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Farmacocinética- Absorção

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AULA 1 DE FARMACOLOGIA 
Farmacologia: Estudo de substâncias chamadas fármacos, medicamentos, ou drogas, que são capazes de causar modificações estruturais e funcionais nos organismos vivos. Medicamentos não criam novas funções no organismo. Eles alteram funções normais, ou funções que já estejam alteradas por patologias. 
Fármaco é a substancia que promove o efeito terapêutico é o principio ativo que realmente produz o efeito;
Medicamento: quando já se tem a formulação, por exemplo, quando se tem o comprimido que tem o principio ativo e é adicionado uma espécie de pó para aumentar a quantidade e então ser comprimido. Forma final, solução, comprimido, drágea. Principio ativo mais uma serie de recipientes que são substancias inócuas, não tem nenhum efeito mas ajudam a formular o medicamento. 
Drogas: utilizadas hoje para definir substancias maléficas ao organismo, substancias que levam a alguma dependência física ou psíquica, como cocaína, maconha, craque. Mas o termo drogas também está correto para se falar daqueles fármacos, pois também são substâncias que provocam alteração nesse organismo. 
A farmacocinética descreve qual o caminho do fármaco a partir do momento que ele entra no organismo até o momento em que ele sai do organismo. O fármaco tem um trajeto dentro do organismo desde a sua entrada até a sua saída. Constituída de quatro processos: absorção, distribuição, transformação/biotransformação ou metabolização e excreção ou eliminação. Sendo que todos os fármacos sofrem esses processos, alguns mais outros menos. 
Farmacodinâmica: estuda como é que o fármaco vai promover as associações ou altera as estruturas, promover alteração de função, e assim promover o efeito. Todo fármaco tem um mecanismo de ação que vai promover o efeito. Cada fármaco tem sua farmacodinâmica. Então na farmacodinâmica agente vai ver qual é o mecanismo de ação, os efeitos que podem ser positivos ou negativos, (efeitos terapêuticos e colaterais) os resultados da resposta física a esses medicamentos, e também a relação estrutura química/atividade. O fármaco é mto especifico no alvo onde ele promove a sua ação então se promovermos qualquer alteração na estrutura química eu posso alterar ou a classe do medicamento ou o efeito desse medicamento.
Toxicologia: estudo não apenas o efeito adverso dos medicamentos, mas também substancias que não são medicamentos pois são de alta toxicidade, como veneno, peçonhas, gases também. Dependo da dose também alguns metais que são tóxicos com doses muito pequenos e outros apenas em grandes doses. 
Geralmente para fármacos em doses pequenas não se tem toxicidade, doses maiores sempre vai apresentar toxicidade, devido a seletividade, quando o fármaco está sendo administrado em doses maiores ele perde a seletividade e começa a provocar os efeitos colaterais.
Ação: é local aonde ele interage, pode ser proteínas, coenzima, um canal de íons, aquela interação que ele promove com uma estrutura é o endereço de ação dele. 
O Efeito observado dessa relação é chamado de efeito. Toda ação tem um efeito. A ação é especifica em um local, mas o efeito pode ser local ou sistêmico, por exemplo: um antiinflamatório inibe a ação de uma enzima ciclooxigenase, ação bem especifica sobre essa enzima, o efeito é um efeito sistêmico, ele diminui a febre, promove a diminuição da inflamação e processo de dor. O mesmo antiinflamatório pode-se ter uma ação local se eu aplicar uma pomada vou ter o efeito só naquela região. O efeito pode ser local ou sistêmico promovido por um único fármaco e vai depender dar características com que o fármaco está sendo formulado. 
Estricnina tem ação na medula espinha, estricnina que é adicionada em chumbinho, para matar ratos, e hoje em dia é proibida a venda. Ela bloqueia os receptores de glicina que ficam na medula espinhal e com isso acaba promovendo uma serie de convulsões, até a paralisia muscular e a morte do animal. O mecanismo de ação é local, apenas na medula espinhal, mas apresenta efeito sistêmico, no SNC.
