação de 
termos acentuando suas diferenças. Para facilitar, trataremos apenas de Analogia. 
D. Causa e consequência: Apresenta uma relação de causas para a declaração feita 
no tópico ou dela decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências 
ou até mesmo as causas e consequências juntas. 
 
▪ Paráfrase: Fazemos uma paráfrase quando transmitimos uma informação ouvida 
ou lida para outras pessoas com as nossas palavras. É um recurso muito utilizado 
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Análise Textual 
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Aluna Monica, 1º período de Gestão de Recursos Humanos, Estácio EAD. 
 
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nos textos acadêmicos. Devemos sempre informar a fonte ou o autor que estamos 
parafraseando, mesmo que com a paráfrase não estejamos mais utilizando as 
palavras de outra pessoa. 
 
▪ Como fazer uma paráfrase? 
1. Definir o objetivo da paráfrase; 
2. Fazer uma leitura cuidadosa e atenta, destacando e fazendo anotações, e, a 
partir daí, decidir se vai apenas reafirmar a ideia apresentada com suas palavras ou 
se será necessário esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando 
aspectos relevantes. 
3. Não distorcer a mensagem. 
4. Você pode unir ideias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-
base, reorganizando o texto em blocos de assunto, por exemplo, mas respeitando a 
evolução dos argumentos do autor. 
5. Substituir palavras rebuscadas. 
6. Reler o texto final, redigir o texto buscando a síntese das ideias e a clareza. 
Preocupe-se com a pontuação, a coesão e coerência. Não faça comentários ou dê 
sua opinião. Depois, releia a paráfrase para encontrar possíveis erros e corrija-os. 
 
▪ Resumo: Condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto, sem perder 
de vista três elementos: 
A. Cada uma das partes essenciais do texto; 
B. A progressão em que elas acontecem; 
C. A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes. 
 
▪ Como elaborar um resumo? 
1. Para fazer um resumo é essencial compreender o contexto geral do texto. 
2. É necessário fazer uma leitura prévia de todo o texto e destacar as partes que 
julgamos mais importantes para depois iniciar o resumo. 
3. É imprescindível responder a duas perguntas quando estiver elaborando o 
resumo: O que o autor pretende demonstrar? De que trata o texto? 
4. Leve também em consideração os aspectos metodológicos, o estilo e extensão 
do texto. 
 
▪ Aspectos metodológicos: 
A. Devemos seguir as ideias principais do autor, na ordem em que aparecem no 
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texto (a primeira frase explica o assunto do texto); 
B. Devemos ser capazes de, desprezando ideias particulares, registrar informações 
de ordem geral (este conceito aproxima-se do de tematização); 
C. Indica-se a categoria do tratamento (Do que se trata? De estudo de caso, de 
análise da situação?); 
D. O resumo deve apresentar o objetivo, o método e as técnicas de abordagem, os 
assuntos, os resultados e as conclusões do trabalho. 
 
▪ Estilo e extensão: 
A. Quanto ao estilo, deve ser composto por frases concisas, evitando-se enumerar 
tópicos; 
B. É comum o uso da 3º pessoa do singular, com verbos na voz ativa (“O autor 
afirma que...”); 
C. Devemos excluir a maior parte dos detalhes, exemplos, fatos secundários, 
realizando a supressão de adjetivos e advérbios; 
D. Devemos reescrevê-lo usando as nossas palavras, isto é, não se deve utilizar 
trechos do texto original; 
E. Não há limite de páginas, desde que seja menor do que o texto-base, mas 
existem algumas recomendações. 
 
▪ Classificação dos resumos: 
1. Resumo indicativo ou fichamento: Caracteriza-se como sumário narrativo que 
elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É 
conhecido também como descritivo. Refere-se às partes mais importantes do texto. 
2. Resumo informativo: Também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura 
do texto original. Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, 
resultados e conclusões. Nele evitam-se comentários pessoais e juízos de valor. 
Indispensavelmente deve conter: Assunto; Problema e/ou o objetivo; Metodologia; 
Ideias principais em forma sintética; Conclusões. 
 
Segundo a ABNT, há outros dois tipos de resumo: 
A. Resumo informativo/indicativo: Combina o resumo indicativo ou fichamento e o 
resumo informativo. 
B. Resumo crítico: Também denominado recensão ou resenha, é redigido por 
especialistas e compreende análise e interpretação de um texto. Trata-se de uma 
espécie de julgamento. 
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7. Raciocínio Argumentativo 
 
▪ Raciocínio Argumentativo Indutivo: Para persuadir o leitor ou ouvinte sobre um 
argumento que defendemos, podemos utilizar o recurso da indução, o qual consiste 
em utilizar informações concretas (exemplos, dados estatísticos ou científicos, 
citações etc.) e transformá-las em uma regra geral que se adapte ao tema de nosso 
argumento. 
 
▪ Raciocínio Argumentativo Dedutivo: Em argumentos construídos com base na 
dedução, ocorre o processo inverso do verificado na indução, ou seja, parte-se de 
uma ideia geral, universal (premissa) para uma ideia específica (conclusão). É 
preciso, no entanto, que as premissas sejam admitidas como verdadeiras, para que 
se aceite a conclusão. 
 
▪ Argumento: Conjunto de afirmações encadeadas de tal forma que se pretende que 
uma delas, a que chamamos conclusão (ou tese), seja apoiada por outras 
afirmações (ou argumentos propriamente ditos). 
 
A diferença mais importante entre um argumento e um raciocínio é que em um 
argumento pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira, ao 
passo que em um raciocínio queremos apenas saber se uma determinada conclusão 
pode ser justificada ou não por um determinado conjunto de afirmações. 
 
A. Argumento de autoridade: A conclusão se sustenta pela citação de uma fonte 
confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de 
pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou 
algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. 
B. Argumento por causa e consequência: Para comprovar uma tese, você pode 
buscar as relações de causa (os motivos, os porquês) e de consequência (os 
efeitos). 
C. Argumento de exemplificação/ilustração: A exemplificação consiste no relato de 
um pequeno fato (real ou fictício). Esse recurso argumentativo é amplamente 
usado quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclarecimentos com 
mais dados concretos. 
D. Argumento de provas concretas ou senso comum: Ao empregarmos os 
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argumentos baseados em provas concretas, buscamos evidenciar nossa tese por 
meio de informações concretas, extraídas da realidade. Podem ser usados dados 
estatísticos ou fatos notórios (de domínio público). 
 
