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Resumo P2 Construção de Edificios

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FORMAS
CONCEITO GERAL
Na fase de execução são elementos pertencentes à estrutura, destinados a dar formato definitivo ao concreto, após a cura. Podem interferir de maneira significativa no acabamento, bem como na estabilidade do elemento estrutural.
Prever estabilidade dimensional, sobrecarga de movimentação das montagens, armação, concretagem e reaproveitamento na mesma obra.
MATERIAIS PARA EXECUÇÃO DE FORMAS
	Madeira: material mais comum e de larga utilização (fácil aquisição e trabalhabilidade). Deve ter as seguintes qualidades:
	Elevado módulo de elasticidade e resistência razoável.
	Não deve ser excessivamente dura (facilitar serragem, penetração e extração de pregos).
	Baixo custo.
	Pequeno peso específico.
Ainda podemos destacar:
	MADEIRA BRUTA: concretagem de peças de fundação e de estruturas que não requerem acabamento perfeito ou que vão receber revestimento.
	COMPENSADO RESINADO: concretagem de elementos estruturais que não requerem muito acabamento. Podem ser reutilizadas até 5 vezes.
	COMPENSADO PLASTIFICADO: concretagem de elementos que requerem acabamento. Podem ser reutilizadas até 50 vezes.
Obs: atenção especial ao posicionamento dos pregos para não ocorrer dificuldade na desforma.
	Metálica: elementos estruturais com dimensões pouco variáveis (pré-moldados).
	Mista: madeira estruturada em conjunto com elementos metálicos (variação dimensional pequena).
TIPOS DE FORMAS
	Removíveis
	Podem ser retiradas após a cura do elemento concretado, podendo ou não serem reaproveitadas.
	Utilizadas em lajes, painéis, vigas, pilares, etc.
	Perdidas
	Ficam embutidas nos elementos estruturais (não podem ser retiradas).
	Materiais de menor peso específico (papelão ou isopor).
	Concretagem em duas etapas: primeiramente na base inferior da laje, depois posicionamento das formas com complementação das armaduras e por último a execução da segunda etapa da concretagem.
	Contrabarranco
	Solo consistente, estável e livre de água (forma para as estruturas de bloco de fundação e baldrames).
	Escavar o solo, recortando pelo menos 1 cm a mais nas larguras, aplicar um chapisco de cimento e areia 1:3 nas laterais (evita fuga da água do concreto para o solo e desabamentos)
	Vantagem: evita desforma e refazimento de aterros
	Desvantagem: fragilidade nas beiradas por causa da movimentação dos operários.
NOMENCLATURAS USUAIS DAS FORMAS DE MADEIRAS
	Painéis
	Superfícies que vão dar forma ao elemento construtivo.
	Formam os pisos das lajes, as faces das vigas, pilares e fundações.
	Normalmente são interligados por sarrafos.
	Travessas
	Peças de ligação dos painéis, feitas de sarrafos ou pontaletes (caibros).
	São utilizados como elementos constitutivos das gravatas (economia)
	A distância entre travessas geralmente é constante no mesmo painel visando facilitar a fixação por meio de mesas previamente bitoladas.
	Travessões
	Peças de suporte empregadas somente nos escoramentos dos painéis da laje.
	Geralmente são feitos de pontaletes e trabalham como vigas contínuas apoiadas nas guias.
	Guias
	Peças de sustentação dos travessões.
	Geralmente são feitas de caibros ou sarrafos trabalhando de cutelo (direção de maior resistência).
	Em alguns casos podem ser suprimidas (lajes pré-moldadas).
	São apoiadas nos pontaletes ou pés-direitos.
	Travessas de apoio
	Peças fixadas sobre as travessas verticais das faces da viga (apoio para as extremidades dos painéis da laje e das respectivas peças de suporte).
	Cantoneiras (chanfrados ou meios-fios)
	Pequenas peças de seção triangular pregadas nos ângulos internos das formas para evitar quinas vivas.
	Gravatas (gastalhos)
	Ligam os painéis das formas dos pilares, colunas e vigas, reforçando-os para que resistam aos esforços durante o lançamento do concreto.
	Distância entre gravatas varia de 40 a 60 cm para peças de pouca solicitação e depende dos reforços executados nos painéis.
	Normalmente são confeccionados através de sarrafos, pontaletes (caibros) ou a combinação dos dois.
	Montantes
	Reforçam as gravatas dos pilares.
	Geralmente são feitos de caibros
	São colocados em faces opostas de pilares, paredes e fundações, sendo ligados por ferros redondos ou tirantes.
	Pés-direitos
	Suportes das formas das lajes que recebem cargas por intermédio de guias (escoramento das estruturas das formas).
	Geralmente são feitos de caibros de primeira qualidade e são apoiados em pequenas tábuas (calços) colocados sobre a superfície de apoio.
	Pontaletes (pernas)
	Suportes das formas de vigas que se apoiam nelas por meio de caibros curtos de seção normalmente idêntica à do pontalete e independente das travessas da forma.
	Num mesmo pavimento, o comprimento dos pontaletes varia com a altura da viga.
	Geralmente são feitos de caibros de primeira qualidade.
	Escoras (mãos-francesas)
	Peças inclinadas que trabalham a compressão.
	Frequentemente são empregadas para impedir o deslocamento dos painéis laterais das formas e vigas, escadas, blocos de fundação, etc.
	Podem ser executadas com sarrafos ou pontaletes (caibros) e seu distanciamento varia em função da altura da peça concretada.
	Chapuzes
	Pequenas peças feitas com sarrafos (15 a 20 cm de comprimento).
	Empregadas como suporte e reforço de pregação das peças de escoramento ou como apoio dos extremos da escora.
	Talas
	Idênticas aos chapuzes.
	Ligação e emenda de peças de escoramento (emendas de pés-direitos e pontaletes e na ligação dessas peças com guias e travessas).
	Cunhas (palmetas)
	Peças prismáticas que tem a função de forçar o contato íntimo entre os escoramentos e as formas, para que não haja deslocamento durante o lançamento de concreto e facilitar a retirada desses elementos.
	De preferência devem ser feitos de madeiras duras, para que não se deformem ou sejam inutilizadas facilmente.
	Calços
	Peças de madeira que servem de apoio para os pontaletes e os pés-direitos por intermédio das cunhas.
	Geralmente são peças de madeira com 30 cm de lado.
	Podem ser adaptados ao escoramento de vigas e lajes de várias alturas e espessuras.
	Espaçadores
	Pequenas peças de concreto utilizadas nas formas de paredes e fundações para manter a distância interna entre os painéis quando a utilização de tirantes é necessária.
	Tirantes
	Peças metálicas compostas de uma barra de ferro com rosca e porca em ambas extremidades ou uma extremidade, posicionada entre as faces de vigas ou paredes destinadas a reforçar as gravatas.
	Normalmente são transpassadas num tubo plástico.
	Janelas (bocas)
	Aberturas na base das formas dos pilares e paredes ou no fundo de vigas de grande altura.
	Facilitam a limpeza imediatamente antes do lançamento do concreto.
	Travamento
	Ligação transversal de peças de escoramento que trabalham à flambagem, subdividindo o comprimento e aumentando a resistência.
	Contraventamento (travamento, amarração)
	Ligação responsável por evitar qualquer deslocamento das formas, assegurando a indeformabilidade do conjunto.
	Ligação das formas entre si, por meio de sarrafos e caibros, formando triângulos.
	Geralmente é feito somente em planos verticais para impedir o desaprumo das formas dos pilares e colunas, sendo desnecessário no plano horizontal, uma vez que as lajes impedem a deformação do conjunto nesse plano.
	Desmoldante
	Composto líquido aplicado internamente para evitar a aderência do concreto x forma, facilitando a desforma.