 
Absorção: primeiro processo da farmacocinética, nem todos os fármacos, a depender da via de administração, sofrerão esse processo. Absorção é o caminho que o fármaco tem do meio externo até chegar ao meio interno: sangue ou plasma. Se eu utilizar um medicamento por via oral eu vou ter o processo de absorção, porque ele vai ter que ser absorvido pela mucosa do trato gastrointestinal para chegar a corrente sanguínea. Se eu usar uma injeção intra-muscular ele vai ter que passar pelas fibras, chegar no vaso sanguíneo , atravessar o endotélio pra chegar ao organismo, se eu administrar um injeção intravenosa já estou administrando o medicamento diretamente na corrente sanguínea, então não se tem processo de absorção, pois só se tem processo de absorção quando atravesso barreiras para chegar ao endotélio do vaso. Então não há absorção quando se administra o fármaco por via arterial ou venosa. 
Depois que o fármaco chega na corrente sanguínea ele vai ser distribuído por todos os tecidos, alguns tecidos tem maior afinidade ou recebem um volume maior de sangue, mas ele é distribuído por todo organismo. O processo de saído da circulação sanguínea para os tecidos é chamado de distribuição. 
Quando o fármaco passa para os tecidos ele passa por alguns órgãos que possuem enzimas, ou até mesmo na própria corrente sanguínea que tem uma quantidade grande de enzimas, que podem metabolizar o medicamento. 
Metabolizar é promover alteração na estrutura química de um fármaco. O organismo vai fazendo isso para que esse fármaco possa ser eliminado se não tomaríamos o medicamento e ele ficaria por tempo indeterminado dentro do corpo. O próprio organismo se encarrega de eliminar esse medicamento. Essas alterações na estrutura química do fármaco permitem que venha a próxima fase que é a excreção. Essas alterações na estrutura facilitam a excreção ou eliminação desse fármaco. 
Excreção é a saída do fármaco por várias vias diferentes. 
Ao trabalharmos com farmacocinética trabalhamos com gráficos para identificar o caminho que o fármaco faz dentro do organismo, concentração do fármaco dentro da corrente sanguínea, ao longo do tempo. Estes estudos são feitos antes do medicamento ser lançado no mercado. Pessoas sadias, saudáveis, são chamadas para uma triagem, fazem uma serie de exames, são chamados de teste de biodisponibilidade, a pessoa toma um comprimido do medicamento e ai é feita a dosagem em vários períodos em períodos segundos, minutos até uma semana. Com isso, essa amostra de sangue vai se medindo a concentração do fármaco na corrente sanguínea, a partir do momento que começa a ter fármaco na corrente sanguínea, começa a aparecer a sua curva, a medida que vai passando o tempo, acontece o process o de absorção, esse fármaco vai indo para a corrente sanguínea e começa a aumentar a detecção dessas quantidades no sangue, o pico é a concentração máxima que é a máxima concentração do fármaco na corrente sanguínea, depois disso começa a declinar a concentração. Até atingir a concentração máxima temos processo de absorção, o fármaco está saindo do meio externo e entrando no meio interno através da corrente sanguínea, posteriormente o fármaco começa a sair da corrente sanguínea e ir para os tecidos (processo de distribuição), logo a quantidade de fármaco vai diminuindo na corrente sanguínea, durante esse período também começa o processo de metabolização, durante o processo de distribuição vão ocorrendo mudanças químicas na estrutura desse fármaco. Por exemplo se o fármaco na corrente sanguínea está próximo ao fígado, um dos maiores órgãos metabolizadores devido a grande quantidade de enzimas, então ao passar pelo fígado o fármaco sofrerá alguma metabolização. Então a metabolização ocorre concomitante com a distribuição e vai diminuindo a concentração do fármaco, por que a partir do momento que altera a estrutura química já não é mais o fármaco original e sim outra substancia. A partir da metabolização o fármaco já começa a adquirir características para ser eliminadoda corrente sanguínea, então ao longo do tempo começa a ter alteração no gráfico e começa a diminuir de forma mais lenta como em geral acontece o processo de eliminação. 
O fármaco vai sendo eliminado aos poucos do organismo, cada fármaco tem o seu tempo de eliminação e isso geralmente leva horas, dias, meses ou até mesmo anos. 
A curva é chamada de farmacocinética concentração plasmática do fármaco x tempo.
