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Lavagem de Dinheiro
Consiste na ocultação, dissimulação da origem, localização, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal, tendo como objetivo parecer lícito, ou seja, toda a ação aparenta ser origem lícita. O dinheiro deve aparentar limpo.
Simplificando, lavar, no sentido mais comum, é fazer com que o dinheiro “sujo” por ser oriundo de um crime, se transforme em dinheiro aparentemente lícito – logo - “limpo”.
A função do direito penal é a proteção de bens jurídicos indispensáveis ao funcionamento da sociedade.
De uma forma simples, podemos dizer que o bem jurídico tutelado nos delitos de lavagem de dinheiro é a ordem socioeconômica e a proteção primordial da administração da justiça; a legislação foi criada para garantir a saúde econômico-financeira do país tutelando os sistemas econômicos e financeiros e a administração da justiça.
3.1 Crime antecedente
A lavagem de dinheiro é classificada como um crime derivado, acessório, pois pressupõe a ocorrência de uma infração penal anterior.
A lei alterada afirma que a lavagem de dinheiro depende de uma infração penal antecedente. Na lei anterior, para a configuração do delito de lavagem, dependíamos da existência de um crime.
A Infração penal é um gênero que engloba duas espécies: crime e contravenção. Assim, pela nova lei, a lavagem depende agora de uma “infração penal antecedente”, seja ela contravenção ou crime, ou seja, tornou-se mais rigorosa.
Em relação ao delito de lavagem de dinheiro, sabemos que existem gerações que tratam questões relacionadas ao assunto; contudo, cada uma delas possui características cruciais que, por sua vez, influenciam em sua aplicação.
No Brasil aderimos com a Lei nº. 12.683/12 a postura da 3ª geração. Este grupo é formado pelas leis que estabelecem que qualquer ilícito penal pode ser antecedente à lavagem de dinheiro, bastando a ocultação ou dissimulação. É o caso também da Bélgica, França, Itália, México, Suíça, EUA. Os ganhos obtidos com qualquer infração penal, por organização criminosa, ocultado ou dissimulado, pode configurar o crime de lavagem.
3.2 Da necessidade do crime antecedente nos casos de organizações criminosas
A Lei n.º 9.603/98 previa, em sua redação original, que ocultar ou dissimular bens, direitos ou valores provenientes de crimes praticados por organização criminosa configurava lavagem de dinheiro.
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal entendeu que para que a organização criminosa seja usada como crime antecedente da lavagem de dinheiro seria necessária uma lei em sentido formal e material definindo o que seria organização criminosa, não valendo a definição trazida pela Convenção de Palermo. Decidiu também a 1ª Turma que o rol de crimes antecedentes que era trazido pelo art. 1º da Lei 9.613/98 era taxativo e não fazia menção ao delito de quadrilha (HC 96007/SP, rel. Min. Marco Aurélio, 12.6.2012).
Se um grupo estável de quatro pessoas, formado para a prática de crimes, realizasse, por exemplo, vários estelionatos e, com isso, arrecadasse uma grande quantia em dinheiro que seria dissimulado por meio do lucro fictício de empresas de fachada, tal conduta não seria punida como lavagem de capitais.
Com a alteração trazida pela Lei n. 12.683/2012, para os casos posteriores à sua vigência, não é necessário mais discutir se existe ou não definição legal de organização criminosa no Brasil considerando que o dinheiro “sujo” obtido com qualquer crime, se for ocultado ou dissimulado, configurará delito de lavagem de capitais.
3.3 A correlação entre as organizações criminosas e a lavagem de capitais
De acordo com nossos estudos, podemos obsevar que o crime de lavagem de capitais caminha junto com as organizações criminosas.
As organizações criminosas necessitam de movimentação de atividades ilícitas para atingir seu objetivo.
As organizações criminosas necessitam da lavagem de capitais para se manterem e se estruturarem; tais atitudes decorrem de um ciclo de atividades criminais “legal”, ou seja, o produto da referida empresa acaba sendo subdividido e aplicado de maneira a incrementar, melhorar e expandir a atividade criminosa e isso inclusive ocorre em negócios já considerados lícitos.
Para a referida prática as organizações criam várias situações, de modo a mobilizar todo o sistema, como por exemplo, criações de ideologias falsas ou até mesmo alguns grupos se infiltram no poder público visando facilitar a pratica da lavagem.
Com tais representantes no poder público ocorrem os crimes de extorsão, fraude à licitação, concussão, corrupções, etc... Todos de uma maneira camuflada, despercebida.
3.4 Do branqueamento e/ou clareamento do dinheiro
As organizações criminosas necessitam do crime de lavagem de dinheiro para que o dinheiro arrecadado se torne lícito.