▪ Contra-argumentação: Nova argumentação em que se procura desmontar um 
raciocínio anteriormente apresentado. 
 
8. Sentidos metafórico e metonímico, polissemia, duplo sentido e 
ambiguidade 
 
▪ Metáfora: Emprego da palavra fora de seu sentido normal, criando uma 
associação de sentidos de forma figurada. 
A. Metáfora entre palavra: Funciona a partir do estabelecimento de uma 
relação/comparação de sentido entre um elemento comparado e um elemento 
comparante. Ex. Amor (elemento comparado) é fogo (elemento comparante) que 
arde sem se ver. 
B. Metáfora de verbo e expressões: Ex. Para mim essa desculpa não cola; Mandou o 
funcionário pro olho da rua. 
C. Metáfora do texto: O texto é construído para servir como figuração da realidade, 
sem descrevê-la literalmente. Ex. Fábulas de Esopo. 
 
▪ Metonímia: Substituição do sentido de uma palavra ou expressão por outro 
sentido, havendo entre ele uma relação lógica. Ex. O autor pela obra: Ouvi Mozart 
com emoção (=a música de Mozart). 
 
Na metáfora a substituição de um termo por outro se dá por um processo interno, 
intuitivo, estritamente dependente do sujeito que realiza a substituição. Na 
metonímia, o processo é externo, pois a relação entre aquilo que os termos 
significam é verificável na realidade externa ao sujeito que estabelece tal relação. 
 
▪ Polissemia: Uma mesma palavra poder apresentar significados diferentes que se 
explicam dentro um contexto. Ex. Passou duas mãos de tinta na parede. 
(=camadas) 
 
▪ Homonímia: Duas ou mais palavras possuírem significados diferentes, mas serem 
iguais no som e/ou na escrita. Ex. apreçar (dar preço) e apressar (tornar mais 
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rápido). 
 
▪ Ambiguidade: Diferentemente do duplo sentido, a ambiguidade é a 
indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, 
dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou até dele 
como um todo. Não é intencional, já que sua ocorrência é resultado de alguma 
construção linguística problemática. 
A. Ambiguidade lexical: Uso de palavras ou expressões cujos sentidos podem gerar 
interpretação indevida. 
B. Estrutural: Falha na disposição de palavras ou expressões em um período, ou 
uso indevido de referente. 
 
Avaliando o Aprendizado 
 
1. Assinale a alternativa que apresenta exemplo de linguagem não verbal. 
a) um capítulo de novela. 
b) emotion card. 
c) uma defesa de mestrado. 
d) um texto jornalístico. 
e) e-mail. 
2. Em relação à língua e à linguagem, podemos dizer tal argumento é incorreto: 
a) A linguagem não é um fato exclusivamente humano, um método de comunicação racional de 
ideias, emoção e desejos por meio de símbolos produzidos demaneira deliberada. 
b) A linguagem é a capacidade que os seres humanos têm para produzir, desenvolver e 
compreender a língua e outras manifestações, como a pintura, a música e a dança. 
c) São exemplos de diferentes linguagens utilizadas pelo ser humano as línguas, a pintura, a 
dança, os logotipos, os quadrinhos, os sistemas gestuais, entre outros. 
d) A língua é um conjunto organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a 
comunicação. 
e) A língua surge em sociedade, e todos os grupos humanos desenvolvem sistemas com esse fim. 
 
3. Embora seja falado, o texto utilizado por um apresentador de telejornal é considerado um texto 
que pertence à modalidade escrita da língua, tendo em vista que: 
a) é previamente elaborado e escrito. 
b) é pouco planejado. 
c) sua coesão é feita por meio de frases quebradas e incompletas. 
d) apresenta elementos que mantém a conversação aberta com o público. 
e) os fluxos de pensamentos são descontínuos. 
 
4. Toda língua possui variações linguísticas e dependendo do contexto de uso, ela pode ser formal 
ou informal. Os conceitos de linguagem formal e de linguagem informal estão associados ao 
contexto social em que a fala e a escrita são produzidas. 
A partir dessas informações, assinale a frase que se caracteriza pelo uso da linguagem formal, 
culta. 
a) A gente vai ao cinema Edu? 
b) O que tu comeu no almoço? 
c) Sempre lutamos muito pelos nossos objetivos. 
d) Caramba! Tô perdido, não sei como chegar no hotel. 
e) Você sabe que te enganam. 
 
5. Leia o texto a seguir. 
Linguagem: Até que ponto existimos a partir do momento em que falamos? (Luciana Arruda) 
Desde que nascemos, estamos mergulhados no mundo da linguagem. Da fala, da língua 
pertencente ao meio em que vivemos. Crescemos dentro da nossa família ouvindo - na maioria 
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das vezes - nossos pais a falarem conosco, além de gestos e sinais, através da fala, das palavras. 
Nosso pensamento, a forma de entendermos as coisas, o mundo, começa, então, a ter por 
primordial as palavras, a linguagem, o nome das coisas existentes no mundo. Construímos na 
consciência uma espécie de "biblioteca" onde depositamos tudo o que é ouvido e entendido. 
Guardamos ideias, significados, palavras, e com essa "base de dados" nos expressamos 
verbalmente pela fala. É como se selecionássemos - pegando na prateleira da biblioteca - palavra 
por palavra, criando estruturas de entendimento para a comunicação. Quase parecido com uma 
receita de bolo: você + é + muito + simpática, resultando no queremos dizer pelo que estamos 
sentindo ou sobre algo ou alguém. 
(Disponível em http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=199&rv=Literatura) 
A partir da leitura do texto acima, é INCORRETO afirmar que: 
a) Quando queremos dizer alguma coisa, partimos somente das palavras aprendidas na escola. 
b) A linguagem é uma atividade essencialmente humana e, por isso, depende da existência de 
grupos sociais. 
c) Através da linguagem, compreendemos o mundo que nos cerca. 
d) A partir da língua das pessoas que nos cercam, armazenamos estruturas em nossos cérebros. 
e) A língua é um sistema construído pelos indivíduos a partir da fala das pessoas que os cercam. 
 