A partir da concentração máxima já se tem o processo de distribuição acontecendo. Nesse processo de distribuição pode ocorrer metabolização junto com a distribuição. Após tem-se a eliminação e a metabolização também continua ocorrendo, logo não são fases separadas/distintas. Tem fármaco passando por vários órgãos (coração, fígado, rins, cérebro) mas os processos não competem. Por isso que cada medicamento são diferente (uns você toma são uma vez ao dia, outros de 4 em 4 horas,) pq a farmacocinética dos medicamentos são diferentes e isso vai depender muito da estrutura química do medicamento. 
Absorção: passagem do fármaco do meio externo para o meio interno com passagem pela corrente sanguínea, quando o fármaco é administrado diretamente na corrente sanguínea não há processo de absorção, no caso as vias intra-venosa e intra-arterial. 
Algumas substancias utilizadas topicamente não sofrem absorção, mas são formuladas para que a pomada não tenha absorção, porém se tivermos uma área de lesão o que impede que tenhamos absorção é a pele e se por acaso a pessoa estiver com uma lesão na pele que exponha a derme acaba tendo absorção de varias doses sanguínea. Então a via tópica é formulada para não ter absorção. Só que se tiver alguma lesão da mucosa, ou da pele e expor vasos sanguíneos é possível que tenha a drenagem dessa substancia e se cair na corrente sanguínea acontece o processo de absorção. Por exemplo, os cremes vaginais são utilizados para desenvolver ação antimicrobiana e antifúngica na região da vagina, mas qualquer lesão que houver pode haver absorção desse creme e fazer efeito sistêmico antifúngico ou antimicrobiano. Outro exemplo de efeito tópico que não tem ação sistêmica são os broncodilatadores, as bombinhas utilizadas por asmáticos, a substancia tem granulação, partículas de tamanhos diferentes para chegar à região de brônquios e reagir causando a broncodilatação, partículas menores chegariam então aos alvéolos pulmonares e seriam absorvidas, mas depende muito da capacidade respiratória da pessoa muitas vezes pode chegar aos alvéolos e lá ser absrovida, por exemplo, inalação com berotec, não espera-se que tenha efeitos colaterais pois o efeito dele é brocodilatador, um efeito tópico na região dos brônquios, vão dilatando e isso facilita a passagem do ar, só que muitas vezes algumas pessoas reclama de taquicardia, tremor, por conta do uso do Berotec, porque ele conseguiu chegar até os alvéolos, foi absorvido, e foi reagir com receptores que não tem nada a ver com a broncondilatação. 
No processo de absorção os fármacos vão atravessar varias barreiras, membranas biológicas, por exemplo para chegar a corrente sanguínea terá que atravessar o endotélio, mas antes disso terá ainda que passar por vários tipos de tecidos, e cada um com a sua particularidade, os comprimidos, por via oral serão degradado e absorvidos no estomago ou no intestino, e tem-se características diferentes, microvilosidades no intestino, o alvéolo pulmonar por exemplo tem fenestras que permitem a passagem de pequenas moléculas, e isso causa diferença de passagem de velocidade do fármaco, por tanto existem diferenças na passagem de tecido pra tecido, quando o fármaco é formulado deve-se pensar nisso. 
A principal barreira biológica é a membrana plasmática, aquela bicamada que contem fosfolipídio, colesterol, e o fármaco vai ter que atravessar uma grande quantidade de células para chegar até a corrente sanguínea e quando ele sair da corrente sanguínea vai atravessar novamente outras células para ser distribuído. Todo fármaco tem características de atravessar tanto a membrana e chegar ao seu alvo, e se difundir rapidamente, para atravessar temos as camadas de que ficam em cima da célula e isso dá uma característica hidrossolúvel e depois para atravessar a célula será através de proteínas, canais ou membranas. Para atravessar a membrana ele terá que ter características lipossolúveis, devido a presença de fosfolipídio e colesterol, então o fármaco não pode ser totalmente hidrossolúvel nem somente lipossolúvel, mas possuir as duas características. Porém deve ser mais lipossolúvel do que hidrossolúvel, mas se ele for totalmente lipossolúvel ele não atravessa a camada de captação de água que tem na superfície dessa célula. O fato do fármaco ser mais lipossolúvel facilita porque a camada de fosfolipídios é altamente lipossolúvel. 
Quanto menor for o fármaco, mais fácil e mais rápido ele vai atravessar. 
