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relatório sobre Processos decisórios

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Cibelle Nery
Jackeline Miranda
Juliana de Lara
Mariana Emi
Mirella Lima
PESQUISA OPERACIONAL
Processos Decisórios
MANAUS
2018
Cibelle Nery
Jackeline Miranda
Juliana de Lara
Mariana Emi
Mirella Lima
PESQUISA OPERACINAL
Processos Decisórios
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota no curso de Engenharia de Produção da Faculdade Federal do Amazonas.
Professor: Jonas Gomes da Sila
MANAUS
2018
INTRODUÇÃO
Atualmente podemos dizer que o cenário econômico e suas organizações se modificam constantemente, ou seja, há uma evolução diária. Não somente no quesito econômico, mas em vários setores, o processo decisório está interligado há todos os processos de uma empresa, podemos assim afirmar que cada passo dado pelo profissional acarretará em consequências sejam elas positivas ou negativas.
O trabalho em questão trará abordagens de forma clara sobre Processos Decisórios, contendo sua história e evolução, perfil do profissional que atua na área, assim como seu ganho e seus desafios, além de informações sobre ferramentas utilizadas diariamente pelos atuantes e até mesmo por leigos, que diariamente utilizam-se do processo decisório.
CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A tomada de decisão, segundo Oliveira (2004), é a conversão das informações analisadas em ação. Os desafios impostos levam os administradores a buscar informações que espelhem fielmente a real situação das organizações, para que o processo decisório seja efetuado de forma eficaz, para alcançar os resultados pretendidos. Neste sentido, entende-se que as decisões precisam ser tomadas de forma ágil e correta, pois o desempenho das organizações depende da qualidade de seu gerenciamento.
Segundo PEREIRA & FOSECA (1997) a década de 1960 foi precursora de grandes mudanças em todas as áreas, e ficou conhecida como “a década que mudou o mundo”. Na teoria administrativa, surgiu o movimento conhecido como Escola de Relações Humanas, surgido da contribuição da psicologia social, que deu um grande passo ao reconhecer o trabalhador como um ser humano capaz de pensar, de decidir e de ser motivado. Os trabalhadores deixaram de serem simples “mão-de-obra”, ou seja, aqueles que utilizam apenas as mãos para efetuarem seus trabalhos, e passaram a ser chamados de recursos humanos, ou seja, aqueles que trabalham de corpo e alma, se esforçam quando motivados e possuem habilidades que podem ser desenvolvidas e aproveitadas em benefício da empresa.
Etapas no processo de tomada de decisão: (URIS, 1989)
1. Análise e identificação da situação:
 A situação do ambiente onde o problema está inserido, deve ser claramente identificado, através do levantamento de informações, para que se possa chegar a uma decisão segura e precisa. 
2. Desenvolvimento de alternativas: 
Em função do levantamento das informações, ou seja, da coleta de dados, pode se chegar a possíveis alternativas para a resolução do problema proposto. 
3. Comparação entre as alternativas:
 Levantamento das vantagens e desvantagens de cada alternativa. 
4. Classificação dos riscos de cada alternativa:
 As decisões sempre envolvem riscos, seja em um grau quase nulo, seja um alto grau de risco, ou sejam em um estágio intermediário de risco entre o quase nulo e o alto grau. Temos sempre que levar em consideração o grau de risco que temos em cada alternativa e escolher a alternativa que apresente comprovadamente o menor grau de risco. Porém, é necessário, muitas vezes, se combinar o grau de risco com os objetivos a serem alcançados. Às vezes, o grau de risco que se corre é muito grande, porém, o objetivo a ser alcançado, se alcançado, nos trará benefícios maiores em relação às alternativas menos arriscadas. 
5. Escolher a melhor alternativa: 
Tendo o conhecimento das vantagens, desvantagens e riscos o decisor é capaz de identificar a alternativa que melhor solucione seu problema.
6. Execução e avaliação: 
A alternativa escolhida fornecerá resultados que deverão ser comparados e avaliados com as previsões anteriores.
