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Hérnia, fimose e criptorquidia

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HÉRNIA INGUINAL 
1. Conceitos: 
Saída de víscera ou parte dela da cavidade abdominal para a região inguinal por defeito congênito (processo 
vaginal, persistência do conduto peritoneovaginal) ou por defeito da parede posterior (menos comum) 
HI redutível: conteúdo do saco herniário pode ser reintroduzido na cavidade abdominal com facilidade 
HI encarcerada: conteúdo do saco herniário não pode ser reintroduzido sem manobras especiais 
HI estrangulada: conteúdo do saco herniário não pode ser reintroduzido, comprometimento de irrigação 
sanguínea que, se irreversível, causa necrose 
HI incompleta: conteúdo do saco herniário não está em contato direto com túnica vaginal do testículo 
HI completa (inguinoescrotal): conteúdo do saco herniário está em contato direto com túnica vaginal 
HI de deslizamento: uma das paredes do saco herniário é formado por parte de víscera abdominal 
HI recidivada: hérnia que reaparece após correção cirúrgica 
Hérnia de Richter: apenas parte do conteúdo do saco herniário é aprisionado no anel herniário 
Hérnia de Littré: parte do conteúdo aprisionado no anel herniário é um divertículo de Meckel 
2. Embriogênese: 
3°m intraútero: evaginação do peritônio pelo aumento da pressão intra-abdominal ocasionado pelo rápido 
crescimento dos órgãos intra-abdominais começa a formar conduto peritoneovaginal 
 
Gubernaculum testis: ligamento fibromuscular que orienta descida do testículo intra-abdominal para dentro 
da bolsa escrotal, pela região inguinal em formação 
 Porção distal: envolve testículo  túnica vaginal do testículo 
 Resto do conduto é reabsorvido e desaparece 
Após descida completa do testículo, se oblitera espontaneamente do anel inguinal interno até o testículo 
 
Obliteração incompleta: HI, cisto de cordão, hidrocele 
Ao nascimento, 80% tem conduto ainda aberto  aos 2 anos, 40% ainda estão permeáveis 
Na menina o conduto peritoneovaginal é chamado de canal de Nuck 
3. Fisiopatologia: 
Persistência do conduto peritoneovaginal: persistência do conduto com no mínimo 2 cm sem tração e luz 
comprovada pela introdução de estilete ou ar injetado 
HI: se entrar víscera ou parte dela na persistência do conduto, saco largo 
Hidrocele e hérnia de corsão: líquido dentro do processo vaginal (fluido peritoneal), saco estreito 
Processo vaginal patente é hérnia em potencial 
Fatores que favorecem HI no processo vaginal: redução da tonicidade da musculatura (PMT, desnutrição, 
doenças musculares e do tecido conjuntivo), aumento da pressão abdominal (ascite, massa), diâmetro da 
porção proximal do processo vaginal aumentado. 
Hérnia direta após correção de hérnia indireta: não reconhecimento do defeito de parede posterior durante 
reparo cirúrgico da hérnia indireta; lesão de assoalho posterior durante correção cirúrgica prévia 
4. Epidemiologia: 
0,8 - 4,4% das crianças 
PMT: 5 – 25% em < 1kg 
6-9x mais frequente em meninos (descida do testículo retarda o fechamento do conduto) 
Meninos: 60% é D, 25-30% é E, 10-15% é bilateral (testículo direito desce depois do esquerdo) 
Meninas: 60% é D, 30% é E, 10% é bilateral 
 15-20% tem ovário (50%), trompa de falópio (12%), ovário + trompa (15%), útero, como uma das 
paredes da hérnia deslizada 
HF: 11% 
Bilateralidade em PMT: 40% 
Hérnia direta: 0,5%  defeito na parede posterior do canal inguinal 
Hérnia crural ou femoral: 0,2%, mais comum em mulheres (2 : 1), mais comum no lado D, 10-15% são 
bilaterais 
15% das HI terão encarceramento  70% no 1° ano de vida 
5. Quadro clínico: 
Aumento de volume na região inguinal ou inguinoescrotal principalmente aos esforços 
Costumam ser assintomáticas até seu encarceramento 
Pode haver abaulamento da região inguinal. Solicitar Valsalva, tossir, colocar lactentes de pé 
Massa mole na região inguinal, redutível, borborismo, polo superior não palpável 
Menina com massa arredondada, firme, móvel, podendo ser dolorosa, irredutível  ovário deslizante 
 15-20% das meninas com hérnias tem ovário/trompas deslizantes 
 DD: hidrocele do canal de Nuck, linfonodo aumentado, intestino encarcerado 