A principal barreira que o fármaco vai atravessar é o endotélio vascular, depois de passar pelos tecidos, entre as células endoteliais temos lacunas que servem como meio de filtragem e por esses espaços apenas passam moléculas bem pequenas e hidrossolúveis.
Fígado e baço acabam recebendo muitos fármacos por isso são sempre os primeiros a sofrerem toxicidade, porque possuem muitas fenestras entre as células exatamente para facilitar a passagem rápida dessas substancias, o fluxo sanguíneo é muito grande. 
As glândulas também possuem um endotélio bastante fenestrado para escoar os hormônios que são produzidos, de forma bem rápida. 
Além dessas, temos as barreiras biológicas ou membranas especiais, que são a membranas hematoencefalica e a transplacentária. A hematoencefalica que está no SNC controla as substancias que chegam no SNC, onde há uma homeostase muito fina e muito complexa pois qualquer alteração vai afetar o centro regulador de todo o organismo, as células do endotélio são envolvidas pela bainha de astrócitos, essas bainhas selecionam que tipo de substancia passa para dentro do SNC, promovem a homeostase do liquido cefalorraquidiano que vai banhar todo o tecidos que formam o SNC. Sua importância portanto está em “barrar” as substancias para manter a homeostase do SNC, e as células não possuem fenestram nem poros, são bem justapostas, exatamente para ter um controle da passagem de substancias. Quando se tem uma infecção do SNC para tratar de um tumor, por ex, vai depender dessa barreira também chamada de meninge que perde as zonas de oclusão caso tenha-se um processo inflamatório, ou algum fator de estresse naquela região, um tumor, em uma região profunda longe da membrana, vai crescer e não consegue-se tratar com anti tumorais pela corrente sanguínea porque o fármaco não vai conseguir passar por essa barreira, para que chegue até lá tem que se administrar diretamente no liquido cefalorraquidiano, procedimento chamado de punção lombar. No caso de meningite, por exemplo, a inflamação ocorre na região da meninge e quando ocorre o processo de inflamação as zonas de oclusão acabam sendo rompidas, e abrem fenestras por onde os fármacos podem passar, então os antibióticos, mesmo alguns tendo uma característica mais hidrossolúvel conseguem atravessar essa membrana porque ela está rompida, e conseguem chegar ao SNC para uma menigite bacteriana. 
A barreira placentária tem a mesma função, proteger o feto, de substancias que podem ser tóxicas a ele, que estão no sangue da mãe. Faz controle da passagem de substancias normais como glicose, troca de gases, e também proteger, evitando que fármacos possam causar alterações mo feto. Muitas vezes são utilizados fármacos antes do parto, como a utilização de anestésicos gerais que são depressores respiratórios, e sendo esse anestésico geral extremamente hidrossolúvel para conseguir passar pela barreira hematoencefalica da mãe, mas também atravessa a placentaria e vai para o feto, e o feto que não está ainda com a função pulmonar completa pode ter uma depressão, e ao nascer vir a óbito, por uma depressão respiratória profunda? A barreira placentária barra fármacoshidrossolúveis, apenas os lipossolúveis conseguem chegar, por exe, mãe que faz uso de drogas, as drogas tem que ser lipossolúveis para chegar até o SNC da mãe, só que ela acaba passando para o feto também, por causa da lipossolubilidade, o feto fica dependente e quando nasce não tem mais o fornecimento da droga. O único fornecimento que ele vai ter é através do leite materno, em que a quantidade é muito menor do que na corrente sanguínea. E o bebê já nasce com quadro de dependência, e crise de abstinência. 
O plasma tem o pH diferente importante para manter certos fármacos por mais tempo em certo compartimento. No organismo temos diferenças de pH. O sangue do feto é mais ácido do que o da mãe, e tende a reter substancias básicas que ficam mais tempo no feto que na mãe, ficando mais tempo, sua concentração fica elevada e pode causar algum dano ao feto. 
