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A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA PARA AS EMPRESAS
 
Renan Ferreira Fernandes 
Claudia Marcia Pereira Loureiro
RESUMO
Este artigo tem como objetivo apresentar uma contribuição no que diz respeito à importância que deve ser dada à logística reversa pelas organizações. Apresentando a sua história e seu surgimento, alguns conceitos e definições sobre a logística reversa, seus canais de distribuição reversos e subsistemas. Demonstrando em que momentos ela pode ser empregada e os benefícios que ela pode trazer para a empresa que irá adotá-la. Os benefícios citados neste artigo estão relacionados com temas atuais da sociedade, temas que a sociedade tem dado grande importância e devem ser abordados de forma séria pelas organizações, como a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade. Além disso, o artigo também evidencia como a logística reversa proporciona oportunidades competitivas e vantagem em diferentes áreas para as empresas. 
Palavras-chave: logística reversa; sustentabilidade; vantagem competitiva.
INTRODUÇÃO
	
O desenvolvimento da logística, antes de ser introduzida nas empresas se deu na área militar, onde a principal função era achar a melhor maneira possível de distribuir os recursos empregados na batalha. A logística começou a ser utilizada por organizações primeiramente nos setores industriais e comerciais, foi uma forma encontrada de tentar amenizar ou acabar com a carência de produtos e serviços deixados pela destruição ou pela escassez provocada pelo esforço da guerra. Com a introdução da logística nas organizações, ela passou a ter um grande desenvolvimento, impulsionado pela globalização que criou novas oportunidades mercadológicas por todo o mundo, uma nova economia mundial e a inserção de computadores nas empresas. Foi necessário que as empresas buscassem um diferencial em relação a sua logística, suas ações deveriam ser otimizadas, buscando sempre reduzir custos e tempo nas suas operações.
	Os estudos relacionados à logística reversa são mais recentes e esse tema é relacionado diretamente a questões preocupantes para a sociedade atual. Questões ambientais e sustentabilidade estão em evidência e a logística reversa possui mecanismos que ajudam a combater a poluição ambiental e a promover a sustentabilidade. A logística reversa está inserida em um novo modelo de negócios, um modelo que leva em consideração os impactos ambientais, sociais e econômicos.
	As organizações perceberam que a utilização da logística reversa poderia trazer ganhos para a imagem corporativa da empresa, já que ela estaria trabalhando de forma ambientalmente correta na fabricação de seus produtos e embalagens e isso seria muito bem aceito pelos clientes que se preocupam com essas questões.
	A importância da logística reversa para as organizações ficou mais evidente com a utilização dos seus canais de distribuição reversos que fazem com que os produtos enviados para os consumidores finais retornem e sofram ações que busquem a redução de custos na produção e a reutilização dos materiais retornados na fabricação de novos produtos ou a venda de partes desses produtos em um mercado secundário, ocasionando uma revalorização desses componentes que teoricamente não teria mais nenhuma utilidade lucrativa. Essas oportunidades criadas pela logística reversa geram lucros e economia para as empresas e impulsionam a utilização da logística reversa. Os materiais que já não possuem nenhum tipo de utilidade podem ser nocivos para o meio ambiente, por esse motivo serão encaminhados para a sua destinação final de forma correta, sendo esse mais um dos benefícios proporcionados pela logística reversa.
	O interesse pela logística reversa é cada vez maior por empresas de todo o mundo e este artigo, desenvolvido com o apoio de materiais publicados por vários autores, tem como objetivo evidenciar os benefícios trazidos pelo uso da logística reversa e demonstrar como ela pode ser importante para as empresas e como elas podem utilizar suas atividades para crescer economicamente e socialmente. Serão demonstrados com mais detalhes os motivos pelos quais as empresas têm demonstrado esse grande interesse pela logística reversa. No início do artigo, será apresentada a sua história, o seu desenvolvimento por militares, a sua introdução nas empresas após a guerra e a sua evolução com o decorrer dos anos. Em seguida, serão expostos conceitos e definições de diferentes autores sobre o tema. Os canais de distribuição reversos terão um papel importante neste artigo, são atividades importantes da logística reversa e serão analisados em detalhes para o entendimento de como a logística reversa funciona em uma empresa.
	Logo após, será demonstrado como a logística reversa pode ser considerada um fator de competitividade empresarial e as oportunidades competitivas criadas pela sua utilização. Como as empresas podem tirar algum tipo de proveito das atividades realizadas pela logística reversa e conseguir vantagens sobre as outras empresas.
	Por fim, serão apontados os ganhos econômicos e sociais que as empresas que utilizam a logística reversa podem conseguir para a imagem corporativa. Mostrando como a sociedade enxerga as empresas que se preocupam e tomam atitudes para que não ocorram prejuízos ambientais e sociais em sua área de produção e distribuição. A logística verde também estará presente e será demonstrado como ela pode influenciar na logística reversa e como suas ações podem tornar as atividades da logística reversa ambientalmente correta.
REFERENCIAL TEÓRICO - Histórico
	
