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MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES •Com o nome genérico de tintas e vernizes, compreende-se qualquer material de revestimento, de consistência líquida ou pastosa, apto a cobrir, proteger e colorir a superfície de um objeto. O elemento que gera a película é, salvo para algumas pinturas murais, de natureza orgânica. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES • Segundo o seu uso podem ser brilhantes ou opacos, transparentes ou não, coloridos ou incolores, bem como apresentar resistência a determinados tipos de agentes agressivos. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES •Portanto são duas as funções que normalmente deve preencher uma tinta: a de proteger e a de embelezar. Além disso, as tintas desempenham outras funções, como, por exemplo, na sinalização, identificação e propaganda. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES • A utilização racional das cores devem criar reações subjetivas pré-determinadas nas pessoas que visualizarem a pintura. A isto se chama “Aplicação funcional da cor” e seu corolário fundamental é que “cores diferentes despertam emoções diferentes”. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES •Como exemplo, o vermelho, o laranja e o amarelo são chamados cores quentes, excitantes e vibrantes. Já o verde e o azul claro são consideradas cores frias. Dão a sensação de tranquilidade e certa monotonia, enquanto o azul escuro e o cinza inspiram quietude e suavidade. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES • Além disso, as cores tem peso e dimensão. Quando se observam dois navios de mesma tonelagem, porém com os cascos pintados em cores diferentes, o primeiro de preto e o segundo de verde claro, tem-se a impressão de que o primeiro deles é o mais pesado. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES •As cores escuras dão maior sensação de peso aos objetos, enquanto as cores claras dão maior dimensão as superfícies sobre as quais são aplicadas, e as cores frias e o preto parecem diminuir a área destas mesmas superfícies. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES • Pela aplicação funcional da cor, pode-se aproximar ou afastar subjetivamente um teto ou uma parede, conseguindo um ambiente mais aconchegante ou de maior amplitude espacial. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES • Com relação a proteção, cumpre salientar que os prejuízos por deterioração de materiais são tão grandes que o custo com a pintura é amplamente compensado e justificado. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES •A luta constante pela preservação das superfícies contra a ação destrutiva das intempéries é um fator não desprezível a ser considerado na construção. MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E VERNIZES Exercícios • 1) Quais são as principais funções de uma pintura ? 1 • São proteger a base e embe lezar a superfície. Exercícios • 2) Quais são os requisitos básicos para a obtenção de um sistema de pintura durável ? 2 • 1- Preparar a base (umidade da madeira em equilíbrio com as condições do • ambiente, retirar corrosão de metais); • 2 - Utiliza r tintas adequadas à base e ao ambiente de aplicação (externo: tintas que absorvem raios UV); • 3 - Usar tintas de boa qualidade; • 4 - Aplicar adequadamente um fundo e o número de demãos. Exercícios • 3) Dar a composição geral de uma tinta e a principal função de cada • componente. 3 • 1- Solvente (para deixar o material fluido – trabalhável); • 2- Pigmento (material sólido, dá a coloração); • 3 - Resina (finalidade de “colar” o pigmento e proporcionar as propriedades finais da tinta); • 4 - Aditivos (antiespumantes, homogeneizadores, anti-mofos, e outros que dão características específicas). VIDROS - HISTÓRIA • O vidro é o material usado desde a mais remota antiguidade. • Na Idade da Pedra, o homem utilizava o vidro na fabricação de pontas de lanças, flechas e facas. VIDROS - HISTÓRIA • Os Fenícios foram os descobridores. • O segredo da época era o sigilo sobre as fórmulas mantidas pelos venezianos (mestres vidreiros), devido ao promissor mercado do vidro. VIDROS - HISTÓRIA • Desenvolvimentos dos fornos e uso de tanques para conter o material fundido. • Século XIX uso na construção civil. Vidro plano. DEFINIÇÃO • Vidros são complexos químicos resultantes da combinação de dois silicatos – um alcalino (potássio, sódio) e outro terroso ou metálico (cálcio, bário, chumbo, etc) nos quais a sílica atua como elemento ácido e os óxidos agem como elementos básicos. DEFINIÇÃO • A configuração tridimensional da sílica – bióxido de silício – é a base das propriedades típicas do vidro. Os ingredientes modificadores, adicionados à base de sílica, têm por finalidade controlar o processamento e conferir determinadas propriedades ao produto, dando origem aos vários tipos de vidros. CONSTITUIÇÃO DO VIDRO • Solução sólida de silicatos alcalino-terrosos em silicatos alcalinos simples e mais fusíveis. A sílica, às vezes, é substituída por 𝐵2𝑂3 ou outros anidridos, podendo ainda conter certa quantidade de materiais pesados (geralmente chumbo). CONSTITUIÇÃO DO VIDRO • Vidro Ordinário • 5 𝑆𝑖𝑂2 . 𝐶𝑎𝑂 .𝑁𝑎2𝑂 • Cristal • 6 𝑆𝑖𝑂2 . 𝐶𝑎𝑂 .𝑁𝑎2𝑂 PROPRIEDADES • As densidades são muito variáveis, assim temos: • Cristal ordinário: 3,33 • Vidro para óculos 2,46 • Vidro ordinário 2,53 • Vidro para garrafas 2,64 PROPRIEDADES • Os vidros são geralmente transparentes (existem alguns opacos), inalterável com o tempo e ao contato com ácidos e bases. • São impermeáveis aos gases e aos líquidos, e mais ou menos permeáveis às radiações do espectro solar (ultravioleta e infravermelho) PROPRIEDADES •Podem ser considerados líquidos em sobrefuão, de grande viscosidade, e dotados de microestrutura apresentando analogias com soluções coloidais. PROPRIEDADES • O vidro passa do estado sólido ao estado pastoso e, depois, à consistência de líquido viscoso a cerca de 500°C. Resfriando-se progressivamente o vidro amolecido, passam-se os seguintes fenômenos: PROPRIEDADES • A parte superficial, em contato com o meio ambiente, solidifica-se progressivamente e a contração devido a este resfriamento é freada pela massa interior, em temperatura mais elevada pela fraca condutibilidade térmica do vidro. A parte em tração da camada externa é temporária. PROPRIEDADES Quando a parte externa está à temperatura ambiente, a interna continua a resfriar-se e contrair-se progressivamente. PROPRIEDADES • . Quando a parte interna se resfriou, ela está em tração, sendo a externa por sua vez comprimida. O fenômeno é positivo para a resistência do vidro, mas é condição essencial que o resfriamento tenha sido bem dirigido, pois se há heterogeneidade de zonas resfriadas, a distribuição anárquica das tensões lhe confere fragilidade frente aos esforços aplicados. PROPRIEDADES • Pode-se temperar o vidro, seja no óleo quente, seja por corrente de ar convenientemente aplicada, o que lhe aumenta a resistência mecânica (à flexão e ao choque principalmente). • A porosidade aos gases e líquidos é nula. PROPRIEDADES • O calor específico é de 5 a 10 vezes maior do que o da água. • A resistência química é grande. O vidro é praticamente inalterável na água, que dissolve em quantidades muito pequenas os álcalis nele contidos. CLASSIFICAÇÃO • QUANTO AO TIPO: • Vidro recozido – que, após sua saída do forno e resfriamento gradual, não recebe nenhum tratamento térmico ou químico; CLASSIFICAÇÃO • Vidro de segurança temperado– que foi submetido a um tratamento térmico, através do qual foram introduzidas tensões adequadas e que, ao partir-se, desintegra-se em pequenos pedaços menos cortantes que o vidro recozido; CLASSIFICAÇÃO • Vidro de segurança laminado – composto de várias chapas de vidro, unidas por películas aderentes; • Vidro de segurança aramado – formado por um única chapa de vidro, que contém CLASSIFICAÇÃO • no seu interior fios metálicos incorporados à massa na fabricação. Ao quebrar, os fios mantém presos os estilhaços; • Vidro térmico absorvente – absorve pelo menos 20% dos raios infravermelhos, reduzindo deste modo o calor transmitido através dele; CLASSIFICAÇÃO • Vidro composto – unidade pré-fabricada formada de duas ou mais chapas de vidro, selada na periferia formando vazios entre as chapas, contendo no interior gás desidratado, com a finalidade de isolamento térmico e acústico; CLASSIFICAÇÃO • QUANTO À FORMA: • Chapa plana • Chapa curva • Chapa perfilada • Chapa ondulada CLASSIFICAÇÃO • QUANTO A TRANSPARÊNCIA: • Vidro transparente – transmite a luz e permite visão nítida através dele; CLASSIFICAÇÃO • Vidro translúcido – transmite a luz em vários graus de difusão, de modo a não permitir visão nítida; • Vidro opaco – impede a passagem da luz. CLASSIFICAÇÃO • QUANTO AO ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE: • Vidro liso – transparente, apresentando leve distorção das imagens refratadas, em virtude das características da superfície ocasionadas pelo processo de fabricação; CLASSIFICAÇÃO • Vidro polido – transparente, mas permitindo visão sem distorção das imagens, pelo tratamento superficial; • Vidro impresso (fantasia) – durante a fabricação é impresso um desenho em uma ou nas duas superfícies; CLASSIFICAÇÃO • QUANTO AO ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE: • Vidro fosco – translúcido, pelo tratamento mecânico ou químico em uma ou nas duas superfícies; CLASSIFICAÇÃO • Vidro espelhado – reflete totalmente os raios luminosos, em virtude do tratamento químico sobre uma das superfícies; • Vidro gravado – por meio de tratamentos químicos ou mecânicos apresenta ornamentos em uma ou nas duas superfícies; CLASSIFICAÇÃO • QUANTO AO ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE: • Vidro esmaltado – ornamentado através da aplicação de esmalte vitrificável em uma ou nas duas superfícies; CLASSIFICAÇÃO • Vidro termo-refletor – colorido e refletor pelo tratamento químico em uma das faces, feito a alta temperatura. CLASSIFICAÇÃO • QUANTO À COLORAÇÃO: • Vidro incolor • Vidro colorido CLASSIFICAÇÃO • QUANTO À COLOCAÇÃO: • Em caixilhos • Autoportantes • mista USOS • ENVIDRAÇAMENTO • PAREDES • COBERTURAS • CONCRETO TRANSLÚCIDO (LAJES) • ISOLAMENTO TÉRMICO USOS • ETAPAS: • Escolha do tipo de vidro • Modo de colocação • Transparência • Acabamento da superfície • Dimensionamento da espessura da placa tendo em vista as tensões e solicitações USOS • Tensões admissíveis: • Vidro recozido – 150 Kgf/cm² • Vidro temperado – 300 Kgf/cm² USOS • Deve ser considerado valor mínimo de 2mm de espessura para vidros recozidos, valor este aumentado para 3mm se a pressão de cálculo ultrapassar 100 Kgf/cm². • Para vidros temperados, a espessura mínima é de 4mm. • Para execução de paredes de vidro, tendo em vista as diferenças dos módulos entre o vidro e o concreto, os tijolos de vidro devem estar separados por uma junta de no mínimo 5mm. É conveniente sempre armar a parede nas juntas. COMPÓSITOS FIBROSOS • A correta utilização das fibras passa necessariamente pela conceituação do novo material resultante, que é o compósito. Um material compósito é a combinação de dois ou mais materiais que têm propriedades que os materiais componentes isoladamente não apresentam. Eles são, portanto, constituídos de duas fases: a matriz e o elemento de reforço, e são desenvolvidos para otimizar os pontos fortes de cada uma das fases (Budinski, 1996). COMPÓSITOS FIBROSOS • Materiais compósitos ou compostos ou composite (em inglês), são aqueles que possuem pelo menos dois componentes ou duas fases, com propriedades físicas e químicas nitidamente distintas em sua composição. Separadamente, os constituintes do compósito mantém suas características porém, quando misturados, formam um composto com propriedades impossíveis de se obter com apenas um deles. Alguns exemplos são metais e polímeros, metais e cerâmicas ou polímeros e cerâmicas. COMPÓSITOS FIBROSOS • A aplicação de materiais compósitos vai desde simples artigos utilizados no dia a dia até aplicações em produtos de alta tecnologia. A aplicação desses materiais é uma realidade atual nas indústrias de ponta, com destaque no segmento aeronáutico e aeroespacial. Diversos projetos já foram desenvolvidos considerando-se suas propriedades, tais como: F-18 e F-22 no segmento aeronáutico militar; e Airbus 380 e Boeing 787 no segmento de aeronáutica civil. A título de curiosidade, já antigas civilizações utilizavam compósitos (palha+barro) na produção de tijolos. COMPÓSITOS FIBROSOS • Os materiais que podem compor um material compósito podem ser classificados em dois tipos: matriz e reforço. • O material matriz é o que confere estrutura ao material compósito, preenchendo os espaços vazios que ficam entre os materiais reforços e mantendo-os em suas posições relativas. • Os materiais reforços são os que realçam as propriedades mecânicas, electromagnéticas ou químicas do material compósito como um todo. COMPÓSITOS FIBROSOS • Material