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Escalpelamento na Amazônia: Prevenção e Recuperação

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1
2 3Ed
it
o
ri
a
l 
 Para difundir medidas educativas de alerta aos ribeirinhos sobre os riscos 
de acidentes causados por embarcações, foi e esta sendo realizados muitos 
métodos para a prevenção do acidente.
O escalpelamento ocorre quando uma grande quantidade de cabelo é ar-
rancada muito rapidamente. Isso pode acontecer com o cabelo enrolado 
em motores em grande rotação, quando arranca, além do escalpo, orelhas, 
sobrancelhas e por vezes uma enorme parte da pele do rosto e do pescoço, 
levando a deformações graves e até a morte. 
Esse tipo de acidente na navegação ribeirinha ocorre com maior intensidade 
no Amazonas, nos estados do Pará e do Amapá, vitimando principalmente 
as mulheres, das quais 65% são crianças.
Autora da Lei 11.970/2009, que obriga a instalação de uma proteção no eixo 
e no volante do motor estacionário adaptado para movimentar as embar-
cações de pequeno e médio porte – a maior parte das embarcações é con-
struída de forma rudimentar e artesanal, deixando exposto o eixo que gira 
a hélice do motor. 
 A lei é resultado de um pedido das próprias vítimas, mulheres e meninas 
escalpeladas. Graças a essa lei já foram instaladas 1.050 proteções em bar-
co, porém a lei foi criada depois de inúmeros acidentes, ate chegar o caso na 
mídia e ser divulgada com muita frequência o sofrimento de cada menina.
Ao chegarmos na Orvam nos deparamos com a real situação da ONG e de 
suas integrantes, integrantes e o nome dado as vitimas do acidente, pois 
elas fazem parte de um corpo chamada Orvam, demos o nome da nossa re-
vista Por Um Fio, pois a auto estima delas são tiradas por um fio e também 
recuperada da mesma forma.
Desejamos-lhes Boa Leitura.
Equipe Revista Por Um Fio.
• Como tudo começou (recuperando a autoestima)..................................4 e 5 
• Escalpelamento na Amazônia....................................................................... 6
• Depoimento de algumas vítimas que sofreram na pele esse acidente.........7
• Madeixa feliz (faça a alegria, doe com o coração).........................................8
• Depoimento das Voluntarias.........................................................................9
• Entrevista ping pong......................................................................................10
• Mural de ilustração ............................................................................. 11
I n d í c e
4 5
Como tudo começou 
 No dia 28 de agosto de 2010 
Cristina participou da realização 
do dia D dia nacional de combate 
aos acidentes com escalpamento 
em Belém, PA através da fundação 
do centro estadual do Pará(CEPA) 
realizado na praça Dom. Pedro.
Sensibilizada com o problema viv-
ido por mais de 200 vítimas de 
um acidente conhecido como “a 
tragédia amazônica”, Cristina visi-
tou o “espaço mulher “(projeto da 
fundação da santa casa de miser-
icórdia do Pará, responsável pelo 
tratamento de quem sofre esse 
tipo de acidente), conversou com 
varias mulheres e crianças, gravou 
depoimentos sobre suas vidas, 
seus problemas de saúde e o difícil 
recomeço de se integrarem na so-
ciedade. “tocou meu coração ou-
vir de uma delas que não poderia 
sorrir ou chorar muito, pois teria 
muitas dores de cabeça’’ disse 
Cristina”.
Sabendo das dificuldades vividas 
pelas vitimas, começou a articu-
lar com várias mulheres a possib-
ilidade de fundar uma associação 
para reivindicar e defender seus 
direitos, conscientizar e mobilizar 
as autoridades municipais, estadu-
ais, federais e a sociedade sobre a 
triste realidade do mal que assola 
grande parte da população ribeir-
inha, Não só no estado do Pará, 
como em toda Amazônia.
A partir dessa militância Cristi-
na escreveu uma carta ao pro-
grama “domingo legal do gugu” 
pedindo que atendesse algumas 
das reivindicações de 16 vitimas, 
doando computadores e perucas 
de silicone, pois as convencionais 
causam além de desconforto vári-
os tipos de dermatites e ate câncer 
de pele.