6. Diante de uma constatação com pessoas de uma mesma nacionalidade falarem a mesma língua 
e mesmo assim, às vezes, terem problemas de entendimento, podemos deduzir que: 
a) Os membros de uma mesma comunidade (nação) não falam a mesma língua. 
b) A língua não é um produto socializado. 
c) A língua é um produto uniforme e homogêneo. 
d) A língua é um produto social que tem uma base comum para os membros de uma mesma 
comunidade e que varia de acordo com a região, a escolaridade, a situação e o estilo. 
e) A língua é um produto que varia aleatoriamente. 
 
7. São expressões típicas do registro informal. Na maioria das vezes elas servem para marcar a 
identidade de um grupo social. Que linguagem é esta? 
a) Oralidade. 
b) Gírias. 
c) Regional. 
d) Norma culta. 
e) Ortografia. 
8. Leia o texto abaixo e analise a variedade linguística nele presente: 
"Nos termos do compromisso de ajustamento de conduta nº 51.161.323/08 assinado com o 
Ministério Público de SP, A Nivea vem a público prestar o seguinte esclarecimento: a estrutura da 
pele é formada pelas papilas dérmicas, que com o tempo perdem a intensidade. Nivea Visage 
Reverse regenera e devolve às papilas a densidade de uma pele mais jovem, segundo pesquisa do 
instituto alemão DermaConsult. Ao contrário do afirmado em publicidade anterior, não pode 
determinar o rejuvenescimento da pele em número de anos, uma vez que diversos fatores 
contribuem para a variação deste resultado. NIVEA." 
(KOCH, I. V. Ler e escrever: estratégias de produção textual. SP: Contexto, 2011,p.47) 
Este texto trata-se de um informe publicitário. Nele, predomina a linguagem: 
a) Regional. 
b) Literária. 
c) Familiar. 
d) Informal. 
e) Formal. 
9. As equipes brasileiras de futebol que disputam a Libertadores têm de se preparar para 
enfrentar, além dos times que dão a vida por esse campeonato, as altitudes de cidades como a de 
La Paz com 3.700 m. O período de adaptação dos jogadores costuma ser de três ou quatro dias, 
mas deveria ser de dez, arriscam alguns especialistas, pois a atmosfera dessas cidades, quando 
comparada à das cidades brasileiras, possuem menor pressão atmosférica e menor concentração 
de oxigênio. 
Observe o trecho "quando comparada à das cidades brasileiras". Nele percebemos que a palavra 
à, com acento grave, é um expediente textual adequado, pois: 
a) o redator optou por não repetir a palavra atmosfera, já citada no mesmo texto. 
b) o recurso é apenas para mostrar que o redator tem bom domínio do idioma. 
c) ela se refere a um elemento que só vai aparecer na sequência do texto. 
d) ela traduz a pouca disposição do redator de escrever. 
e) Ela remete o leitor ao vocábulo oxigênio usado anteriormente no texto. 
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10. Para evitar repetições e explicitar as ligações entre ideias nas frases, podemos subordinar as 
orações, empregando conjunções e pronomes. Dessa forma, é possível construir textos coesos, 
claros, expressivos e econômicos. O texto, apresentado a seguir, contém vários conectivos: 
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte 
marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros 
rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade 
de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua 
área. No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de 
Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na 
jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e 
empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. 
Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado). 
A partir da leitura do texto e de uma análise cuidadosa da relação estabelecida entre as orações e 
o emprego de conectivos, é correto afirmar que: 
a) Enquanto tem um significado alternativo. 
b) Mesmo traz ideia de concessão. 
c) Por causa do indica consequência. 
d) No entanto tem significado de tempo. 
e)Após é conectivo de causa. 
 
11. É comum ouvirmos: "A língua portuguesa é muito difícil e com tanta gente falando errado fica 
ainda pior”. Seria bom que tal enunciado fosse esclarecido, pois: 
a) Lidar com diferentes formas de falar faz com que fique muito difícil usar a forma correta. 
b) O fato de muita gente falar errado corrobora a ideia de que a língua portuguesa é difícil. 
c) A questão não é falar errado, mas haver variação nas línguas humanas. 
d) O ensino através da estrutura da língua deveria ser priorizado, para facilitar o entendimento. 
e) Talvez a língua portuguesa seja difícil porque não é bem ensinada. 
 
12. Em termos de variação e adequação linguística, pode-se afirmar: 
a) Havendo comunicação, o grupo social é que determina o falar correto da língua. 
b) O uso da língua diz respeito à aceitabilidade, por parte de seus falantes, da modalidade 
culta/gramatical do idioma. 
c) O uso da língua deve ser adequado à situação formal ou informal em que se encontra o falante. 
d) Há adequabilidade da língua quando falantes e ouvintes dominam um só código linguístico. 
e) Não há certo e errado no uso da língua; todas as variantes são eficazes, em qualquer ambiente. 
 
13. Um exemplo de informalidade se encontra na frase: 
a) "Depois de assistir a todas as aulas, Débora procedeu às anotações pessoais." 
b) "Apesar do tanto que eu estudei, só pude entrar de férias quase no Natal." 
c) "Se nós tivéssemos mais dinheiro, nós iríamos a Paris e Londres nessas férias." 
d) "Se a gente tivesse mais dinheiro, a gente iria para Paris e Londres nessas férias." 
e) "Com a aprovação no exame da OAB, Juliano conseguiu obter seu registro." 
 
14. As gírias são usadas em jovens e em adultos das mais diferentes classes sociais, quanto às 
gírias é certo afirmar que: 
a) são variações históricas. 
b) são variações regionais. 
c) são variedades científicas. 
d) são variações sociais ou culturais. 
e) são variedades de escrita. 
 
15. É um produto social e cultural constituído por signos linguísticos, caracterizado por um código; 
É veículo de expressão, verbal ou não verbal. Temos duas definições dos conceitos 
respectivamente: 
a) Língua e Linguagem. 
b) Comunicação e Informação. 
c) Variação e Contextualização. 
d) Discurso e Ideologia. 
e) Idioma e Regionalismo. 
 
