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Nome: Paula Rocha Machado
Sessão: 10
Texto: Ambiente Adverso - Fabrício Marques
A reportagem lida em si faz uma análise do resultado da Pesquisa de Inovação (Pintec) comparando com os resultados obtidos nos anos (triênios) anteriores. Mostra-se que houve uma redução no investimento e aprimoramento da inovação por parte das empresas brasileiras. Em contrapartida, o investimento do setor privado e sua articulação em pesquisa e desenvolvimento houve progressão. Foram analisados os possíveis motivos para os tais resultados obtidos. Uma das principais razões para a regressão no investimento à inovação é a falta de infraestrutura do Brasil que, consequentemente, dificulta a busca por inovação. Além disso, no ano de 2011 houve uma desvalorização do dólar em comparação ao real, o que fez com que vários setores estivessem sujeitos à concorrência com produtos exportados, que na época estavam mais “baratos”. Sendo assim, a inovação em produtos ficou comprometida já que os importados entravam com certa facilidade e preço baixo no mercado brasileiro. Em relação ao aumento da articulação para pesquisa e desenvolvimento, isso foi obtido graças ao crescimento do investimento governamental à inovação, que ao contrário do que alguns setores econômicos pensam, o estímulo do governo tem seus efeitos.
Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor- cientifico da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) afirma que os resultados obtidos pela Pintec refletem a realidade politica brasileira vigente e suas contradições no campo da pesquisa e desenvolvimento. Concordo em partes com essa afirmação, pois do lado esquerdo há sim um investimento significativo no campo da inovação como nunca teve antes, com programas de apoio e estímulo financeiro. Mas, não acredito que o lado direito (se tivesse no poder) iria impor dificuldades para o uso desses instrumentos por parte das empresas, pois seria como um “tiro no pé”, ou seja, estaria prejudicando o desenvolvimento do país, deixando-o em recessão, o que acarretaria na perda do poder pela parte da direita. Acredito que ambos os lados continuariam com a pesquisa á inovação, enfrentando os mesmos obstáculos para atingir o objetivo como: falta de pessoas qualificadas, infraestrutura precária, alto custo à inovação, além da instabilidade da economia e, consequentemente, controle da inflação. O que diferenciaria os dois lados é a maneira que irão resolver esses problemas, pois como diria Calos Henrique: “os efeitos dos obstáculos são maiores que os efeitos dos estímulos” (página 38 – ao lado do diagrama Os principais gargalos). 
João furtado, economista e professor da USP (Universidade de São Paulo), acredita em duas hipóteses para os resultados obtidos da Pintec, uma boa (em relação à precisão dos dados) e uma ruim. A boa é que como as empresas se articularam melhor no campo da inovação, os dados obtidos têm melhor qualidade, retratando assim um cenário econômico brasileiro menos favorável a inovação e mais parecido com a realidade. A ruim é que mesmo com o crescimento dos investimentos à inovação por parte do governo e do setor privado, não surtiu um efeito significativo ao cenário atual, que continua sendo menos propicio a qualquer investimento em pesquisa e desenvolvimento. 
Concordo plenamente com o pensamento do economista e sua linha de raciocínio: Se não há mercado e este não estiver em constantes mudanças, não há inovação, pois é a presença do mercado consumidor e sua constante mudança que faz com que haja inovação por parte das empresas, portanto a fonte é o mercado dinâmico e não a ciência e seu desenvolvimento. Portanto, para que haja uma transformação desse cenário brasileiro, precário às inovações, as politicas públicas devem ser ousadas, estabelecendo metas ambiciosas assim como feito na Coreia do Sul, além de que teria que alterar a lei que fala que os investimentos sejam pontuais, pois o certo seria diversificar e espalhar os investimentos não só apenas em inovações de baixo risco, mas também em grandes projetos de pesquisas que têm alto risco.

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