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Clayton Silva Junior – RA: 171321855 – Turma: 233 João Carlos Silva Costa – RA: 171323858 – Turma: 231 RELATÓRIO 03 DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE: MEDIDA DO NÚMERO DE REYNOLDS Guaratinguetá -SP 2018 RESUMO Na Engenharia lidamos com o comportamento dos fluidos em repouso ou em movimento, quando trabalhamos com o fluido em movimento, estamos trabalhando na área da cinemática dos fluidos, uma área de importante atuação, devido a diversas aplicações nos dias atuais, como: máquinas hidráulicas, aplicações de pneumática e hidráulica industrial, sistemas de ventilação e ar condicionado e etc. Considerando a importância do escoamento e seus efeitos na Engenharia, este relatório foi elaborado para entendermos melhor este movimento, para esta finalidade, usou-se um experimento bem famoso (Experimento de Reynolds) para obtenção do regime de escoamento, ou seja, o comportamento de um fluido de acordo com a vazão que se aplica nele. Nestas condições, conseguimos observar e associar os resultados obtidos pelo calculo do número de Reynolds (Re), e ficou considerado que os Regimes (Laminar e Turbulento) são bem definidos e segue a convenção dada. Palavras-Chave: Escoamento. Número de Reynolds. Regime Laminar. Regime Turbulento. Regime de Transição. ABSTRACT In Engineering we deal with the behavior of the fluids at rest or in movement, when working with the fluid in movement, we are working in the area of fluid kinematics, an area of important performance, due to several applications in the present day, such as: hydraulic machines, pneumatic and industrial hydraulics applications, ventilation and air conditioning systems and etc. Considering the importance of the flow and its effects in Engineering, this report was elaborated to better understand this movement, for this purpose, a well-known experiment (Reynolds Experiment) was used to obtain the flow regime, that is, the behavior of a fluid according to the flow rate that is applied thereto. Under these conditions, we were able to observe and associate the results obtained by calculating the Reynolds number (Re), and it was considered that the Regimes (Laminar and Turbulent) are well defined and follow the given convention. Key words: Flow. Reynolds Number. Laminar Regime. Turbulent Regime. Transition Regime. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Escoamento laminar e turbulento .......................................................... 05 Figura 2 – Dispositivo de Reynolds ........................................................................ 06 Figura 3 – Filamento de tinta para vazões baixas .................................................. 06 Figura 4 – Filamento de tinta para vazões intermediárias.................................... .. 07 Figura 5 – Filamento de tinta para vazões altas................................................... .. 07 Figura 6 – Filamento de tinta para vazões extremamente altas........................... .. 07 Figura 7 - Bancada de determinação do Regime de Escoamento ......................... 10 Figura 8 – Rotâmetro ............................................................................................. 11 Figura 9 – Regime Laminar, encontrado na Vazão: 150 l/h ................................... 12 Figura 10 – Regime de Transição, encontrado na Vazão: 250 l/h .......................... 13 Figura 11– Regime Turbulento, encontrado na Vazão: 350 l/h .............................. 13 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 05 2 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 05 2.1 EXPERIÊNCIA DE REYNOLDS ....................................................................... 05 2.2 NÚMERO DE REYNOLDS ............................................................................... 08 2.3 TEORIA DOS MÉTODOS ................................................................................ 09 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................. 10 3.1 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE REYNOLDS E DOS REGIMES DE ESCOAMENTO ...................................................................................................... 