Sinal da seda de Gross: sinal indireto de presença de saco herniário 
 Palpar com dedo indicador cordão espermático na sua passagem pela crista do púbis, fazendo 
movimentos laterais  espessamento do cordão pelo deslizamento de uma parede do saco sobre a outra 
Se hérnia não visualizada ou palpada, necessidade de reavaliação 
Se HI testemunhada por pediatra, mas não pelo cirurgião, correção pode ser indicada (erro em 12%) 
6. Condições associadas: 
Fibrose cística do pâncreas 
Derivação ventrículo-peritoneal 
Defeitos pélvicos congênitos: extrofia de bexiga, extrofia de cloaca 
Sd de Hurler-Hunter (defeito no metabolismo dos mucopolissacarídeos) 
Sd de Ehler-Danlos (doença de tecido conjuntivo) 
Diálise peritoneal 
Luxação congênita de quadril 
Criptorquidia 
Anomalias congênitas da parede abdominal (extrofia de bexiga, extrofia de cloaca, onfalocele, gastroquise) 
7. Tratamento 
Cirurgia está indicada em todos os casos diagnosticados pela alta chance de encarceramento (70% ocorrem 
no 1° ano) e por ela não desaparecer sozinha 
Cirurgia não é feita se infecção respiratória, diarreia, lesões infectadas, anemia e RN PMT hospitalizado 
(apenas após 1800-2000 g) 
Exploração contralateral: 
Não é de rotina (apenas 10-15% terão HI contralateral após correção da unilateral) 
É feita em crianças com aumento da pressão intra-abdominal por derivação ventrículo-peritoneal, dialise 
peritoneal, ascite; hemofilia, anemia falciforme; risco anestésico se 2° procedimento, como em PMT + 
doença pulmonar; PMT, pela alta taxa de hérnia contralateral 
Hérnia contralateral ocorre entre 1-2 anos após correção da unilateral 
Apressar correção cirurgia de HI: 
Após redução manual de hérnia encarcerada (recidiva de 40%), ovário encarcerado (risco de torção, sendo 
o ovário sempre reintroduzido) 
Técnica cirúrgica: 
Bloqueio regional de nervos ilioinguinais e iliohipogástrico ou AL (bupivacaína, ropivacaína) 
 Infiltração de anestésico 1cm para dentro e para baixo da crista ilíaca anterossuperior 
Incisão transversa de 2cm na prega abdominal inferior, lateral ao tubérculo púbico 
Abertura da aponeurose do obliquo externo, lateral ao anel inguinal externo, até o anel inguinal interno (não 
abrir) 
Dissecção da porção proximal do saco herniário até a gordura pré-peritoneal, abertura e torção, ligadura 
alta, transfixação e fechamento em 8 
Em meninas o anel inguinal interno pode ser fechado e o coto do saco herniário fixado na região posterior 
do músculo obliquo interno e transverso (manobra de Barker), evitando a torção uterina, atuando como 
ligamento redondo. Feita na herniorrafia bilateral 
Se anel inguinal interno muito dilatado por grandes hérnias indiretas, estreitar o anel com 2-3 pontos 
pregueando as margens da fáscia transversal na região inferior do anel (técnica de Marcy) ou fechando o 
anel pela técnica de Bassini 
Se testículo móvel e subir até região inguinal, indica que não está fixado à bolsa escrotal pelo gubernáculo. 
Realizar orquidopexia em bolsa subdartos, prevenindo torção ou criptorquidia 
Antes de fechar garantir que não houve criptorquidia iatrogênica 
Fechar a pele com sutura intradérmica ou subdérmicos 
Curativo com plástico semitransparente permeável 
Revisão pós-operatória é feita no 2°-7° POP, retirando os pontos 
Atividade física moderada não é restringida 
Hérnia deslizada: geralmente vísceras então na porção póstero-medial do saco herniário (trompas, ovários, 
bexiga) 
 Múltiplas bolhas invaginantes, sendo a última colocada no nível do orifício inguinal interno. Inverte a 
víscera deslizada pelo anel inguinal profundo para dentro da cavidade peritoneal.Canal profundo é fechado 
com 1-2 pontos na margem da fáscia transversal 
 Incisões longitudinais na parede do saco herniário de ambos os lados da víscera deslizada junto ao 
anel inguinal interno formam um retalho de parede (flap). Reduzir o retalho para a cavidade peritoneal. 
Fechar saco com ligadura alta. Apendicectomia com inversão do coto ou técnica de Lilly e Randolph com 
desvascularização completa do AP se o componente da hérnia deslizada for o apêndice (geralmente na 
porção posterolateral da região inguinal direita). Técnica de Lilly e Randolph é feita apenas em lactentes. 
Ligadura alta do saco. 