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS FORMAS
Devem ser executadas rigorosamente de acordo com as dimensões indicadas no projeto e terem a resistência necessária para não se deformarem sob a ação dos esforços que vão suportar (peso próprio, peso e pressão do concreto fresco, peso das armaduras e cargas acidentais).
Peças de grandes vãos: deve existir
a contraflecha para compensar a deformação inevitável sob a ação de cargas.
Atenção especial para a estabilidade das formas no adensamento do concreto por meio de vibração (vibradores de alta frequência).
Devem ser praticamente estanques, para que não haja perda de concreto arrastado pela água.
As tábuas devem ser alinhadas e justapostas o máximo possível (tampar as fendas com papel ou pano).
Cuidado com as ligações de tábuas que formam ângulos (arestas e juntas).
Construir a forma de maneira que a retirada dos elementos seja facilitada utilizando cunhas, caixas de areia e outros dispositivos.
Devem ser projetadas e executadas para garantir o maior número de utilizações das mesmas peças.
Concreto com superfície aparente definitiva: madeira aparelhada ou chapas de compensado plastificado.
Limpar as formas internamente antes do lançamento do concreto, deixando as janelas.
Molhar as formas até a saturação antes do lançamento do concreto, para que não absorvam a água da pega do cimento. O escoamento da água em excesso se dá por furos.
A retirada das formas deve obedecer ordens e prazos mínimos.
ALGUNS TIPOS DE PREGOS
	Pregos normais com cabeça
	Montagem de forros para concreto (construção de casas).
	Confecção de estruturas diversas.
	Forros e tapumes.
	Pregos sem cabeça
	Assoalho e marcenaria em geral.
	Rodapé.
	Molduras de portas e janelas.
	Melhor acabamento (fica escondido na madeira).
	Prego de cabeça dupla
	Montagem de estruturas de madeira temporárias (formas para concreto e andaimes).
	Cabeça dupla: amarração mais fácil, o que evita danos à madeira.
ARMADURAS PARA CONCRETO
CONCEITO
Elementos destinados a dar resistência à estrutura de concreto na fase de execução, principalmente quanto aos esforços de tração e flexão. Pode interferir de maneira significativa na estabilidade estrutural do elemento a ser concretado.
CATEGORIAS E CLASSES
	CA-25
	Grande maleabilidade.
	Utilizado como tirante em formas de concreto armado.
	Tensão de escoamento: 250 MPa.
	CA-50
	Elemento constituinte do concreto armado, principalmente em barras longitudinais.
	Tensão de escoamento: 500 MPa.
	CA-60
	Confecção de estribos do concreto armado.
	Tensão de escoamento: 600 MPa.
OBS: barras do tipo A são obtidas no final da laminação a quente, enquanto barras do tipo B sofrem processo de encruamento a frio.
COBRIMENTO DA ARMADURAS
Peças de concreto estão sujeitas a microfissuras por onde a umidade ou agentes agressivos podem penetrar, atingindo a armadura e provocando corrosão interna na estrutura, comprometendo a estabilidade estrutural.
Proteção: camada de concreto cobrindo toda a armadura externa (recobrimento mínimo em função da agressividade ambiental).
ARMAÇÃO TÍPICA PARA CONCRETO
	Vigas
	Barras de montagem: posicionamento da ferragem
	Estribos: esforços cortantes
	Armadura superior (ferragem negativa): momentos fletores negativos
	Armadura inferior (ferragem positiva): momentos fletores positivos
OBS: Muitas vezes a armadura superior é estendida para ser usada como barra de montagem.
	Pilares
	Armação longitudinal
	Estribos
	Armação típica para sapata
	Pilar
	Sapata
	Armação em malha
INTERPRETAÇÃO DAS NOMENCLATURAS EM PROJETO
N5 – 2 Ø 10 c = 505
	N5: posição do ferro
	2: quantidade de ferros na posição N5 (2)
	Ø10: diâmetro (bitola) do ferro (10 mm)
	c = 505: comprimento do corte de ferro da posição N5 (505 cm)
TIPOS DE SUPERFÍCIE
As barras de aço devem ser providas de saliências (mossas) para evitar que o aço “escorregue” por dentro do concreto. Assim, possui maior aderência e maior atrito com o concreto.
COMERCIALIZAÇÃO
Barras de 12 metros
Bitolas mais finas: podem ser encontradas em rolos
ARAMES PARA AMARRAÇÃO
As barras de aço devem estar corretamente posicionadas dentro do elemento estrutural. Os estribos têm a finalidade de posicionar as barras de aço, além de receber influência de alguns esforços solicitantes.
Amarração das barras de aço: arame recozido.
Arame recozido: produzido com aço de baixo teor de carbono, por trefilação, e recebe tratamento térmico controlado (recozimento) adquirindo resistência à tração e maleabilidade.
Mais utilizado: arame BWG nº 18 do tipo recozido, retorcido com fio duplo.
CUIDADOS
	Garantir o perfeito posicionamento da armadura no elemento final a ser concretado.
	Não utilizar armadura já em processo de corrosão (uma fina camada corroída na superfície é normal)
	Garantir o posicionamento correto da armadura negativa
	Antes de colocar a armadura da viga na forma: colocar as pastilhas ou espaçadores de recobrimento
	Inspeção antes da liberação para a concretagem:
	Posicionamento, diâmetro e quantidade de barras
	Espaçamento das armaduras longitudinais
	Espaçamento dos estribos
	Comprimento dos transpasses (emendas)
	Colocação de caranguejos (garantia da armação negativa nas lajes)
	Colocação das pastilhas de recobrimento
	Posicionamento das galgas mestras para nivelamento
	Posicionamento e fixação dos elementos embutidos e tubulações
	Alta concentração de armadura que possa prejudicar a passagem do concreto
	Limpeza geral das formas
EMENDA – LUVAS E SOLDA
Grande concentração de armaduras conjugadas com a necessidade de emenda de barras.
TELAS
Telas soldadas para concreto armado: produtos pré-fabricados constituídos de fios de aço nos sentidos longitudinais e transversais, formando malhas quadradas ou retangulares e soldados em seus pontos de encontro.
Vantagens:
	Espaçamento uniforme dos fios
	Aderência ao concreto através de juntas soldadas
	Segurança na ancoragem
	Facilidade na inspeção pelo engenheiro fiscal
	Posicionamento adequado das formas
	Controle de qualidades
Aplicações
	Lajes e pisos armados
	Indústria de pré-moldados
	Vigas
	Pilares
	Bueiros tubulares e circulares
	Piscinas
	Paredes diafragma
	Revestimento de tuneis
	Caixas d’água
	Mourões
	Paredes autoportantes
	Contenção de encostas
CONCRETO
CONCRETO
Elemento composto de uma mistura de diversos materiais aos quais é adicionada água, destinados a confeccionar, após a sua secagem (cura), uma peça com propriedades e características estruturais.
TIPOS DE CONCRETO
	Concreto bombeável
	Uso correntes em obras
	Característica de fluidez para poder, por meio de tubulações, atingir grandes distâncias tanto na horizontal como na vertical.
	Empregado em lugares de difícil acesso.
	Concreto leve
	Baixo peso específico e resistência de 10 a 20 MPa.
	Agregados: materiais leves como isopor e vermiculita
	Elemento de vedação, rebaixos de lajes, nivelamento de pisos pouco solicitados e elemento termoacústico
	Concreto fluido
	Autoadensável (dispensa vibração)
	Concretagem de peças delgadas e peças com alta concentração de armadura com difícil adensamento.
	Aditivo “superplastificante”
	Concreto de alta resistência
	Resistência elevada (acima de 50 MPa).
	Obtido com a adição de elementos como microssílica e aditivos plastificantes.
	Obras marítimas, recuperação de estruturas, pisos de alta resistência, pistas de aeroportos e estruturas com grandes solicitações.
	Alta resistência inicial
	Utiliza cimento com elevada resistência inicial.
	Confecção de peças protendidas (indústria da pré-construção) e peças estruturais (período menor para a desforma).