Os líderes militares começaram a utilizar a logística em guerras disputadas ao longo da história. Era necessário um bom planejamento, organização e atividades logísticas para que grandes e constantes deslocamentos de recursos fossem efetuados. Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com o título de oficial de Logistikas eram responsáveis pelos assuntos financeiros e de distribuição de suprimentos. Os militares de logística eram normalmente pessoas que tinham a habilidade de planejar e calcular o que deslocar de forma que não tivesse de transportar material desnecessário para cada batalha, fazendo com que os soldados de frente não se desgastassem com o deslocamento. 
	Uma das primeiras utilizações da palavra logística foi feita por Antoine-Henri Jomini, em seu livro “Sumário da Arte da Guerra” escrito em 1836, onde a logística é considerada como uma importante atividade militar para ganhar uma guerra. Em 1888, o Tenente Rogers da marinha americana, inseriu a Logística, na grade de ensino da Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América. Porém, a logística teve uma maior evidencia como ciência, quando o Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América, no ano de 1917, publicou o livro "Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra". Thorpe (1986, p.11) dizia que, “a estratégia e a tática indicam a importância das operações propostas e a logística irá fornecer os meios para concluí-las". Em tempos de paz, os conceitos e atividades antes utilizados para fins militares, começaram a ser usados nos processos das empresas.
Conforme visto, a partir da segunda guerra mundial a logística deixou de ser preocupação exclusiva do ambiente militar e passou a ser foco de maior atenção por parte das organizações industriais e comerciais. Isso ocorreu devido à necessidade das organizações abastecerem mercados em um mundo carente por produtos e serviços de todos os tipos, decorrência da destruição causada pelo conflito ou, no mínimo, pelo desabastecimento oriundo do esforço da guerra (RAZZOLINI, 2009, p.28).
	Com novas exigências no mercado, as empresas começaram a dar um valor maior aos seus clientes e enxergaram na logística uma poderosa ferramenta para prover um melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para a movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Apósos anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores nas empresas.
Nas décadas de 1970 e 1980 foram evidenciados os primeiros estudos sobre logística reversa, relacionado ao retorno de bens a serem processados em reciclagem de materiais, denominados e analisados como canais de distribuição reversos. Com uma preocupação cada vez maior da sociedade com o meio ambiente e a entrada da sustentabilidade nas organizações, a logística reversa virou uma atividade indispensável em empresas que se importam com o planeta, fato que hoje em dia é muito apreciado pelos clientes e colaboradores.
2.1 CONCEITO
2.1.1 Definições de Logística Reversa
A logística tradicional estuda como a administração de uma organização deve encarar melhores níveis de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através do planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem de produtos. Ou seja, consiste em comprar, receber, armazenar, separar, expedir, transportar, e entregar o produto ou serviço certo, na hora e local certo, ao menor custo possível. Com o objetivo de maximizar os lucros e evitar qualquer tipo de desperdício que gere um prejuízo. 
Na logística reversa têm-se todos os processos descritos anteriormente, porém de modo inverso, ela pode ser definida como as atividades logísticas de coletar, desmontar e processar produtos, materiais e peças. Por isso a logística reversa também pode receber denominações como logística integral ou logística inversa. Também é pensado no fluxo logístico para se enviar os produtos do consumidor (ponto de consumo) até as empresas (ponto de origem), pensando em retornos no mercado, como Rogers e Tibben-Lembke (1998, p.2) citaram: “Mais precisamente, a logística reversa é o processo de mudança dos bens de seu destino final típico para fins de captura de valor, ou eliminação adequada.”
A logística reversa pode ser conceituada como todo o caminho de retorno, de um produto que pode ser reintegrado ao mercado ou para que os materiais utilizados para a sua confecção tenham uma nova utilidade, para serem descartados ou reciclados e reutilizados na confecção de novos produtos. 
A preocupação com o meio ambiente faz com que os consumidores e empresas se preocupem com os materiais descartados no meio ambiente, com esse procedimento é evitada a poluição que esses materiais poderiam causar ao meio ambiente se tivessem um fim inapropriado, sendo descartados de forma imprópria. Diminui a necessidade de buscar recursos na natureza, reduzindo a procura por matérias-primas primárias e podem gerar uma economia nas empresas produtoras que reutilizam esses materiais para a fabricação de novos produtos. Os empresários entenderam que a logística reversa poderia aumentar a competitividade da empresa e gerar ganhos financeiros e benefícios ambientais ao realizar as atividades da logística reversa. 
Stock (1998, p.20), diz que: “Logística reversa: refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte reciclagem, substituição de materiais, reutilização de materiais, disposição de resíduos, reforma, reposição e remanufaturar...”.
Para Dowlatshahi (2000, p.143) a logística reversa pode ser conceituada como “um processo em que o fabricante aceita, sistematicamente, o retorno de produtos previamente encaminhados, ou partes deles, para reciclar, remanufaturar ou descartar”. Definindo a logística reversa como uma ferramenta para o gerenciamento físico de produtos.
Carter & Ellram (1998, p.85) define a logística reversa como “o processo onde empresas podem se tornar ambientavelmente eficientes através da reciclagem, reuso e redução da quantidade de material usado”. Evidenciando a importância do papel da logística reversa na prevenção do meio ambiente.
Os autores definem logística reversa de acordo com a ênfase que acreditam ser a mais importante. Onde a logística reversa tem sua maior importância, sendo necessário relacionar as definições para se conseguir um conceito mais completo do assunto, mostrando os benefícios que ela traz de forma ambiental e empresarial.
2.2 IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA PARA AS EMPRESAS
	