Com a formação das organizações criminosas, como já visto anteriormente, o principal objetivo é a vantagem econômica.
No entanto, com a prática de crimes e vantagens econômicas obtidas, o dinheiro certamente não passará despercebido.
Dessa maneira, necessita-se clarear o dinheiro, para que se torne lícito.
Para que tudo ocorra sem margem de erros, cria-se uma estrutura escusa a fim de se manipular o sistema para que tudo pareça normal.
Como temos visto atualmente a prática da lavagem de dinheiro está em alta, infiltram-se e aliciam-se políticos e funcionários públicos, a fim de facilitar projetos para que tudo pareça realizado de forma lícita, mas na verdade, o que ocorre por traz dos bastidores é a lavagem e o referido projeto é somente uma forma enganadora para que se convença de que tudo está normal; a realidade é que o dinheiro sujo está se tornando limpo.
Para ilustrar vejamos a notícia, conforme o jornal folha de São Paulo:
Segundo a denúncia, o empresário Marcos Valério e os coordenadores de campanha de Azeredo em 1998 montaram um esquema de caixa dois para ocultar doações. As agências de publicidade de Valério teriam captado R$ 28, 5 milhões para usar na campanha. O dinheiro teria saído das contas por meio de saques ou transferências para bancos dos candidatos. Para ser recompensado, Valério conseguiu assinar contratos com duas empresas estatais e um banco público. Os recursos eram repassados para as contas das campanhas de Azeredo, sendo que o dinheiro que teria sido desviado dos patrocínios de eventos esportivos fechados por estatais foi utilizado para quitar as dívidas com o Banco Rural. Segundo a denúncia, foram desviados R$ 3,5 milhões – por meio de contratos de publicidades firmados com empresas como a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Comig e Bemge pela SMPB, agência de Marcos Valério (apontado como o operador de dois mensalões) para financiar a campanha de Azeredo. O esquema envolveu patrocínio de três eventos esportivos, entre eles o Enduro Internacional da Independência, que recebeu R$ 1.5 milhão da Copasa e mais R$ 1,5 milhão da Comig. Dos R$ 3 milhões, apenas 98 mil foram realmente aplicados ao patrocínio, o restante foi parar nas contas das empresas de publicidade de Marcos Valério e na campanha de Azeredo. O Ministério Público denunciou outras 14 pessoas, entre elas o ex- ministro Walfrido dos Mares Guia e o próprio Marcos Valério. Os demais acusados são processados na primeira instância.[9]
As organizações criminosas necessitam lavar o dinheiro para sobreviver.
Após o dinheiro totalmente limpo, esse dinheiro é empregado em atividades totalmente lícitas como, por exemplo, em negócios como a compra de restaurantes, estabelecimentos comerciais, carros, imóveis etc.
Lembramos também o caso de Aruba, onde aconteceu a primeira joint venture[11] do crime organizado, com sete hotéis cinco estrelas, cassinos e outros negócios. Esse investimento foi uma maneira da organização lavar o dinheiro - dinheiro este, proveniente do tráfico de entorpecentes.
Essas associações se formam primeiramente através da corrupção, logo, o Brasil hoje, por se encontrar em um local completamente estratégico justamente por fazerfronteiras com os maiores produtores de droga no mundo, como Peru, Colômbia, Venezuela, etc.,, acaba sendo um corredor de passagem de entorpecentes, onde o tráfico corre solto.
Daí nascem as negociatas, pois é realizado o transporte da droga que, por sua vez, é pago com a própria mercadoria a ser distribuída por todo território nacional. Essas organizações corrompem e passam a intermediar a relação Estado-cidadão.
Quando não conseguem o domínio da situação, utilizam-se de meios próprios, sua própria força armada, formando um Estado paralelo de maneira a enfraquecer ainda mais o poder estatal e alimentar cada vez mais o crime organizado.
Métodos de Lavagem
Ao longo dos anos, foram os criminosos se aperfeiçoando para que os produtos de seus delitos não fossem descobertos. A lavagem de capitais foi a mais organizada e complexa forma que os infratores conseguiram, para continuar praticando seus delitos sem serem descobertos.
Em sua maioria, o que move o ser humano é a ganância de sempre possuir, querer e poder mais. O criminoso do mercado de capitais não é diferente, com poucas exceções, o seu maior desejo é obter lucro com sua atividade ilícita e geralmente consegue. Após isso é necessário fazer com que esse dinheiro inconcesso circule e seja impoluto frente à sociedade, com aspecto de proveniente de uma atividade lícita.