A carta foi sorteada e o progra-
ma domingo legal atendeu não 
só o apelo de doar perucas, como 
também conseguiu junto à pre-
feitura de Belém a doação de um 
terreno para que fosse construída 
uma sede para a ONG. Em 12 dias 
foi entregue a ONG que passou a 
se chamar (ong dos ribeirinhos 
vítimas de acidente de motor).
 Hoje, a entidade atende 123 
mulheres. Elas fazem cursos de 
corte e costura e são atendidas 
por estudantes de assistência so-
cial, fisioterapeutas e uma psicólo-
ga. Todos voluntários.
A Orvam também tenta resgatar 
a autoestima das vítimas. Com a 
ajuda do cabeleireiro Luiz Crisp-
im, de São Paulo, as mulheres es-
tão aprendendo a confeccionar 
perucas para ajudá-las a superar 
o trauma e a recuperar a vonta-
de de se olhar no espelho. “Com 
a peruca, me sinto mais bonita”, 
diz Ana Maria de Vasconcelos, de 
20 anos. Ela sofreu o acidente aos 
14 anos. Deixou de sair de casa e 
abandonou a escola.
por um fio 30 de maio 2016
recuperando a autoestima 
MUDANÇA
Ana Maria de Vasconcelos e sua nova peruca (à esq.) com a criadora da Or-
vam, Cristina Santos. O aplique ajuda as vítimas a recuperar a autoestima
 As perucas da Orvam têm a van-
tagem de ser feitas com cabelo de 
verdade. Existem perucas com fios 
sintéticos. Mas têm aparência artifi-
cial e são menos confortáveis porque 
esquentam demais. Usar uma peruca 
com fios naturais é a chance que essas 
mulheres têm de levar a vida o mais 
próximo do normal. O problema é que 
usar um aplique feito com fios naturais 
custa no mercado cerca de R$ 2 mil, 
quantia que as mulheres atendidas 
pela Orvam não podem desembolsar. 
A solução foi apelar para as doações 
de cabelo. Mais de 150 voluntárias 
mandaram mechas para os apliques. 
Uma colaboradora mora no Japão e fez 
questão de enviar seus fios pelo cor-
reio. A estudante de filosofia Raquel 
de Jesus Castro doou 75 centímetros 
de cabelo há um mês. Fazia três anos 
que ela não passava perto de uma te-
soura. Fez questão de levar o cabelo 
até a ONG e, no caminho, convenceu 
a vizinha a doar um aplique que não 
usava mais. Conseguiu outro com sua 
cabeleireira. “Queria que meu cabe-
lo crescesse mais rápido para doar de 
novo”, diz Raquel.
Caderno de registro e depoimentos de colaboradoras 
por um fio 30 de maio 2016
 
 “ que esses fios possam te dar muitos 
presentes, e que ao vento bater neles 
voces possam lenbrar que a historia de 
voces e tao bela quanto voces”
 trecho do depoimento de paula 
oliveira barroso 
6 7
por um fio 30 de maio 2016por um fio 30 de maio 2016
 A palavra escalpelamento vem da palavra es-
calpo, significa que o couro cabeludo foi arrancado 
do crânio, tem como descendência nos rituais de ín-
dios americanos, que praticavam o escalpelamento 
como uma espécie de troféu de guerra.
Na Amazônia o escalpelamento é causado por um 
acidente nos barcos.
Pessoas inocentes em especial mulheres e crianças, 
centenas delas sofreram esse tipo de acidente des-
umano e cruel, que pode ser evitado apenas com o 
uso de um equipamento que protege o motor das 
embarcações.
Um drama que a maior parte do Brasil nem mesmo 
sabe que existe.
A maior bacia hidrográfica do planeta está localizada 
na Amazônia, e tem as embarcações como principal 
meio de locomoção das populações ribeirinhas da 
região.
Na década de 60 o progresso trouxe para a região o 
motor, mas também trouxe muita dor, que marca a 
vida e a alma dessas mulheres que sofrem o aciden-
te e carregam as marcas para o resto de suas vidas. 
Elas foram vítimas de escalpelamento tiveram seu 
couro arrancado de forma fria e muito dolorida e ag-
ora nunca mais terão cabelos novamente.