	Concreto com fibras de aço, plástico ou polipropileno
	Maior resistência à tração, ao impacto, ao desgaste superficial e ao surgimento de fissuras.
	Concreto aditivado
	Recebe produtos químicos que possuem capacidade de melhorar algumas de suas características (plasticidade, impermeabilidade, resistência, durabilidade, etc)
	Concreto rolado
	Baixo consumo de cimento e baixa trabalhabilidade (pouca água)
	Compactação por meio de rolos compressores com a finalidade
de promover pavimentação, ou de sub-bases (substitui o asfalto)
	Microconcreto (Grout)
	Agregado de pequenos diâmetros (máximo de 4,8 mm) com adição de aditivos que permitem fluidez e são autoadensáveis.
	Preenchimento de vazios e juntas de blocos de alvenaria estrutural, bases de máquinas e de estruturas.
	Concreto projetado
	Baixa trabalhabilidade
	Dosado com cimento, areia, pedrisco e aditivos
	Característica de aderência que possibilita reforço de lajes, revestimentos de túneis, galerias, paredes e pilares.
	Alta aderência: dispensa formas
	Concreto colorido
	Adição de pigmentos à mistura (efeito arquitetônico)
	Concreto pesado
	Agregados de elevado peso específico (hematita, barita, magnetita, etc).
	Elevada resistência mecânica, durabilidade e capacidade de reter radiação
	Contrapeso e lastro de equipamentos
	Concreto com microssílica
	Necessidade de elevadas resistências físicas e a ataques químicos (maior durabilidade)
	Microssílica: material altamente reativo que incorpora características especiais como resistências de 50 MPa a 200 MPa.
	Resfriado/refrigerado
	Executado a baixa temperatura (controle de fissuração em peças de grande massa)
	Convencional
	Uso corrente, com resistências de até 30 MPa
	Impermeável
	Agregados miúdos e aditivos impermeabilizantes.
	Cura é importante: evita fissuramento por retração.
	Concreto aparente
	Execução de peças que não vão receber revestimento adicional
	Indispensável o uso de formas de madeira plastificadas ou metálicas
	Uso de aditivos plastificados: altamente recomendável
	Concreto celular
	Considerado leve e sem função estrutural
	Uso de aditivos incorporadores de ar que criam minúsculas bolhas de ar na massa de concreto
	Isolamento térmico em lajes de cobertura e terraços, enchimento de pisos, rebaixamento de lajes e fabricação de pré-moldados.
COMPONENTES DO CONCRETO
	Cimento
	Comum (CP I): uso geral quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas subterrâneas.
	Comum com adição (CP I-S): idem ao comum, porém com adição de 5% de material pozolânico.
	Composto com escória (CP II-E): baixo calor de hidratação; indicado para estruturas que exijam desprendimento de calor moderadamente lento ou que possam ser atacadas por sulfatos.
	Composto com pozolana (CP II-Z): maior impermeabilidade e mais durável
	CP composto com fíler (CP II-F): aplicações gerais; recomendado para concreto-massa (grandes volumes).
	Alto forno (CP III): maior impermeabilidade e durabilidade, baixo calor de hidratação, alta resistência à expansão e a sulfatos. Vantajoso em obras de concreto-massa.
	Pozolânico (CP IV): obras sujeitas à ação de água corrente e ambientes agressivos. É mais impermeável e durável, apresenta alta resistência à compressão (superior ao cimento Portland comum a idades avançadas) e baixo calor de hidratação
	Alta resistência inicial (CP V-ARI): elevada resistência à compressão nos primeiros dias; recomendado no preparo de concreto e argamassa para produção de artefatos de cimento e em todas as aplicações que necessitem desforma rápida.
	Resistente a sulfatos (RS): indicado para meios agressivos com sulfatos (estações de tratamento de água e esgoto, redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e alguns tipos de solo).
	Baixo calor de hidratação (BC): retarda o desprendimento de calor em peças de grandes massas de concreto, evitando o aparecimento de fissuras.
	Branco (CPB): pode ser estrutural (concretos brancos para fins arquitetônicos) ou não estrutural (rejuntamento de azulejos)
	Pedra
	Agregado que pode ser obtido na forma de pedregulho (seixo) em leitos de rios ou pedra britada (trituração de pedras de granito).
	Ensaios de laboratório para determinação de dureza e resistência.
	Cuidado com a contaminação por óleos, graxas e materiais terrosos nas operações de carga e descarga. As impurezas encontradas tais como pó de britagem, barro da jazida, galhos, folhas e raízes devem ser retiradas antes do uso.
	PEDRA
	DIÂMETRO (mm)
	Zero ou pedrisco
	4,8 a 9,5
	Pedra 1
	9,5 a 19,0
	Pedra 2
	19,0 a 25,0
	Pedra 3
	25,0 a 38,0
	Pedra 4
	38,0 a 76,0
AREIA
	Agregado obtido em leitos e margens de rios ou bancos de areia
	Deve estar limpa e livre de impurezas e ser adquirida já lavada (precauções devem ser tomadas na carga e descarga do material para que não haja contaminação por elementos nocivos).
ÁGUA
	Deve ser limpa (sem barro, óleo, galhos, folhas e raízes). Caso haja contaminação, a água deve ser descartada.
ADITIVOS
	Melhoram características do concreto (trabalhabilidade, impermeabilidade, alteração no início da pega, etc).
	São colocados antes ou durante a mistura
	Alguns destaques são:
	Plastificantes
	Apresentação: líquida
	Consumo: 0,2 a 0,5% do peso do cimento (um litro para cada metro cúbico de concreto)
	Características/usos:
	Tornam o concreto mais plástico (reduzem o atrito dinâmico)
	Reduzem a quantidade de água
	Economia de até 15% no cimento
	Reduzem a tensão superficial na água
	Aumentam a trabalhabilidade do concreto-massa
	Facilitam o adensamento
	Reduzem as fissuras
	Retardadores de pega
	Apresentação: líquida
	Consumo: 0,2 a 0,5% do peso do cimento
	Características/usos:
	Retardam o início da pega do cimento (até quatro horas)
	Agem como plastificantes
	Reduzem a exudação
	Reduzem a permeabilidade
	Aumentam a trabalhabilidade do concreto-massa
	Facilitam o adensamento
	Reduzem as fissuras
	Aumentam a resistência à tração e à compressão
	Incorporadores de ar
	Apresentação: líquida
	Consumo: em função dos agregados
	Características/usos:
	Aumentam o abatimento (Slump-test)
	Produzem misturas mais coesivas
	Reduzem segregação
	Reduzem exudação
	Permitem o uso de agregados mal graduados
	Aumentam a trabalhabilidade do concreto-massa
	Utilizados em estruturas sujeitas a congelamento e degelo
	Facilitam o adensamento
	Reduzem fissuras
	Reduzem o peso do concreto
	Aceleradores de pega
	Apresentação: líquida
	Consumo: até 2% em peso do cimento
	Características/usos:
	Aumentam a velocidade de hidratação do cimento, diminuindo o tempo do início de pega
	Elevam a resistência inicial do concreto-massa
	Produzem misturas mais coesivas
	Reduzem segregação
	Reduzem exudação
	Permitem o uso de agregados mal graduados
	Aumentam a trabalhabilidade do concreto
OBS: aditivos aceleradores de pega à base de cloreto de cálcio são proibidos em concretos armados e protendidos (corrosão da armadura e aumento da possibilidade da retração do concreto).
	Impermeabilizantes
	Apresentação: líquida
	Consumo: em função do peso do cimento
	Características/usos:
	Aumentam a trabalhabilidade de argamassas e concretos
	Reduzem a absorção capilar
	Fixam um fator água/cimento abaixo de 0,52/kg
OBS: a cura deve ser bem-feita e o concreto bem adensado.