16. O texto falado por um apresentador de telejornal é, geralmente, um texto: 
a) que pertence à modalidade falada. 
b) que não permite planejamento antecipado. 
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c) no registro coloquial sem nenhuma marca da oralidade. 
d) pouco planejado e no registro coloquial. 
e) que pertence à modalidade escrita. 
 
17. No texto abaixo ocorre uma forma que é inadequada nos textos formais. Leia o trecho e 
dentre as opções que vêm logo em seguida, assinale a adequada: 
"Lula e Meneguelli divergem sobre o pacto. Concordam em negociar, mas Lula só aprova um 
acordo se o governo retirar a medida provisória dos salários, suspender os vetos à lei da 
Previdência e repor perdas salariais." (Painel, Folha de São Paulo, 21/09/1990). 
a) O verbo concordar, logo no início da segunda frase, deveria estar no singular. 
b) O correto seria: ...medida provisória do salário,... e não ...medida provisória dos salários,... 
c) O verbo repor, no final da segunda frase está conjugado de modo errôneo. O correto seria: e 
repuser perdas salariais. 
d) O correto seria dizer sob, e não sobre, na primeira frase. 
e) Não existe adversativa na sequência da segunda frase. O correto seria: ..., mais Lula só aprova 
um acordo... 
 
18. "Conjunto de sinais que determinadas comunidades usam para se comunicar, também 
entendida como regras gramaticais. Modo, meio, maneira, com que naturalmente o ser humano se 
comunica, seja por meio de expressões, palavras, gestos, imagens, sons, cores, etc." Os conceitos 
apresentados referem-se, respectivamente, a: 
a) Código Linguístico e Língua. 
b) Sinais Gráficos e Língua. 
c) Língua e Linguagem. 
d) Linguagem e Língua. 
e) Variação Linguística e Linguagem. 
 
19. Numa entrevista de emprego, ou você agrada ou está fora do jogo. Na teoria, os candidatos 
até sabem como agir - mas, na prática, cometem muitos erros. Para o diretor de recursos 
humanos Paulo Assis, alguns são simplesmente absurdos: "Pedi a um candidato que trouxesse seu 
currículo e duas referências. O moço, com a intenção de parecer eficiente, chegou com o currículo 
debaixo do braço e duas pessoas ao lado - seu irmão e um primo." (Baseado no artigo 'Festival de 
foras'. Revista Você S/A, 1999.) 
O pronome alguns e o substantivo moço são elementos coesivos que fazem referência, 
respectivamente, a que termos do texto? 
a) Erros e candidato. 
b) Absurdos e currículo. 
c) Absurdos e primo. 
d) Candidatos e rapaz. 
e) Erros e diretor. 
 
20. Permite que a leitura não seja linear, auxilia na aquisição do conhecimento, interliga vários 
pontos do mesmo assunto: 
a) cérebro. 
b) leitura. 
c) hipertexto. 
d) mouse. 
e) informática. 
 
21. Assinale a opção em que ocorre a coesão sequencial: 
a) Pedro não irá a Paris em janeiro. Lá faz muito frio 
b) Ana e Paulo são amigos. Ambos estudam inglês e alemão. 
c) Tenho uma moto. Ela é vermelha. 
d) A mãe falou tão baixo que a criança não ouviu. 
e) O menino viu um pavão. Essa ave possui uma cauda colorida. 
 
22. Texto é um entrelaçamento de enunciados organizados de acordo com a lógica do autor; deve 
ser feito de forma clara, a fim de possibilitar o entendimento. Essa qualidade está relacionada aos 
elementos coesivos, responsáveis por promover a ligação entre as partes. Leia o texto a seguir, 
extraído da revista Veja, e identifique o tipo de coesão presente na palavra destacada. "Na 
segunda metade do século XIX, dom Pedro II transformou a primeira escola pública secundária do 
Brasil em um modelo inspirado no colégio Louis Le Grand, reputado como o melhor da França. 
Mantiveram-se na sua réplica brasileira as exigências acadêmicas do modelo original. O próprio 
dom Pedro selecionava os professores, costumava assistir a aulas e arguir os alunos. Sendo assim, 
 
 
 18 
o colégio que, mais adiante, ganhou o seu nome constitui-se em um primoroso modelo para a 
educação das elites brasileiras. DELE descendem algumas excelentes escolas privadas." (Cláudio 
de Moura Castro, revista Veja, fevereiro de 2014). 
a) Por conexão. 
b) Temporal. 
c) Lexical. 
d) Gramatical. 
e) Sequencial. 
 
23. Sabemos que a coesão é um fator importante para dar ao texto coerência, apesar de não ser 
sempre necessária. Entretanto, assinale a alternativa em que o uso de um item coesivo (operador 
argumentativo) errado provoca incoerência: 
a) Todos os funcionários resolveram fazer a greve, mesmo sabendo que vão perder dinheiro. 
b) Todas as pessoas assinaram o termo, mesmo alguns sendo contrários ao texto. 
c) O casal foi ao cinema e comprou muita pipoca. 
d) A menina comprou a pipoca só pra ela, mas não gosta desse tipo de alimento. 
e) As professoras já montaram o projeto porque receberam o dinheiro da bolsa. 
 
24. Era uma casa muito engraçada: 
Não tinha teto, não tinha nada. 
Ninguém podia entrar nela, não 
Porque na casa não tinha chão. 
A palavra "PORQUE" que liga os dois últimos versos estabelece o tipo de coerência chamado de: 
a) sintática. 
b) estilística. 
c) pragmática. 
d) ortográfica. 
e) semântica 
 
25. Que tipo de coerência está presente no diálogo abaixo? 
- Te amo! 
- Como sabes que é amor? 
- Porque quando pensoem ti não posso respirar. 
- Isso é asma. 
- Bom, então te asmo! 
a) Coerência semântica devido ao jogo de palavras. 
b) Coerência pragmática por conta do pronome relativo. 
c) Coerência sintática por conta da situação de comunicação. 
d) Coerência situacional visto que o contexto interfere no enunciado. 
e) Coerência estilística porque os falantes usam o nível formal na comunicação. 
 