O acidente ocorre com muita incidência em mul-
heres evangélicas, devido o comprimento dos cabe-
los serem longos.
O escalpelamento acontecedentro desses embar-
cações sem nenhum tipo de segurança nem infor-
mação, o motor e o eixo são descobertos pondo em 
risco a vida de quem se aproxima.
O acidente acontece quando o motor é ligado, o eixo 
gira em alta velocidade. Durante a viagem, é comum 
os barcos ficarem cheios de água e é necessário que os 
tripulantes retirem o excesso de água. Desta maneira 
ao se aproximarem do eixo centenas mulheres e cri-
anças da Amazônia são sugadas e tiveram seu couro 
cabeludo arrancado.
As seqüelas são irreversíveis, algumas perdem além de 
todo o couro cabeludo, a orelha, sobrancelhas, parte 
do rosto e até mesmo a própria vida.
Escalpelamento na Amazônia 
 “Eu me abaixei e o motor pegou, 
o eixo do motor pegou o meu cabelo 
eu desmaiei imediatamente”, conta 
Tássia Souza, uma das vítimas. “Eu 
fui me abaixar pra pegar a vasilha 
pra tirar água”, diz Delziane Pantoja, 
outra vítima. A repórter pergunta: 
Com você foi mais grave porque o 
cabelo estava preso no momento do 
acidente? “Foi escalpe total, porque 
aí pega tudo, quando tá solto não, 
tem a possibilidade de pegar só a 
metade”, explica a vítima.
Esta garota, de apenas sete anos, 
perdeu o couro cabeludo e teve uma 
orelha decepada. Joice se aproxi-
mou do motor do barco do pai dela 
e foi arrastada pra baixo do eixo. Ela 
conta que tinha os cabelos compri-
dos que nem a boneca. E, por ironia 
do destino, foram os cuidados com 
o cabelo que causaram o acidente. 
“Eu fui pegar uma escova”.
O biotipo da mulher ribeirinha vem 
da miscigenação entre o indio e eu-
ropeu, pele morena, cabelos negros, 
compridos. Entre as vítimas dessa 
trágedia amazônica 80% são do sexo 
feminino. Na maioria dos acidentes 
o escalpelamento é total, ou seja, o 
couro cabeludo é arrancado total-
mente, e nunca mais o cabelo volta 
a crescer.
O tratamento é doloroso e pode 
durar mais de dez anos. A primeira 
etapa é repor a pele do crânio com 
enxertos retirados das pernas. “Eu 
espero que eu fique boa pra poder 
voltar logo pra minha casa, pra es-
tudar”. Quando o acidente não é 
tão grave, há uma possibilidade de 
se recuperar o couro cabeludo. Os 
médicos recorrem ao expansor, uma 
espécie de bolsa, que é colocada 
por baixo da pele do paciente. Toda 
semana, a prótese recebe soro fisi-
ológico e vai enchendo. O objetivo 
é esticar a pele e aumentar o couro 
cabeludo. “É como se eu causasse o 
que? Uma gravidez nesse couro ca-
beludo, e essa gravidez causada no 
couro cabeludo, mais tarde quando 
eu tirar, esse aparelho vai me sobrar 
bastante tecido”, explica o cirurgião 
plástico Victor Aifa.
O escalpelamento no norte do país 
é mais comum do que se imagina. 
Santarém, Altamira e Barcarena são 
os municípios que registram mais 
acidentes deste tipo. Nos últimos 
20 anos, quase 200 vítimas foram 
atendidas na Santa Casa de Belém, 
5% morreram. A cada mês, dois aci-
dentes em média são registrados no 
Pará.
As embarcações sem proteção tiver-
am as habilitações suspensas. Mas 
a capitania dos portos admite a di-
ficuldade para fiscalizar os barcos 
por causa da geografia da região. 
Outro problema é a falta de registro 
dos casos de escalpelamento. “As 
embarcações são de caráter famil-
iar e os proprietários das 
embarcações, portanto, 
os responsáveis são famil-
iares das vítimas isso gera 
uma séria dificuldade para 
que o acidente chegue até 
a capitania”, diz o Sargen-
to da Capitania dos Portos, 
Daniel de Oliveira Lima.