	Expansores
	Apresentação: líquida
	Consumo: 0,5 a 1,5% em relação ao peso do cimento
	Características/usos:
	Expansão da pasta de cimento como compensação da retração
	Aumento da aderência nos enchimentos de bainhas dos cabos de concreto protendido para proteção das cordoalhas
	Encunhamento de argamassas e recuperação de estruturas de concreto
	Reduzem a absorção capilar
	Fixam um fator água/cimento abaixo de 0,51/kg
OBS: após a mistura do aditivo, a argamassa ou concreto deve ser aplicado imediatamente.
ARMAZENAMENTO DOS ADITIVOS
	Manter e utilizar na embalagem original
	Guardar em local abrigado das intempéries e fechado
	Deve ser perfeitamente homogeneizado antes da aplicação
	Respeitar os prazos de validade
MISTURA DO CONCRETO
Etapa muito importante. Se o concreto for mal misturado, terá seus agregados
com falha de envolvimento da argamassa de cimento, prejudicando a sua homogeneidade e causando pontos fracos na estrutura.
	Mistura manual
	Construir uma baia para a mistura compatível com o volume a ser misturado (sem contato direto com o solo)
	Espalhar a areia formando uma camada uniforme de aproximadamente 15 cm e colocar o cimento sobre ela, promovendo uma mistura uniforme
	Espalhar novamente a areia, formando uma camada de aproximadamente 15 cm
	Colocar as pedras sobre a mistura, promover uma nova mistura e formar um monte com um buraco no meio, como se fosse uma cratera
	Adicionar água à mistura, evitando que escorra, e proceder uma nova mistura de dentro para fora
OBS: verificar se não há escorrimento de água ao analisar a superfície do concreto com uma colher de pedreiro para saber se a quantidade de água está correta. Cuidado na tentativa de acertar o traço do concreto depois de misturado. Usar padiolas corretamente dimensionadas.
	Betoneira estacionária
	Colocar a pedra na betoneira
	Adicionar metade da água e misturar por um minuto
	Colocar o cimento
	Colocar a areia e o resto da água
OBS: a betoneira deve estar livre de pó, água suja e restos da última utilização. O tempo de mistura não deve ser menor do que três minutos. Aumentar o tempo em 15 segundos para cada m³ adicional. A betoneira deve estar muito bem apoiada e em nível. Somente operadores habilitados devem ter acesso ao equipamento. Limpeza imediata após o uso para prolongamento da vida útil do equipamento (manutenção preventiva também deve ser realizada).
	Concreto usinado
Fornecido em caminhões-betoneira, oriundos de usinas. Chega pronto na obra, para aplicação imediata.
Controle de qualidade muito superior ao concreto misturado em obra
Economicamente viável a partir de 3 m³ e quando há espaço reduzido no canteiro
APLICAÇÃO DO CONCRETO
A peça a ser concretada deve estar preparada para receber o concreto com todos os equipamentos em perfeitas condições de uso.
PREPARO
	Verificação das formas
	Conferir se o nível do concreto acabado está visivelmente demarcado
	Verificar a perfeita fixação das mestras (concretagem de lajes e pisos)
	Formas limpas e lavadas antes da concretagem
	Buracos e fendas que possam deixar o concreto vazar devem ser fechados
	Verificação dos acessos
	Menor percurso possível para o concreto
	Verificar se as rampas de acesso não possuem inclinação excessiva, se o trajeto está desobstruído e livre de entulhos
	Verificar se os acessos dos caminhões-betoneira estão em boas condições de tráfego e livre de atoleiros (facilitar a circulação do caminhão)
	Verificação do local de descarregamento e lançamento (aplicação)
	Conferir se o local está desimpedido e plano
	Avaliar se há tábuas sobre as armações, principalmente em lajes, para que haja movimentação de equipamentos e pessoal
	Aplicação com bombas e tubulações
	Concreto bombeado: prever local mais próximo possível da concretagem para o posicionamento do equipamento de bombeamento e local para manobra dos caminhões.
	Verificar o nivelamento da bomba
	Travar firmemente a tubulação em peças já concretadas ou estruturas especiais, evitando a fixação na estrutura da forma que vai ser concretada
	Lubrificar a tubulação com argamassa de cimento e areia (não utilizar na concretagem)
	Condições dos equipamentos e equipes
	Verificar se os equipamentos de transporte estão limpos e em bom estado e se a equipe operacional (transporte e aplicação) está bem dimensionada para o volume e prazo da concretagem
	Conferir se a obra dispõe equipamentos de adensamento suficientes
	Cuidados na aplicação
	Assegurar o preenchimento uniforme das formas, evitando o lançamento em pontos concentrados que possam causar sobrecargas na estruturada
	Não lançar o concreto de altura superior a 3 metros nem jogá-lo a grande distância com a pá para evitar separação da brita (altura muito elevada: usar anteparos ou funil)
	Aplicar no menor prazo possível (concretar no máximo duas horas depois da mistura ficar pronta, dependendo das condições climáticas)
	Lançar o concreto diretamente sobre a peça a ser concretada
	Adensamento do concreto: vibrador de agulha ou régua vibratória (concretagem de lajes). Deve acontecer em camadas compatíveis com o equipamento utilizado.
	Iniciar a cura o mais rápido possível
	Evitar paradas (junta fria)
	Verificar se foram previstas ancoragens para os gastalhos de pé de pilar se for concretada uma laje
	Realizar ensaios de abatimento (Slump-test) no recebimento do concreto e providenciar coleta para ensaio e controle da resistência à compressão (fck)
	Antes do início da concretagem pilares: verificar se os elementos de apoio estão devidamente limpos e com a superfície apoiada (despejar no pé do pilar uma argamassa de cimento e areia 1:3)
	Verificar se toda a camada de concreto está sendo vibrada (respeitar o tempo de vibração e as camadas de concretagem)
	Confirmar se os procedimentos para cura estão sendo observados
	Retirar por sarrafeamento, com o auxílio da desempenadeira ou colher de pedreiro o material exsudado do concreto-massa
	Concentração na armadura
	Verificar a concentração de armaduras principalmente nos encontros de pilares com vigas e em seções que contenham muita emenda por transpasse (o espaçamento entre as barras de aço pode ser menor que o agregado de maior diâmetro, comprometendo o envolvimento da armadura pelo concreto).
	Solução: reposicionamento dos transpasses e das armaduras ou diminuição dos diâmetros dos agregados evitando os ninhos ou brocas
	Adensamento do concreto
	Finalidade: proporcionar perfeita acomodação em toda forma, fazendo com que todos os vazios do concreto sejam preenchidos pela expulsão do ar de seus componentes, deixando a massa de concreto bem coesa
	Excesso de vibração: segregação do concreto, comprometendo qualidade e eficiência
	Observações sobre o processo de vibração:
	Deve ser feito contínua e energeticamente
	Vibração da armadura como auxílio no adensamento: prejudicial à estrutura (criação de bolhas de ar entre a armadura e o concreto com prejuízo da aderência)
	Vibradores de imersão: introduzir na massa de concreto em posição vertical ou pouco inclinada
	Evitar longa duração (segregação do concreto)
	Espessura da camada a ser vibrada: aproximadamente três quartos do comprimento da agulha do vibrador, que deve atingir a camada anterior, sem penetrá-la
	Colunas e paredes: vibrador externo
	Batida com martelo na forma ou uso de barras de ferro não são suficientes para socar o concreto dentro das formas
	Não deitar o vibrador sobre a armadura em concretagem de lajes
	Lajes e pisos com pouca espessura: usar régua vibratória
CURA DO CONCRETO
	Liberação de calor de hidratação do cimento (processo deve ser controlado em razão do risco de fissuramento por retração, além de criar condições para que a umidade penetre no concreto, provocando corrosão nas armaduras)
	Após a concretagem e endurecimento da superfície do concreto: promover abundante irrigação da peça concretada, inclusiva nas formas durante os sete primeiros dias (nas primeiras 48 h é fundamental)
	Lajes: espalhar uma camada de areia e mantê-la sempre úmida, sacos de estopa ou bicos de irrigação
	Vento: promove ressecamento rápido da peça que foi molhada
CONCRETO USINADO
	Misturado em usinas dosadoras de concreto e enviado à obra conforme as características solicitadas, reduzindo áreas de estocagem e proporcionando maior segurança quanto ao controle de qualidade
	Pedido do concreto
	Resistência característica do concreto, inclusive do aditivo, se for usado
	Dimensão dos agregados
	Consumo mínimo de cimento
	Slump-test (abatimento) desejado
	Volume
	Peça a ser concretada
	Programação da entrega em função da capacidade de aplicação
	Recebimento
	Nota fiscal com todas
as informações do concreto solicitado (não receber caso haja discordância da nota fiscal)
	Solicitar que o concreto seja movimentado energeticamente no “balão” do caminhão antes do descarregamento
	Realizar o teste de abatimento e adicionar água somente com o consentimento do responsável técnico da obra
	Retirar corpos de prova para a verificação da resistência
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
	Cortador de superfície (serra para piso): corte do piso para execução de juntas de dilatação ou reparos
	Acabadora de superfície: desempeno, acabamento e flotação em superfícies concretadas
ALVENARIA
Vedações verticais: subsistema do edifício formado por elementos que dividem os ambientes internos, controlam a ação de agentes indesejáveis (intrusos, animais, ventos, chuvas, poeiras, ruídos, etc) constituindo suporte e proteção para as instalações dos edifícios e ainda proporcionam condições de habitabilidades necessárias às edificações. Outros elementos verticais: esquadrias, vidros e painéis de outros materiais.