de Reforço • Fibras Orgânicas (nylon, poliéster) • Fibra de vidro • Fibra de carbono • Fibra de titânio • Fibra de Boro • Fibras Cerâmicas • Fibras de Carbeto de Silício • Fibras de Alumina • Fibras de Quartzo • Fibras Metálicas • Fibra de Aramida • Madeira(serradura) • Grafite • Fibra de basalto • etc. COMPÓSITOS FIBROSOS • Matriz • Matriz Polimérica • Matriz Metálica • Matriz Cerâmica COMPÓSITOS FIBROSOS • Exemplos de aplicação dos compósitos • Capacetes (kevlar) de protecção individual de algumas forças militares. • Coletes à prova de balas (kevlar). • O betão armado (cimento e aço). • Bicicletas (carbono). • Varas (atletismo) • Alguns barcos da classe olímpica laser (fibra de vidro ou carbono). • Pranchas de Surf, skimboard e windsurf. • Pás (rotores de helicópteros e hélices propulsoras de aviões). • Canas de pesca (grafite ou carbono ou fibra de vidro). • Raquetes de ténis (em carbono). • Reparo e reforço de estruturas metálicas como tubos e tanques de armazenamento • etc. COMPÓSITOS FIBROSOS • Segundo Johnston (1994), as fibras em uma matriz cimentada podem, em geral, ter dois efeitos importantes. Primeiro, elas tendem a reforçar o compósito sobre todos os modos de carregamento que induzem tensões de tração, isto é, retração restringida, tração direta ou na flexão e cisalhamento, e, secundariamente, elas melhoram a ductilidade e a tenacidade de uma matriz frágil. O desempenho dos compósitos reforçados com fibras é controlado principalmente pelo teor e pelo comprimento da fibra, pelas propriedades físicas da fibra e da matriz e pela aderência entre as duas fases (Hannant, 1994). Johnston (1994) acrescenta o efeito da orientação e distribuição da fibra na matriz. A orientação de uma fibra relativa ao plano de ruptura, ou fissura, influencia fortemente a sua habilidade em transmitir cargas. Uma fibra que se posiciona paralela ao plano de ruptura não tem efeito, enquanto que uma perpendicular tem efeito máximo.Taylor (1994) apresenta os principais parâmetros relacionados com o desempenho dos materiais compósitos cimentados, assumindo que as variações das propriedades descritas abaixo são atingidas independentemente: COMPÓSITOS FIBROSOS • a) Teor de fibra. Um alto teor de fibras confere maior resistência pós-fissuração e menor dimensão das fissuras, desde que as fibras possam absorver as cargas adicionais causadas pela fissura; b) Módulo de elasticidade da fibra. Um alto valor do módulo de elasticidade causaria um efeito similar ao teor de fibra, mas, na prática, quanto maior o módulo maior a probabilidade de haver o arrancamento das fibras; c) Aderência entre a fibra e a matriz. As características de resistência, deformação e padrões de ruptura de uma grande variedade de compósitos cimentados reforçados com fibras dependem fundamentalmente da aderência fibra/matriz. Uma alta aderência entre a fibra e a matriz reduz o tamanho das fissuras e amplia sua distribuição pelo compósito; COMPÓSITOS FIBROSOS • d) Resistência da fibra. Aumentando a resistência das fibras aumenta também a ductilidade do compósito, assumindo que não ocorre o rompimento das ligações de aderência. A resistência da fibra dependerá, na prática, das características pós-fissuração desejadas, bem como do teor de fibra e das propriedades de aderência fibra-matriz; e) Deformabilidade da fibra: A ductilidade pode ser aumentada com a utilização de fibras que apresentem alta deformação de ruptura. Isto se deve ao fato de compósitos com fibras de elevado grau de deformabilidade consumirem energia sob a forma de alongamento da fibra; COMPÓSITOS FIBROSOS • f) Compatibilidade entre a fibra e a matriz: A compatibilidade química e física entre as fibras e a matriz é muito importante. A curto prazo, as fibras que absorvem água podem causar excessiva perda de trabalhabilidade do concreto. Além disso, as fibras que absorvem água sofrem variação de volume, e a aderência fibra/matriz é compro-metida. A longo prazo, alguns tipos de fibras poliméricas não possuem estabilidade química frente à presença de álcalis, como ocorre nos materiais à base de cimento Portland. Nesses casos, a deterioração com rápida perda das propriedades da fibra e do compósito pode ser significativa. g) Comprimento da fibra. Quanto menor for o comprimento das fibras, maior será a possibilidade de elas serem