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Materiais CONST 06 04

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MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
•Com o nome genérico de tintas e vernizes, compreende-se 
qualquer material de revestimento, de consistência líquida 
ou pastosa, apto a cobrir, proteger e colorir a superfície de 
um objeto. O elemento que gera a película é, salvo para 
algumas pinturas murais, de natureza orgânica.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
• Segundo o seu uso podem ser brilhantes ou 
opacos, transparentes ou não, coloridos ou 
incolores, bem como apresentar resistência a 
determinados tipos de agentes agressivos.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
•Portanto são duas as funções que normalmente deve 
preencher uma tinta: a de proteger e a de embelezar. Além 
disso, as tintas desempenham outras funções, como, por 
exemplo, na sinalização, identificação e propaganda.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
• A utilização racional das cores devem criar reações 
subjetivas pré-determinadas nas pessoas que 
visualizarem a pintura. A isto se chama “Aplicação 
funcional da cor” e seu corolário fundamental é 
que “cores diferentes despertam emoções 
diferentes”.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
•Como exemplo, o vermelho, o laranja e o amarelo são 
chamados cores quentes, excitantes e vibrantes. Já o verde 
e o azul claro são consideradas cores frias. Dão a sensação 
de tranquilidade e certa monotonia, enquanto o azul 
escuro e o cinza inspiram quietude e suavidade.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
• Além disso, as cores tem peso e dimensão. 
Quando se observam dois navios de mesma 
tonelagem, porém com os cascos pintados em 
cores diferentes, o primeiro de preto e o segundo 
de verde claro, tem-se a impressão de que o 
primeiro deles é o mais pesado.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
•As cores escuras dão maior sensação de peso aos objetos, 
enquanto as cores claras dão maior dimensão as 
superfícies sobre as quais são aplicadas, e as cores frias e o 
preto parecem diminuir a área destas mesmas superfícies.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
• Pela aplicação funcional da cor, pode-se aproximar 
ou afastar subjetivamente um teto ou uma parede, 
conseguindo um ambiente mais aconchegante ou 
de maior amplitude espacial.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
• Com relação a proteção, cumpre salientar que os 
prejuízos por deterioração de materiais são tão 
grandes que o custo com a pintura é amplamente 
compensado e justificado. 
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
•A luta constante pela preservação das 
superfícies contra a ação destrutiva das 
intempéries é um fator não desprezível a ser 
considerado na construção.
MATERIAIS DE PROTEÇÃO, TINTAS E 
VERNIZES
Exercícios
• 1) Quais são as principais funções de uma pintura ?
1
• São proteger a base e embe lezar a superfície.
Exercícios
• 2) Quais são os requisitos básicos para a obtenção 
de um sistema de pintura durável ?
2
• 1- Preparar a base (umidade da madeira em equilíbrio com as condições do 
• ambiente, retirar corrosão de metais); 
• 2 - Utiliza r tintas adequadas à base e ao ambiente de aplicação (externo: 
tintas que absorvem raios UV); 
• 3 - Usar tintas de boa qualidade; 
• 4 - Aplicar adequadamente um fundo e o número de demãos.
Exercícios
• 3) Dar a composição geral de uma tinta e a principal função de cada 
• componente.
3
• 1- Solvente (para deixar o material fluido – trabalhável); 
• 2- Pigmento (material sólido, dá a coloração); 
• 3 - Resina (finalidade de “colar” o pigmento e proporcionar as propriedades 
finais da tinta); 
• 4 - Aditivos (antiespumantes, homogeneizadores, anti-mofos, e outros que 
dão características específicas). 
VIDROS - HISTÓRIA
• O vidro é o material usado desde a mais remota 
antiguidade.
• Na Idade da Pedra, o homem utilizava o vidro na 
fabricação de pontas de lanças, flechas e facas.
VIDROS - HISTÓRIA
• Os Fenícios foram os descobridores.
• O segredo da época era o sigilo sobre as fórmulas 
mantidas pelos venezianos (mestres vidreiros), devido ao 
promissor mercado do vidro.