Quade (1969), referindo-se à tomada de decisão no setor público, registra que, no passado, quando os eventos aconteciam mais vagarosamente, o empirismo e a experiência mais eficientes comparados aos dias atuais. Por meio do processo de tentativa e erro e da política do “dar e receber” era possível para a máquina oficial pública desenvolver seus objetivos, estimativas e valores sobre a sociedade ou sobre a parte em que suas ações tinham influência.
A decisão, de um modo genérico, possui dois objetos: a ação no momento e a descrição de um futuro (Simon, 1965, p.54).
PERFIL PROFISSIONAL
A competição do mercado vem provocando mudanças nos sistemas de produção, demandando novas abordagens para a atividade produtiva (BATALHA, 2008).
O conhecimento dos indivíduos quando captado e posto em prática dentro da organização é transferido para produtos, serviços e sistemas, sendo tal transferência essencial para a inovação. As empresas buscam funcionários que sejam capazes de combinar habilidades e competências de forma inovadora e produtiva (BOAHIN; HOFMAN, 2014). 
As Habilidades do Engenheiro de Produção no geral envolvem:
Compromisso com a ética profissional;
Iniciativa empreendedora;
Disposição para auto aprendizado e educação continuada;
Comunicação oral e escrita;
Leitura, interpretação e expressão por meios gráficos;
Visão crítica de ordens de grandeza;
Domínio de técnicas computacionais;
Domínio de língua estrangeira;
Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;
Capacidade de identificar, modelar e resolver problemas.
Compreensão dos problemas administrativos, socioeconômicos e do meio ambiente;
Responsabilidade social e ambiental;
“Pensar globalmente, agir localmente”.
Além disso cabe ao engenheiro de produção gerenciar:
Os recursos humanos; Financeiros e Materiais de uma empresa a fim de elevar sua produtividade e rentabilidade
DESAFIOS DA CARREIRA
GANHO FINANCEIRO
Figura 1- Tabela de média salarial SINE
Alguns dos setores em que o engenheiro de produção pode trabalhar, de acordo com a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO), são:
Setor financeiro: seguros, previdência, análise de investimentos.
Serviços: consultoria, cursos, hospitais, construção civil, transportes etc.
Indústrias: petróleo e gás, agroindústria, automóveis, autopeças, eletrodomésticos, máquinas etc.
Órgãos e empresas públicas: Petrobrás, Correios, Agência Nacional de Energia, BNDEs etc.
Empresas privadas de vários setores: energia, telefonia, comércio, petróleo etc.
TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE APOIO AO PROCESSO DECISÓRIO
Tomar decisões é o processo de escolher uma dentre um conjunto de alternativas, através de análises que selecionam a melhor delas. A aplicação dos processos decisórios é feita a partir de diversas técnicas e ferramentas que auxiliam na tomada de decisão. As técnicas e ferramentas no processo de decisão permitem entender melhor o panorama, visualizar cenários e problemas de forma prática e precisa. Cada vez mais empresas buscam a assessoria de técnicas para aprimorar e reforçar a tomada de decisão.
Gráficos, Tabelas e Diagramas
Algumas ferramentas utilizam a apresentação visual da informação, pois as representações gráficas podem esclarecer as relações entre os componentes de uma maneira que as representações verbais não podem, como por exemplo, gráficos, tabelas e diagramas.
O gráfico é um modelo estatístico que expressa visualmente dados em formatos diferentes e é utilizado por todos os setores de uma empresa para traçar metas, resultados e analisar a performance das ações.
A tabela é também um modelo estatístico que visa demonstrar os dados de forma mais detalhada e é utilizado dentro da empresa para relatar todos os tipos de processos empresarias.
O diagrama é uma representação gráfica simplificada e dinâmica de uma ideia ou esquema de forma esquematizada, como o Diagrama de Ishikawa.O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Espinha de Peixe, ou ainda, 6M, é uma ferramenta de qualidade que ajuda a levantar as origens e causas de um problema, analisando todos os fatores que envolvem a execução dos processos. O diagrama consiste, basicamente, em eliminar as causas para eliminar os problemas.