Existem diversas definições para logística reversa e Leite (2009) expõe seu conceito sobre a logística reversa:
Entendemos a logística reversa como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valores de diversas naturezas: econômico, de prestação de serviços, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, dentre outros. (LEITE, 2009, p.17)
		
Leite (2009) também cita que o interesse das empresas na logística reversa é crescente e recente, com seu conceito ainda em evolução, mudando de acordo como é empregada na empresa:
As diversas definições e citações de logística reversa, até o momento, revelam que o conceito ainda está em evolução, e sua amplitude e abrangência dependem do setor em referência, das novas possibilidades de negócios, mas precisamente de sua importância estratégica. (LEITE, 2009, p.17)
	
Com a logística reversa, novas possibilidades de negócios foram criadas e muitas empresas enxergaram isso. O retorno de produtos ou partes dele como novas matérias-primas fez com que fossem reduzidos custos na produção e foi introduzida uma nova receita com a reentrada desses produtos no mercado. Mas a logística reversa ainda pode ser empregada com outros objetivos e que motivam as empresas.
Diversos fatores motivam as empresas a adotarem os procedimentos da logística reversa, tais como conscientização dos consumidores, pressão do governo, questão legal, responsabilidade ambiental e geração de lucro. Em quase todos os casos, a visão de lucro se faz presente. (PEREIRA et al, 2012, p.1)
	 
A preocupação crescente da sociedade nas ultimas décadas com sustentabilidade e questões ambientais, fez da logística reversa uma importante aliada desses conceitos. Quando a sociedade se encontrava ausente dessas questões, as empresas se preocupavam apenas em obter lucro a qualquer custo e não se preocupavam muito com questões fora dessa ordem, com a mudança de foco para os clientes, as empresas que adotaram essas preocupações ambientais e utilizam a logística reversa e seus recursos para combater e diminuir os impactos ambientais causados pela produção e descartes desses bens, conseguem atrair novos clientes e manter muitos deles que simpatizam com esse comportamento ecologicamente correto. 
	Essa diferenciação virou um fator de competitividade, a ética empresarial é um fator de diferenciação de competitividade e a preocupação da sociedade com o meio ambiente obriga as empresas a se enquadrar nesse perfil. Adotar medidas para uma proteção ambiental, como a logística reversa, pode se transformar em uma arma para o marketing da empresa, trazendo ganhos tanto na imagem corporativa quanto na redução de custos. 
	Diante de tantos atrativos, a logística reversa tem conquistado grande interesse das empresas. A sociedade esta mudando e expondo pontos de vista diferentes daqueles usados no passado. A mudança do foco empresarial, hoje se preocupando muito mais com os clientes, faz com que as empresas se adequem com as suas necessidades e respeite seus ideais. Diversas pesquisas demonstram que os clientes até aceitam pagar um pouco mais caro em produtos ecologicamente corretos ou que sejam de empresas que demonstram essa preocupação. 
	A logística reversa ainda possui funções que auxiliam as empresas de diferentes formas e serão abordadas neste artigo. Definitivamente a logística reversa é uma importante ferramenta organizacional e deve ser adotada por empresas que possam utilizar de seus benefícios. “Assim, a logística reversa gradativamenteganha importância econômica, legal, ambiental e de competitividade” (PEREIRA et al, 2012, p.1).
2.2.1 Canais de distribuição reversos
	
Os canais de distribuição são elementos muito importantes para as empresas, são constantemente alvos de estudos e tentativas de aperfeiçoamento, buscando uma redução de custos envolvidos e uma evolução que apresente uma diferenciação, uma vantagem sobre a distribuição de outras empresas. 
A importância econômica da distribuição, seja sob o aspecto conceitual mercadológico, seja sob o aspecto concreto operacional da distribuição física, revela-se cada vez mais determinante às empresas, tendo em vista os crescentes volumes transacionados, decorrente da globalização dos produtos e das fusões de empresas, e a necessidade de se ter o produto certo, no local e tempo certo, atendendo a padrões de níveis de serviço diferenciados ao cliente e garantindo seu posicionamento competitivo no mercado (LEITE, 2009, p.5).
	