VIDROS - HISTÓRIA
• Desenvolvimentos dos fornos e uso de tanques para conter o material fundido.
• Século XIX uso na construção civil. Vidro plano.
DEFINIÇÃO
• Vidros são complexos químicos resultantes da 
combinação de dois silicatos – um alcalino (potássio, 
sódio) e outro terroso ou metálico (cálcio, bário, chumbo, 
etc) nos quais a sílica atua como elemento ácido e os 
óxidos agem como elementos básicos.
DEFINIÇÃO
• A configuração tridimensional da sílica – bióxido de 
silício – é a base das propriedades típicas do vidro. Os 
ingredientes modificadores, adicionados à base de sílica, 
têm por finalidade controlar o processamento e conferir 
determinadas propriedades ao produto, dando origem 
aos vários tipos de vidros.
CONSTITUIÇÃO DO VIDRO
• Solução sólida de silicatos alcalino-terrosos em silicatos 
alcalinos simples e mais fusíveis. A sílica, às vezes, é 
substituída por 𝐵2𝑂3 ou outros anidridos, podendo ainda 
conter certa quantidade de materiais pesados (geralmente 
chumbo).
CONSTITUIÇÃO DO VIDRO
• Vidro Ordinário
• 5 𝑆𝑖𝑂2 . 𝐶𝑎𝑂 .𝑁𝑎2𝑂
• Cristal
• 6 𝑆𝑖𝑂2 . 𝐶𝑎𝑂 .𝑁𝑎2𝑂
PROPRIEDADES
• As densidades são muito variáveis, assim temos:
• Cristal ordinário: 3,33
• Vidro para óculos 2,46
• Vidro ordinário 2,53
• Vidro para garrafas 2,64
PROPRIEDADES
• Os vidros são geralmente transparentes (existem alguns 
opacos), inalterável com o tempo e ao contato com ácidos e 
bases.
• São impermeáveis aos gases e aos líquidos, e mais ou menos 
permeáveis às radiações do espectro solar (ultravioleta e 
infravermelho)
PROPRIEDADES
•Podem ser considerados líquidos em 
sobrefuão, de grande viscosidade, e dotados 
de microestrutura apresentando analogias 
com soluções coloidais.
PROPRIEDADES
• O vidro passa do estado sólido ao estado pastoso 
e, depois, à consistência de líquido viscoso a cerca 
de 500°C. Resfriando-se progressivamente o vidro 
amolecido, passam-se os seguintes fenômenos:
PROPRIEDADES
• A parte superficial, em contato com o meio 
ambiente, solidifica-se progressivamente e a 
contração devido a este resfriamento é freada pela 
massa interior, em temperatura mais elevada pela 
fraca condutibilidade térmica do vidro. A parte em 
tração da camada externa é temporária.
PROPRIEDADES
Quando a parte externa está à temperatura ambiente, a 
interna continua a resfriar-se e contrair-se 
progressivamente.
PROPRIEDADES
• . Quando a parte interna se resfriou, ela está em tração, 
sendo a externa por sua vez comprimida. O fenômeno é 
positivo para a resistência do vidro, mas é condição 
essencial que o resfriamento tenha sido bem dirigido, pois 
se há heterogeneidade de zonas resfriadas, a distribuição 
anárquica das tensões lhe confere fragilidade frente aos 
esforços aplicados.
PROPRIEDADES
• Pode-se temperar o vidro, seja no óleo quente, seja por 
corrente de ar convenientemente aplicada, o que lhe 
aumenta a resistência mecânica (à flexão e ao choque 
principalmente).
• A porosidade aos gases e líquidos é nula.
PROPRIEDADES
• O calor específico é de 5 a 10 vezes maior do que o da água.
• A resistência química é grande. O vidro é praticamente 
inalterável na água, que dissolve em quantidades muito 
pequenas os álcalis nele contidos.