arrancadas. Para uma dada tensão de cisalhamento superficial aplicada à fibra, esta será melhor utilizada se o seu comprimento for suficientemente capaz de permitir que a tensão cisalhante desenvolva uma tensão de tração igual a sua resistência à tração. Na verdade, não basta raciocinar tão- somente em cima do comprimento da fibra. Há de se levar em conta o seu diâmetro. Pois depende também dele a capacidade da fibra em desenvolver as resistências ao cisalhamento e à tração. • MATERIAIS RECICLADOS • Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil • As soluções tecnológicas para a Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil – RSCC variam em função do tipo de resíduo a ser tratado. Neste tópico, a tecnologia apresentada se refere aos resíduos definidos pela Resolução Brasileira do CONAMA como sendo os Resíduos da Construção Civil Classe A e os resíduos equivalentes Nr. 17 01 definidos pela Lista Europeia de Resíduos que englobam os seguintes resíduos: MATERIAIS RECICLADOS • De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; • De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; • De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; MATERIAIS RECICLADOS • Os resíduos coletados podem então ser processados e transformados em matéria prima na própria fonte de geração ou em uma usina de reciclagem. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1701 – LISTA EUROPEIA DE RESÍDUOS CLASSE A – RESOLUÇÃO CONAMA 307 - BRASIL MATERIAIS RECICLADOS TRITURAÇÃO GRANULAGEM AREIA • BRITA • PEDRISCO • BICA CORRIDA • OUTROS MATERIAIS RECICLADOS • Após a coleta seletiva, os resíduos passam por um processo de trituração. Nesta fase, as frações se encontram misturadas e os resíduos têm pouco valor agregado. Somente após a granulagem, ou seja, a separação das frações é que se pode dar uma destinação adequada aos novos materiais. De acordo com o tamanho da fração, os resíduos serão classificados em areia, brita, pedrisco, bica corrida e outros e a partir disso, poderão ser comercializados como matéria prima secundária. • Em um terceiro momento, a matéria prima poderá servir para fabricar produtos de base para a construção civil como tijolos, blocos de cimento, britas, … MATERIAIS RECICLADOS • Tipos de Usinas de Reciclagem • As Usinas de reciclagem de RCC podem ser divididas em 2 categorias de acordo com a sua mobilidade. Vejamos: • a) Usinas Fixas • Usinas Fixas são construídas em um terreno com uma área que varia em função da capacidade de processamento da usina, ou seja, quanto maior a capacidade, maior será a área necessária para se construir. Um exemplo deste tipo de usina pode ser visto na figura: MATERIAIS RECICLADOS MATERIAIS RECICLADOS • Sua instalação até o momento de operação leva em torno de 30 dias. São as versões economicamente mais acessíveis do mercado, contudo as mais limitadas em se tratando de competitividade comercial. • b) Usinas Móveis MATERIAIS RECICLADOS • b) Usinas Móveis • Uma Usina de Reciclagem Móvel de Resíduos da Construção Civil – URM-RCC é composta basicamente por 3 componentes: Um caminhão do tipo Roll On Roll Off, uma Britadeira Móvel e uma Peneira Rotatória Móvel normalmente atracada como reboque no caminhão. A definicao do Modelo de Negócio é fundamental para se garantir uma lucratividade. MATERIAIS RECICLADOS • As britadeiras móveis são construídas em um único bloco normalmente com o tamanho variando entre 1 container de 20” e 40” de acordo com sua capacidade de processamento. Podem ser utilizadas em um empreendimento fixo ou mesmo ser alugada para obras em diferentes locais. De acordo com o fabricante, essas usinas podem ser facilmente transportadas em caminhões do tipo Roll On Roll Off como mostrado na figura: MATERIAIS RECICLADOS MATERIAIS RECICLADOS • Na figura podemos ver uma Usina de Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil móvel completa, composta basicamente de 3 componentes: O caminhão do tipo Roll On Roll Off, a Britadeira Móvel de Mandíbula modelo BMD RA 700/6 e uma Peneira Rotatória Móvel. • A grande vantagem deste modelo é que o empreendedor poderá levar todo o empreendimento para regiões onde seu serviço se faça necessário. Se aproveitado da maneira correta, o empreendimento pode ser altamente lucrativo e extremamente versátil. MATERIAIS RECICLADOS • Entre as