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Biorreatores: Tipos e Classificação

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Biorreatores: Reatores Biológicos
Adaptado	da	apresentação	de:	Angélica	Barra		&;	Yuri	Sarreta		EEL/USP	
Classificação dos Biorreatores
A classificação é feita quanto a:
 
ü  Tipo de biocatalisador 
ü  Configuração do biocatalisador
 
ü  Forma de agitação do líquido no reator
Classificação dos Biorreatores
» O 7po de biocatalisador:
Células
 ou 
Enzimas
 
Levedura Bactéria Animal Vegetal 
Classificação quanto ao biocatalisador
•  Reatores Bioquímicos ou Enzimá7cos: são aqueles nos quais as 
reações ocorrem na ausência de células vivas.
•  Reatores Biológicos: são aqueles que operam na presença de células 
vivas. Dentre estes, os mais comuns e empregados são os que 
uElizam microrganismos. Estes biorreatores são uElizados desde a 
década de 1940 para produção de enzimas, anEbióEcos, vitaminas, 
etc.
Classificação dos Biorreatores
» A configuração do biocatalisador:
Livres Imobilizadas
Classificação dos Biorreatores
» A forma de agitar o líquido no meio: 
Mecânica ou pneumá7ca
Classificação dos Biorreatores
ü  Cerca de 90 % dos reatores utilizados 
industrialmente são do tipo reator de 
mistura STR (agitados mecanicamente). 
ü  Há um grande interesse por outros tipos 
de reatores, mas a maioria dos processos 
ainda se encontra em escala de bancada 
ou semi-piloto	
Classificação Geral
A classificação mais abrangente de biorreatores é a de 
KLEINSTREUER, que propõe umas classificação mista com base no Epo de 
biocatalisador empregado e na configuração deste (imobilizado, livre ou 
confinado entre membranas).
Classificação Geral
Reatores	em		
fase	aquosa		
(submersa)	
Reatores	em		
fase	
não-aquosa		
(semissólida)	
Células/Enzimas	
Livres	
Células/Enzimas	
Imobilizadas	
Membranas	planas		
Fibra	oca	
Células/Enzimas	
Confinadas	
EstáEcos	(Bandejas)		
Agitados	(tambor	rotaEvo)		
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	(gás-sólido)	
Biorreatores	
Agitados	Mecanicamente		
Agitados	PneumaEcamente	
Fluxo	Pistonado	
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	
Coluna	de	
bolhas	
Air-li&	
Classificação Geral
Reatores	em		
fase	aquosa		
(submersa)	
Reatores	em		
fase	
não-aquosa		
(semissólida)	
Células/Enzimas	
Livres	
Células/Enzimas	
Imobilizadas	
Membranas	planas		
Fibra	oca	
Células/Enzimas	
Confinadas	
EstáEcos	(Bandejas)		
Agitados	(tambor	rotaEvo)		
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	(gás-sólido)	
Biorreatores	
Agitados	Mecanicamente	
Agitados	PneumaEcamente	
Fluxo	Pistonado	
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	
Coluna	de	
bolhas	
Air-li&	
1. 
Células/enzimas livres:
 
q  Reatores agitados mecanicamente (STR: s7rred tank reactor):
–  Possuem chicanas (0,1D) , que evitam a formação de vórEce (turbulência) durante a agitação;
–  Devem possuir parâmetros ideais de geometria de construção para melhor eficiência, sendo 
comuns relações entre a altura (H) e o diâmetro (D) de 1:1, 2:1 ou 3:1.
–  Os agitadores possuem em sua exterminada turbinas, sendo estas de vários Epos, com diferentes
caracterísEcas;
–  Devem possuir um sistema de controle de espuma. Normalmente se usa um quebra-espuma logo
acima do líquido;
 