CLASSIFICAÇÃO
• QUANTO AO TIPO:
• Vidro recozido – que, após sua saída do forno e 
resfriamento gradual, não recebe nenhum tratamento 
térmico ou químico;
CLASSIFICAÇÃO
• Vidro de segurança temperado– que foi submetido a um 
tratamento térmico, através do qual foram introduzidas 
tensões adequadas e que, ao partir-se, desintegra-se em 
pequenos pedaços menos cortantes que o vidro recozido;
CLASSIFICAÇÃO
• Vidro de segurança laminado – composto de várias 
chapas de vidro, unidas por películas aderentes;
• Vidro de segurança aramado – formado por um 
única chapa de vidro, que contém
CLASSIFICAÇÃO
• no seu interior fios metálicos incorporados à massa na 
fabricação. Ao quebrar, os fios mantém presos os estilhaços;
• Vidro térmico absorvente – absorve pelo menos 20% dos 
raios infravermelhos, reduzindo deste modo o calor 
transmitido através dele;
CLASSIFICAÇÃO
• Vidro composto – unidade pré-fabricada formada de 
duas ou mais chapas de vidro, selada na periferia 
formando vazios entre as chapas, contendo no interior 
gás desidratado, com a finalidade de isolamento térmico 
e acústico;
CLASSIFICAÇÃO
• QUANTO À FORMA:
• Chapa plana
• Chapa curva
• Chapa perfilada
• Chapa ondulada
CLASSIFICAÇÃO
• QUANTO A TRANSPARÊNCIA:
• Vidro transparente – transmite a luz e permite 
visão nítida através dele;
CLASSIFICAÇÃO
• Vidro translúcido – transmite a luz em vários graus 
de difusão, de modo a não permitir visão nítida;
• Vidro opaco – impede a passagem da luz.
CLASSIFICAÇÃO
• QUANTO AO ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE:
• Vidro liso – transparente, apresentando leve distorção 
das imagens refratadas, em virtude das características da 
superfície ocasionadas pelo processo de fabricação;
CLASSIFICAÇÃO
• Vidro polido – transparente, mas permitindo visão sem 
distorção das imagens, pelo tratamento superficial;
• Vidro impresso (fantasia) – durante a fabricação é 
impresso um desenho em uma ou nas duas superfícies;
CLASSIFICAÇÃO
• QUANTO AO ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE:
• Vidro fosco – translúcido, pelo tratamento mecânico ou 
químico em uma ou nas duas superfícies;
CLASSIFICAÇÃO
• Vidro espelhado – reflete totalmente os raios luminosos, em 
virtude do tratamento químico sobre uma das superfícies;
• Vidro gravado – por meio de tratamentos químicos ou 
mecânicos apresenta ornamentos em uma ou nas duas 
superfícies;
CLASSIFICAÇÃO
• QUANTO AO ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE:
• Vidro esmaltado – ornamentado através da aplicação de 
esmalte vitrificável em uma ou nas duas superfícies;
CLASSIFICAÇÃO
• Vidro termo-refletor – colorido e refletor pelo 
tratamento químico em uma das faces, feito a alta 
temperatura.
CLASSIFICAÇÃO
• QUANTO À COLORAÇÃO:
• Vidro incolor
• Vidro colorido
CLASSIFICAÇÃO
• QUANTO À COLOCAÇÃO:
• Em caixilhos
• Autoportantes
• mista
USOS
• ENVIDRAÇAMENTO
• PAREDES
• COBERTURAS
• CONCRETO TRANSLÚCIDO (LAJES)
• ISOLAMENTO TÉRMICO
USOS
• ETAPAS:
• Escolha do tipo de vidro
• Modo de colocação
• Transparência
• Acabamento da superfície
• Dimensionamento da espessura da placa tendo em vista as tensões e solicitações
USOS
• Tensões admissíveis:
• Vidro recozido – 150 Kgf/cm²
• Vidro temperado – 300 Kgf/cm²
USOS
• Deve ser considerado valor mínimo de 2mm de espessura para vidros recozidos, 
valor este aumentado para 3mm se a pressão de cálculo ultrapassar 100 Kgf/cm².
• Para vidros temperados, a espessura mínima é de 4mm.