A referida prática é na verdade uma verdadeira “Engenharia financeira”, expressão essa utilizada pelo Ministro Sepúlveda Pertence em julgamento do HC 80.816.6/SO ³. Sendo, pois, intenção maior do criminoso fazer com que o lucro proveniente desse ato ilícito seja impossível de ser rastreado.
“Ainda antes de sua disciplina legal, a literatura corrente sobre o fenômeno universal da ‘lavagem’ de dinheiro acostumou-nos a vislumbrá-lo com duas características marcantes: de um lado, o vulto assustador das quantias envolvidas; de outro, a complexidade das operações transnacionais que pode envolver a chamada ‘engenharia financeira’ necessária para reintegrar o produto do crime na circulação econômica legal, do mesmo ou de outro país” [STF – 1.ª T. – RO em HC 80.816-6/SP – rel. Min. Sepúlveda Pertence – j. 10.04.2001 – DJU 18.06.2001; RT, n. 792, p. 562-570, out. 2001]
A seguir serão exemplificados os mais variados métodos de lavagem de dinheiro que ocorrem atualmente de conhecimento, por parte das autoridades:
Primeiramente, Lavagem por meio de empresas “Laranjas”, também chamadas por muitos doutrinadores por shellcompany, essa é provavelmente a mais conhecida, e uma das mais recorrentes na prática. O procedimento em comparação as demais é mais simplificado. Consiste no seguinte: Um praticante de ato ilícito ao lucrar de um crime praticado uma grande soma em dinheiro, para não levantar suspeitas das autoridades competentes, resolve abrir uma determinada empresa no nome de terceiro com o dinheiro espurco.
O criminoso começa a utilizar essa empresa, que muitas vezes é de fachada, para depurar o dinheiro, fornecendo uma aparente legalidade. Dessa forma, para toda a sociedade, o referido dinheiro obtido através de um crime ou uma infração penal, origina-se dessa empresa que muitas vezes é de fachada, e passa a ser um rendimento aparentemente lícito.
Conseguinte, o Smurfing, também chamado de depósitos estruturados, consiste em o criminoso, ao auferir seu ganho com o crime, para torná-lo “limpo”, pega toda a soma e divide em pequenas quantias, fazendo depósitos em várias contas de uma mesma pessoa ou de diversas pessoas. Porém, quando somadas às quantias depositadas e ligando-as a um só indivíduo, se perceberá que é uma quantia considerável. Dando indícios assim, que podem essas quantias depositadas serem oriundas de crimes, e está ocorrendo à Lavagem de Capitais.
Referimos a técnica ou método conhecido na América Latina como "pitufeo", ou ainda "smurfing"na linguagem dos norte-americanos. Consiste esta modalidade de lavagem de dinheiro em efetuar o agente criminoso, vários depósitos fracionados em uma mesma ou em diversas contas bancárias, de um mesmo cliente ou ainda de diversos, sendo que, se somadas às quantias depositadas e pertencentes efetivamente a um só dono, se chegará à ilação de que o valor total representa uma quantia expressiva em dinheiro. (PEREIRA, 2004, p. 10-11)
Existe ainda a Lavagem de dinheiro por meio do Setor Imobiliário: uma forma simples e rápida de justificar a origem de recursos oriundos de crimes. Adquirir um imóvel com dinheiro ilícito, declarando valor a menor, e após isso vender o bem com valor de mercado, fazendo assim com que o dinheiro desonesto tenha agora uma origem “lícita”.
Foi pensando nisso que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF - em 2006, baixou a Resolução nº 14, a qual dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelas pessoas jurídicas que exerçam, em caráter permanente ou eventual, de forma principal ou acessória, cumulativamente ou não, atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis. Como exemplo, podemos citar construtoras; incorporadoras; imobiliárias; leiloeiras de imóveis, entre outros. O COAF estabelece que essas pessoas jurídicas ficam obrigadas a criar um arquivo próprio e nele registrar todo e qualquer negócio imobiliário igual ou superior a R$ 100.000.00 (cem mil reais), além de se obrigarem encaminhar ao COAF, no prazo de 24 horas, toda e qualquer transação que traga indício dos crimes previstos na Lei nº 9.613/98, que com eles se relacionarem ou que se enquadrem nos requisitos elencados no anexo da mencionada Resolução.
Lavagem de dinheiro no Setor Futebolístico: Como sabemos um dos negócios mais rentáveis e que movimenta grandes somas de valores é o setor futebolístico, sendo, pois, grande atrativo para a prática do crime de lavagem de dinheiro. Ainda é pouco fiscalizado, mas já há pesquisa, por parte dos setores responsáveis pelo combate ao crime de Lavagem de Dinheiro e seus crimes antecedentes. Ocorre que, para mascarar e fornecer uma “legitimação"de seus recursos ilícitos, os agentes infratores adquirem clubes ou financiam a transferência de jogadores de um clube para outro, supervalorizando ou inflacionando seu valor de venda.