Hérnia crural/femoral: técnica de McVay (reparo da fáscia transversal ao ligamento de Cooper) ou acesso 
infrainguinal com aproximação do ligamento inguinal a fáscia pectínea 
Hérnia direta: técnica de McVay ou técnica de Bassini (reparo da fáscia transversal ao ligamento de Poupart). 
Se defeito muito grande no assoalho posterior, usar tela de Marlex 
Reforço de parede, pelo risco de recidiva se: ruptura de saco friável, não fechamento de todo saco herniário, 
não ligadura alta do saco no nível do anel profundo, ligadura frouxa, anel inguinal profundo muito dilatado, 
não reconhecimento da hérnia direta, lesão iatrogênica de assoalho, doenças que aumentando pressão 
intra-abdominal ou fraqueza, inexperiência cirúrgica, distúrbios neurológicos (nutrição, espasmos, 
convulsões, derivações), deficiência muscular e friabilidade do tecido 
Doenças metabólicas e mesenquimais: ligadura alta do saco + fechamento do anel transversal interno. Se 
fáscia transversal fraca, usar tela de Marlex. 
Se ausência de vaso deferente, investigar agenesia renal e fibrose cística 
75% das meninas com insensibilidade androgênica tem HI. Genitália externa é normal. Incidência de 2%. 
Sempre tracionar ligamento redondo e visualizar trompa. Trompa de falópio se desenvolve pela ausência de 
fator inibidor mulleriano. No deslizamento de ovários, inspecionar gônadas e, se anormal em pré-púberes, 
não remover, mas fazer biópsia e herniorrafia. 
8. Complicações 
Recidiva (0,5-1%), IFO (1%), lesão de deferente, edema, hematoma, criptorquidia iatrogênica, hipertrofia 
testicular em hérnia encarcerada (10-15%), ressecção de alça intestinal em hérnia encarcerada com 
insucesso na redução manual (10%) 
 
HÉRNIA ENCARCERADA 
1. Quadro clínico: 
Aparecimento súbito de tumor na região inguinal ou inguinoescrotal 
Episódio anterior de encarceramento, precisando de internação ou redução manual 
Dor na região inguinoescrotal, inguinal ou abdominal inferior na criança maior 
Choro, irritabilidade e recusa alimentar em lactentes 
Constipação, diarreia é rara 
Vômitos, por reflexos alimentares, após biliares 
Tumor visível, palpável, doloroso, polo superior não identificável, endurecido, edema, hiperemia da pele supra-
adjacente 
Distensão abdominal 
2. Diagnóstico: 
Lactentes com dúvida: exame bimanual  toque retal com indicador direito, com o esquerdo palpar anel inguinal 
interno, tentando identificar alça encarcerada 
Dúvida: Rx inguinoescrotal  níveis hidroaéreos 
Rx abd: distensão de alças, obstrução intestinal mecânica 
3. DD: 
Torção de testículo inguinal ou de apêndice testicular, linfadenite inguinal/crural, cisto agudo de cordão ou do canal 
de Nuck 
4. TTO: 
Sempre tentar redução manual (efetiva em 90%). Não realizar se sangue nas fezes, peritonite, sinais de toxicidade 
(febre, taquicardia, leucocitose (> 15.000)), pneumoperitônio, choque séptico, criptorquidia associada, distensão 
abdominal importante 
* encarceramento prévio tem 40% de chance de encarcerar novamente 
a. Técnica de redução manual 
NPO, SNG se vômitos repetidos ou importante distensão abd, ATB profilático em PMT 
Sedação na linha intravenosa se desidratação ou ATB EV 
Trendelemburg 30-40° 
Bolsa de gelo sobre gaze vaselinada na região inguinal 
Sedação com analgesia 
Controle de risco de vômitos, depressão respiratória, hipotermia 
Após sedação, aguardar por alguns minutos para redução espontânea. Do contrário, redução manual com manobras 
suaves. 
Se redução manual obtida, hospitalização e reparo eletivo em 48h 
Se não obtida redução manual, correção cirúrgica de urgência, sendo o acesso pela região inguinal. Se necrose, 
ressecção intestinal, incisar no QID para exploração abdominal 
HÉRNIA UMBILICAL 
1. Conceito: 
Defeito no fechamento das estruturas fibromusculares da aponeurose do anel umbilical, permitindo a protrusão de 
órgãos intra-abdominais (alças) recobertas de peritônio, tecido celular subcutâneo e pele da cicatriz umbilical 
2. Epidemiologia: 
18,5% em brancos em < 6m, 40% em negros < 6m 
PMT: 75-85% se entre 1 – 1,5kg 
Maioria fecha sozinha até os 8 anos (95%) 
Não há predisposição sexual 
3. Fisiopatologia: 
Cicatriz costuma contrair fisiologicamente se forma progressiva com completo fechamento de canal umbilical. 