• Para execução de paredes de vidro, tendo em vista as diferenças dos módulos entre 
o vidro e o concreto, os tijolos de vidro devem estar separados por uma junta de no 
mínimo 5mm. É conveniente sempre armar a parede nas juntas.
COMPÓSITOS FIBROSOS
• A correta utilização das fibras passa necessariamente pela conceituação do 
novo material resultante, que é o compósito. Um material compósito é a 
combinação de dois ou mais materiais que têm propriedades que os 
materiais componentes isoladamente não apresentam. Eles são, portanto, 
constituídos de duas fases: a matriz e o elemento de reforço, e são 
desenvolvidos para otimizar os pontos fortes de cada uma das fases 
(Budinski, 1996).
COMPÓSITOS FIBROSOS
• Materiais compósitos ou compostos ou composite (em inglês), são aqueles que 
possuem pelo menos dois componentes ou duas fases, com propriedades físicas e 
químicas nitidamente distintas em sua composição. Separadamente, os constituintes 
do compósito mantém suas características porém, quando misturados, formam um 
composto com propriedades impossíveis de se obter com apenas um deles. Alguns 
exemplos são metais e polímeros, metais e cerâmicas ou polímeros e cerâmicas.
COMPÓSITOS FIBROSOS
• A aplicação de materiais compósitos vai desde simples artigos utilizados no dia a dia 
até aplicações em produtos de alta tecnologia. A aplicação desses materiais é uma 
realidade atual nas indústrias de ponta, com destaque no 
segmento aeronáutico e aeroespacial. Diversos projetos já foram desenvolvidos 
considerando-se suas propriedades, tais como: F-18 e F-22 no segmento 
aeronáutico militar; e Airbus 380 e Boeing 787 no segmento de aeronáutica civil. A 
título de curiosidade, já antigas civilizações utilizavam compósitos (palha+barro) na 
produção de tijolos.
COMPÓSITOS FIBROSOS
• Os materiais que podem compor um material compósito podem ser 
classificados em dois tipos: matriz e reforço.
• O material matriz é o que confere estrutura ao material compósito, 
preenchendo os espaços vazios que ficam entre os materiais reforços e 
mantendo-os em suas posições relativas.
• Os materiais reforços são os que realçam as propriedades mecânicas, 
electromagnéticas ou químicas do material compósito como um todo.
COMPÓSITOS FIBROSOS
• Material de Reforço
• Fibras Orgânicas (nylon, poliéster)
• Fibra de vidro
• Fibra de carbono
• Fibra de titânio
• Fibra de Boro
• Fibras Cerâmicas
• Fibras de Carbeto de Silício
• Fibras de Alumina
• Fibras de Quartzo
• Fibras Metálicas
• Fibra de Aramida
• Madeira(serradura)
• Grafite
• Fibra de basalto
• etc.
COMPÓSITOS FIBROSOS
• Matriz
• Matriz Polimérica
• Matriz Metálica
• Matriz Cerâmica
COMPÓSITOS FIBROSOS
• Exemplos de aplicação dos compósitos
• Capacetes (kevlar) de protecção individual 
de algumas forças militares.
• Coletes à prova de balas (kevlar).
• O betão armado (cimento e aço).
• Bicicletas (carbono).
• Varas (atletismo)
• Alguns barcos da classe olímpica 
laser (fibra de vidro ou carbono).
• Pranchas de Surf, skimboard e windsurf.
• Pás (rotores de helicópteros e hélices 
propulsoras de aviões).
• Canas de pesca (grafite ou carbono ou 
fibra de vidro).
• Raquetes de ténis (em carbono).
• Reparo e reforço de estruturas metálicas 
como tubos e tanques de armazenamento
• etc.
COMPÓSITOS FIBROSOS
• Segundo Johnston (1994), as fibras em uma matriz cimentada podem, em geral, ter dois efeitos importantes. 