Normalmente são caracterizadas por elevado índice de quebras, retrabalhos, desperdícios, falta de padronização dos elementos de alvenaria, falhas de detalhamento de projeto e ausência de projeto de paginação (falta de projetos específicos: não se tomam cuidados mínimos necessários para um desempenho razoável na execução desses serviços).
Alvenaria: união entre unidades (blocos e tijolos) e o elemento de ligação (argamassa de assentamento), formando um conjunto monolítico e estável.
TIPOS DE ALVENARIA
	Alvenaria ciclópica
	Blocos (unidades) não tem padronização de dimensões
	Executada com pedras de grandes diâmetros assentadas com argamassa de cimento, cal e areia (podem ser assentadas com barro também).
	Alvenaria de vedação
	Fechamento de vãos ou delimitação de áreas
	Estruturas em concreto armado ou aço: espaços são preenchidos com elementos sem função estrutural de sustentação (sustentam apenas o peso próprio)
	Alvenaria estrutural
	Alvenaria tem a função de suportar os esforços estruturais da edificação
	Padronização de unidades ou blocos: eficácia e segurança do sistema construtivo (modulação)
PROPRIEDADES DAS ALVENARIAS
	Ergonomia
	Alvenaria executada peça por peça: desgaste físico considerável aos trabalhadores (tamanho, textura e peso podem influenciar diretamente na produtividade, bloco maior nem sempre é mais produtivo que o menor)
	Regularidade dimensional
	Fator importante para a uniformidade no elemento final, além de proporcionar economia de argamassa de assentamento
	Absorção de água
	Bloco ou tijolo com baixa absorção de água: comprometimento da penetração da nata do cimento em seus poros, comprometendo a aderência com a argamassa de assentamento.
	Temperatura elevada: umedecimento de blocos, principalmente os cerâmicos e os de concreto, para que não haja uma perda muito rápida da umidade da argamassa de assentamento
	Tamanho do bloco
	Diretamente ligado à capacidade da alvenaria em absorver movimentações oriundas de dilatação térmica e eventuais recalques (juntas menores, menor poder de movimentação)
	Desempenho térmico e acústico
	Bom aliado no isolamento térmico acústico
	Peso específico
	Influência no dimensionamento estrutural da edificação, inclusive na fundação
OBS: na escolha do elemento de alvenaria, devemos verificar a capacidade de suporte e fixação de outros elementos de acabamento ou decoração.
PROJETO
	Tipo do elemento de alvenaria
	Projeto das fiadas dos elementos
	Dimensão dos vãos para colocação de portas e janelas
	Posicionamento dos elementos embutidos (eletrodutos e tubulações hidráulicas)
	Detalhamento de execução das vergas e contravergas
	Ligação entre alvenaria e estrutura, principalmente nos pilares
	Detalhamentos construtivos gerais (vergas, contravergas, ligações com pilares, encunhamentos, encontros de parede, juntas, etc)
	Especificação de todos os materiais empregados
	Descrição do processo de execução (tempo de cura antes de fazer os encunhamentos)
TIPOS DE ELEMENTOS DE ALVENARIA
	Blocos cerâmicos
	Matéria-prima: argila extrudada e seca em fornos
	Furos longitudinais e baixa porosidade
	Alvenaria de vedação com baixo custo (existem blocos cerâmicos especiais utilizados em alvenaria com função estrutural)
	Blocos de concreto
	Matéria-prima: concreto executado com pedrisco, areia e cimento
	Função de vedação ou estrutural
	Meio bloco: evitar cortes na execução de uma parede
	Tijolo cerâmico comum (maciço)
	Matéria-prima: moldagem do barro (argila) seco ao sol e depois cozido em fornos
	Alto custo, usado para vedação e decoração (ficam à vista sem revestimento)
	Alvenaria constituída por este tipo de material: pesada, mas com a vantagem em relação ao tijolo baiano de ter capacidade de suportar com mais tranquilidade a fixação de peças
	Bloco silicocalcário
	Matéria-prima: areia, cal e pequenas dosagens de cimento
	Alta resistência, utilizado em alvenaria autoportante (estrutural) não armada e também pode compor alvenarias que ficam à vista
	Bloco de concreto celular
	Matéria-prima: mistura de cimento, cal, areia e alumínio em pó (torna o produto leve, resistente e de fácil manejo)
	Elemento de vedação, alvenaria estrutural não armada e enchimento na confecção de lajes
	Podem ser serrados, furados, escarificados e pregados
	Bloco cerâmico para alvenaria estrutural
	Menor tolerância de desvio de medidas e maior controle de qualidade de produção
	Menor utilização de formas e armação
	Produtividade controlada
	Menor desperdício de material e consumo altamente quantificável (obra mais racionalizada)
	Cumprimento de prazos (maior possibilidade de supervisão)
	Argamassa de assentamento
	Composta de cimento, cal hidratada (ou saibro) e água e tem a finalidade de unir os elementos de alvenarias
	Preparar a alvenaria para receber o revestimento (emboço): aplicar uma fina camada de argamassa de cimento e areia para a criação de uma superfície rugosa (chapisco)
	Descanso da mistura: deixar a cal hidratada misturada com a areia úmida de um dia para o outro com a finalidade de melhorar a hidratação da cal, proporcionando melhor plasticidade e aderência
EXECUÇÃO DAS ALVENARIAS
Deve seguir rigorosamente as indicações de projeto, traços de argamassa, vãos e os demais detalhamentos.
Fiada: camada de tijolos ou blocos assentados
	Juntas de assentamento
	Espessura: pode variar de 1 a 2 cm
	Devem ser em amarração para distribuir adequadamente as tensões, movimentações térmicas, sempre com defasagem de meio bloco ou unidade (fins de modulação das fiadas e para facilitar a passagem de instalações)
	Pode ser frisada ou reta em ambas as faces da alvenaria
	Exposição à umidade: adotar sistemas de impermeabilização
	Juntas secas: falta de argamassa nas juntas verticais que pode comprometer a união entre os elementos, causando prejuízo na distribuição das tensões verticais oriundas de esforços externos e do peso próprio. Deve ser bastante criteriosa e utilizada em pequenos vãos, acompanhados de reforço no revestimento.