26. Em nossas aulas, vimos que há, basicamente, quatro tipos de coerência: semântica, sintática, 
estilística e pragmática. Assinale a alternativa que contenha um exemplo de incoerência 
semântica: 
a) A casa que desejo comprar é bastante jovem. 
b) A casa que desejo comprar é muito linda. 
c) A casa que desejo comprar é bem localizada. 
d) A casa que desejo comprar é bem acessível. 
e) A casa a que me refiro é a que quero comprar. 
 
27. Texto 1 - Acordei. Tomei banho. Tomei café. Escovei os dentes. Coloquei a roupa. Fui 
trabalhar. Peguei o ônibus. Cheguei atrasada. Trabalhei muito. Almocei. Descansei. Fui à reunião. 
Voltei. Trabalhei mais. Cheguei cansada. Jantei. Estudei. Dormi. 
Texto 2 - Quando chegar em casa, consequentemente comprarei uma bicicleta e então picharei a 
parede da igreja. Porém, venderei uma feijoada. Em seguida, costurarei uma boneca. Enfim, que 
dia cansativo! 
Após a leitura dos textos 1 e 2, podemos afirmar que: 
a) Apesar do texto 1 ter coesão, ele não é coerente. 
b) O texto 2 tem coesão, mas não é coerente. 
c) O texto 2 é coerente, pois tem sentido. 
d) O texto 1 possui os conectivos necessários para a coesão. 
e) Tanto o texto 1 quanto o texto 2 são coerentes e coesos. 
 
28. "Vaquinha leva atleta a NY: Obrigada!" 
A manchete acima foi veiculada em um jornal de grande circulação. Compreender que o termo 
'vaquinha' corresponde ao 'ato de reunir uma quantia por meio de doação' e não ao animal 'vaca' 
diz respeito à: 
a) Coerência estilística estabelecida no texto pela palavra 'Obrigada'. 
 
 
 19 
b) Coerência sintática, devido à concordância entre 'atleta' e 'obrigada'. 
c) Coerência semântica, pois atribuímos ao texto o sentido mais razoável para o contexto em que 
o termo 'Vaquinha' foi empregado. 
d) Coerência pragmática, pois se trata de texto publicado em jornal. 
e) Situacionalidade, pois a comunicação é formal. 
 
29. Assinale o item que melhor define Tipologia Textual. 
a) É desenvolver ou explicar um assunto. 
b) É um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. 
c) Retrato por escrito de um lugar. 
d) Tem por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do 
assunto. 
e) É a forma como um texto se apresenta. 
 
30. "Agora, por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do 
meu coração? Talvez porque nenhuma tinha os olhos de ressaca, nem os de cigana oblíqua e 
dissimulada. Mas não é este propriamente o resto do livro. O resto é saber se a Capitu da Praia da 
Glória já estava dentro da de Mata-cavalos, ou se esta foi mudada naquela por efeito de algum 
caso incidente. Jesus, filho de Sirach, se soubesse dos meus primeiros ciúmes, dir-me-ia, como no 
seu cap. IX, vers. 1: 'Não tenhas ciúmes de tua mulher para que ela não se meta a enganar-te 
com a malícia que aprender de ti'. Mas eu creio que não, e tu concordarás comigo; se te lembras 
bem de Capitu menina, hás de reconhecer que uma estava dentro da outra, como a fruta dentro 
da casca." (ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Globo, 1997, p. 217). 
"E, ao término deste meu relato, se você se lembra bem do Bentinho menino, há de concluir 
comigo - e gloso as palavras dele - que o fruto que estava dentro da casca era o Dr. Bento 
Santiago. Que a casmurrice e a solidão lhe tenham sido leves. Faço minhas, por fim, as palavras 
do salmista e deixo-as à sua meditação: 'E as suas línguas perderam a força, voltando-se contra 
eles mesmos. Todos os que os viam ficaram assombrados.' (Davi, salmo 63)." (PROENÇA FILHO, 
Domício. Capitu Memórias Póstumas. Rio de Janeiro: Artium, 1998, p. 13). 
Relacionando os fragmentos das partes finais dos dois romances, as argumentações utilizadas: 
a) Questionam a personalidade de Bentinho, mas deixam incólume a personalidade de Capitu. 
b) Refletem opiniões análogas dos personagens Bentinho e Capitu. 
c) Indicam divergências de julgamento em Bentinho e Capitu. 
d) Apontam incapacidade de lucidez de ambos os personagens. 
e) Enfatizam a culpa do destino aos textos bíblicos. 
 
31. Em relação aos recursos linguísticos usados na construção do anúncio: "Use você também o 
sabonete Star. Sua pele vai ficar linda como a das estrelas de cinema", só NÃO podemos afirmar 
que: 
a) O enunciado apresenta características injuntivas e argumentativas. 
b) O uso do pronome de tratamento você tem o objetivo de criar uma aproximação com o público 
alvo e persuadi-lo adotar o produto anunciado. 
c) O texto apresenta como argumento: Sua pele vai ficar linda como a das estrelas de cinema"" , 
já que seu objetivo é persuadir os interlocutores a aderirem ao produto anunciado. 
d) O texto é expositivo, pois visa a dar informação sobre um produto. 
e) O verbo usar no Modo Imperativo (use), que , na frase, indica um conselho, é uma das 
características de textos injuntivos. 
 
32. Prepare uma forma (para levar ao forno) com calda de açúcar, cobrindo o fundo. Para o 
pudim, misture todos os ingredientes (cuidado com o amido de milho, misture com um pouco de 
leite frio antes, para desmanchar) e leve ao fogo médio, mexendo sempre com colher de pau, até 
engrossar, tomando a consistência de um mingau grosso. Despeje na forma com calda e reserve. 
Às claras em neve bem duras, acrescente aos poucos (sempre batendo) o açúcar, até obter um 
suspiro consistente. Despeje o suspiro sobre o pudim, e leve ao forno até dourar o suspiro. Retire 
do forno e deixe gelar. 
O texto acima apresenta um gênero e sua tipologia textual correspondente. São eles 
respectivamente 
a) Informe - Exposição. 
b) Informe - Argumentativo. 
c) Manual - Descritivo. 
d) Receita - Injuntivo. 
e) Receita - Narrativo. 
 