Primeiro, elas tendem a reforçar o compósito sobre todos os modos de carregamento que induzem tensões de 
tração, isto é, retração restringida, tração direta ou na flexão e cisalhamento, e, secundariamente, elas melhoram a 
ductilidade e a tenacidade de uma matriz frágil. O desempenho dos compósitos reforçados com fibras é 
controlado principalmente pelo teor e pelo comprimento da fibra, pelas propriedades físicas da fibra e da 
matriz e pela aderência entre as duas fases (Hannant, 1994). Johnston (1994) acrescenta o efeito da orientação e 
distribuição da fibra na matriz. A orientação de uma fibra relativa ao plano de ruptura, ou fissura, influencia 
fortemente a sua habilidade em transmitir cargas. Uma fibra que se posiciona paralela ao plano de ruptura 
não tem efeito, enquanto que uma perpendicular tem efeito máximo.Taylor (1994) apresenta os 
principais parâmetros relacionados com o desempenho dos materiais compósitos cimentados, assumindo 
que as variações das propriedades descritas abaixo são atingidas independentemente:
COMPÓSITOS FIBROSOS
• a) Teor de fibra. Um alto teor de fibras confere maior resistência pós-fissuração e menor dimensão 
das fissuras, desde que as fibras possam absorver as cargas adicionais causadas pela fissura;
b) Módulo de elasticidade da fibra. Um alto valor do módulo de elasticidade causaria um efeito 
similar ao teor de fibra, mas, na prática, quanto maior o módulo maior a probabilidade de haver o 
arrancamento das fibras;
c) Aderência entre a fibra e a matriz. As características de resistência, deformação e padrões de 
ruptura de uma grande variedade de compósitos cimentados reforçados com fibras dependem 
fundamentalmente da aderência fibra/matriz. Uma alta aderência entre a fibra e a matriz reduz o 
tamanho das fissuras e amplia sua distribuição pelo compósito;
COMPÓSITOS FIBROSOS
• d) Resistência da fibra. Aumentando a resistência das fibras aumenta também a ductilidade do 
compósito, assumindo que não ocorre o rompimento das ligações de aderência. A resistência da fibra 
dependerá, na prática, das características pós-fissuração desejadas, bem como do teor de fibra e das 
propriedades de aderência fibra-matriz;
e) Deformabilidade da fibra: A ductilidade pode ser aumentada com a utilização de fibras que 
apresentem alta deformação de ruptura. Isto se deve ao fato de compósitos com fibras de elevado 
grau de deformabilidade consumirem energia sob a forma de alongamento da fibra;
COMPÓSITOS FIBROSOS
• f) Compatibilidade entre a fibra e a matriz: A compatibilidade química e física entre as fibras e a 
matriz é muito importante. A curto prazo, as fibras que absorvem água podem causar excessiva perda 
de trabalhabilidade do concreto. Além disso, as fibras que absorvem água sofrem variação de volume, e 
a aderência fibra/matriz é compro-metida. A longo prazo, alguns tipos de fibras poliméricas não 
possuem estabilidade química frente à presença de álcalis, como ocorre nos materiais à base de 
cimento Portland. Nesses casos, a deterioração com rápida perda das propriedades da fibra e do 
compósito pode ser significativa.
g) Comprimento da fibra. Quanto menor for o comprimento das fibras, maior será a possibilidade 
de elas serem arrancadas. Para uma dada tensão de cisalhamento superficial aplicada à fibra, esta será 
melhor utilizada se o seu comprimento for suficientemente capaz de permitir que a tensão cisalhante 
desenvolva uma tensão de tração igual a sua resistência à tração. Na verdade, não basta raciocinar tão-
somente em cima do comprimento da fibra. Há de se levar em conta o seu diâmetro. Pois depende 
também dele a capacidade da fibra em desenvolver as resistências ao cisalhamento e à tração.