Durante a viagem pelos 
rios do Pará nós encon-
tramos este metalúrgico 
que faz a cobertura dos 
eixos com aço. “Proteção 
do volante e do eixo, kit 
completo”.
A cobertura custa R$ 90. Mas os 
ribeirinhos, que geralmente mon-
tam os próprios barcos, não têm din-
heiro para comprar o kit. Uma ONG, 
fundada por este médico, quer levar 
o serviço de forma gratuita aos mo-
radores das regiões mais pobres e já 
fez parcerias com o governo e a ini-
ciativa privada.
O cirurgião plástico Claudio Brito 
criou a ONG Sarapó depois de con-
hecer de perto o drama das escal-
peladas. Desde 2001, ele presta as-
sistência às vítimas. “O sofrimento 
dessas meninas não se resume ao 
acidente. Depois vêm inúmeros cu-
rativos, cirurgias e não é só isso, um 
momento mais difícil é esse, a hora 
de encarar o espelho, sempre cruel e 
implacável ao revelar as mutilações 
do escalpelamento”, diz.
“Não consegui, não gostava, dava 
vontade de quebrar o espelho, ficou 
muito feia, mas agora já passou”. 
“Eu quebrava o espelho, chorava, 
passava, eu sofria muito, fiquei com 
depressão”, dizem as vítimas.
Fonte
perucas confeccionada pelas integrantes 
Depoimento de algumas vítimas que 
sofreram na pele esse acidente
8 9
 A Orvam não recebe mais ajuda 
do governo, recebiam um benefi-
cio da SESPA (Secretaria de Saúde 
Pública Do Pará), porém foi cor-
tado, pois eles alegaram que o 
caso não era de 
Saúde e sim de 
Seguridade So-
cial. Com esse 
valor era pago 
os funcionários, 
assistente social, 
Psicóloga, enfer-
meira e advog-
ada. Agora com 
aparceira corta-
da os profissio-
nais não estão 
mais prestando 
serviços para 
a ONG agora 
apenas os es-
tagiários e a 
presidenta da 
ONG que tra-
balham sem re-
ceber nada em troca.
A Orvam oferecia muitos cursos, 
palestra e eventos para as inte-
grantes, porém com a falta de re-
curso a ONG ficou bem parada, 
agora só tem eventos quando elas 
mesmas se juntam com voluntari-
as e doadoras para patrocinar o 
evento.
As próprias mulheres vítimas do 
acidente que fabricam as perucas 
para as demais vítimas, porem o 
horário dos trabalhos delas não es-
tão mais de acordo com o horário 
de funcionamento da ONG, sen-
do assim nem sempre as perucas 
estão sendo produzidas por elas, 
oque ajuda também e que o índice 
de meninas Escal-
peladas diminuiu 
muito e apenas 
fazem a troca das 
perucas das inte-
grantes de dois 
a dois anos isso 
depende muito 
do cuidado que 
elas tem com 
suas perucas. A 
ONG além de re-
ceber os cabelos 
doados, recebem 
também roupas, 
brinquedos e ali-
mentos para aju-
dar as ribeirinhas 
e para pagar con-
tas de luz, água, 
internet e comida 
e feito rifas e vendas de camisas. 
por um fio 30 de maio 2016 por um fio 30 de maio 2016
Madeixa feliz 
faça a alegria.
doe com o coração 
Depoimento das Voluntarias
Nome: Andreia Gomes Dos Santos 
30 anos, nove meses de estágio.
 - Me sinto muito feliz de trabalhar aqui na Or-
vam, estagiar aqui e um prazer pra mim, lutar 
pela causa de cada integrante, pois a situação 
delas e muito difícil. Elas são verdadeiramente 
guerreiras.
Nome: Evelyn Soares de Almeida, 22 anos, nove 
meses de estágio.
 -Eu me sinto muito satisfeita por que é uma 
causa justa, onde vemos que e uma situação mui-
to complicada, eu sinceramente não sei se pas-
saria por isso de cabaça erguida, pois a autoesti-
ma e atingida completamente, quando eu vim ser 
voluntaria aqui eu não sabia realmente qual era a 
real situação, quando eu me envolvi com o proje-
to vi que não era brincadeira, e difícil e uma barra 
muito pesada. Eu estou aqui e feliz e faço tudo 
que estar no meu alcance para ajudar na ONG.