As diversas etapas pelo qual os produtos produzidos passam até serem recebidos pelo seu consumidor final, constituem os canais de distribuição diretos. Os canais de distribuição reversos possuem a função de retornar esse produto ou partes dele para um determinado fim. Os canais de distribuição reversos podem ser de dois tipos: canais de distribuição reversos de pós-consumo e canais de distribuição reversos de pós-venda.
Os canais de distribuição reversos de pós-consumo podem ser definidos como:
Os canais de distribuição reversos de pós-consumo são constituídos pelo fluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados no descarte dos produtos, após finalizada sua utilidade original, retornam ao ciclo produtivo de alguma maneira. Distinguem-se três subsistemas reversos: os canais reversos de reuso, de remanufaturar e de reciclagem (LEITE, 2009, p.8).
	
O subsistema reverso de reuso absorve principalmente bens industriais classificados como duráveis ou semiduráveis que após serem utilizados e descartados pelo primeiro usuário, ainda possuem condições plenas de uso e são destinados ao mercado de segunda mão e comercializados até o fim de sua vida útil. 
A revalorização de produtos e componentes realizada nesses canais reversos de reuso é de grande relevância, é bastante variável de um caso para outro, apresentando elevado interesse para a logística reversa. O diferencial de preço obtido no comércio secundário desses bens justifica um comércio importante de veículos, máquinas operatrizes, computadores e copiadoras, assim como seus componentes, além da reutilização de embalagens, dentre outros exemplos. (LEITE, 2009, p.107)
	
	Após atingir o tempo de vida útil, os produtos são enviados para canais reversos de remanufatura ou de reciclagem, caso não possa ser mais aproveitado é encaminhado para aterros sanitários ou são incinerados.
Remanufatura é o canal reverso no qual os produtos podem ser reaproveitados em suas partes essenciais, mediante a substituição de alguns componentes complementares reconstituindo-se um produto com a mesma finalidade e natureza do original. Esse processo é denominado de remanufatura industrial (LEITE, 2009, p.9).
	
Para Leite (2009), a reciclagem é um canal reverso de revalorização em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias-primas secundárias ou recicladas. Que sobre o ponto de vista econômico são muito importantes para a organização.
O objetivo econômico da implementação da logística reversa de pós-consumo é entendido como a possibilidade de revalorização financeira do produto de pós-consumo por meio do reaproveitamento de seus materiais constituintes e das economias advindas de sua utilização, bem como pela revalorização dos produtos em condições de uso, diretamente ou após a remanufatura. (LEITE, 2009, p.107)
	
Todos os produtos, materiais e resíduos restantes e que não podem exercer nenhuma dessas funções devem ter como destino final aterros sanitários tecnicamente controlados ou são incinerados. A escolha de um destino final inadequado resultará certamente em uma poluição ambiental.
Os resíduos sólidos ou outros tipos de resíduos que compõem o lixo em geral podem conter substâncias perigosas e, por essa razão, torna-se necessária sua separação em relação ao lixo urbano, industrial, ou agrícola comum, para que tenham destinação segura, após seus respectivos descartes de pós-venda ou pós-consumo. (PEREIRA et al, 2012, p.7)
	
Além dos canais de distribuição reversos de pós-consumo, também existem os canais de distribuição reversos de pós-venda, que podem ser definidos como:
Os canais de distribuição reversos de pós-venda são constituídos pelas diferentes formas e possibilidades de retorno de uma parcela de produtos, com pouco ou nenhum uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivados por problemas relacionados à qualidade em geral ou a processos comerciais entre empresas, retornando ao ciclo de negócios de alguma maneira (LEITE, 2009, p.9).
	