•
MATERIAIS RECICLADOS
• Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil
• As soluções tecnológicas para a Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção 
Civil – RSCC variam em função do tipo de resíduo a ser tratado. Neste tópico, a 
tecnologia apresentada se refere aos resíduos definidos pela Resolução Brasileira 
do CONAMA como sendo os Resíduos da Construção Civil Classe A e os 
resíduos equivalentes Nr. 17 01 definidos pela Lista Europeia de Resíduos que 
englobam os seguintes resíduos:
MATERIAIS RECICLADOS
• De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de 
infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
• De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes 
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
• De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto 
(blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
MATERIAIS RECICLADOS
• Os resíduos coletados podem então ser processados e transformados em matéria prima na 
própria fonte de geração ou em uma usina de reciclagem.
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
1701 – LISTA EUROPEIA DE RESÍDUOS
CLASSE A – RESOLUÇÃO CONAMA 307 - BRASIL
MATERIAIS RECICLADOS
TRITURAÇÃO
GRANULAGEM
AREIA
• BRITA
• PEDRISCO
• BICA CORRIDA
• OUTROS
MATERIAIS RECICLADOS
• Após a coleta seletiva, os resíduos passam por um processo de trituração. Nesta 
fase, as frações se encontram misturadas e os resíduos têm pouco valor agregado. 
Somente após a granulagem, ou seja, a separação das frações é que se pode dar uma 
destinação adequada aos novos materiais. De acordo com o tamanho da fração, os 
resíduos serão classificados em areia, brita, pedrisco, bica corrida e outros e a partir 
disso, poderão ser comercializados como matéria prima secundária.
• Em um terceiro momento, a matéria prima poderá servir para fabricar produtos de 
base para a construção civil como tijolos, blocos de cimento, britas, …
MATERIAIS RECICLADOS
• Tipos de Usinas de Reciclagem
• As Usinas de reciclagem de RCC podem ser divididas em 2 categorias de acordo 
com a sua mobilidade. Vejamos:
• a) Usinas Fixas
• Usinas Fixas são construídas em um terreno com uma área que varia em função da 
capacidade de processamento da usina, ou seja, quanto maior a capacidade, maior 
será a área necessária para se construir. Um exemplo deste tipo de usina pode ser 
visto na figura:
MATERIAIS RECICLADOS
MATERIAIS RECICLADOS
• Sua instalação até o momento de operação leva em torno de 30 dias. São as versões 
economicamente mais acessíveis do mercado, contudo as mais limitadas em se 
tratando de competitividade comercial.
• b) Usinas Móveis
MATERIAIS RECICLADOS
• b) Usinas Móveis
• Uma Usina de Reciclagem Móvel de Resíduos da Construção Civil – URM-RCC é 
composta basicamente por 3 componentes: Um caminhão do tipo Roll On Roll Off, 
uma Britadeira Móvel e uma Peneira Rotatória Móvel normalmente atracada como 
reboque no caminhão. A definicao do Modelo de Negócio é fundamental para se 
garantir uma lucratividade. 
MATERIAIS RECICLADOS
• As britadeiras móveis são construídas em um único bloco normalmente com o 
tamanho variando entre 1 container de 20” e 40” de acordo com sua capacidade de 
processamento. Podem ser utilizadas em um empreendimento fixo ou mesmo ser 
alugada para obras em diferentes locais. De acordo com o fabricante, essas usinas 
podem ser facilmente transportadas em caminhões do tipo Roll On Roll Off como 
mostrado na figura:
MATERIAIS RECICLADOS
MATERIAIS RECICLADOS
• Na figura podemos ver uma Usina de Reciclagem de Resíduos Sólidos da 
Construção Civil móvel completa, composta basicamente de 3 componentes: O 
caminhão do tipo Roll On Roll Off, a Britadeira Móvel de Mandíbula modelo BMD
RA 700/6 e uma Peneira Rotatória Móvel.
• A grande vantagem deste modelo é que o empreendedor poderá levar todo o 
empreendimento para regiões onde seu serviço se faça necessário. Se aproveitado da 
maneira correta, o empreendimento pode ser altamente lucrativo e extremamente 
versátil.