Para atravessar as membranas temos os processo de absorção:
Difusão passiva: transporte mais utilizado pelos fármacos lipossolúveis, é necessário ter uma gradiente/diferença de concentração entre os meios, e a passagem vai ocorrer o mais concentrado para o menos concentrado, sempre tendendo a ter concentrações iguais, um ambiente mais homogêneo. Não há gasto de energia pois é a favor de um gradiente de concentração. É um tipo de passagem que nunca é saturado, não há nenhum fator que impeça a passagem, a não ser a diferença de concentração, quando os dois lados tiverem a mesma concentração cessa o movimento de passagem. Quanto maior a concentração, maior a velocidade de passagem das moléculas, para igualar os dois lados. Quanto maior for a área de superfície maior é a área que eu tenho para contato das substancias e passagem delas. Por isso o intestino tem uma absorção muito maior que o estomago, por ter as microvilosidades que aumentam a superfície do instestino, logo uma grande área de contato para as substancias serem absorvidas, logo a velocidade de passagem é muito maior.
Dependendo da estrutura química o fármaco pode ter uma característica mais hidrossolúvel ou mais lipossolúvel ou então anfipático. Cada fármaco tem o coeficiente de partição óleo e água que representa a capacidade de se diluir em óleo, ou seja, qual a característica dele apolar, e a característica hidrossolúvel, ou seja, a capacidade dele se diluir em água, a característica polar dele. Quanto maior o coenficiente de partição, maior o poder iônico, mais lipossolúvel é a substancia , quanto menor o coeficiente, menor é a capacidade dele se diluir em óleo, e portanto será mais hidrossolúvel. Quanto maior o coeficiente de partição, mais lipossolúvel ele é mais rápido e mais fácil ele vai passar. Quanto menor for o coeficiente de partição, menor é a capacidade de dissolver em óleo, e mais hidrossolúvel ele será. O coeficiente de partição é importante para saber qual o comportamento do fármaco nas membranas biológicas do organismo. O fármaco não poder ser totalmente lipossolúvel, ele deve ter uma certa hidrossolubilidade.
pKa: constante de dissociação do fármaco, como o fármaco vai atravessar vários ambientes, com pH diferente, por ex, 7,2 do plasma, 3-4 pH do estomago, intestino pH 5-8, e cada vez que o fármaco passa por um local desses, pode sofrer alteração na sua forma, acontecendo principalmente quando se tem bases fracas e ácidos fracos, que tem a característica de se dissociar dependendo do pH que estiver. Quando se tem ácidos fortes e bases fortes, fica mais difícil a passagem pelas membranas e também maior de passagem para os tecidos. Porém, quando se tem um ácido fraco e uma base fraca eles vão se dissociando dependendo do pH que estiverem, tendo sempre uma passagem constante pela membrana dependendo de qual pH em que está. O que vai depender e alterar é a velocidade que ele passa, quando o acido se dissocia, ele pode ficar tanto na forma molecular quanto na forma dissociada que é a forma ionizada, e pode apresentar um certa porcentagem em cada uma das formas, num mesmo ambiente, o que vai influenciar para que se tenha mais em uma forma ou outra é o próprio pH. Por exemplo, um ácido, quando presente no estomago que também é um pH ácido, tende a ficar na forma molecular, para manter o equilíbrio, porque não irá doar mais prótons. Já uma base num pH ácido, tende a não ficar a forma protonada, ela se dissocia porque o meio está ácido para tentar manter o equilíbrio com esse meio. A forma em que o acido fraco ou base fraca vai estar mais na forma molcular ou iônica vai depender do pH. Os fármacos só atravessam as membranas quando estão na forma molecular, quando estão dissociados na forma ionizada eles tem uma característica mais polar, e portanto mais hidrossolúvel, logo terá dificuldade em atravessar a membrana, somente o fármaco que está na forma molecular, não ionizada , com características, mais apolar e lipossolúvel, atravessa a membrana. Os fármacos vão sendo absorvidos ao longo do tempo, porque sempre vai ocorrendo alteração na estrutura. Acido no meio acido tende a ficar na forma molecular, porque se ele ficar ionizado ele tende a doar mais prótons para um pH que já está acido, e uma base num pH acido tende a ficar na forma protonada/ionizada porque se ele ficar na forma molecular vai estar doando prótons para um meio que já está acido, logo, substancia ácida é absorvida em meio ácido, e substancia básica é absorvida em meio básico. O pKa diz se o fármaco é mais ácido ou mais básico. O pKa serve para entender em qual pH vc terá 50% das moléculas na forma ionizada e 50% na forma molecular. A aspirina que tem o pKa ácido, 3,5, significa que no pH de 3,4 temos 50% das moléculas, na forma molecular, e 50% na forma iônica, então se ela estiver em um meio mais básico, ela vai aumentar a quantidade na forma ionizada e diminuir a quantidade na forma molecular. A codeína tem um pKa de 7,9, então num pH de 7,9 temos 50% das moléculas na forma molecular e 50% ionizada, então se eu aumentar o pH ele vai ter mais porcentagem na forma molecular, e mais rapidamente vai ocorrer a absorção, mas se a Codeína for colocada em um pH ácido, aumenta-se a quantidade de moléculas na forma ionizada, e absorção fica mais lenta, e menor é a passagem da substancia. 