10 3.1.1 Equipamentos e Materiais Utilizados ........................................................... 10 3.1.2 Realização .................................................................................................... 11 4 RESULTADOS ................................................................................................... 12 4.1 REGIMES OBSERVADOS NA HORA DO EXPERIMENTO: ........................... 12 4.2 REGIMES CALCULADOS ................................................................................ 14 4.3 RESULTADOS FINAIS E ANÁLISE: ................................................................ 14 5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 15 B IBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 16 ANEXOS 5 MEDIDA DO NÚMERO DE REYNOLDS 1. OBJETIVOS Este experimento tem como objetivo a visualização do padrão de escoamento de um fluido através de um tubo de vidro, e com isso conseguir analisar as características dos tipos de regimes que um fluido pode apresentar (Laminar, Turbulento e de Transição), assim como Osborne Reynolds fez no seu famoso experimento em 1883. 2. INTRODUÇÃO 2.1 EXPERIÊNCIA DE REYNOLDS Em 1883 Osborne Reynolds realizou um experimento que mostrou a existência de dois tipos de escoamento: “o primeiro onde os elementos do fluido seguem-se ao longo de linhas de movimento e que vão da maneira mais direta possível ao seu destino, e outro em que se movem em trajetórias sinuosas da maneira mais indireta possível”. Ou seja, descreveu como visualizar escoamentos laminares e turbulentos. Figura 1 – Escoamento laminar e turbulento Fonte: Autor Para isso, Reynolds empregou um dispositivo (Figura 2), que consiste de um tubo transparente inserido em um recipiente com paredes de vidro. Um corante é introduzido na entrada do tubo. Ao abrir gradualmente o obturador T, observa-se a 6 formação de um filete retilíneo. Neste tipo de movimento, definido como laminar, as partículas apresentam trajetórias bem definidas, que não se cruzam. Ao abrir mais a torneira a velocidade aumenta e o filamento de difunde no líquido, como consequência do movimento desordenado das partículas. Este regime denomina-se turbulento. Figura 2 – Dispositivo de Reynolds Reynolds nota que ocorrem quatro tipos de fluxos: a) Vazões baixas: a tinta não se mescla: Figura 3 – Filamento de tinta para vazões baixas. b) Vazões intermediárias: o filamento de tinta começa a apresentar comportamento sinuoso e ligeiramente instável: Fonte: Autor Fonte: Autor 7 Figura 4 – Filamento de tinta para vazões intermediárias. c) Vazões altas: A tinta mantém um movimento instável dentro do fluido até a completa mistura da tinta com o fluido: Figura 5 – Filamento de tinta para vazões altas. d) Vazões mais altas: Logo que a tinta sai do recipiente se misturacompletamente com o fluido: Figura 6 – Filamento de tinta para vazões extremamente altas. Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor 8 Com esta experiência, Reynolds define três tipos de fluxos: Laminar – quando a tinta não se mistura. As partículas do fluido movem-se em camadas ou lâminas de fluido segundo uma trajetória reta e paralela, sem troca de partículas entre elas. Turbulento – ocorre quando a tinta se mistura completamente. O escoamento se apresenta com troca de partículas de fluidos entre as camadas, que se movimentam com velocidades diferentes. As partículas não têm um vetor velocidade muito definido. Fluxo em Transição – quando o filamento começa a fazer-se instável com a existência de ondulações. É um regime intermediário entre o regime laminar e o turbulento, quando as partículas começam a ter certa instabilidade em seu movimento. 2.2 O NÚMERO DE REYNOLDS Após investigações experimentais e teóricas, Reynolds concluiu que o critério mais apropriado para se determinar o tipo de escoamento em uma canalização não se atém exclusivamente ao valor da velocidade, mas a uma expressão adimensional na qual a viscosidade do líquido também é levada em consideração. Este adimensional, que passou a ser conhecido como número de Reynolds. LV y .. Re Para tubos circulares, a longitude significativa da geometria do fluido é o próprio diâmetro. Para valores de número de Reynolds inferiores a 2300, detectou-se o regime laminar e, para valores superiores a 4000, o regime turbulento foi verificado. Valores de Reynolds entre 2300 e 4000, demonstram o regime de transição. 