Falha na proliferação de tecido conjuntivo denso que preenche o anel umbilical, formando zona enfraquecida que, 
junto com a protrusão de vísceras intra-abdominais, forma hérnia umbilical 
Ausência de protrusão sacular, mesmo com defeito fascial, não indica hérnia 
4. Fatores predisponentes: 
Negros (cordão mais espesso, infecção umbilical é mais comum, genético), desnutridos, prematuros (distensão abd, 
hipotonia muscular), hipotireoidismo (hipotonia generalizada), Sd de Beckwith-Wiedmann, gêmeos, trissomias 13, 18 
e 21, RN grande com cordão largo, infecção neonatal da cicatriz umbilical, mielomeningocele (hipotonicidade da 
parede abdominal), aumento da pressão abdominal (ascite, tumor), mucopolissacaridose, predisposição familiar 
5. Quadro clínico 
Assintomáticos ou protrusão redutível, podendo produzir borborismo. Aumenta aos esforços 
Pode haver pele redundante em forma de probóscide 
Raramente encarcera, estrangula ou perfura com evisceração e dor abd 
Tamanho do saco e quantidade de protrusão não são proporcionais ao tamanho do orifício 
6. TTO: 
Anel umbilical geralmente fecha espontaneamente 
Não usar ataduras, faixas, por causar perda de tônus muscular e inibe estímulos locais de maturação anatômica 
Indicações de cirurgia: > 5 anos e > 1,5 cm de diâmetro; umbigo e hérnia de aspecto probóscide após 2 anos de idade, 
encarceramento, estrangulamento, ruptura com evisceração, dor intensa e persistente, persistência da hérnia 
independentemente da idade após os 8 anos. 
Técnica cirúrgica: incisão curvilínea intra-umbilical na ½ inferior, fechamento do saco herniário, fechamento do defeito 
fascial, inversão da pele umbilical. Curativo compressivo com fita umbilical por 5-7 dias. Se muito grande com 
necessidade de excisão de pele, usar técnica dos 4 retalhos triangulares da pele 
 
 
 
 
CIRCUNCISÃO 
1. Introdução: 
Existem benefícios, mas não suficientes para ser feito de rotina 
Interferência de fatores culturais, religiosos, emocionais 
2. Desenvolvimento do prepúcio: 
3°m de gestação: início do desenvolvimento do prepúcio  termina no 5°m 
Epitélio glandular e epitélio interno se fundem após terminar a formação 
Separação entre prepúcio e glande começa intraútero, mas é incompleta ao nascimento 
4% dos RN tem prepúcio totalmente retrátil 
20% tem retratilidade completa aos 6m 
5° ano: retrátil em 90% 
1% não tem prepúcio retrátil na maioridade 
3. Benefícios médicos: 
Incidência reduzida de ITU: 
1-2% tem ITU no 1° ano de vida. Não circuncidados tem 10x mais ITU. Circuncisão reduze colonização bacteriana no 
prepúcio. 
Incidência reduzida de ca peniano: 
Ca peniano ocorre quase só em não circuncidados. Principal FR é a fimose. Circuncisão é benéfica apenas se feita no 
período neonatal. Outros FR são verrugas genitais, > 30 parceiras sexuais, tabagismoIncidencia reduzida de DSTs: 
Não circuncidados tem maior incidencia de DSTs e HIV. Educação e comportamento são mais influentes. 
Incidência reduzida de ca cervical: 
Menor em grupos em que circuncisão é feita. Outros fatores são mais importantes 
4. Problemas de higiene: 
Retração forçada do prepúcio causa fibrose e fimose permanente 
Separação traumática da aderência balanoprepucial causa dor, sangramento, forma adesões entre glande e prepúcio 
Após separação ter ocorrido naturalmente, deve ser retraído e lavado regularmente 
5. Indicações: 
Fimose: é a estenose anatômica do orifício prepucial, impossibilitando a retração do prepúcio sobre a glande. Podem 
ser causadas por balanite xerótica obliterante, doença infiltrativa de pele de etiologia desconhecida. É reconhecida 
pela presença de prepúcio distal esclerótico, esbranquiçado. Alterações podem também incluir a glande, causando 
estenose meatal mesmo após circuncisão 
Parafimose: prepúcio permanece completamente retraído e, após tempo prolongado, ocorre constrição dolorosa da 
glande. Obstrução linfática pode causar edema e comprometer fluxo sanguíneo da glande. Tto com redução manual 
ou cirúrgica (incisão dorsal ou circuncisão) 
Trauma: lesões traumáticas de prepúcio dificilmente necessitam de circuncisão 
Balanopostite de repetição: inflamação superficial ou infecção da glande ou prepúcio. Geralmente por bactérias, que 
respondem bem a ATB tópico. Superinfecção de esmegma responde a dilatação e liberação das adesões 
balanoprepuciais. Se infecções repetitivas, circuncisão. 