As mudanças de pH são importantes para definir a velocidade de passagem do fármaco de um compartimento para outro e também a quantidade de fármaco que fica em cada compartimento, ou tecido que podem ter uma quantidade maior de fármaco que em outros, devido a essas alterações de pH. Por exemplo a aspirina utilizada por via oral, chega no suco gástrico em que o pH está entre 3 e 4 e grande quantidade vai estar sendo absorvido, quando chego no plasma tem o pH básico (7,4) então toda aquela forma molecular que Foi passando ao longo do tempo vai ter que alterar de porcentagem para ficar uma quantidade mais ionizada do que não-ionizada , porque dentro de um pH básico está uma substancia ácida, então quando chega no sangue, mais moléculas na forma ionizada e menos na forma molecular, então a passagem da aspirina para os tecidos é um pouco mais lenta, porque temos menos moléculas na forma molecular, então uma passagem mais lenta para os tecidos, quando chega nos rins, que tem o filtrado que é a parte inicial de formação da urina, se o pH da urina estiver em 8, muito básico, ele se dissocia de novo, e novamente fica uma grande quantidade na forma ionizada e isso é importante porque na formação da urina temos a reabsorção que ocorre quando se tem a molécula na forma não ionizada então a aspirina em um pH básico, vai ser praticamente toda eliminada, pouca quantidade dela vai voltar para a corrente sanguínea e circular novamente. A partir disso é possível calcular quanto tempo o fármaco demora em passar pelos compartimentos até ser eliminado. Então essas alterações de pH são comuns no organismos mas podemos alterá-las dependendo da situação. Se por exe uma criança ingere muitas aspirinas, e começa a apresentar enjôos, náuseas, para eliminar esse fármaco o mais rápido possível do organismo, se ela acabou e ingerir tenta-seeliminar do estomago e do intestino para que não tenha absorção, então se a aspirina é acida eu vou tentar basificar o estomago, altera o pH e ai aspirina vai estar mais na forma ionizada e será menos absorvida, da bicarbonato de sódio para a criança. Se a criança já absorveu uma boa quantidade eu posso alterar o plasma e a urina basificando-os, ai não será absorvida pelo sangue e excretada pela urina. No caso de intoxicação por substancia básica, tem que acidificar o estomago, intestino e urina. 
Outro fator que influencia a velocidade de absorção é o tamanho da molécula, quanto menor, mais fácil de passar. 
Algumas substâncias não conseguem passar por difusão, ocorre outro tipo de transporte: mediado por carreador que é uma proteína que fica na parte externa e capta a substância para o meio interno. Pode fazer o transporte tanto no sentindo externo-interno quanto interno-externo. Cada proteína tem especificidade pode um tipo de substancia e também por um tipo de fármaco, e podem também carrear substâncias endógenas, daí surge o problema de competição porque normalmente essa PTN estará transportando substâncias endógenas, quando chega o fármaco, ou ele irá esperar ou será o primeiro a ser carreado. Quem será carreado primeiro, depende da afinidade com a PTN, quem tiver maior afinidade ou estiver em maior concentração é carregado primeiro, essas PTN estão em maior quantidade onde se tem maior transporte, em locais onde se tem grande processos de difusão, processos de eliminação, túbulos renais, barreira hematoencefalica e trato GI. 