33. O cão e a lebre: Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de 
longa perseguição, ele parou a caçada. Um pastor de cabras vendo-o parar ridicularizou-o 
dizendo: "Aquele pequeno animal é melhor corredor que você". O cão de caça respondeu: "Você 
 
 
 20 
não vê a diferença entre nós: eu estava correndo apenas por um jantar, mas ela por sua vida." 
Moral: O motivo pelo qual realizamos uma tarefa é o que vai determinar sua qualidade final. 
Assinale a tipologia textual predominante no texto apresentado: 
a) Argumentação. 
b) Injunção. 
c) Descrição. 
d) Narração. 
e) Exposição 
 
34. Podemos reconhecer como gêneros textuais: 
a) Texto injuntivo e e-mail. 
b) Texto narrativo e bula de remédio. 
c) Música e propaganda. 
d) Texto dissertativo e carta. 
e) Texto dissertativo e redação. 
 
35. O gênero textual, e também literário, que apresenta um texto curto, que pertence ao grupo de 
narrativas ficcionais, e também se caracteriza por ser condensado, isto é: apresenta poucas 
personagens, poucas ações, e tempos e espaços reduzidos é o(a): 
a) Crônica. 
b) Romance. 
c) Poema. 
d) Conto. 
e) Novela. 
 
36. Sobre os gêneros textuais, é correto afirmar que: 
a) decorrem da necessidade de comunicação e das circunstâncias em que o texto é produzido. 
b) adaptam-se ao contexto histórico e social do período no qual o texto foi produzido. 
c) determinam o tipo de texto a ser produzido de acordo com o tema apresentado. 
d) atendem exclusivamente a comunicação que se estabelece na oralidade. 
e) exigem que sejam obedecidas rigorosamenteas normas gramaticais. 
 
37. A marca fundamental é: o verbo no imperativo. Nas propagandas, receitas culinárias e nos 
manuais de instruções predominam a ordem e a orientação. Essa definição se aplica ao tipo de 
texto? 
a) Argumentativo. 
b) Explicativo. 
c) Narrativo. 
d) Descritivo. 
e) Injuntivo. 
 
38. Em um concurso público, foi solicitado aos candidatos que redigissem um texto narrativo, em 
parágrafos, que apresentasse fatos do cotidiano, comentando-os, criticando-os, podendo até 
mesmo incluir o humor. O gênero textual corretamente produzido pelos candidatos é denominado: 
a) Crônica. 
b) Propaganda. 
c) Conto. 
d) Poema. 
e) Petição Inicial. 
 
39. Assinale o item em que a identificação do tópico frasal não está correta. 
a) O crescente uso da internet acabará com a Língua Portuguesa? Há quem advogue que sim, no 
entanto, há inúmeros fatores que concorrem para a manutenção da norma culta: a escola, a 
mídia, a sociedade, algumas esferas do mercado de trabalho, enfim o próprio status. 
(INTERROGAÇÃO) 
b) A televisão, um dos veículos de maior alcance da mídia, tem muitas qualidades, entre elas: 
informação, entretenimento e cultura. (ENUMERAÇÃO) 
c) Dividimos o ensaio em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução 
estabelece o objetivo e a ideia central do ensaio, além de indicar como esta ideia central será 
desenvolvida. O desenvolvimento explana a ideia central enunciada na introdução. Fazem parte do 
desenvolvimento os parágrafos restantes, exceto o último. Este é ocupado pela conclusão, que 
retoma a ideia central expressa na introdução e resume a explanação feita sobre ela no 
desenvolvimento. (MORENO, Cláudio & GUEDES, Paulo Coimbra. Curso básico de redação). 
DIVISÃO 
d) Em 1961, o então presidente da república Jânio Quadros condecorou o guerrilheiro esquerdista 
Che Guevara com a ordem Cruzeiro do Sul. Como Jânio não rezava pela cartilha marxista, na 
 
 
 21 
época muitos acharam que, ao tomar a decisão, ele estivesse duas doses a mais do que o resto da 
humanidade (Ver. Veja, 1999) (DECLARAÇÃO INICIAL) 
e) A primeira geração de adolescentes do século XXI está amadurecendo num país muito diferente 
daquele das gerações anteriores. O Brasil está pronto, em vários sentidos, para o mundo 
moderno. Dispõe de um parque industrial evoluído e integrado por um sistema de comunicações 
por satélite e as disparidades culturais regionais são bem menores que as existentes nas décadas 
de 60 e 70 (Revista Veja, ano 36, nº24). DECLARAÇÃO INICIAL 
 
40. Atualmente, o maior entrave da Justiça brasileira é a morosidade. E, como bem enfatizou Rui 
Barbosa, justiça protelada é negação da justiça. A falta de agilidade do Judiciário compromete, 
principalmente, a cidadania, uma vez que vivemos em um país onde as desigualdades são 
históricas e a distribuição da justiça vem se constituindo como um fator a mais na diferenciação 
entre os cidadãos, quando todos deveriam ter acesso à lei, sem privilégios e exceções. 
O principal objetivo do texto é defender a ideia de que 
a) A citação de Rui Barbosa ratifica que a justiça é responsável pelas desigualdades sociais. 
b) No Brasil, as diferenças sociais são históricas. 
c) A morosidade do Judiciário compromete igualdade social e o exercício pleno da cidadania. 
d) A distribuição da justiça promove a diferença entre indivíduos. 
e) O igual acesso à justiça é um direito de todos. 
 