Ø  A agitação do meio é importante, pois proporciona maior aeração do meio e homogeneização do 
meio com o biocatalisador e também maior transferência de calor. No entanto, gera alta tensão de 
cisalhamento que pode ser prejudicial para o processo fermentaEvo, dependendo da sensibilidade do 
biocatalisador empregado.
Reatores de Fase Aquosa (fermentação submersa)
Reatores agitados mecanicamente (STR)
Reatores agitados mecanicamente (STR)
Turbina RUSHTON Turbina Paddle Agitador em âncora 
Agitadores de fluxo Radial 
Reatores agitados mecanicamente (STR)
Agitadores de fluxo Axial 
Hélice marinha 
Hélice com 
fluxo duplo 
Hélice com 
grandes pás 
Agitador com 
fita helicóide 
Classificação Geral
Reatores	em		
fase	aquosa		
(submersa)	
Reatores	em		
fase	
não-aquosa		
(semissólida)	
Células/Enzimas	
Livres	
Células/Enzimas	
Imobilizadas	
Membranas	planas		
Fibra	oca	
Células/Enzimas	
Confinadas	
EstáEcos	(Bandejas)		
Agitados	(tambor	rotaEvo)		
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	(gás-sólido)	
Biorreatores	
Agitados	Mecanicamente	
Agitados	PneumaEcamente	
Fluxo	Pistonado	
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	
Coluna	de	
bolhas	
Air-li&	
–  Não possuem agitador mecânico, a agitação do líquido é feita pelo borbulhamento de um 
gás (ar) no reator;
–  Possuem menor tensão de cisalhamento, deste modo, são mais vantajosos para o culEvo
de células animais e vegetais;
 
–  Existem dois Epos:
a)  Coluna de bolhas
b)  Reatores air-liV
Reatores agitados pneuma7camente
 A diferença básica entre o reator coluna de bolas e Air-Lift, é que 
este último tem movimentação cíclica do líquido (bem ordenado) e o 
primeiro apresenta movimentação aleatória. 
Reatores agitados pneuma7camente
Reator coluna de bolhas
 Reatores air-liV
–  Têm-se um movimento aleatório do líquido;
–  Proporcionam excelente transferência de calor e de biomassa;
–  Exigem baixa manutenção e baixo custo de operação por não 
possuírem partes removíveis, serem compactos e de simples 
construção;
–  A durabilidade do biocatalisador neste reator é alta;
–  Possuem serpenEnas externas (jaquetas térmicas);
–  Apresenta uma redução no tempo de fermentação em relação 
ao STR (4 a 8h X 1 semana)
Reatores coluna de bolhas (“Bubble column”)
–  Proporcionam uma movimentação cíclica do fluido bem definida, por meio de um cilindro central 
(tubo difusor) no qual entra ar pela sua base;
–  O 
tudo 
difusor 
aumenta 
a 
mistura 
axial 
no 
reator 
e 
distribui 
uniformemente 
as 
forças 
de 
cisalhamento pelo reator;
–  São de baixo custo por serem extremamente simples e terem menor consumo de energia;
–  São usados para fluidos menos viscosos e quando há necessidade de agitação leve e transferência
de oxigênio a baixo custo;
 
–  Maior facilidade para ampliação de escala
Reatores “air-liV” 
Dividido em 3 zonas disEntas:
– Riser: região onde as bolhas de ar são liberadas com um fluxo 
ascendente. Podendo ser tanto dentro como fora do tubo 
difusor.
– A ascensão das bolhas gera um fluxo descendente do líquido na 
região chamada downcomer. Essa circulação gerada é mais 
eficiente em misturar o líquido no reator quando comparado 
com a coluna de ar.
– Zona de alívio: região no topo do reator, que reduz a espuma, 
aumenta o volume do reator, minimiza a circulação de bolhas 
pelo downcomer devido ao alongamento do topo do reator, 
que diminui a velocidade da bolha e a “reEra” do fluxo do 
líquido, prevenindo a entrada de 𝐶𝑂2 no downcomer.
Reatores “air-liV” 
Downcomer
Riser
Zona de
alívio
Tubo Difusor
Reatores “air-liV” 
Classificação Geral
Reatores	em		
fase	aquosa		
(submersa)	
Reatores	em		
fase	
não-aquosa		
(semissólida)	
Células/Enzimas	
Livres	
Células/Enzimas	
Imobilizadas	
Membranas	planas	
Fibra	oca	
Células/Enzimas	
Confinadas	
EstáEcos	(Bandejas)		
Agitados	(tambor	rotaEvo)		
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	(gás-sólido)	
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	
Biorreatores	
Agitados	Mecanicamente	
Agitados	PneumaEcamente	
Fluxo	Pistonado	
Coluna	de	
bolhas	
Air-li&	
– Inóculo e meio são misturados na entrada do sistema;
–  Há uma variação da concentração dos nutrientes e células ao longo 
do comprimento do reator.
–  São uElizados para reações rápidas, pois se tem um fluxo congnuo
em um tempo curto dentro do reator;
 