9 2.3 TEORIA DOS MÉTODOS O experimento é uma releitura do experimento realizado por Osborne Reynolds (figura 2), que segue o mesmo principio para determinar o regime de escoamento da tinta azul em uma tubulação de água, esse experimento nos permite observar os regimes e depois de calculado o numero de Reynolds confirmar se a observação estava correta. No experimento do laboratório o diferencial é a presença do rotâmetro (figura 5), assim diferente do experimento de Reynolds original, não usamos a vazão mássica, que é a quantidade de massa do liquido que sai em um determinado tempo, pois o rotâmetro é um aparelho no qual consegue-se controlar a vazão volumétrica (volume do liquido em um determinado tempo), assim dando uma maior precisão, pois evitamos erros sistemáticos como: a pesagem do liquido, contagem do tempo em um cronômetro, erros dos operadores e etc. O cálculo do numero de Reynolds é a segunda parte do experimento e esta serve para confirmação do resultado observado no experimento, pois é somente com o cálculo que conseguimos um resultado preciso, principalmente no caso de transição e turbulento, onde estes podem gerar confusão para quem observa. Para isso usa-se a equação do numero de Reynolds, mas especifica para tubos e usando a vazão volumétrica e não vazão mássica, devido presença do rotâmetro no nosso laboratório, como dito anteriormente. Equação do Número de Reynolds em função da vazão em volume (m³ / s). Encontrado o número de Reynolds, para determinar o regime de escoamento, usa-se a convenção abaixo: Laminar: número de Reynolds < 2300. Transição: 2300 < número de Reynolds < 4000. Turbulento: Número de Reynolds > 4000. 4 Re D Q D 10 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE REYNOLDS E DOS REGIMES DE ESCOAMENTO 3.1.1 Equipamentos e Materiais Utilizados 1 Bancada de Determinação de Regime de Escoamento; Que é formado por: 1 Reservatório de Tinta Azul; 1 Reservatório de água; 1 Tubulação linear; 1 rotâmetro; Fonte: Autor Figura 7 - Bancada de Determinação do Regime de Escoamento 11 Fonte: Autor 3.1.2 Realização Com ajuda do laboratorista Rodolfo, que já tinha preparado o sistema (reservatórios de água e tinta, rotâmetro para medição da vazão e tubos para escoamento), montando assim o sistema da figura 4. O experimento se inicia com a abertura da válvula de escoamento da água, iniciando-se com uma abertura pequena. Depois abriu-se a válvula que libera a tinta para o tubo capilar dentro do tanque. Ajustou-se a vazão destas duas válvulas até que se fosse observado um filete de tinta reto, ou seja, sem oscilações. Após a observação desse primeiro regime, aumentou a vazão no rotâmetro em 50 L/h. Foram realizadas 7 observações (150 l/h até 450 l/h), de modo que o aumento da vazão possibilitou a observação dos tipos de escoamentos: laminar, transição e turbulento. Depois realizou-se os cálculos do numero de Reynolds para realizarmos a verificação dos regimes observados. Os regimes observados pelos estudantes encontram-se na parte “RESULTADOS” desse relatório. Figura 8 - Rotâmetro 12 4. RESULTADOS 4.1 REGIMES OBSERVADOS NA HORA DO EXPERIMENTO: Abaixo encontra-se fotos dos três regimes, mais bem definidos encontrados no experimento: Tabela 1: Regimes Observados pelos alunos, durante o experimento. Regime de Escoamento Observado Vazão [l/h] Laminar 150 Transição 200 Transição 250 Transição 300 Turbulento 350 Turbulento 400 Turbulento 450 Fonte: Autor Figura 9 - Regime Laminar, encontrado na Vazão: 150 l/h 13 Figura 10 - Regime de Transição, encontrado na Vazão: 250 l/h Fonte: Autor Figura 11- Regime Turbulento, encontrado na Vazão: 350 l/h Fonte: Autor 14 4.2 REGIMES CALCULADOS: Cálculos usados encontram-se nos ANEXOS: 4.3 RESULTADOS FINAIS E ANÁLISE: Tabela 2: Resultados obtidos pelos Cálculos Teóricos Vazão [m³/s] Velocidade [m/s] Número de Reynolds Regime de Escoamento Calculado 4,17x10−5 0,0785 2002,04 Laminar 5,56x10−5 0,1047 2669,39 Transição 6,94x10−5 0,1307 3331,93 Transição 8,33x10−5 0,1569 3999,28 Transição 9,72x10−5 0,1831 