MATERIAIS RECICLADOS
• Entre as vantagens das usinas móveis, podemos citar:
• Sua mobilidade torna o empreendimento extremamente competitivo;
• Pode atuar em um ponto fixo ou atender grandes obras diretamente no local;
• Diminui custos de logística e construção de fundamento de base;
• Alta capacidade de adaptação geográfica do mercado;
• Versões a diesel ou energia elétrica;
• Pode ser locada completamente por empresas do setor;
• Alta capacidade de processamento;
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Aos materiais tradicionalmente usados pelo Homem ao longo de sua história, agregando-se 
os resíduos das atividades humanas, modificados de alguma forma poderemser empregados 
nas construções, internacionalmente concordou-se em chamá-los de materiais não-
convencionais.
• Para justificar a denominação de não-convencionais é porque ainda não há normas técnicas 
bem estabelecidas, aceitas e difundidas mundialmente. Apesar de ter avanços na elaboração 
de documentos normativos consensuais.
• A escassez de recursos públicos e o empobrecimento da população têm tornado cada vez 
mais complexo o déficit habitacional no país. Dessa forma, tornam-se cada vez mais 
necessário a busca de novas alternativas na construção civil, principalmente as moradias 
relacionadas ao interesse social. Assim novos materiais estão sendo estudados buscando 
utilização adequada, entre eles os materiais reciclados, de origem vegetal e o estudo de novos 
compostos.
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Pode-se dizer que os materiais de construção não convencionais são ecologicamente corretos por que:
• Trata-se de materiais tradicionais disponíveis na natureza, muitos dos quais renováveis é o caso do 
aproveitamento dos resíduos e materiais recicláveis, que contribuem para livrá-los do ambiente, quando 
são descartados;
• Menor consumo de energia para produzi-los;
• Em geral não são poluentes;
• Muitos incorporam-se novamente à Natureza sem maiores danos;
• Podem ser obtidos em processos não centralizados;
• Podem ter um menor custo construtivo;
• Podem fazer uso intensivo de mão de obra;
• Podem ajudar na redução do problema da falta de moradia;
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Os materiais não convencionais, além de trazerem economia, não são poluentes, podem ser oriundos 
da reciclagem e são encontrados facilmente, seja na natureza ou nas grandes cidades.
• Segue abaixo a lista de alguns materiais não convencionais:
• Resíduos da construção civil;
• Bambu;
• Pneu;
• Cortiça;
• Coco;
• TerraCrua;
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Garrafas PETs
• PET Adensada (Madeira Plástica)
• Papelão;
• Solocimento;
• Fosfogesso;
• Serragem;
• Etc.
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• RECICLAGEM DE RESÍDUOS PROVENIENTES DA CONSTRUÇÃO
• PNEU é basicamente formado por quatro partes: Carcaça, talão, flancos e banda de 
rolagem. • O principal material do pneu é a borracha, representando cerca de 40% do seu 
peso. • A borracha pode ser dividida em dois tipos: Natural: principal extração vem de uma 
derivada da seringueira. Sintética: Tipo de elastômeros, polímeros com propriedades físicas 
parecidas com a da borracha natural. É derivada do petróleo ou do gás natural.
• Compactado Funcionam como muros de gravidade e apresentam com vantagens o reuso de 
pneus descartados, e a flexibilidade apresenta-se como uma solução que combina a elevada 
resistência mecânica do material com o baixo custo, comparando aos materiais 
convencionais. 
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Por ser um muro de peso, os muros de solo-pneus estão limitados a alturas 
inferiores a 5m e à disponibilidade de espaço para a construção de uma base 
com largura da ordem de 40 a 60% da altura do muro.
• É uma estrutura flexível e, portanto, as deformações horizontais e verticais 
podem ser superiores às usuais em muros de peso de alvenaria ou concreto.
• Assim sendo, não se recomenda a construção de muros de solo-pneus para 
contenção de terrenos que sirvam de suporte a obras civis pouco 
deformáveis, tais como estruturas de fundações ou ferrovias.
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• A face externa do muro de pneus deve ser revestida, para evitar não só o 
carreamento ou erosão do solo de enchimento dos pneus, como também o 
vandalismo ou a possibilidade de incêndios.