	Espessura das alvenarias
	Cutelo: sentido da menor espessura
	Meia vez: sentido longitudinal, um após o outro
	Uma vez: sentido transversal
	Uma vez e meia: sentidos longitudinal e transversal
	Locação das paredes
	Antes da locação: conferir posição de cada componente estrutural (vigas, pilares, etc)
	Marcação da primeira fiada: marcar o início da alvenaria, com a posição de eixo de cada parede ou, na maioria das vezes, o alinhamento da face do lado em que o pedreiro vai executar a alvenarias
	Lançamento das medidas: trena de aço (evitar distorções), marcando inicialmente os cantos e encontros de paredes (utilizar um esquadro de 90º na marcação e colocação da primeira fiada)
	Nível da primeira fiada
	Verificar o projeto de
posicionamento das paredes e o nível definitivo do piso ou da viga baldrame em que será assentada a alvenaria
	Marcar as fiadas nos pilares ou em escantilhões (régua graduada)
	Graduação de cada fiada: depende da altura do tijolo/bloco adotado mais a espessura da argamassa de assentamento, que pode variar de 1 a 2 cm
	Piso ou viga não nivelada: nivelamento da primeira fiada (não ultrapassar 2 cm nessa regularização). O complemento, se necessário, pode ser feito na segunda fiada (facilitar o assentamento dos caixilhos e posicionamento das lajes)
	Alvenaria executada após as vigas estruturais: prever espaço para o encunhamento
	Ligação da alvenaria com pilares de concreto
	Deve haver amarração entre esses dois elementos de construção
	Tela galvanizada: recortar tela com largura igual à largura da alvenaria e fixar na estrutura com pinos de aço. A distância entre telas deve ser de três a quatro fiadas e posicionadas entre as juntas de assentamento
	Chapisco: chapiscar a superfície da estrutura de concreto com argamassa de cimento e areia no traço em volume 1:3 (adicionar um adesivo para melhor aderência). Antes da execução do chapisco, retirar toda a poeira e restos de desmoldantes, aplicando o mesmo com rolo ou colher de pedreiro.
	Ferros de espera: são colocados na estrutura e podem ser fixados junto com a concretagem do pilar (precisão muito rigorosa no posicionamento) Outra opção é fixar esses ferros por meio de adesivos à base de epóxi.
	Marcar as fiadas na estrutura
	Executar furos de no mínimo 5 cm de profundidade com furadeira com broca de um diâmetro acima do diâmetro do ferro a ser colocado e limpar
	Colocação do adesivo e posterior colocação do ferro de espera
	Ligação da alvenaria com estrutura metálica
	Considerar os módulos de deformação e coeficientes de dilatação térmica (se comportam de maneiras diferentes) Temos dois casos:
	Alvenaria absorve as movimentações (pequenas estruturas e em pequenos vãos): fixação de ferros de espera soldados na estrutura a cada três ou quatro fiadas na direção da junta de assentamento
	Alvenaria não absorve as movimentações, devendo ser executada independentemente da estrutura metálica: soldar dois perfis de ferro em “L” na estrutura metálica, para garantir a estabilidade da alvenaria, distanciados de acordo com a espessura da alvenaria. Colar uma junta de trabalho entre os perfis, no sentido longitudinal, evitando aderência da alvenaria com a estrutura (pode ser executada com isopor)
	Levantamento das paredes
	Assentamento dos elementos nas extremidades, respeitando o alinhamento por meio da linha esticada segundo o gabarito
	Complementar os elementos entre as extremidades já assentadas
	Seguir o assentamento das demais fiadas, respeitando as alturas de cada fiada
	Conferir o nível a cada três ou quadro fiadas assentadas, pelo menos (verificar o prumo)
	Os seguintes cuidados devem ser tomados:
	Paredes apoiadas sobre vigas ou lajes contínuas: devem ser levantadas simultaneamente em todos os vãos (não são aconselháveis diferenças de altura superiores a 1 m entre os vãos)
	Ao lado da parede a ser erguida: chão limpo ou recoberto com lona plástica, para reaproveitamento da argamassa raspada das juntas
	Umedecer os blocos cerâmicos para que eles não roubem água da argamassa de assentamento, o que prejudica a hidratação do cimento
	Raspar cuidadosamente a argamassa excedente das juntas e reconduzir a mesma à caixa de massa. Correções no nível e no prumo do bloco só podem ser realizadas imediatamente após o assentamento
	Juntas frisadas: o frisamento deve ocorrer num prazo entre uma e duas horas após o assentamento (cuidado para não tirar os blocos de posição)
	Encontro de pilares: é fundamental a compactação e o refluxo da argamassa. Se acontecer da junta ficar com mais de 3 cm de largura, o microconcreto, com o máximo de adensamento possível, deve substituir a argamassa
	Não executar o encunhamento imediatamente após o assentamento da última fiada de blocos
	Chapiscar as faces externas das paredes de fachada, logo após a elevação da alvenaria (proteção contra a chuva e problemas de fissuramento e descolamento)
	Amarração entre as fiadas das alvenarias
É executada quando não há necessidade de ligação entre a alvenaria e a estrutura (uma parede estará engastada ou ligada com outra parede)
	Encunhamento das paredes
	Alvenarias destinadas a fechamento de vãos entre estruturas (vigas e pilares): deixar um pequeno vão entre a alvenaria e a viga estrutural, pois se a elevação ocorrer até o final pode haver um destacamento da alvenaria da estrutura devido à acomodação entre as diversas fiadas da alvenaria, além da acomodação estrutural.
	Prevenção: interromper a alvenaria cerca de 20 cm antes do encontro com a viga. Depois do período de cura do assentamento da alvenaria e adicionamento das cargas principais do pavimento superior, procede-se o encunhamento (fechamento do vão)
	Pode ser executado com tijolos assentados e inclinados com argamassa normal e pressionados entre a viga e a alvenaria já executada ou com o uso de espuma expansiva de poliuretano (vão deve ser inferior a 3 cm)
	Vergas, contravergas e cintas de amarração
Contorno dos vãos de portas e janelas: tensões concentradas, em virtude das solicitações mecânicas a que as paredes estão sujeitas, causando fissuras indesejáveis nos cantos e no meio do vão dos caixilhos.
Solução: colocação de vergas, contravergas e cintas, que dão suporte às movimentações
	Verga: elemento estrutural executado acima dos vãos dos caixilhos
	Contraverga: elemento estrutural executado imediatamente abaixo dos vãos de janelas e vãos abertos em alvenarias
	Cinta de amarração: viga de pequena seção executada no final da alvenaria (respaldo) para promover a solidarização (amarração) entre as alvenarias. Também tem a função de melhor distribuir o peso da laje e da cobertura sobre a alvenaria
Vergas e contravergas não devem ultrapassar 40 cm de cada lado e quando o vão for superior a 1,20 m, as vergas devem ser dimensionadas como vigas armadas.
Paredes com altura superior a três metros: vigas de cintamento intermediárias para absorção das tensões laterais.
Paredes com altura acima de cinco metros: calcular como alvenaria estrutural
Vergas e contravergas são executadas colocando tábuas em ambas as faces das paredes preenchidas com concreto convencional, porém com brita um ou zero, armadas com dois ferros de 8 mm de diâmetro. Pode-se optar por blocos do tipo canaletas para a execução desses elementos.
Cintas de amarração: mesmo processo, porém com a colocação dos ferros ao longo de todo o perímetro da alvenaria
Pequenas obras: colocação desses ferros ocorre nas duas últimas camadas de alvenaria e assentamento com argamassa de cimento e areia 1:3.