41. Leia as frases abaixo, que são tópicos frasais de artigos e cartas publicados em jornais 
brasileiros recentemente: 1) Os números da violência em nossa sociedade expõem o que vemos 
todos os dias nas ruas: os bandidos estão soltos por aí. 2)Chama-se sociedade a um conjunto de 
pessoas que vivem juntas, numa localidade, obedecendo às mesmas normas jurídicas, morais e 
éticas. 3)A polícia deve agir de dois modos: na prevenção do crime e na repressão aos criminosos. 
4)A partir do que é exposto todos os dias em nossos jornais, cabe uma pergunta: Será que 
perdemos a luta contra a violência? 5)Diz o bom ditado: quem com ferro fere, com ferro será 
ferido. Marque a opção em que os tópicos frasais foram classificados correta e respectivamente: 
a) Citação/Alusão, Declaração inicial, Definição, Interrogação e Divisão. 
b) Declaração inicial, Definição, Divisão, Interrogação e Citação/Alusão. 
c) Citação/Alusão, Declaração inicial, Divisão, Interrogação e Definição. 
d) Interrogação, Definição, Alusão/ Citação, Declaração inicial e Divisão. 
e) Declaração inicial, Definição, Alusão/Citação, Interrogação e Divisão. 
 
42. Nosso organismo está programado para reagir, dentro de certos limites e padrões, diante de 
qualquer agente perturbador do nosso equilíbrio físico ou psicológico. O excesso de frio ou de 
calor, a fome, o barulho, um vírus ou até mesmo um chefe irritante são alguns desses agentes 
perturbadores aos quais reagimos, inicialmente com um alerta e, em seguida, com formas 
específicas de defesa. Se os elementos de defesa forem fortes, a dificuldade será vencida. Em 
caso contrário, o organismo pode chegar a um limite de exaustão tal que nossa saúde física e 
mental fica parcial ou totalmente prejudicada. 
No parágrafo acima, temos um tópico frasal assinalado do tipo: 
a) Definição. 
b) Declaração inicial. 
c) Divisão. 
d) Citação. 
e) Alusão. 
 
43. I - O resumo é a condensação de um texto, reduzindo-o a suas ideias fundamentais sem a 
inclusão de opiniões pessoais. 
II - A resenha, diferente do resumo, admite a apresentação não só das ideias centrais do texto, 
mas também de opiniões e julgamentos do resenhista. 
III - Paráfrase e resumo são conceitos sinônimos. 
Com base nas afirmativas acima, marque a ÚNICA opção correta. 
a) Apenas a I está correta. 
b) I e II estão corretas. 
c) Todas estão corretas. 
d) II e III estão corretas. 
e) Apenas a II está correta. 
 
44. Não se faz um grande país sem investimentos em educação. 
O argumento exemplificado é aceito universalmente, sem necessidade de comprovação, 
portanto o denominamos: 
a) De autoridade. 
b) Por provas concretas. 
c) De senso comum. 
d) Psicológico. 
 
 
 22 
e) Por exemplificação. 
 
45. "Ao se desesperar em um congestionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não 
se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de sua irritação 
crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica. São Paulo só chegou a esse caos 
porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. 
Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é piorar ainda mais o 
congestionamento o que leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos". 
(Adaptado de Folha de S. Paulo. 01/10/2000) 
Lendo este texto, podemos dizer que houve um argumento: 
a) de senso comum. 
b) de causa e efeito. 
c) analogia. 
d) de ilustração. 
e) de autoridade. 
 
46. “Todo romance se apoia em uma decepção, diz o escritor peruano. Uma grande decepção 
marcou a vida do escritor Daniel Alarcón. Aos nove anos, ele viu dois jogadores de quem era fã, o 
brasileiro Sócrates (1954-2011) e o francês Platini, perderem pênaltis no jogo entre seus países 
no Mundial de 1986." Eram meus jogadores favoritos. Lembro que fiquei arrasado. Foi uma das 
lições mais importantes que tive sobre a construção da narrativa dramática." 
(Juliana Gragnani, Caderno Ilustrada da Folha de São Paulo, em 12/7/2014.) 
A seguir, são apresentados quatro conceitos referentes ao raciocínio argumentativo dedutivo e ao 
raciocínio argumentativo indutivo. 
1 - Raciocínio Argumentativo Indutivo: utilização de informações concretas (exemplos, dados 
estatísticos ou científicos,citações) para transformá-las em uma ideia geral. 
2 - Raciocínio Argumentativo Dedutivo: podemos ter uma ideia geral, uma visão geral sob um 
determinado tema, que será comprovada a partir da verificação de alguns casos particulares. 
3 - Raciocínio Argumentativo Indutivo: para formularmos um ponto de vista, uma opinião, 
precisamos analisar diversas situações que nos levam a uma conclusão (tese). Nesse caso, 
estamos tratando de um raciocínio indutivo. 
4 - Raciocínio Argumentativo Dedutivo: parte-se de uma ideia geral (premissa) para uma ideia 
específica (conclusão). É preciso que as premissas sejam admitidas como verdadeiras para que se 
aceite a conclusão. 
Qual ou quais dos conceitos de raciocínios argumentativos pode(m) ser aplicado(s) à afirmação do 
escritor Daniel Alarcón? 
a) Os de números 2 e 4. 
b) Apenas o de número 3. 
c) Os de números 1 e 3. 
d) Apenas o de número 2. 
e) Apenas o de número 1. 
47. Analise a afirmativa a seguir: "A base da argumentação é o encadeamento de afirmações, na 
pretensão de persuadir; por conseguinte o argumento que se sustenta por citação de uma fonte 
confiável". Essa definição é de: 
a) argumento de provas concretas ou senso comum. 
b) argumento de autoridade. 
c) argumento de exemplificação/ilustração. 
d) argumento de provas concretas. 
e) argumento por causa e consequência. 
 
48. "Se, pelo método indutivo, partimos dos fatos particulares para a generalização, pelo 
dedutivo, caminhamos em sentido inverso: do geral para o particular, da generalização para a 
especificação, do desconhecido para o conhecido. É método a priori: da causa para o efeito". (Otto 
M. Garcia - Comunicação em Prosa Moderna). 
Quando utilizamos os métodos apresentados, objetivamos: 
a) informar. 
b) descrever. 
c) argumentar. 
d) narrar. 
e) declarar. 
 
49. É raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma 
verdade geral. Podemos classificar essa definição como: 
a) raciocínio descritivo indutivo. 
b) raciocínio argumentativo dedutivo. 
c) raciocínio argumentativo indutivo. 
d) raciocínio narrativo dedutivo. 
 
 
 23 
e) raciocínio narrativo indutivo. 
 