Glicoproteina P é a mais conhecida, está amplamente distribuída no organismo, conhecida também como responsável pela resistência dos tumores aos quimioterápicos, quando se tem o tumor e faz o tratamento com o quimioterápico ele é transportado pela glicoproteina P para dentro da célula e causa toxicidade nessa célula que leva a apoptose/morte, quando o fármaco entra ele vai ativando uma serie de cascatas de sinalização e manda uma mensagem para a Glico-P que aquela substancia é tóxica então ela pega e joga aquela substancia de novo para fora da célula. O problema é que alem de transportar os anti-tumorais a glicoproteina também transporta açúcar, neurotransmissores que são fundamentais para o funcionamento do organismo. O processo será chamado de difusão facilitada quando for a favor do gradiente de concentração, ou ativo quando houver gasto de energia (ATP gerado pela bomba de sódio e potassio) por ser contra o gradiente de concentração. Ocorre processo de saturação, pq cada proteína transporta uma molécula de cada vez, e sãos mais moléculas para serem transportadas que proteínas disponíveis, e pode ainda ocorrer competição, porque varias moléculas diferentes disputam uma proteína de transporte, quem tem maior quantidade e mais afinidade, passa primeiro. 
Transporte ativo? A maioria dos medicamentos é transportado de forma ativa, moléculas hidrossolúveis, com um tamanho um pouco maior, e são transportados contra o gradiente de concentração. Medicamentos que possuem maior tamanho molecular, e não vão ter afinidade pelas PTN, esse tipos de medicamentos, ou substancias endógenas ou vitaminas, são transportados por pinocitose, processo sem gasto de energia, quando a substancia está na superfície da membrana é invaginada pela própria membraba e essa membrana formará uma vesícula até o momento de ser liberadada. 
Filtração, acontece com moléculas hidrossolúveis, porque nos espaços entre as células temos água, mas a substancia tem sempre que ser menor que o espaço do poro, da fenestra. São moléculas pequena de característica hidrossolúvel. 
Muitos fármacos são reativos a substancias principalmente íons bivalentes e trivalentes como cálcio, flúor, magnésio, manganês, geralmente presentes em alimentos, por isso evitar tomar medicamento junto com alimentos, a não ser que esse medicamento cause alguma irritação gástrica, a maioria dos fármacos tem interação com alimentos ou com outros fármacos, como esses íons são quelantes, acabam se ligando ao fármaco, criando uma estrutura molecular grande e que não é absorvida por nenhum dos processos, o fármaco é então eliminado sem ter absorção. Evitar tomar medicamento que tem afinidade por cálcio com leite, ou um fármaco extremamente hidrossolúvel tomar com leite. 
A água é sempre necessária para os processos de desintegração desses comprimidos. 
Algumas formas terapêuticas são destruídas por enzimas gástricas ou pelo próprio pH gastrico. Por ex substancias básicas são absorvidas no intestino mas devido a passagem plo estomago acabam recebdo influencia dessas enzimas e são inativadas antes mesmo de chegar no seu local de absorção. Para isso são formuladas diferentes tipos de cápsulas para que só chegam degradas quando estiverem em um pH básico, e ai sim o fármaco é liberado sem ter destruição de enzimas. Todo peptídeo é degradado por enzimas, por isso insulina não é usado por via oral. 
Inicio do intestino (duodeno e jejuno) ainda é acido, pH de 5-6, e como a área de absorção do estomago é menor do que do intestino, vc tem uma absorção maior no intestino, mesmo substancias ácida são grande parte absorvidas no intestino (jejuno)
O tempo de esvaziamento gástrico é importante para que dê tempo as substancias serem desintegradas, dissolvidas, e começar o processos de absorção. Uma pessoa com , vômitos constantes, motilidade gástrica muito grande, quando o comprimido chegar no estomago, até ele ser desagregado, desintegrado e dissolvido, muitas vezes não dá tempo, porque a pessoa vomita, ou então se tiver o transito normal do intestino acelerado, não vai passar por esses processo e quando chegar no intestino não vai ocorrer, desagregaçao, desintegração, e não vai ter absorção. Algumas patologias que causam diminuição da motilidade, o medicamento chega no estomago e fica parado lá. Se ele tem característica ácida, será mais absorvido pelo estomago. Quando utiliza o fármaco junto com o alimento pode retardar o processo de absorção, quando se toma o comprimido so com a água, tem um transito de uma hora e meia do estomago até o intestino, quando tomo o medicamento com o alimento quanto mais PTN tiver , mais gordura tiver, mais tempo demora, no mínimo quatro horas, para o fármaco sofrer passagem do estomago até o intestino. 
No processo diarréico a motilidade está mto rápida, não dá tempo o fármaco passar e ser absorvido.

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