Nome: Maria de Nazaré de Jesus dos Santos, 55 
anos ,2 anos e meio ajudando na ONG.
 -Trabalhar aqui e bom, ajudar elas, ajudar a 
minha irmã que e a presidente, minha irmã es-
tava precisando de uma pessoa para abrir e 
fechar a ONG e fazer faxina então me coloquei 
a disposição. Me sinto orgulhosa de poder aju-
dar com meus serviços a ONG. Me esforço para 
agradar elas e pra agradar quem vem.
10 11
Entrevista ping pong 
por um fio 30 de maio 2016 por um fio 30 de maio 2016
1.Como fundou a Orvam?
R= A Orvam surgiu através da fala 
de uma das integrantes, quan-
do ela disse que não podia nem 
chorar, nem sorrir por muito tem-
po, pois sua cabeça doía muito, 
devidoo acidente. 
Diante dessa fala me propus a faz-
er uma escuta. Pelo fato de ser 
Assistente Social , foi então que 
decidir escrever 
uma carta ao pro-
grama do Gugu 
a pedido de uma 
delas, solicitando 
uma peruca de 
silicone. E resol-
vi também pedir 
um espaço para 
trabalhar com 
elas.
Foi ai que recebe-
mos o espaço 
construído pelo 
programa e o ter-
reno cedido pela 
Prefeitura.
2. Oque a Orvam 
significa para 
você?
R= A Orvam rep-
resenta para mim 
um espaço trans-
formador onde as pessoas tem a 
oportunidades de ser solidaria fa-
zendo sua doação ou doando um 
pouco do seu tempo.
Ressalta- ‘’ Acredito que todos nos 
quantos Seres Humanos somos ou 
temos algo muito bom dentro de 
nós, só precisamos saber onde e 
como expressar isso.
3. Quantas pessoas são atendidas 
pelo projeto?
R= Temos 123 integrantes registra-
das no sistema, que já foram ben-
eficiadas com a peruca.
4. Pessoas de outros estados po-
dem estar fazendo as doações? 
Qual e o procedimento?
 R= Sim, pelo correio. A doadora 
mesmo faz o corte e só manda as 
mexas do cabelo.
5. Qual o procedimento dos es-
tagiários?
R= A cada semestre e feito proces-
so seletivos de acordo com a dis-
ponibilidade de vagas. 
6. A ONG ajuda as integrantes so-
mente com perucas?
R= O foco principal e a entrega das 
perucas. Porque e a maior procu-
ra, fazemos atendi-
mentos psicológicos 
e encaminhamos 
para o mercado de 
trabalho.
7. A ONG recebe al-
guma ajuda do gov-
erno?
R= Tínhamos o con-
venio com o Gover-
no do Estado, mas 
está suspenso por 
falta de recurso.
8. Qual e o proced-
imento para as mul-
heres receberem as 
perucas? Todas tem 
direito?
R= Todas recebem 
perucas, gratuita-
mente no momen-
to em que chega a 
ONG fazemos o reg-
istro da entrega da peruca e a con-
vidamos para as nossas atividades.
 O que é :Escalpelamento é o arrancamento brusco e acidental do escalpo humano, 
por meio de diversas formas, mas mais comumente por motores dos barcos.
Como acontece: O acidente ocorre quando as vítimas, ao se aproximarem do motor 
por acaso, tem seus cabelos repentinamente puxados pelo eixo. A forte rotação inin-
terrupta do motor ao enrolar os cabelos em torno do eixo, arranca inexoravelmente 
todo ou parte do escalpo da vítima
Mural de fotografia das integrantes e doadoras 
Mural de ilustração 
 Maria Cristina de Jesus dos S,antos, 46 anos , Assistente Social 
no núcleo de apoio à saúde da familia e presidente da ORVAM 
12
• Isabele Moreira: Reportagens e criação
• Ivena Mayara: Diagramação e fotografia
• Zaira Magalhães: Diagramação e finalizações
• Amanda Rodrigues: Extras 
por um fio 30 de maio 2016
Expediente

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