Os produtos que retornam pelos canais de distribuição reversos de pós-venda tem apresentado uma grande importância do ponto de vista econômico para as empresas envolvidas e eles utilizam os mesmos caminhos utilizados pelos canais de distribuição diretos, porém com ordem inversa. “Esses produtos retornam por uma variedade de motivos: término de validade, estoques excessivos no canal de distribuição, por estarem em consignação, por apresentarem problemas de qualidades e defeitos, etc.” (LEITE, 2009, p.10). Pelo seu pouco uso ou por não terem sido utilizados, esses produtos possuem valor no mercado secundário, como o mercado secundário automobilístico, e os produtos que retornam por estarem fora de validade, defeitos, avarias no transporte entre outros, podem ser reciclados, desmanchados, reutilizados ou enviados para sua destinação final.
	Todos os produtos citados, tanto os produtos oriundos dos canais de distribuição reversos de pós-consumo quanto dos canais de distribuição reversos de pós-venda tem chamado a atenção das empresas. Como parte desses produtos volta para o ciclo de negócios ou para o produtivo, as empresas perceberam que podem obter lucros e baixar custos. Com isso, a logística reversa vem ganhando também uma grande visibilidade, se tornando parte da estratégia empresarial, tanto pelo lado ambiental ou pela competitividade empresarial. As empresas estão cada vez mais investindo em estudos sobre os canais de distribuição reversos e a logística reversa, buscando aperfeiçoar seus processos, reduzindo seus custos e procurando minimizar impactos ambientais em todos os processos realizados tanto na distribuição direta como na reversa. Esse conjunto de cuidados com o ambiente, empregados nos processos realizados pela logística reversa recebe o nome de logística verde. Que tem o objetivo de minimizar agressões ao meio ambiente em atividades realizadas pela logística reversa.
2.2.2 Logística reversa como fator de competitividade empresarial
	
Implantando um eficiente gerenciamento de atividades logísticas, é possível agregar valor a produtos que depois de serem utilizados seriam descartados e seu valor seria desperdiçado. Esses produtos ainda podem trazer lucros para as organizações. Muitos desses produtos ainda possuem utilização em um mercado secundário ou suas partes após serem recicladas podem ser reaproveitados pelas empresas, gerando novos recursos e evitando desperdiçar matérias-primas. O desperdício desses produtos, sendo o lixo seu destino final, as empresas deixam de economizar bilhões de reais ao ano com a reutilização desses materiais. 
	Sobre o ponto de vista econômico, esses valores podem se tornar um diferencial, tornando a logística reversa parte importante da engrenagem organizacional, já que proporciona uma redução de custos com a reutilização de matérias-primas e embalagens, principalmente. Além de criar uma diferenciação no nível de serviçosem relação ao de outras empresas, gerando uma vantagem sobre essas empresas, explorando o marketing socioambiental.
	“Em termos de concorrência, implantar programas de logística reversa gera ganhos de imagem pelo fato de que os clientes valorizam empresas que apresentam politicas de retorno de produtos” (FILHO e BERTÉ, 2013, p.73).
	Os autores também definem como a logística reversa auxilia as empresas na obtenção de recursos:
Pelo lado dos custos, as economias proporcionadas pela utilização de embalagens retornáveis ou, ainda, pelo reaproveitamento de materiais nos processos produtivos têm gerado ganhos que estimulam ainda mais as iniciativas de logística reversa. Além disso, as exigências de melhorias nos processos do sistema logístico também podem gerar retornos consideráveis, que justificam os investimentos necessários. (FILHO e BERTÉ, 2013, p.73)
	
Os autores expõem duas vertentes de uma organização, a concorrência e os custos, a importância da logística reversa quando incorporada pela empresa, abre um novo canal de obtenção de recursos e lucros obtidos pela promoção da marca e provoca uma maior evidencia na sociedade que está cada vez mais preocupada com ideais ambientais.
A logística reversa ainda pode auxiliar a empresa a obter uma revalorização econômica (o bem retornado é destinado a canais reversos alternativos), respeitar legislações existentes (ajudam a empresa a atender exigências legais) e na recuperação de valores de ativos (recapturar valor de bens fixos ou de estoque). (FILHO e BERTÉ, 2013) Todos esses benefícios têm chamado à atenção das empresas em relação à logística reversa, a sua introdução é crescente assim como os estudos sobre o tema. 
2.2.3 Oportunidades competitivas criadas pela logística reversa
	