vantagens das usinas móveis, podemos citar: • Sua mobilidade torna o empreendimento extremamente competitivo; • Pode atuar em um ponto fixo ou atender grandes obras diretamente no local; • Diminui custos de logística e construção de fundamento de base; • Alta capacidade de adaptação geográfica do mercado; • Versões a diesel ou energia elétrica; • Pode ser locada completamente por empresas do setor; • Alta capacidade de processamento; MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Aos materiais tradicionalmente usados pelo Homem ao longo de sua história, agregando-se os resíduos das atividades humanas, modificados de alguma forma poderemser empregados nas construções, internacionalmente concordou-se em chamá-los de materiais não- convencionais. • Para justificar a denominação de não-convencionais é porque ainda não há normas técnicas bem estabelecidas, aceitas e difundidas mundialmente. Apesar de ter avanços na elaboração de documentos normativos consensuais. • A escassez de recursos públicos e o empobrecimento da população têm tornado cada vez mais complexo o déficit habitacional no país. Dessa forma, tornam-se cada vez mais necessário a busca de novas alternativas na construção civil, principalmente as moradias relacionadas ao interesse social. Assim novos materiais estão sendo estudados buscando utilização adequada, entre eles os materiais reciclados, de origem vegetal e o estudo de novos compostos. MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Pode-se dizer que os materiais de construção não convencionais são ecologicamente corretos por que: • Trata-se de materiais tradicionais disponíveis na natureza, muitos dos quais renováveis é o caso do aproveitamento dos resíduos e materiais recicláveis, que contribuem para livrá-los do ambiente, quando são descartados; • Menor consumo de energia para produzi-los; • Em geral não são poluentes; • Muitos incorporam-se novamente à Natureza sem maiores danos; • Podem ser obtidos em processos não centralizados; • Podem ter um menor custo construtivo; • Podem fazer uso intensivo de mão de obra; • Podem ajudar na redução do problema da falta de moradia; MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Os materiais não convencionais, além de trazerem economia, não são poluentes, podem ser oriundos da reciclagem e são encontrados facilmente, seja na natureza ou nas grandes cidades. • Segue abaixo a lista de alguns materiais não convencionais: • Resíduos da construção civil; • Bambu; • Pneu; • Cortiça; • Coco; • TerraCrua; MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Garrafas PETs • PET Adensada (Madeira Plástica) • Papelão; • Solocimento; • Fosfogesso; • Serragem; • Etc. MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • RECICLAGEM DE RESÍDUOS PROVENIENTES DA CONSTRUÇÃO • PNEU é basicamente formado por quatro partes: Carcaça, talão, flancos e banda de rolagem. • O principal material do pneu é a borracha, representando cerca de 40% do seu peso. • A borracha pode ser dividida em dois tipos: Natural: principal extração vem de uma derivada da seringueira. Sintética: Tipo de elastômeros, polímeros com propriedades físicas parecidas com a da borracha natural. É derivada do petróleo ou do gás natural. • Compactado Funcionam como muros de gravidade e apresentam com vantagens o reuso de pneus descartados, e a flexibilidade apresenta-se como uma solução que combina a elevada resistência mecânica do material com o baixo custo, comparando aos materiais convencionais. MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Por ser um muro de peso, os muros de solo-pneus estão limitados a alturas inferiores a 5m e à disponibilidade de espaço para a construção de uma base com largura da ordem de 40 a 60% da altura do muro. • É uma estrutura flexível e, portanto, as deformações horizontais e verticais podem ser superiores às usuais em muros de peso de alvenaria ou concreto. • Assim sendo, não se recomenda a construção de muros de solo-pneus para contenção de terrenos que sirvam de suporte a obras civis pouco deformáveis, tais como estruturas de fundações ou ferrovias. MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • A face externa do muro de pneus deve ser revestida, para evitar não só o carreamento ou erosão do solo de enchimento dos pneus, como também o vandalismo ou a possibilidade