Anomalias do trato urinário superior: circuncisão é considerada se anomalias do TUS, pelo aumento do risco de ITU. 
Não se sabe se circuncisão é mais efetiva que ATB profilático 
6. CI: 
Anomalias penianas: prepúcio é fonte de pele para correção de anomalias penianas e uretrais, como epispádia, 
hipospádia, recurvamento peniano. Circuncisão deve ser adiada até avaliação urológica 
Pênis embutido: circuncisão deve ser evitada, porque remoção de muita pele pode causar aprisionamento do pênis 
na gordura suprapúbica. Adiar até quando houver redução da gordura 
Diátese hemorrágica: CI relativa. Coagulopatias precisam ser corrigidas no perioperatório 
Problemas médicos importantes: CI relativa, avaliar riscos e benefícios, doenças associadas 
Prematuridade: adiada até que esteja saudável 
7. Técnicas: 
Realizado com anestesia local se no período neonatal. Se estase urinária ou grande resíduo pós-miccional (RVU, válvula 
da uretra posterior), reduz risco de ITU no 1° ano de vida. Anestesia geral é feita se circuncisão após período neonatal. 
Incisão dorsal do anel de fimose (postoplastia): temporiza casos agudos de fimose e parafimose. Abertura do anel 
constritivo com incisão dorsal. Pouco estético. Circuncisão pode ser feita posteriormente. 
Aparelhos: Plastibell, clampes. Prepúcio deve ser bem liberado, para inspeção de toda glande. Todas adesões 
balanoprepuciais devem ser liberadas. 
Postectomia: prepúcio redundante é demarcado e removido, margens de pele são reaproximadas com sutura 
absorvível 
8. Técnicas analgésicas: 
Circuncisão causa dor e estresse. Podem ser feitos o bloqueio dorsal peniano com lidocaína, injeção subcutânea de 
lidocaína circunferencialmente ao redor da porção média do pênis ou de sua base ou EMLA creme tópico (mistura de 
lidocaína com prilocaína) aplicado no corpo peniano distal e coberto com curativo oclusivo por 60-90 min antes do 
procedimento (não pode ser usado em < 1m, pode causar metahemoglobinemia) 
9. Complicações: 
Agudas: sangramento é a complicação mais comum, geralmente parando por compressão, remoção excessiva de pele, 
amputação peniana (raro, se tenta reimplante glandar com microcirurgia imediatamente), necrose peniana 
(geralmente por cautério, causando trombose), lesão uretral, infecções (geralmente pequenas, resolvidas com banhos 
de assento e curativo local. Raro ocorrer gangrena, fascite e sepse), retenção urinária (por curativo muito apertado, 
Plastibell inadequado), deiscência de sutura (deixar cicatrizar por segunda intenção, usar creme de barreira) 
Tardias: remoção incompleta do prepúcio pode levar a contratura e fimose verdadeira, cistos de inclusão, 
recurvamento peniano, pontes de pele, fistulo uretrocutânea, estenose meatal (especialmente se balanite xerótica 
obliterante, pela retirada do prepúcio que atuava como protetor, irritação), pênis embutido (evitar circuncisão se pênis 
embutido, porque emoção excessiva de prepúcio pode causar cicatriz circular sobre corpo peniano e, após retração 
peniana na gordura pré-púbica, pode ficar aprisionado pelo anel de fibrose na zona de sutura na superfície da pele) 
10. TTO da fimose com esteroides tópicos: 
Tto prolongado, sendo o creme aplicado por 4-8 sem, 2x/d. são usados betametasona 0,05%, hidrocortisona 1-2%, 
Triancinolona 0,1-1% 
 
PARAFIMOSE: 
1. Conceito: 
Estrangulamento do prepúcio distal ao anel da fimose quando há retração forçada do prepúcio sobre a 
glande com fimose, não conseguindo retornar a posição original 
2. Fisiopatologia: 
Prepúcio aprisionado atrás da glande por tempo prolongado forma anel de constrição, que impede seu 
retorno a posição original. Esse anel impede também fluxo sanguíneo e linfático para a glande e prepúcio. 
Pela isquemia, há edema. Se não tratada, forma gangrena e auto-amputação em dias-semanas. 
3. Quadro clínico e diagnóstico: 
Dor peniana de início agudo, glande e prepúcio com edema, anel que impede retorno do prepúcio a posição 
original 
Podem ocorrer sintomas miccionais obstrutivos 
4. TTO: 
Redução o edema e redução do prepúcio à sua posição original 
EMLA creme como anestésico tópico, aplicado no pênis 45-60 min antes da manipulação redutora. 