4666,62 Turbulento 1,11x10−4 0,2091 5329,17 Turbulento 1,25×10−4 0,2354 6001,31 Turbulento Tabela 3: Resultados Finais do Experimento Regime de Escoamento Observado Vazão [l/h] Vazão [m³/s] Velocidade [m/s] Número de Reynolds Regime de Escoamento Calculado Laminar 150 4,17x10−5 0,0785 2002,04 Laminar Transição 200 5,56x10−5 0,1047 2669,39 Transição Transição 250 6,94x10−5 0,1307 3331,93 Transição Transição 300 8,33x10−5 0,1569 3999,28 Transição Turbulento 350 9,72x10−5 0,1831 4666,62 Turbulento Turbulento 400 1,11x10−4 0,2091 5329,17 Turbulento Turbulento 450 1,25×10−4 0,2354 6001,31 Turbulento 15 Baseado nos resultados obtidos comparou-se o regime de escoamento visualizado no dia da aula prática, com os valores calculados para o número de Reynolds e o seu respectivo regime de escoamento. No decorrer da aula prática tinha como objetivo obter os diferentes tipos de escoamento laminar, transitório e turbulento conforme a variação da vazão no rotâmetro. Os números encontrados para Reynolds para cada tipo de escoamento e os resultados obtidos mostram que com o aumento da velocidade, o número calculado aumenta. Tal fato comprova a essência do experimento. Quanto à visualização dos escoamentos com auxílio da tinta azul, conseguiu-se distinguir muito bem os diferentes tipos de regimes. Para o laminar, percebe-se um leve fio de tinta quepassa pelo centro do tubo, já com o turbulento ocorre uma ocupação de todo o diâmetro do tubo, o de maior dificuldade de identificação foi o regime de escoamento transitório, em que o fio de corante segue uma trajetória que aumenta o seu grau de desordem conforme o a aumento da vazão, chegando ao ponto de passar para o escoamento turbulento. 5. CONCLUSÃO Foi possível associar os diferentes tipos de escoamento quantitativamente em relação ao número de Reynolds. Os escoamentos identificados visualmente foram de acordo com o regime obtido através dos cálculos, indicando que a percepção visual do experimento referente aos operadores foi claramente bem executada. Sendo regime transiente o mais difícil de identificar visualmente, é conveniente dizer que só é possível dizer com certeza se o regime é laminar, intermediário ou turbulento, através dos cálculos do Número de Reynolds, mas a visualização ajuda a encontrar a faixa desejada. Mesmo não obtendo os valores de número de Reynolds dentro da linha tabelada, por conta dos erros de equipamento e experimentais, ainda assim notamos uma realidade no seu crescente número, de acordo com os regimes, laminar, de transição e turbulento. 16 BIBLIOGRAFIA FOX, R. W. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 504 p. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE. Escoamento Laminar e Escoamento Turbulento. Fenômenos de Transporte I. W U, H. Kwong. Fenômenos de transportes: mecânica dos fluido s, 1 ª edição – São Carlos: EdUFScar, 2010 COLADAWEB. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/fisica/hidrostatica.htm>.Acesso em: 10 de abril de 2018. WHITE, F.M. Mecânica dos Fluidos, 4 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil, Ltda.,2002. 880 p. ESCOLADAVIDA. Disponível em: <http://www.escoladavida.eng.br/mecflubasica/aula3_unidade3.htm>. Acesso em: 10 de abril de 2018. ANEXOS 1) CÁLCULOS: Cálculo da Viscosidade Cinemática: 𝑉 = 𝜇 𝜌 Onde: Água: = 1000 kg/m3 μ = 1,02.10-3 N.s/m2 Resultado: v = 1,02x10-6 m²/s Conversão da vazão para o SI (m³/s) Cálculo da Velocidade: 𝑉 = 𝑄 𝐴 Onde: Q = Vazão A = Área da seção: 5,3093x10−4 m² Vazão [l/h] Vazão [m³/s] 150 4,17x10−5 200 5,56x10−5 250 6,94x10−5 300 8,33x10−5 350 9,72x10−5 400 1,11x10−4 450 1,25×10−4 Cálculo do número de Reynolds: Usando a equação de Reynolds para tubo com vazão volumétrica: Onde: Q: Vazão indicada no Rotâmetro em (m³/s) (SI); v: Viscosidade Cinemática: 1,02x10-6 m²/s (Si); D: Diâmetro do tubo: 0,026 m (SI) Velocidade [m/s] Vazão [m³/s] 0,0785 4,17x10−5 0,1047 5,56x10−5 0,1307 6,94x10−5 0,1569 8,33x10−5 0,1831 9,72x10−5 0,2091 1,11x10−4 0,2354 1,25×10−4 Número de Reynolds Regime de Escoamento Calculado 2002,04 Laminar 2669,39 Transição 3331,93 Transição 3999,28 Transição 4666,62 Turbulento 5329,17 Turbulento 6001,31 Turbulento 4 Re D Q D
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