de incêndios. • O revestimento da face do muro deverá ser suficientemente resistente e flexível, ter boa aparência e ser de fácil construção. MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • BAMBU • A natureza nos presenteia com uma variedade de materiais e tecnologias não poluentes, renováveis e de baixo custo alternativa aos materiais de construção • É preciso pouca energia para transformá-lo em elementos estruturais de cobertura como estruturas espaciais, treliças planas em tubos para condução de água e em elementos de reforço de concreto, substituindo o aço. • O bambu também tem servido à realização de projetos no campo da construção civil. Países como Colômbia, Costa Rica, Equador e Peru já fazem uso intensivo da planta em grandes construções. • O bambu também já está sendo adquirido para fabricação de pisos, um exemplo deles é o laminado. MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Taipa de Pilão ou Taipa Socada . Essa massa é colocada em uma forma instalada onde será levantada a parede e socada até tornar-se um bloco compacto. . As camadas de terra devem ser pequenas e bem socadas. . Cada vez que se preenche completamente a forma, ela é desmontada e montada novamente acima do nível concluído e o processo continua até a altura desejada. • Taipa de mão ou Pau-a-Pique . Esta é uma técnica onde se utiliza uma armação de madeira ou bambu recoberta com barro. Bastante utilizada no meio rural, sofre de alguns preconceitos, mas o trabalho sendo realizado com critério e rigor cria estruturas muito bonitas e agradáveis. .É importante que se faça uma boa fundação que isole as paredes da umidade do solo e também um bom sistema de sustentação da armação de madeira. MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • STEEL FRAME • O Steel frame é um sistema construtivo tem paredes estruturais formadas por perfis metálicos e fechadas com chapas de diversos materiais. • Os principais componentes do sistema construtivo Light Steel Frame são os perfis leves de aço galvanizado que formam a estrutura de uma construção (paredes, vigas, vergas, etc). Esses perfis são fechados com placas cimentícias, de OSB, ou drywall e revestidos como em qualquer casa de alvenaria tradicional. MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Vantagem: Como o sistema construtivo é composto por peças industrializadas, que são montadas no próprio canteiro, seu tempo de execução é reduzido e o desperdício de materiais é mínimo, se executado por uma equipe experiente e bem treinada. Ao contrário do sistema de alvenaria convencional. Menor interferência ambiental: não utilizam fundações caras e profundas, que agridem o ambiente. Limpeza: canteiro limpo e livre de entulhos • Desvantagem: Ainda existe grande dificuldade para se encontrar mão de obra qualificada para executar construções em steel frame • Exemplo: Placas de fechamento externo (placas cimentícias), interno (gesso acartonado) MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • SOLO CIMENTO • É um material obtido através da mistura homogênea de solo, cimento e água. • Tem como benefícios: a economia de tempo e material • Este material de construção vem suprir boa parte das necessidades de instalações econômicas na maioria das regiões rurais e suburbanas no Brasil. • O solo cimento pode ainda ser empregado na construção de fundações, pisos, passeios, muros de contenções, barragens e blocos prensados. • É um método sustentável MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Vantagens: Principal componente da mistura - o solo – em abundância na natureza e geralmente disponível no local da obra ou próxima a ela. O processoconstrutivo é muito simples, podendo ser rapidamente assimilado por mão-de-obra não qualificada. É um material de boa resistência e perfeita impermeabilidade, resistindo ao desgaste do tempo e à umidade, facilitando a sua conservação. • Muito conhecido como tijolo ecológico. O tijolo de solo-cimento é fabricado em prensas mecânicas, nas quais é inserido a mistura de terra e cimento, já com a umidade adequada para poder soltar-se da forma, e depois empilhado e molhado para completar sua cura, que leva o mesmo tempo da cura do cimento (normalmente 28 dias). MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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