Antes da redução, compressão manual circunferencial com faze embebida e, solução salina sobre o edema 
do pênis distal, durante 5-10 min. Após, se tenta redução aplicando pressão com polegares sobre a glande, 
empurrando para trás, enquanto dedos médios e indicadores tracionam o prepúcio edemaciado para frente 
Injeção de hialuronidase pode auxiliar na redução do edema, facilitando a redução 
Açúcar granulado na glande e prepúcio gera líquido hipotônico se difunde para o açúcar, reduzindo o edema 
Múltiplas punções no prepúcio edemaciado, com expressão do liquido de edema, permitindo a saída de 
edema aprisionado e facilitando a redução 
Se redução manual não for efetiva, tto cirúrgico com incisão dorsal do anel e redução ou postoplastia (incisão 
longitudinal sobre anel constritivo, dissecção da fáscia de Buck no sentido transversal). Se incisão dorsal, 
deve ser feita postectomia eletiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIPTORQUIDIA 
1. Conceito: 
Criptorquidismo: anormalidades que causam escroto vazio 
Criptorquidia: para da migração embriológica do testículo em seu trajeto normal de descida, fora da bolsa escrotal 
Ectopia testicular: testículo fora do trajeto normal de descida, indicando anormalidade do gubernaculum testis 
Testículo retrátil: testículo já descido que, por hipercontratilidade do cremaster, retrai intermitentemente, podendo ser 
encontrado na região inguinal ou na bolsa escrotal. Na puberdade o testículo aumenta e fica mais pesado, o cremaster fica menos 
ativo e o testículo desce definitivamente para a bolsa escrotal. Produção hormonal e fertilidade sem alterações 
Testículo ascendente: criptorquidia adquirida, pode ocorrer por falha do canal inguinal em se alongar proporcionalmente ao 
crescimento corporal da criança ou por remanescente fibroso inelástico do processo vaginal ou da hidrocele comunicante 
obliterado ligado a túnica vaginal que previne o alongamento normal do cordão espermático e que, com o crescimento da criança, 
causarátração no testículo e sua ascensão até a região inguinal 
Monorquia: ausência de 1 testículo, por não formação embriológica (falha na organogênese) ou secundária a torção intra-uterina 
ou perinatal. 
Testículo evanescente: testículo ausente, mas que esteve presente em algum período durante a vida fetal, mas não no pós-natal 
Anorquia: ausência de ambos os testículos 
2. Mecanismos de descida do testículo: 
Hipotálamo: GnRH  hipófise: LH e FSH  LH: células de Leydig produzem TT; FSH: aumenta n° de receptores de LH na membrana 
das células de Leydig 
FSH: células de Sertoli secretam fator inibidor Mulleriano  regressão dos ductos paramesonéfricos, participação no início da 
descida testicular por aumentar n° de receptores andrógenos nas células de Leydig 
10-11° sem de gestação: gonadotrofinas coriônicas da placenta + LH: células de Leydig secretam TT localmente ativa  
diferenciação do ducto mesonéfrico em ductos de Wolff  diferenciação dos ductos de Wolff em epidídimo, canal deferente e 
vesículas seminais 
10-15° sem de gestação: secreção testicular de TT e sua conversão periférica em DHT pela 5 alfa  masculinização 
 Fixação da DHT nos receptores andrógenos da genitália  feto masculino 
Descida dos testículos: em 2 fases 
1ª fase: 1° - 7° mês: transabdominal  testículo vai da crista geniturinária até anel inguinal interno 
 Crescimento somático diferencial do feto em desenvolvimento 
 Testículo fica ancorado no anel inguinal interno pelo gubernáculo 
2ª fase: 7° - 9° mês: inguinoescrotal 
 Começa na 28ª sem, em paralelo com a migração do gubernáculo 
 Para ocorrer, depende da estimulação androgênica 
Migração escrotal do gubernáculo e do testículo é finalizada na 35ª sem 
Descida dos testículos depende da interação de fatores hormonais e mecânicos: eixo HHT, produção de androgênio pelo testículo, 
uso adequado do androgênio pelo órgão alvo, conversão de TT em DHT, ligação da DGT em receptor específico , FIM, aumento de 
gubernáculo pelo TT que causa distensão passiva do escroto e do canal inguinal, conexão adequada do gubernáculo e epidídimo, 
aumento de pressão intra-abdominal que protrui o processo vaginal pela região inguinal e transmite pressão ao epidídimo, 
comprimento dos vasos espermáticos, bloqueio do canal inguinal, má função do nervo genitofemoral 
Gubernáculo: mesênquima frouxo, rico em ácido hialurônico, ápice conectado ao testículo e epidídimo, base conectada ao 
escroto. Fibras cremastéricas na periferia e processo vaginal se desenvolvendo dentro de sua substância 
 Se move da região inguinal para escroto, sendo o ácido hialurônico absorvido 
Processo vaginal se alonga no centro do gubernáculo 
Na fase de crescimento, o gubernáculo dilata o canal inguinal, guiando a descida testicular. É invadido pelo processo vaginal, que 
some, criando região de baixa pressão para onde os testículos podem se mover. 