Muitas oportunidades podem ser criadas pelo uso da logística reversa. O fabricante, o varejista e os prestadores de serviços especializados em logística reversa podem ser beneficiados com oportunidades competitivas. O retorno dos produtos de pós-venda podem trazer algumas oportunidades para o fabricante, uma flexibilização estratégica na política de retorno de produtos em suas cadeias de suprimentos pode levar a um aumento de competitividade na fidelização de clientes, imagem corporativa prática de responsabilidade empresarial (LEITE, 2009).
Uma estratégia de realocação de estoques, sendo enviados para outras regiões, outros segmentos de mercado ou para mercados secundários irá influenciar na economia ou na recuperação de valor desses produtos, assim como na competitividade de serviços ao cliente. Os serviços de assistência técnica e de pós-venda de alta responsividade proporcionam ganhos na competitividade de imagem de marca, uma rede reversa de consertos e reparos, permite a reutilização de componentes que constituem uma redução de custos para as empresas, criando um ganho de competitividade de custos para essas empresas. A estratégia de busca de feedback de qualidade, permite uma redução do número de devoluções, esse acompanhamento permite ao fabricante rever e identificar problemas de possível correção, podendo gerar uma revisão dos processos industriais e do projeto do produto, adequando-o às condições impostas pelo mercado atual.
	De acordo com Leite (2009), o retorno de produtos de pós-consumo também pode propiciar algumas oportunidades para o fabricante, uma estratégia de reaproveitamento de componentes: proporciona ganhos de competitividade por redução de custos pelo reaproveitamento de componentes, oriundos do desmanche de produtos, reutilizando os componentes em condições de uso. Esse procedimento é muito utilizado por muitas empresas do setor eletrônico e de peças automobilísticas, entre outras, em função do alto valor agregado de seus componentes. Podem ser necessários alguns processos de remanufatura para o reaproveitamento desses componentes nas linhas de produção das fábricas ou linhas de conserto e reparos, de assistência técnica, serviços de pós-venda ou para o envio a mercados secundários. Uma estratégia de reaproveitamento de materiais constituintes resulta em ganhos de competitividade por redução de custos, gerando uma economia com a utilização de materiais dos produtos retornados, eles podem ser reutilizados como matéria-prima ou serem revendidos no mercado secundário, evitando custos com a sua disposição final. Os fabricantes poderão se beneficiar de uma economia significativa com o reaproveitamento de materiais reciclados, tendo em vista que o valor de uma matéria-prima secundária é inferior ao de uma matéria-prima nova. Algumas estratégias fiscais podem ser implementadas, criando ganhos de competitividade por meio da redução de custos. “Essas economias fiscais podem provir da adequação da classificação fiscal de suas atividades reversas ou da adequação aos preceitos fiscais brasileiros à rede logística reversa implementada” (LEITE, 2009, p.35). 
Existem também as estratégias de demonstração de responsabilidade empresarial, onde a empresa adequa seus produtos de forma a reduzir os impactos no meio ambiente e melhorar as suas condições de reaproveitar seus materiais, com isso o fabricante obterá ganhos de competitividade por meio do reforço da imagem corporativa e da ética empresarial. Essa mudança atende as novas exigências do mercado consumidor, tornando-os menos poluentes, criando uma destinação correta aos produtos com validade expirada, cuidando para que o processo de fabricação de seus produtos e embalagens sejam adequados à logística reversa, tornando a sua reutilização, desmanche ou reciclagem mais fáceis. Com uma divulgação de forma correta por um trabalho de marketing institucional, essas ações são revertidas em ganhos de imagem corporativa empresarial.
O varejista depende, em geral, de uma parceria com o fornecedor para garantir sua competitividade. Para o varejista os produtos retornados de pós-venda são mais valiosos que os produtos de pós-consumo. A flexibilidade no retorno de mercadorias aos consumidores finais não é muito utilizada no Brasil, mas é bastante utilizada nos Estados Unidos e gera competitividade no varejo, permitindo o arrependimento no pós-compra e dando crédito aos clientes nas mesmas condições em que as mercadorias foram compradas. Porém, é possível ocorrer abusos e um aumento de fluxo de retorno de mercadorias, mas certamente produz um reforço de imagem positiva à empresa. 
	“A liberação de áreas de loja de estoques em excesso representará ganhos de lucratividade por metro quadrado de loja, o que é um indicador de competitividade no varejo atual” (LEITE, 2009, p.36). Porém, essas ações devem ser associadas ao fornecedor, garantindo o retorno das mercadorias, evitando maiores perdas de valor e custos. Essas ações podem ser realizadas de forma independente pelo varejo, mas para uma ação satisfatória e sem possíveis perdas ela deve ser realizada em conjunto. 
	Outra oportunidade competitiva para o varejista é a redução de áreas de estocagem de produtos a serem devolvidos, assegurará uma maior disponibilidade de áreas para os produtos de alto giro.
	O varejista pode garantir a manutenção de produtos de alta rotação em sua loja utilizando contratos com o fornecedor, retirando os estoques com baixo giro e redistribuindo-os na mesma rede de varejo ou em outros mercados de interesse, essa ação gera um reforço de imagem de competência empresarial. Um programa de logística reversa implementado com o objetivo de ter uma recaptura de valor dos ativos da empresa pode utilizar os leiloes presenciais ou por via eletrônica. Esse possível retorno financeiro sugere oportunidades empresariais de recuperação de custos.
	Os prestadores de serviços especializados em logística reversa também podem aproveitar as oportunidades criadas pela logística reversa. 
	Leite (2009, p.36) descreve algumas ações que podem ajudar os operadores a desenvolver um diferencial competitivo, “aperfeiçoar-se em serviços especializados de logística reversa, além de propiciar inovações e acréscimo de valor a seus clientes, pode se tornar um importantediferencial competitivo para os operadores logísticos”. 
	Algumas oportunidades disponíveis nas áreas de pós-venda e pós-consumo para os prestadores de serviços especializados em logística reversa são (LEITE, 2009, p.36):
Serviços especializados em logística reversa na fase de coleta de produtos de pós-venda e pós-consumo. Essa atividade é reconhecida como uma das mais árduas tarefas na logística reversa, por lidar com produtos em geral heterogêneos, com baixa transportabilidade, algumas vezes sem embalagem, normalmente com localização de origem muito dispersa, entre outros aspectos, que exigem agregar volumes para atingir economia de escala geralmente possível com a especialização e o compartilhamento de serviços.
Serviços especializados de desmontagem de produtos de alto valor agregado.
Serviços de transporte e consolidação de produtos retornados.
Serviços de otimização na recaptura de valor dos produtos ou materiais retornados. Essa atividade envolve não só a logística propriamente dita, mas uma especialização nos mercados de destino dos produtos.
Serviços especializados em sistemas de informações e rastreamento dos produtos retornados, pois as empresas isoladas raramente desenvolverão sistemas próprios.
Serviços especializados em áreas para armazenagem, consolidação, reembalagem, seleção de destino, consertos e reparos em produtos retornados são uma tendência no mercado de prestadores de serviços logísticos. 
2.2.4 Logística reversa e a imagem corporativa
	