COLOCAÇÃO DE CAIXILHOS
Plantas de paginação de paredes: indicação precisa da posição e dimensão dos vãos
Adotar gabaritos metálicos (contramarcos) que delimitam o vão com precisão e servem de escoramento para as vergas (colocar no momento do levantamento da alvenaria)
Cuidados na utilização dos contramarcos:
	As travessas de travamento devem garantir o vão de projeto em toda a largura do vão
	Verificar o prumo da parede
ALVENARIA DO ÚLTIMO PAVIMENTO
Problemas: movimentação térmica da cobertura em função da variação da temperatura (alvo de grande pate das patologias de uma obra)
Alternativas: adoção de beirais, sombreamentos e juntas de movimentação entre a laje e a parede
Paredes internas: argamassa de encunhamento deformável para absorver as movimentações e uso de portas com “bandeiras” para seccionar os painéis de alvenaria
Paredes externas: adoção de juntas de movimentação entre as paredes e lajes/vigas com adoção de mástiques, juntas e movimentação e até reforço com tela na junção do painel de vedação com a estrutura e platibandas
CONTROLE DE QUALIDADE DAS ALVENARIAS
	Projetos
	Fundações e estruturas
Previsão dos recalques diferenciados
	Previsão das flechas de vigas e lajes
	Rigidez e prazos de retirada de formas e reescoramentos
	Projeto arquitetônico
	Coordenação dimensional com todos os projetos
	Posições relativas de todas as paredes, espessuras e ângulos
	Paginação da parede, indicando forma e espessura de juntas de assentamento, posições e dimensões dos vãos, instalações embutidas e juntas de controle
	Detalhes construtivos (ligações com pilares, encontros entre paredes, encunhamentos, vergas, contravergas, cintas de amarração, acabamento de juntas, presença de peitoris, fixação de caixilhos, etc)
	Especificações técnicas dos materiais
	Materiais
	Devem ser certificados de acordo com a ABNT
	Execução
	Rigidez, posicionamento e prazos de retirada dos cimbramentos e reescoramentos
	Prazo de concretagem da laje do pavimento e início da alvenaria
	Verificação das posições das paredes, dos eventuais enchimentos nas bases e da adequação das folgas para encunhamento
	Verificação do posicionamento das juntas de controle, dos vãos dos caixilhos e das instalações
	Traços de argamassa, chapisco e microconcretos
	Posições e bitolas dos ferros
	Amarração, espessura, regularidade, compactação, alinhamento, nível e prumo das juntas de assentamento
	Prumo das paredes, nível e ângulos dos requadros dos vãos
	Posições de vergas, contravergas e cintamentos
	Armaduras, umedecimento e concretagem de vergas, contravergas e cintamentos
	Verticalidade dos caixilhos e correções de suas fixações na alvenaria
	Compactação da argamassa ou microconcreto nos encontros com pilares
	Prazo entre o término da alvenaria e o encunhamento (compactar o material no encunhamento)
	Largura das juntas de controle, correta inserção do material de enchimento e dos ferros de ligação (aplicar o selante nas juntas de controle, encunhamentos e juntas aprumadas de paredes externas)
GESSO ACARTONADO (SISTEMA DRYWALL)
	Conceito
Também conhecido como sistema de construção a seco, substitui as alvenarias de vedação e de fechamento.
Estrutura de chapa de aço revestido com zinco através de imersão a quente posicionado de acordo com as divisões dos cômodos ou áreas seguido de uma incorporação de chapas de gesso fixadas, em ambos os lados, por parafusos na estrutura. As chapas são fabricadas a partir de uma mistura de gesso e aditivos e, para dar sustentação à placa, o gesso é comprimido por laminação, entre duas folhas de papel cartão.
	Tipos de chapa de gesso acartonado
	Standard (ST) – chapa branca: áreas onde não há presença de água ou umidade (divisórias de salas, quartos, escritórios, etc)
	Resistente à umidade (RU) – chapa verde: locais onde a presença de umidade é por tempo limitado e intermitente (cozinhas e banheiros)
	Resistente ao fogo (RF) – chapa rosa: maior desempenho em relação ao fogo
	Utilização e propriedades
	Forros: substitui os forros de gesso em placas
	Versatilidade de projeto: pode ser adaptado a diferentes projetos, tanto em linhas retas como linhas curvas
	Revestimentos: paredes, vigas e pilares
	Resistência a impactos: resistente a impactos comuns do uso diário (cuidado com objetos pontiagudos)
	Conforto térmico e acústico: as divisórias podem conter isolamento termoacústico como lã de rocha ou lã vidro
	Resistência à umidade: o gesso absorve a umidade do ambiente. Para resolver o problema, as placas recebem acartonados apropriados e imunes à água
	Leveza: redução das cargas permanentes, refletida diretamente na estrutura e nas fundações
	Revestimento
	Permite todos os tipos de revestimentos tradicionais.
	Utilização de argamassa colante flexível ao aplicar revestimento de azulejos
	Instalações embutidas
	Espaço interior entre as placas na largura do perfil metálico. Nesse espaço são colocados todos os dutos
	Cuidados
	Execução deve ser realizada por profissionais habilitados
	Perfis estocados devem ser mantidos amarrados e alinhados, evitando distorções que podem causar amassamento ou torção nas peças
	Embalagens dos produtos devem ser estocadas em lugares arejados e livre de umidade
	Projeto executivo detalhado
	Estocar as placas em local plano, sobre apoios com comprimento, no mínimo, igual à largura das placas (transportá-las verticalmente)
LAJE PRÉ-MOLDADA – USO RESIDENCIAL
CONCEITO GERAL
Substituem com vantagens as lajes moldadas in loco, proporcionando rapidez na execução e menor consumo de material, principalmente em formas e escoramentos. Suportam com segurança as sobrecargas normais de uma residência e de pequenos comércios, podendo vencer vãos de até 5 m e o comprimento de cada vigota varia (normalmente de 10 em 10 cm)
São constituídas basicamente de vigotas de concreto com forma de T invertido espaçadas entre si uniformemente, com a colocação de tavelas, lajotas de cerâmicas ou EPS (poliestireno expandido) entre as vigotas. Recebem uma capa de concreto com a finalidade de solidificar o conjunto e, dependendo, pode ser reforçada com uma ferragem superior.
MONTAGEM
	Respaldo da alvenaria: deve haver uma cinta de amarração devidamente nivelada na altura da laje com a finalidade de estruturar a alvenaria e melhor distribuir os carregamentos oriundos da laje a ser executada
	Lado externo da alvenaria: fixar uma tábua, normalmente de 30 cm de largura, para servir como forma ao concreto da capa da laje. O procedimento pode ser substituído pelo assentamento de canaletas de cerâmica do tipo J que servirão como cintas de amarração e forma para a capa de concreto
	Distribuição de vigotas: deve seguir o esquema de montagem do fabricante ou do calculista
	Podemos começar a montagem da tavela apoiada sobre a alvenaria paralela ao sentido das vigotas. Deixar uma pequena folga entre a tavela e a vigota para melhorar a trabalhabilidade
	Escoramentos: devem ser considerados no projeto da laje e geralmente são espaçados de no máximo 1,20 m em casa linha de escora no sentido transversal ao sentido das vigotas. O escoramento pode prever uma contraflecha para a futura acomodação da laje. 21 dias para a retirada dos escoramentos (28 dias para lajes em balanço)
ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO
É usada no sentido transversal às vigotas a cada 40 cm e a cada 1 m no sentido longitudinal. Para lajes que tem a função de suportarem pisos, uma ferragem apropriada deve ser colocada (melhorar a distribuição de esforços e sobrecargas, além de evitar fissuras na capa de concreto)
INSTALAÇÕES EMBUTIDAS
Muitas vezes, conduítes, caixas de passagem e tubulações são posicionados nas lajes pré-moldadas. Os principais problemas que podem acontecer são:
	Caixa de passagem mal posicionada que provoca escorrimento de concreto em seu interior
	Conduítes mal fixados nas caixas de passagem, que são entupidos por concreto
	Amassamento dos conduítes, deslocamento das caixas de passagem e dos tubos de passagem dos encanamentos
POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS)
	Vantagens:
	Diminuição do peso próprio da estrutura (economia)
	Redução de mão de obra
	Baixa absorção de água
	Isolante termoacústico
	Alta imunidade a fungos e bactérias
	Não há perdas devido a quebras
	Diminuição de formas e escoramentos, além de flexibilidade nas medidas
	Desvantagens:
	Alta sensibilidade a produtos que contêm solventes
	Libera gases tóxicos ao ser exposto ao fogo
CUIDADOS COM A LAJE PRÉ-MOLDADA (CONCRETAGEM E CURA)
	Colocar tábuas sobre a laje para a movimentação dos trabalhadores
	Não pisar nas tavelas
	Molhar abundantemente a laje antes da concretagem
	Assegurar que os tubos de passagem, conduítes e caixas de passagem estão bem fixados no local adequado
	Verificar, durante a concretagem, as condições de escoramento
	Não sobrecarregar com concreto um único local da laje durante a concretagem, pois pode ocorrer rompimento da tavela
	Atenção no encontro da laje com vigas e pilares. O
excesso de armadura pode gerar falhas de concretagem
	Cura do concreto da laje: pelo menos 7 dias
	Se a laje não for receber cobertura: providenciar impermeabilização adequada e executar escoamento para água de chuva com inclinação mínima de 1%
COBERTURA
Elemento da construção que tem a finalidade de proteger a obra contra as intempéries e ações da natureza. É composta basicamente de dois elementos: a estrutura (vigas e peças, metálicas ou de madeira, destinadas a suportar os elementos da cobertura) e a cobertura (telhas que cobrem a estrutura, protegendo a obra)
ESTRUTURA DA COBERTURA
Regra básica: sistema treliçado destinado a suportar todo o carregamento da cobertura, além dos esforços provenientes das intempéries (variação de temperatura, chuva, vento, etc).