–  São de fácil esterilizaçãoe manutenção;
–  Eficientes para processos em larga escala;
– Porém, há uma maior dificuldade em se controlar a temperatura do 
reator
Reatores de fluxo pistonado (“plug-flow”) 
Meio
 Inóculo
Produto
Reatores de fluxo pistonado (“plug-flow”) 
hhp://encyclopedia.che.engin.umich.edu/Pages/Reactors/PFR/PFR.html
Ø  Produção	de	algas:	
Classificação Geral
Reatores	em		
fase	aquosa		
(submersa)	
Reatores	em		
fase	
não-aquosa		
(semissólida)	
Células/Enzimas	
Livres	
Células/Enzimas	
Imobilizadas	
Membranas	planas		
Fibra	oca	
Células/Enzimas	
Confinadas	
EstáEcos	(Bandejas)		
Agitados	(tambor	rotaEvo)		
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	(gás-sólido)	
Biorreatores	
Agitados	Mecanicamente		
Agitados	PneumaEcamente	
Fluxo	Pistonado	
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	
Coluna	de	
bolhas	
Air-li&	
Células Imobilizadas em Suportes
-  Possuem 
como 
principal 
característica 
o 
uso 
de 
algum 
tipo 
de 
estrutura 
jsica 
de
confinamento que obriga as células a permanecerem em uma região parEcular do biorreator.
 
-  Células não necessitam estar vivas: nesse caso uEliza-se apenas algumas enzimas presentes 
nas células e não há necessidade de coenzimas (NADH) . Entretanto, o sistema enzimáEco 
responsável pela conversão bioquímica desejada deve estar aEvo.
-  Células necessitam estar vivas: nesse caso é preciso manter a viabilidade celular pois os 
produtos a serem formados necessitam de múlEplas modificações, como a regeneração de 
coenzimas, presença de cadeia respiratória, vias metabólicas geradoras de intermediários, 
entre outros.
Requisitos
O processo de imobilização acontece quando é estabelecido o contato do material que é uElizado para a 
imobilização, também chamado de suporte, com as células que devem ser imobilizadas, sob condições 
ambientais controladas.
Os suportes devem ser consEtuídos de um material que obedeça as seguintes caracterísEcas:
 
1.  Não apresentar toxicidade para as células que serão imobilizadas.
2.  Possuir alta capacidade de retenção.
3.  Ser resistente ao ataque químico e microbiano.
4.  Ser resistente ao estresse mecânico, como por exemplo as tensões de cisalhamento, compressão por 
peso ou eventuais pressões geradas por gases.
5.  Apresentar alta difusividade de substratos e produtos.
Materiais
Polímeros Naturais
 Polímeros SintéEcos
 Materiais Inorgânicos
Alginato
 Poliacrilamida
 Alumina
K-Carragena 
 Cloreto de Polivinila
 Sílica
Ágar 
 Polies7reno
 Zircônia
Pec7na
 Poliuretano
 Vidro
Dextrana
 Polie7leno Glicol
 Diatomita
Colágeno
 Vermiculita
Celulose
Vantagens
1.  Altas concentrações celulares no volume reacional, implicando em maiores velocidades de processamento.
2.  Provável obtenção de maiores fatores de conversão de substrato ao produto desejado.
3.  Maior 
proteção 
ao 
sistema 
biológico 
em 
relação 
ao 
estresse 
ambiental, 
ocasionado 
por 
elevadas
concentrações de substratos, pH e cisalhamento.
4.  Permite fermentação submersa para culEvo de células de mamífero que dependem de ancoragem.
Adsorção 
Existem forças de atração entre a superjcie celular e a superjcie do suporte no método de adsorção,
envolvendo alguns Epos de ligações.
 