Gubernáculo responde a andrógenos, cujos receptores estão no SNC 
Nervo genitofemoral (em L1, L2) atua como mediador da TT no gubernáculo, produzindo NT que causariam contrações rítmicas 
do gubernáculo, orientando o testículo pelo canal inguinal até o escroto. 
Caudas do gubernáculo: escrotal, inguinal superficial, perineal, pubopeniana, femoral. 
Ectopia testicular: orientação anormal de uma das caudas do gubernáculo, posição anormal do nervo genitofemoral, bloqueio do 
canal inguinal, nervo genitofemoral em posição anormal 
Ausência ou redução da 5 alfa redutase pode causar microgenitália ou genitália ambígua 
Criptorquidia pode ocorrer isolada ou associada a distúrbios congênitos, endócrinos, cromossômicos 
3. Desenvolvimento das células germinativas: 
Multiestagiado, começando no feto e completando na puberdade 
Céls endodérmicas do saco vitelínico: céls germinativas primordiais  migram para o blastema gonadal: espermatogônias fetais 
3m de idade = minipuberdade: espermatogônias fetais  espermatogônias adultas  transformação se completa com 12m = 
aumento de LH, FSH, MIS, proliferação de céls de Leydig 
3 – 4 anos de idade: espermatogônias adultas  espermatócitos  testículo quiescente até a puberdade 
4. Epidemiologia: 
3% dos RN do sexo masculino, 33% dos PMT, 60-70% dos com < 1500g 
Com 1 ano de idade, 1% terão. Após 1 ano, dificilmente descerá até escroto 
Mais comum do lado direito (2:1) 
Testículo não palpável: 20%, sendo que destes, 20% estarão ausentes na exploração cirúrgica 
Monorquia + criptorquidia: 4% 
Anorquia + criptorquidia: 0,6% 
Na população geral, 1% tem monorquia 
Na população geral, 1:20.000 tem anorquia 
Bilateralidade: 10-25% 
HF: 12-15% 
Anomalias associadas a criptorquidia: persistência do conduto peritônio vaginal, anomalias de epidídimo (50%), hipospádia, 
válvula da uretra posterior (10%), anomalias de trato urinário superior (15%), defeitos na parede abdominal (15% tem gastroquise, 
35% tem onfalocele), defeito de tubo neural (25%), extrofia de bexiga, artrogripose múltipla congênita, Sd de Prunebelly, 
distúrbios com deficiência de gonadotrofinas (Sd Kallmann, Prader-Willi, Laurence-Moon-Bield), retardo mental (40%) 
5. Classificação: 
Criptorquidia: intra-abdominal (para dentro do AII), canalicular (dentro do canal inguinal, entre AII e AIE), emergente (para fora 
do AIE), supra-escrotal 
Ectopia: bolsa inguinal superficial (superficial a aponeurose do músculo oblíquo externo), pré-púbico, crural, perineal, ectopia 
transversa 
 
 
 
6. Complicações: 
Infertilidade: testículo escrotal fica a 33°C, inguinal fica a 34-35°C e 37°C se intra-abdominal. Temperaturas altas causam defeito 
na maturação das células germinativas, redução do diâmetro dos túbulos seminíferos, atrofia de céls de Leydig, fibrose, 
hialinização peritubular  cirurgia a partir dos 6m, antes de completar 12m 
Alterações congênitas intrínsecas: usar análogo do hormônio liberador do LH após orquidopexia facilita transformação de 
gonócitos em espermatogônias adultas, melhorando a fertilidade por aumentar n° de espermatogônias 
Associado a mais HI (12%), 90% tem persistência do conduto peritônio-vaginal 
Predisposição a torção de testículo. Testículo inguinal tem mais risco de trauma direto 
Fatores psicológicos 
Risco 3-10x maior de malignidade. Maior na criptorquidia bilateral e no testículo intra-abdominal 
 Degeneração progressiva das células germinativas, displasia, anormalidades intrínsecas 
 Orquiopexia não reduz risco, mas facilita detecção 
 Mais comum em testículos não descidos: seminomas 
 Testículos após orquiopexia: mais comum tu de células germinativas do tipo não-seminomatoso 
7. Quadro clínico: 
Quando notaram bolsa escrotal vazia, presença prévia de testículo, tumoração 
Reflexo cremastérico ausente ou fraco nos primeiros 3m de vida  idade ideal para diagnóstico 
Inspeção da bolsa escrotal em supina: distância entre as pregas e corrugações da pele escrotal, comparação contralateral 
Se bolsa escrotal hipotrófica é provável que nunca tenha descido 
Se distancia de pregas e corrugações forem simétricas, mesmo um menor que o outro, provável retículo retrátil 
Palpação da bolsa escrotal: distensão da bolsa pelo septo interescrotal 
Palpação crural, perineal, inguinal 
Manobra da ordenha: em supina, identificar testículo com palpação do abd inferior, desde a EIAS até a crista do púbis, deslocar 
para hemibolsa escrotal mantendo pressão constante, tentando aprisiona-lo no fundo da bolsa escrotal 
Testículos em abd inferior: provavelmente retrateis, criptorquídico supra-escrotais ou canaliculares, ectópicos em bolsa inguinal 
superficial e pré-púbico. 