	Tesoura
Estrutura autoportante constituída de diversas peças, formando uma estrutura treliçada com a finalidade de suportar a carga do telhado
	Cumeeira
Linha mais alta do telhado
	Linha
Peça de alinhamento da tesoura que recebe todos os esforços da tesoura e pela qual é transmitida a estrutura principal da obra
	Perna (empena)
Suporta as terças e dá inclinação à estrutura
	Pendural
Elemento vertical de distribuição das cargas do telhado
	Escora
Elemento oblíquo de distribuição das cargas do telhado
	Terça
Peça localizada entre o frechal e a cumeeira com a finalidade de travar as tesouras e suportar a estrutura de caibros
	Água
Plano inclinado que define o caimento do telhado
	Rincão
Linha de encontro entre duas águas do telhado
	Empeno
Parte da alvenaria de elevação que acompanha o caimento do telhado
	Beiral
Parte da estrutura do telhado que se projeta além da alvenaria externa
	Tirante
Peça em diagonal destinada ao travamento (absorve os esforços de tração da tesoura)
	Frechal
Primeira terça da tesoura
	Caibro
Peças de apoio para as ripas, pregadas sobre as terças
	Ripa
Peças de apoio das telhas, pregadas sobre os caibros
PONTO DO TELHADO
É a altura da cumeeira (ponto mais alto do telhado)
TIPOS DE EMENDA
Linha, pendural e suspensórios: tração
Perna e escora: compressão
Cumeeira, terças e frechal: flexão
Medida de segurança: colocação de talas de reforço em ambos os lados da emenda, fixadas com parafusos
SAMBLADURAS
Tipo de união entre as diferentes peças componentes de uma tesoura
ESTRUTURA DO TELHADO
	Caibros
Peças que travam a cumeeira, terça e o frechal e dão suporte às ripas
	Ripas
Dão sustentação e apoio às telhas as quais têm a função de cobrir toda a estrutura do telhado
	Galga
Função de facilitar a colocação e manter sempre constante a distância entre as ripas do telhado. Normalmente é feita com um pedaço de ripa, com encaixes apropriados e distanciados conforme a distância entre as linhas de telha
COLOCAÇÃO DAS TELHAS CERÂMICAS E ACABAMENTO
Devem ser colocadas sempre de baixo para cima (a partir do beiral). Na primeira fiada de telhas, é recomendável a colocação de uma ripa dupla com a finalidade de fazer a vez de uma telha que ali seria colocada.
Na execução do beiral, a calha deve ser prevista; sendo assim, a linha de ripas a ser colocada no beiral deve ser recuada em relação às demais.
Última fiada de telhas: uma carreira de telhas é colocada como arremate ou acabamento, assentada com argamassa mista de cimento, cal e areia.
TIPOS DE TELHAS
	Cerâmicas
	Fibrocimento: possuem dimensões que podem suprimir grandes vãos, proporcionando facilidade e rapidez na execução de coberturas. Alguns cuidados devem ser observados:
	Telhas de pouca espessura são frágeis na resistência a ventos fortes. O sistema de fixação deve ser reforçado
	As telhas são fixadas por ganchos ou parafusos, o que pode ocasionar vazamentos (calafetar os furos)
	A movimentação da estrutura e a ação dos ventos podem comprometer a fixação (inspeção periódica)
	Vogatex
	Tropical
	Ondulada
	Etermax
	Olinda
	Modulada
	Canalete 49
	Canalete 90
DETALHES CONSTRUTIVOS
	Arremate com paredes
	Juntas de dilatação: dispositivo colocado entre as telhas quando elas estão sujeitas à movimentação devido a dilatações estruturais ou térmicas. Devem garantir estanqueidade
	Cordão de vedação: para inclinações abaixo de 18% em telhados com água de comprimento maior que 12 m, e quando a fixação é feita por parafusos ou ganchos com rosca, o cordão de vedação (massa colocada entre as telhas com a finalidade de evitar o retorno da água) pode ser colocado
	Fixação: os elementos de fixação devem receber um anel de borracha a ser colocado entre a telha e a porca de fixação para vedação do furo de passagem
	Parafuso com rosca soberba: imprescindível em coberturas sujeitas à forte sucção do vento, nas telhas do beiral e em coberturas com inclinação abaixo de 18%
	Gancho com rosca reto L: fixação de telhas e peças complementares em apoio metálico ou de concreto
	Gancho com rosca simples: fixação de telhas e peças complementares em apoio metálicos
	Fixação de abas simples: fixação de peças complementares diretamente no telhado
METÁLICAS
As telhas metálicas podem vencer grandes vãos e são obtidas por conformação em “perfiladeiras” de chapas de zinco, alumínio ou aço (simples ou sanduíche) Reduz o calor interno do ambiente.
Os tipos são:
	Trapezoidal
	Ondulada
	Térmica (sanduíche)
CALHAS E CONDUTORES
O telhado deve proteger a edificação contra as intempéries, principalmente contra a chuva; sendo assim, podemos prever um sistema de captação da água da chuva composto de calha e condutores
Calhas: elementos de seção variada e materiais diversos, que são fixadas no beiral dos telhados
CUIDADOS NA EXECUÇÃO OU MANUTENÇÃO DO TELHADO
	Estrutura de madeira
Usar sempre madeiras de lei, que não apresentam “brocas”
Usar madeira de bitolas uniformes e sem empenos
A madeira deve estar seca
Madeira exposta as intempéries: tratamento impermeabilizante
	Estrutura metálica
As peças devem receber tratamento anticorrosivo e pintura de acabamento
Não deve apresentar sinais de ferrugem
CUIDADOS GERAIS
	Não fazer a manutenção do telhado em dias de chuva
	Usar tábuas sobre as linhas para servirem de passarela (usar também o cinto de segurança)
	As telhas devem ser bem apoiadas umas nas outras e sobre a estrutura. Telhas empenadas e fissuradas devem ser descartadas
	Colocação do fibrocimento: o parafuso de fixação deve ser bastante controlado (evitar riscos de rompimento na telha)
	Inclinação do telhado grande ou local da obra sujeito a fortes ventos: amarrar as telhas
	Não empilhar muitas telhas em um só lugar
	Prestar atenção no alinhamento

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