1.  Interações eletrostáEcas
2.  Ligações iônicas
3.  Ligações covalentes parciais
 
Desvantagem: o meio de culEvo influencia drasEcamente na capacidade de retenção das células no
suporte devido à fatores como pH e concentração iônica.
Materiais inorgânicos e polímeros sintéEcos são mais uElizados e tem sido submeEdos à tratamentos 
superficiais visando a obtenção de estruturas macroporosas para aumentar capacidade de retenção do 
suporte.
Ligação Covalente
Suportes são especialmente funcionalizados para conter um grupamento químico responsável pela 
imobilização da célula ao suporte. São uElizadas esferas de vidro (100 a 500 µm) que primeiramente são
tratadas com 𝛾-aminopropil-trietoxisilano (APTS) e em seguida o grupamento amina interage com o 
glutaraldeído, produzindo uma estrutura com um grupamento –HC=O altamente reaEvo. Carbonila do 
suporte liga-se com as aminas da parede celular, gerando interação.
A técnica apresenta uma certa limitação devido ao fato de o glutaraldeído ser uma molécula tóxica,
gerando potencial toxicidade ao sistema.
Envolvimento
Consiste no confinamento de uma população celular 
dentro de uma matriz polímérica formada por um gel 
hidrojlico de forma com que os poros dessa matriz são 
menores que as célula, exisEndo um certo fluxo de 
substratos para dentro da matriz e os produtos formados 
no interior se acumulam no meio de cultura. 
Inicialmente, prepara-se uma solução de 1 a 4% do 
polímero a ser uElizado em água e suspende-se nessa 
solução uma população celular previamente crescida. 
Então, inicia-se o gotejamento da solução em uma 
solução aquosa de CaCl2 ou KCl 0,05 a 0,5 M sob agitação 
até a formação de pargculas com diâmetro de 0,5 a 5 
mm e densidade populacional de até cerca de 250 mg de 
biomassa seca por grama de matriz.
Envolvimento
Vantagens
Mais uElizado devido à sua facilidade, baixíssima
toxidez e alta capacidade de retenção celular.
 
Desvantagens
Limitação imposta pela difusão intraparEcular de 
substratos e produtos metabólicos. Uma possível 
alternaEva ao problema é oEmizar o tamanho da 
pargcula, a difusividade das espécies através da 
matriz polimérica e a concentração celular na 
pargcular para minimizar esses efeitos.
Reatores com Leito Fixo
O biocatalisador é imobilizado em um suporte inerte, que 
pode ser consEtuído de material polimérico alginato de 
cálcio, K-carragena, pecEna, cerâmica, entre outros e, através 
dele, o meio de fermentação é escoado.
 
Vantagens: fácil recuperação do produto e altas 
produEvidades devido a uElização de elevadas concentrações 
celulares.
Desvantagens: 
deficiência 
na 
transferência 
de
 𝑂2 
,
homogeneização prejudicada, crescimento excessivo de 
biomassa celular dentro do leito fixo gerando bloqueio jsico 
do sistema e formação de caminhos preferenciais, queda da 
conversão do substrato em produto.
Reatores com Leito Fluidizado
ConsEtui-se de uma coluna verEcal de seção circular, 
dentro da qual as pargculas com as células 
imobilizadas são adicionadas até cerca de 70% do 
volume úEl do fermentador, sendo fluidizadas ou 
expandidas através de um dos seguintes mecanismos:
 
Vantagens: bom sistema de homogeneização, baixas 
tensões de cisalhamento, fácil recuperação, melhor 
produEvidade, sem problemas de entupimento e fácil 
remoção dos gases.
a) Reciclo parcial do efluente
Reatores com Leito Fluidizado
b) Gás inerte (N2 ou C02)
ConsEtui-se de uma coluna verEcal de seção circular, 
dentro da qual as pargculas com as células 
imobilizadas são adicionadas até cerca de 70% do 
volume úEl do fermentador, sendo fluidizadas ou 
expandidas através de um dos seguintes mecanismos:
 
Vantagens: bom sistema de homogeneização, baixas 
tensões de cisalhamento, fácil recuperação, melhor 
produEvidade, sem problemas de entupimento e fácil 
remoção dos gases.
Reatores com Leito Fluidizado
c) Agitação mecânica
ConsEtui-se de uma coluna verEcal de seção circular, 
dentro da qual as pargculas com as células 
imobilizadas são adicionadas até cerca de 70% do 
volume úEl do fermentador, sendo fluidizadas ou 
expandidas através de um dos seguintes mecanismos:
 