• O revestimento da face do muro deverá ser suficientemente resistente e 
flexível, ter boa aparência e ser de fácil construção.
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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• BAMBU
• A natureza nos presenteia com uma variedade de materiais e tecnologias não 
poluentes, renováveis e de baixo custo alternativa aos materiais de construção 
• É preciso pouca energia para transformá-lo em elementos estruturais de cobertura 
como estruturas espaciais, treliças planas em tubos para condução de água e em 
elementos de reforço de concreto, substituindo o aço.
• O bambu também tem servido à realização de projetos no campo da construção 
civil. Países como Colômbia, Costa Rica, Equador e Peru já fazem uso intensivo da 
planta em grandes construções.
• O bambu também já está sendo adquirido para fabricação de pisos, um exemplo 
deles é o laminado.
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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• Taipa de Pilão ou Taipa Socada . Essa massa é colocada em uma forma instalada 
onde será levantada a parede e socada até tornar-se um bloco compacto. . As 
camadas de terra devem ser pequenas e bem socadas. . Cada vez que se preenche 
completamente a forma, ela é desmontada e montada novamente acima do nível 
concluído e o processo continua até a altura desejada.
• Taipa de mão ou Pau-a-Pique . Esta é uma técnica onde se utiliza uma armação de 
madeira ou bambu recoberta com barro. Bastante utilizada no meio rural, sofre de 
alguns preconceitos, mas o trabalho sendo realizado com critério e rigor cria 
estruturas muito bonitas e agradáveis. .É importante que se faça uma boa fundação 
que isole as paredes da umidade do solo e também um bom sistema de sustentação 
da armação de madeira.
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• STEEL FRAME
• O Steel frame é um sistema construtivo tem paredes estruturais formadas 
por perfis metálicos e fechadas com chapas de diversos materiais.
• Os principais componentes do sistema construtivo Light Steel Frame são os 
perfis leves de aço galvanizado que formam a estrutura de uma construção 
(paredes, vigas, vergas, etc). Esses perfis são fechados com placas cimentícias, 
de OSB, ou drywall e revestidos como em qualquer casa de alvenaria 
tradicional.
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
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• Vantagem: Como o sistema construtivo é composto por peças industrializadas, que 
são montadas no próprio canteiro, seu tempo de execução é reduzido e o 
desperdício de materiais é mínimo, se executado por uma equipe experiente e bem 
treinada. Ao contrário do sistema de alvenaria convencional. Menor interferência 
ambiental: não utilizam fundações caras e profundas, que agridem o ambiente. 
Limpeza: canteiro limpo e livre de entulhos
• Desvantagem: Ainda existe grande dificuldade para se encontrar mão de obra 
qualificada para executar construções em steel frame
• Exemplo: Placas de fechamento externo (placas cimentícias), interno (gesso 
acartonado)
MATERIAIS NÃO CONVENCIONAIS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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• SOLO CIMENTO
• É um material obtido através da mistura homogênea de solo, cimento e água.
• Tem como benefícios: a economia de tempo e material
• Este material de construção vem suprir boa parte das necessidades de 
instalações econômicas na maioria das regiões rurais e suburbanas no Brasil. 
• O solo cimento pode ainda ser empregado na construção de fundações, 
pisos, passeios, muros de contenções, barragens e blocos prensados. 
• É um método sustentável
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• Vantagens: Principal componente da mistura - o solo – em abundância na natureza e 
geralmente disponível no local da obra ou próxima a ela. O processoconstrutivo é 
muito simples, podendo ser rapidamente assimilado por mão-de-obra não 
qualificada. É um material de boa resistência e perfeita impermeabilidade, resistindo 
ao desgaste do tempo e à umidade, facilitando a sua conservação.
• Muito conhecido como tijolo ecológico. O tijolo de solo-cimento é fabricado em 
prensas mecânicas, nas quais é inserido a mistura de terra e cimento, já com a 
umidade adequada para poder soltar-se da forma, e depois empilhado e molhado 
para completar sua cura, que leva o mesmo tempo da cura do cimento 
(normalmente 28 dias).
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