As empresas que procuram interagir e demonstrar algum tipo de preocupação com questões de preservação ambiental relacionadas com suas etapas de produção, distribuição e retorno de seus produtos estão promovendo sua imagem corporativa. Essas ações criam um aspecto positivo e uma imagem diferenciada perante outras empresas, virando uma vantagem competitiva. Muitas empresas buscam essa diferenciação, já que sustentabilidade ambiental e social virou um tema bastante discutido mundialmente. Do mesmo jeito, empresas que não se interessam e continuam a operar sem qualquer tipo de responsabilidade ambiental, podem perceber um marketing negativo ligado aos seus produtos.
	“Pesquisas realizadas recentemente no Brasil comprovam que empresas de diferentes setores empresariais apontam a imagem corporativa como uma das mais fortes motivações dos programas de logística interna” (LEITE, 2009, p.26). 
	Com as novas tendências mundiais, o cliente passou a ser mais exigente e mais responsável com aquilo que consome, ele agora busca saber informações das empresas e de suas linhas de produção e distribuição, optando por empresas que trabalham com um pensamento e funcionamento moderno que não agrida a sociedade e o ambiente. Esse comportamento força a empresa a mudar, procurando meios de estabelecer uma imagem responsável e positiva para manter seu cliente e não perdê-lo para outras empresas que enxergaram esse novo conceito e se adequaram antes dela. 
	Como é um tema recente, ainda tem muito para evoluir e tais mudanças não são fáceis de implantar nas empresas e também trazem custos, que muitas vezes encarecem o produto e quem paga essa diferença normalmente é o consumidor final. 
Empresas líderes em seus setores já apresentam posicionamentos de acréscimo de valor a seus produtos e sua imagem por meio da logística reversa, estabelecendo suas redes de distribuição reversas e introduzindo os preceitos dos projetos correspondentes (LEITE, 2009, p.26).
	