Vantagens: bom sistema de homogeneização, baixas 
tensões de cisalhamento, fácil recuperação, melhor 
produEvidade, sem problemas de entupimento e fácil 
remoção dos gases.
Processos que uElizam células imobilizadas
1.  A fermentação alcoólica congnua de carboidratos por leveduras tem sido, entre os sistemasimobilizados de células vivas, o mais estudado nos úlEmos anos. Kyowa Hakko desenvolveu um 
processo que uEliza levedura imobilizada em gel de alginato de cálcilo em reatores de leito fluidizado 
através do gotejamento da suspensão de levedura com alginato de sódio nos reatores que eram 
previamente preenchidos com cloreto de cálcio, obtendo produEvidades de 20 g de etanol/litro de 
reator e rendimento de 95%.
2.  Síntese de anEbióEcos. Exemplo: produção de Thienamicina por células de Streptomyces cadleya
imobilizada em pargculas de celite.
 
3.  Tratamento de resíduos é visto como uma das áreas mais significaEvas de aplicação para os processos 
com células imobilizadas. Populações bacterianas formam um filme de biomassa sobre superjcies 
sólidas e realizam processos de nitrificação/denitrificação e produção de metano a parEr de resíduos.
Classificação Geral
Reatores	em		
fase	aquosa		
(submersa)	
Reatores	em		
fase	
não-aquosa		
(semissólida)	
Células/Enzimas	
Livres	
Células/Enzimas	
Imobilizadas	
Membranas	planas		
Fibra	oca	
Células/Enzimas	
Confinadas	
EstáEcos	(Bandejas)		
Agitados	(tambor	rotaEvo)		
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	(gás-sólido)	
Biorreatores	
Agitados	Mecanicamente		
Agitados	PneumaEcamente	
Fluxo	Pistonado	
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	
Coluna	de	
bolhas	
Air-li&	
Os biorreatores de membrana mantém as células confinadas entre membranas semipermeáveis, que 
permitem o fluxo de líquido, mas não a passagem de células. Deste modo, permite uma separação entre 
fluxos de nutrientes e produtos que contribui para a simplificação das etapas de purificação do produto 
(processo downstream).
 
As tensões de cisalhamento são mínimas, inferiores às de reatores air-liV, sendo indicados, portanto, 
para o culEvo de células animais muito sensíveis.
 
Pode-se manter elevadas concentrações celulares nesses reatores devido aos menores obstáculos 
difusionais quando comparado com os reatores de células imobilizadas em suportes inertes.
 
Ø  Uma aplicação bem interessante desse Epo de biorreator é no tratamento de efluentes.
Células/enzimas confinadas entre membranas
Células/enzimas confinadas entre membranas
a) Reator de membrana plana
 b) Reator de membrana oca
–  Suas membranas são consEtuídas de fibras celulares e 
filtros tubulares. O meio passa pelo interior dessas fibras, 
enquanto as células se fixam e crescem na superjcie 
externa;
–  São mais econômicos que os de placa plana;
–  São úteis para o culEvo de células de mamíferos que 
precisam se aderir à uma superjcies para se 
desenvolverem;
– Possuem 
diversas
 aplicações, 
como
 produção 
de
de 
proteínas
anEcorpos 
monoclonais, 
produção
recombinantes e produção de vírus;
Reatores de membrana oca (“hollow-fiber”) 
Classificação Geral
Reatores	em		
fase	aquosa		
(submersa)	
Reatores	em		
fase	
não-aquosa		
(semissólida)	
Células/Enzimas	
Livres	
Células/Enzimas	
Imobilizadas	
Membranas	planas		
Fibra	oca	
Células/Enzimas	
Confinadas	
EstáEcos	(Bandejas)		
Agitados	(tambor	rotaEvo)		
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	(gás-sólido)	
Biorreatores	
Agitados	Mecanicamente		
Agitados	PneumaEcamente	
Fluxo	Pistonado	
Leito	Fixo	
Leito	Fluidizado	
Coluna	de	
bolhas	
Air-li&	
Fermentação Semissólida
Nesse Epo de fermentação, culEvam-se microrganismos sobre ou dentro de pargculas em uma matriz 
sólida chamada de substrato inerte (sabugo de milho ou bagaço de cana), onde o conteúdo de líquido 
chamado meio umidificante que está ligado à essa matriz possui um nível de aEvidade de água que é 
essencial para o metabolismo das células, mas não excede a capacidade máxima de ligação da água com a 
matriz.
Microrganismos: fungos filamentosos pois crescem melhor em sistemas com baixos níveis de água.
-  Penicillium -> penicilina
-  Rhizopus -> produção de renina microbiana
-  Esporos de Bacillus thuringiensis para a produção de bioinseEcidas.
Substratos
Substratos podem ser na forma natural ou sintéEca (argila)
Dois Epos de materiais insolúveis em água, sobre os quais os microrganismos vão crescer:
1.  Quando o próprio suporte atua como fonte de nutrientes (mais uElizado)
2.  Nutrientes solúveis em água e os microrganismos estão aderidos a uma matriz sólida que irá absorver 
o meio de cultura líquido.
 