Testículo canalicular não é palpado pela ordenha, por serem pequenos e estarem abaixo da aponeurose do oblíquo externo 
Manobra da posição agachada: criança sentada com costas apoiadas na parede, flexiona coxassobre abd, ou de pé passa a ficar 
agachada sobre calcanhares. Músculo cremaster relaxa e os abdominais, comprimidos, pressionam testículo, que é deslocado no 
sentido da bolsa 
8. Investigação diagnóstica: 
Testículo não palpável: exames de imagem  TC, RNM, venografia, arteriografia, US Doppler  50-60% são canaliculares, 20-30% 
abdominais, 10-20% ausentes 
Se testículo não palpável e eco indicando ausência de rim, provável ausência de testículo do mesmo lado 
Lactente com criptorquidia uni ou bilateral + hipospádia, pensar em intersexo tipo disgenesia gonadal mista ou pseudo-
hermafroditismo 
Se durante cirurgia sem ducto deferente, após fazer US para detectar provável agenesia renal 
Laparoscopia: suspeita de testículo intra-abdominal, permite ligadura de vasos espermáticos e orquidopexia retroperitonial por 
vídeo 
Dúvida entre testículo retrátil e criptorquidia baixa: injetar HCG semanalmente por 3 semanas. Repetir exame clínico na 4ª sem 
Testículos impalpáveis bilaterais: diferenciar criptorquidia de anorquia. Dosar TT, FSH, LH. FSH e LH altos, provável anorquia. Do 
contrário, estimulação hormonal com 3 doses em dias consecutivos ou alternados, sendo dosado a TT no 5° dia (consecutivo) ou 
8° dia eletivo (alternado). Se elevação da TT, provável haver tecido testicular, que deve ser abordado cirurgicamente 
9. Tratamento: reduz risco de torção, facilita exame, melhora função endócrina, reduz estresse, aparência normal do 
escroto, não muda malignidade e fertilidade se unilateral 
Hormonal: por deficiência no eixo HHT 
São usados gonadotrofina coriônica humana e hormônio liberador do LH 
Indicações: criptorquidia bilateral, DD entre criptorquidia e testículo retrátil, testículo retrátil menor que o normalmente descido, 
determinar presença de gônada em testículos não palpáveis bilaterais, tto de testículo ascendente adquirido (secundário a 
ascensão do canal inguinal) 
Dose: 50 UI/kg/dose 2x/sem por 3-4 sem 
Se usado entre 1-3 anos, pode causar apoptose das células germinativas por fragmentação de DNA 
Cirúrgico: orquiopexia é indicada se < 1 ano 
Se + HI, cirurgia quando feito o diagnóstico 
Orquiopexia em testículos inguinais: técnica de Schoemaker 
Se testículos altos, dentro do canal inguinal e junto ao AII, outras manobras são necessárias 
Laparoscopia pode ser feita no tto de testículos impalpáveis no canal inguinal alto e no abdome 
Orquiopexia pode ser feita também por vídeo, com mobilização dos vasos espermáticos e sem ligaduras 
Autotransplante microcirúrgico com anastomose dos vasos testiculares com os vasos epigástricos inferiores (sucesso em 87-93%) 
Se testículos impalpáveis: iniciar investigação por laparoscopia exploradora por porta umbilical única ou iniciar com exploração 
inguinal 
Indicações de Orquiectomia: paralisia cerebral com testículo abdominal, anormalidades genéticas (Sd de Klinefelter), criptorquidia 
unilateral intra-abdominal pós-puberdade, testículo atrófico ou disgenético. 
10. Complicações da orquiopexia: 
Lesão de vasos espermáticos com atrofia testicular, torção de elementos do cordão, IFO, lesão de ducto deferente (1%), retração 
do testículo na região inguinal (5%)

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