A logística reversa e os canais de distribuição reversos são peças importantes para proporcionar para a empresa uma boa imagem corporativa, hoje ainda podem ser considerados como diferenciais, mas no futuro serão considerados itens obrigatórios em qualquer empresa que produza e distribua seus produtos. Hoje, com clientes cada vez mais rigorosos fica inviável não mudar a mentalidade e buscar mudanças para manter a confiabilidade e sua fidelidade. 
	Uma ferramenta que pode ser utilizada pelas organizações para aperfeiçoar ambientalmente as atividades logísticas é a chamada logística verde que procura minimizar qualquer tipo de dano que as atividades logísticas possam trazer para o meio ambiente, são medidas para fiscalizar os processos de logística direta e reversa. “Tais atividades incluem a medição do impacto ambiental gerado pelos diversos meios de transportes, certificações ISO 14.000, redução do consumo de energia, bem como a redução do uso de materiais” (PEREIRA et al, 2012, p.18).
	Com a logística verde o transporte utilizado para a locomoção de produtos, tanto para entrega ou para retirada, ganhou novos contornos e recebeu uma atenção mais ampla, não apenas visando custo e demonstrando uma maior preocupação com o meio ambiente. Todos os aspectos estudados, como a quilometragem, o peso das cargas e o volume, ganharam a companhia de dados que como exemplo, demonstram a quantidade de gases nocivos produzidos pelos veículos. 
	Conforme Pereira et al (2012), alguns exemplos de atividades da logística verde, que podem ser adotados pelas empresas em etapas de fabricação e distribuição, incluem: o transporte de produtos em conjunto, e não em lotes menores, utilização de veículos de combustível alternativo para a fabricação e transporte, redução das embalagens em geral, utilização de matérias-primas que são obtidas de forma sustentável, instalações para a fabricação e armazenamento que sejam ambientalmente corretas, a promoção da reciclagem e programas de reutilização. Além de ser benéfica para o meio ambiente, a logística verde é considerada uma aliada da empresa que procura adotá-la proporcionando uma maior exposição da marca, valorização, reconhecimento e aceitação social.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
O presente estudo procurou demonstrar a importância que a logística reversa tem para as empresas, tanto por questões ambientais como por questões econômicas. O interesse na logística reversa é recente e crescente e ainda continua sendo alvo de estudos por parte de empresas que buscam desenvolver ainda mais suas atividades.
	A logística reversa traz uma série de benefícios para as organizações. Além de auxiliar as empresas a cumprir obrigações legais ligadas a questões ambientais impostas por alguns países, ela também proporciona uma redução de custos de matéria-prima, uma revalorização de produtos que aparentemente não teriam valor algum e que podem servir como novo recurso na produção ou entrar em um mercado secundário e gerar ganhos para a imagem da empresa que estará ligada de forma positiva a questões atuais e importantes da sociedade.
	Pode-se dizer que esses benefícios demoraram em serem aproveitados pelas empresas, eles foram sendo descobertos aos poucos com a utilização da logística reversa pelas empresas. A utilização da logística reversa foi impulsionada pela mudança de visão da sociedade que forçou as empresas a ter uma maior responsabilidade social e ambiental. A mudança do foco empresarial, do lucro a qualquer custo para preocupação com o cliente, fez com que as empresas procurassem se adequar e respeitar as questões levantadas pela sociedade. O cliente ficou mais rigoroso e curioso sobre como é feita a produção, distribuição e se as empresas se preocupam com o fim adequado de seus produtos. Como foi demonstrado, algumas empresas fornecem produtos com embalagens produzidas com material reciclado e totalmente recicláveis mais caros do que os normais e esses clientes aceitam pagar mais caro e se tornam fiéis a produtos da empresa que busca essa responsabilidade ambiental. 
	A logística reversa pode ser encarada como um fator de competitividade empresarial. As oportunidades competitivas criadas por ela podem ser aproveitadas por fabricantes, varejistas e prestadores de serviços especializados em logística reversa e se tornam um diferencial para a empresa em relação a outras empresas.
	Todos esses benefícios evidenciam a importância da logística reversa para as empresas e para o meio ambiente. A preocupação com o meio ambiente por parte da sociedade e das empresas fez dalogística reversa uma forte aliada. Suas atividades evitam que muitos produtos que atingiram o tempo de vida útil ou que perderam sua utilidade para o consumidor final terminem em um local incorreto. Seu retorno pode gerar lucros e redução de custos para a empresa e caso não seja reaproveitado, ele será enviado para sua destinação final correta, evitando a poluição do meio ambiente.
	Esta pesquisa pretende contribuir com as organizações e com pessoas relacionadas a área que tenham o interesse em se aprofundar sobre este tema, apresentando além de conceitos relacionados com a logística reversa, apontar os benefícios que a sua utilização traz, seus custos e as oportunidades competitivas que ela pode criar. O estudo se desenvolveu através de uma pesquisa de caráter bibliográfico, com base em material publicado em livros de autores da área. 
4 REFERÊNCIAS 
CARTER, C. R., ELLRAM, L. M. Reverse logistics: A review of the literature and framework for future investigation. International Journal of Business Logistics, 1998.
DOWLATSHAHI, S. Developing a theory of reverse logistics. EUA, Kansas: HW Bloch School of Business and Public Administration, 2000.
LEITE, P. R. Logística reversa – meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
PEREIRA, A. L et al. Logística reversa e sustentabilidade. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
RAZZOLINI F., E.; BERTÉ, R. O reverso da logística e as questões ambientais no Brasil. Curitiba: Ibpex, 2009.
ROGERS, D. S.; TIBBEN-LEMBKE, R. S. Going backwards: reverse logistics trends and practices.  Reno: Reverse Logistics Executive Council, 1998.
STOCK, J. R. Reverse logistics programs. Illinois: Council of Logistics Management, 1998.
Aluno do Curso de Administração da Universidade Estácio de Sá
Orientadora MSc- Universidade Estácio de Sá

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