Podem incorrer no crime as pessoas físicas ou jurídicas quem atuem promovendo, intermediando, comercializando, agenciando ou negociando direito de transferência de atletas.
Mais uma forma conhecida, é “lavagem de dinheiro” através de instituições bancárias internacionais, em países que aderiram à lei de sigilo bancário, o que significa que não importa qual o propósito, eles permitem movimentação bancária anônima, e são corriqueiramente chamados de “paraísos fiscais”. Ou seja, o agente criminoso envia o produto dos seus crimes para essas contas, e fica movimentando-os entre vários países até não haver mais rastros de sua origem ilícita, tudo isso no anonimato. É uma das mais difíceis e complexas técnicas de lavagem de serem descobertas e se torna quase impossível responsabilizar os agentes.
Outro método utilizando instituições bancárias são os empréstimos simulados em instituições bancárias. O criminoso deposita grande quantia de dinheiro em uma determinada conta de terceiro ligado a sua pessoa e faz com que esse dinheiro seja transferido para a sua conta bancária novamente através de um “empréstimo” feito por esse terceiro. Ou seja, recupera seu dinheiro e ainda declara perante o fisco que todo esse valor é referente a um empréstimo.
Lavagem de dinheiro através do comércio ilegal de obras de artes. Outro meio que se vem propagando entre criminosos milionários é a utilização de obras de artes como meio de esconder a origem ilícita de valores, forma de burlar o fisco.
A referida transação pode-se dar de pelo menos três formas: através de contrabando de artes sacras muito antigas e valiosas, de acervos de bibliotecas e museus, ou pela transação de compra e venda de obras de artes. Podemos tomar como exemplo o caso do ex-bancário Edemar Ferreira, ex-diretor do Banco Santos. Tornou-se o mais famoso e notório caso de Lavagem de Capitais por meio deobras de artes. Em meados de 2006 ingressou no aeroporto de Londres com uma pintura que declarava ser avaliada no valor de 100 dólares. Contudo, depois, os investigadores perceberam que se tratava de uma pintura de um dos mais famosos pintores do mundo, Jean-Michel Basquiat, avaliada, na época, em pelo menos 8 (oito) milhões de dólares.
Ainda outro caso que tomou a mídia brasileira no ano de 2015, foi que, durante a operação “Lava Jato” a Polícia Federal, apreendeu centenas de obras de artes suspeitas de terem sido usadas para lavar dinheiro. Só na casa do ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, a Polícia Federal encontrou cento e trinta e uma obras.
Um dos maiores pesquisadores sobre o tema, o desembargador federal brasileiro, Fausto De Sanctis, autor que publicou obra intitulada de Money Laundering Through Art : A Criminal Justice Perspective (Lavagem de Dinheiro por meio da Arte: uma Perspectiva da Justiça Criminal), publicado nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda prestes a ser lançado no Brasil, aborda que essa prática sempre ocorreu, contudo as autoridades ainda não desenvolveram meios de combate eficazes a esse tipo de delito.
Em entrevista concedida ao repórter Luiz Nassif publicado em 23/03/2015, no sitio de O Jornal de Todos os Brasis, De Sanctis afirma:
Há um furo de regulamentação e regulação mundial desse mercado. Assim, delinqüentes, de crimes econômicos, corrupção, fraudes financeiras e, mais recentemente, tráfico de drogas usam esse mercado diante dessa falta de controle e da facilidade de transporte da obra de arte, sem que ninguém questione esse comportamento.
Hoje é mais difícil transportar dinheiro em espécie do que a obra de arte. Num tubo pode ser colocada uma obra que vale 8 milhões ou 10 milhões de dólares e ninguém se dá conta. Não há, no mundo inteiro, preparação por parte das autoridades alfandegárias e por parte das autoridades da receita federal.
Dessa forma observamos que há muita facilidade, pois a forma como são vendidas as obras, muitas vezes em dinheiro sem que as galerias se preocupem de saber a sua origem, o despreparo das autoridades é um grande atrativo para que os agentes criminosos se utilizem dessa forma de operação para embranquecimento dos valores obtidos da prática de conduta delituosa. Restam as autoridades e aos governos desenvolverem formas mais eficazes de coibir tais condutas.
Foram elencados acima os mais conhecidos métodos de lavagens pelas autoridades, mas observa-se que não deixam de ser atualizados. Tendo em vista que as autoridades sempre tentam se modernizar e criar novos meios de combate ao crime, os agentes criminosos também se preocupam em obter meios e formas para modernizar a maneira de “lavar”.

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