Figura 2- Diagrama de Ishikawa
Matriz SWOT
A Matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats), ou ainda, FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) é um método que verifica se há equilíbrio entre os fatores internos, forças e fraquezas da empresa, e os externos, oportunidades e ameaças do mercado. Essa análise permite conhecer os pontos relevantes e irrelevantes, além de mapear todos os cenários.
Figura 3- Matriz SWOT
Questionários e Entrevistas
Questionários e entrevistas são ferramentas de pesquisa e coleta de dados que tem por finalidade buscar dados que possam contribuir efetivamente para melhoria de decisões. Dada a importância de questionários e entrevistas no alcance de objetivos, é provável que tais instrumentos possam oferecer uma forma de avaliação confiável e válida para processos de tomada de decisão (Branco, Cotrena, Cardoso & Fonseca, 2014). Quando se almeja identificar um problema interno ou externo de forma eficaz, utilizam-se essas ferramentas, pois darão uma informação mais precisa de acordo com a informações obtidas.
Brainstorming
Brainstorming ou Tempestade de ideias é uma dinâmica em grupo que consiste em explorar novas ideias ou soluções para um determinado problema. É bastante utilizado em empresas e requer o uso corretamente de etapas, que são: Orientação, Preparação, Análise, Ideação, Incubação, Síntese e Avaliação. Para a empresa, os resultados do brainstorming podem reduzir custos, antecipar prazos do cronograma, aumenta a qualidade, agiliza o processo decisório, otimiza o planejamento estratégico, etc. 
Software de Gestão
O Software de Gestão permite com que a empresa possa acompanhar processos internos e externos através de processamento de dados. A empresa pode ter acesso à relatórios e informações gerenciais, como fluxo de realizado/previsto, projeção de vendas, saldo em estoque, histórico de recebimentos, provisão de pagamentos, etc. Com esse processamento de dados, a empresa pode embasar a decisão que será tomada a partir de uma visão macro. O Software de Gestão é essencial para aliar a tecnologia com a empresa, além de otimizar vários processos e ser de fácil acesso. 
O processo decisório é a capacidade de escolher o caminho mais adequado diante de uma determinada circunstância, e todas essas técnicas e ferramentas são essenciais para atingir esse objetivo. 
CONCLUSÃO
Os conceitos abordados sobre o processo decisório, tais como as habilidades dos tomadores de decisão, a importância da informação e dos sistemas de informações gerenciais no processo decisório nas organizações, ferramentas e também como agir de forma coerente serviram para a elaboração deste estudo. Assim sendo, evidencia-se que a tomada de decisão é o processo necessário para dar resposta a um problema, em que alternativas de escolha são propostas para possíveis soluções que venham a gerar os melhores resultados para as organizações, sendo considerado, em muitas organizações, como a mais importante tarefa desempenhada pelos administradores. 
Vale destacar que este trabalho não visa propor melhorias para o currículo do curso de graduação em engenharia de produção, e sim em apresentar informações que venham colaborar para os estudos dos alunos no âmbito desta engenharia. Com isso, surgem novas possibilidades para trabalhos futuros.
BIBLIOGRAFIA
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BRANCO, L. D. et al. Avaliação da tomada de decisão utilizando questionários: revisão sistemática da literatura. Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica, Itatiba, v. 13, n. 1, abr. 2014. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712014000100009>. Acesso em: 16 abr. 2018.
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Planilha1
	Porte da Empresa	nível profissional
	Trainee	Júnior	Pleno	Sênior 	Master
	Pequena	R$ 2,824.29	R$ 3,530.36	R$ 4,412.95	R$ 5,516.19	R$ 6,895.24
	Média	R$ 3,671.58	R$ 4,589.47	R$ 5,736.84	R$ 7,171.05	R$ 8,963.81
	Grande	R$ 4,773.05	R$ 5,966.31	R$ 7,457.89	R$ 9,322.36	R$ 11,652.95

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