Pode-se incorporar solução nutriente ao substrato sólido visando adequá-lo melhor às condições 
nutricionais do microrganismo. Exemplo: produção de 𝛼-galactosidase por Aspergillus niger no qual ao 
meio composto de farelo de trigo foram adicionados uréia como fonte de nitrogênio, água de maceração 
de milho (como fonte de fatores de crescimento), farinha de soja (como indutores da enzima) e ácido 
cítrico (favorece produção da enzima).
Caracterís7cas do substrato
O substrato deve apresentar alta porosidade pois esse fator garante a absorção de nutrientes e facilita o
transporte de enzimas e metabólitos por entre o meio e os microrganismos.
Quanto menor o tamanho da pargcula, maior é a velocidade de fermentação. Entretanto, os processos 
precisam ter sua própria granulometria (estudo das dimensões de um grão) para permiEr a circulação de 
ar entre a massa e para dissipação de gases e de calor.
 
Exemplos
1.  Celulose, lignina e hemicelulose de biomassa vegetal para produção de compostos orgânicos.
2.  Farelo e palha de trigo e bagaço de cana para produção de enzimas.
3.  Bagaço de maçã e uva, melaço e cana-de-açúcar para produção de álcool.
4.  Bagaço de cana, água de maceração de milho e sacarose para a produção de anEbióEcos.
5.  Soja para produção de shoyu e elaboração de alimentos/condimentos orientais.
Reatores Está7cos
Reatores com bandejas: construídas em estruturas de alumínio ou outros materiais. Possuem uma grande 
área superficial de troca e uma capacidade de alocar meio de cultura muito maior. Podem ter o fundo 
subsEtuído por uma tela perfurada que aumenta eficiência na circulação de ar para o meio, e não 
somente na parte superior exposta. Precisam ter a temperatura e umidade controladas.
Reatores com esteiras rolantes: etapas de inoculação e incubação do material esterilizado são realizadas 
em longas esteiras de fundo perfurado por onde circula ar úmido.
Reatores com Agitação 
Tubular horizontal ou com tambores rotaEvos
A rotação do reator pode ser realizada tanto por um 
eixo central como pela movimentação de roletes 
sobre os quais o fermentador esteja montado. 
Aeração da massa é realizada pela passagem de ar 
esterilizado, que também ajuda no controle da 
temperatura. Alto custo de implementação e 
dificuldades de ampliação de escala do proceso.
Reatores com Agitação 
Reatores com leito fluidizado gás-sólido: promove a 
passagem de um gás inerte através de um leito de 
pargculas sólidas. A vazão do gás é elevada o 
suficiente para propiciar a suspensão dos sólidos na 
corrente gasosa, melhorando a transferência de 
massa (nutrientes, oxigênio) e auxiliando no controle 
da temperatura.
GásGás
Vantagens da fermentação sólida
1.  Substrato relaEvamente simples reduz o custo de capital e o custo operacional.
2.  UElização de fontes de carbono insolúveis que não são convencionais como resíduos agroindustriais
3.  Menor risco de contaminação.
4.  Falicidade de remoção do produto final
5.  Ausência de atrito
 
Desvantagens da fermentação sólida
 
1.  Dificuldade em dissipar o calor produzido pelos gases gerados levará a uma elevação da temperatura 
em algumas regiões
2.  Dificuldade no acompanhamento e controle de parâmetros como pH, umidade e aeração.
3.  Dificuldade de homogeneização do meio gera uma natureza heterogênea do mesmo
Referências
•  Schmidell W, Lima UA, Aquarone E, Borzani W. Biotecnologia Industrial: EngenhariaBioquímica.
Volume 2. Ed Edgard Blücher LTDA, São Paulo, 2001. Cap. 8-13 , 16, 20
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