50. Em "Ele é o mar: imenso; ele é o céu: altivo", a frase demonstra a associação entre palavras 
de forma figurada, de modo a existir uma identificação. Temos dois exemplos de: 
a) Metáfora. 
b) Pleonasmo. 
c) Metonímia. 
d) Comparação. 
e) Personificação. 
 
51. Relacione as colunas e, depois, assinale a alternativa correta em relação à sequência obtida: 
(1) METÁFORA (2) METONÍMIA: 
( ) Várias pernas passavam apressadamente pela calçada. 
( ) Minha filha adora danone. 
( ) O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais (Carlos Drummond de Andrade) 
( ) Leio muito Jorge Amado. 
a) (2) (2) (1) (2) 
b) (2) (2) (1) (1) 
c) (1) (2) (1) (2) 
d) (1) (1) (2) (1) 
e) (1) (1) (2) (2) 
 
52. Consiste na substituição de um termo por outro o qual mantém uma relação de significado e 
aproximação. Exemplo: 'Ela só lê Clarice Lispector'. 
a) Metáfora. 
b) Antítese. 
c) Metonímia. 
d) Polissemia. 
e) Duplo sentido. 
 
53. As frases a seguir foram expressas por ministros no julgamento do mensalão. Assinale a única 
opção em que NÃO OCORRE o uso de linguagem conotativa, seja metafórica ou metonímica. 
a) O trem da ordem não pode descarrilar. Ayres Britto. 
b) No caso concreto, o grupo armado esteve armado de dinheiro, mas a causa do aumento é a 
arma propriamente dita, seja arma de fogo ou arma branca, ironizou Marco Aurélio Mello ao 
lembrar que o crime de formação de quadrilha tem pena elevada nos casos em que o grupo usa 
armas. 
c) A não ser que eles tenham acreditado piamente que Valério e o Rural haviam se transformado 
em Papai Noel e distribuído dinheiro nas praças de BH, RJ, SP e Brasília, disse o relator Joaquim 
Barbosa ao garantir que os réus sabiam da origem ilícita do dinheiro. 
d) A prova é a voz dos fatos. Há fatos que silenciam, há fatos que sussurram, outros falam em 
decibéis audíveis e há fatos que verdadeiramente gritam, porque expõem as próprias 
vísceras. Ayres Britto. 
e) Ayres Britto parafraseou Einstein: O universo e a esperteza humana não têm limites. Sobre o 
primeiro tenho dúvidas. 
 
54. Leia o texto do anúncio da livraria Saraiva: "Só neste feriado, compre Machado de Assis por 
R$ 5,99!" Que tipo de figura de linguagem muito comum foi usado no texto? 
a) Ironia. 
b) Metáfora. 
c) Metonímia. 
d) Catacrese. 
e) Comparação. 
 
55. Pictogramas são representações de objetos e conceitos traduzidos em uma forma gráfica 
extremamente simplificada, mas sem perder o significado essencial do que se está representando. 
Seu uso geralmente está associado à sinalização pública, instruções, orientações e qualquer outro 
meio para transmitir informações. É muito comum encontrar o uso de pictogramas em diversos 
contextos cotidianos, como placas em shoppings, aeroportos, guias, manuais, mapas, infográficos 
etc. Levando em consideração o conceito de pictograma, podemos associá-lo a que figura de 
linguagem? 
a) Hipérbole. 
b) Metáfora. 
c) Catacrese. 
d) Metonímia. 
e) Comparação. 
 
 
 
 24 
56. Na frase "O açougueiro vende frango aos fregueses sem gordura", há: 
a) metáfora. 
b) polissemia. 
c) ambiguidade. 
d) homonímia. 
e) metonímia. 
 
57. A ambiguidade é um vício de linguagem, uma vez que torna a compreensão do texto 
imprecisa. Em qual das frases ocorreu ambiguidade estrutural em razão da colocação do advérbio 
frequentemente? 
a) Entrei em contato, frequentemente, com a literatura inglesa. 
b) Frequentemente, assisto a filmes épicos. 
c) As crianças mais tranquilas frequentemente recebem mais atenção dos pais. 
d) Meus amigos vêm a minha casa frequentemente. 
e) Os alunos, frequentemente, apresentam questões pertinentes à aula. 
 
58. Como sabemos, a ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou 
expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou 
até dele como um todo. Sendo assim, assinale a sentença em que NÃO ocorre o fenômeno da 
ambiguidade: 
a) Foi difícil comprar o vestido para a festa que teremos no trabalho. 
b) Eu e ela viemos de carro. 
c) Se você tivesse ido à festa com Mariana, encontraria sua prima. 
d) O analista de sistema falou com a secretária que mora perto daqui. 
e) Flávio encontrou Juliana e lhe disse que sua irmã passou no concurso. 
 
59. Existe uma parte da gramática normativa denominada Semântica, que trabalha a questão 
dos diferentes significados que uma mesma palavra apresenta, conforme o contexto. Observe a 
frase abaixo e assinale a alternativa que indique corretamente o fenômeno provocado pela palavra 
BICOS na frase abaixo. 
Mário faz alguns "bicos" para complementar o seu salário 
a) Polissemia. 
b) Coerência. 
c) Ambiguidade Estrutural. 
d) Intertextualidade. 
e) Ambiguidade Lexical. 
 
60. O duplo sentido é * se explorar dois sentidos distintos da mesma palavra ou expressão. 
a) um esforço natural. 
b) uma tentativa. 
c) um recurso consciente. 
d) a necessidade. 
e) um esforço intencional. 
 
 
 
GABARITO 
 
1 B 21 D 41 B 
2 A 22 D 42 B 
3 A 23 D 43 B 
4 C 24 A 44 C 
5 A 25 A 45 B 
6 D 26 A 46 A 
7 B 27 B 47 B 
8 E 28 C 48 C 
9 A 29 E 49 C 
10 B 30 C 50 A 
11 C 31 D 51 A 
12 C 32 D 52 C 
13 D 33 D 53 E 
14 D 34 C 54 C 
15 A 35 D 55 D 
16 E 36 A 56 C 
17 C 37 E 57 C 
18 C 38 A 58 A 
19 A 39 D 59 A 
 
 
 25 
20 C 40 C 60 E

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