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RESUMO CINCO LIÇÕES DE PSICANÁLISE

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CINCO LIÇÕES DE PSICANÁLISE
 TSP i – PSICANÁLISE 
Origens
Mérito em ter participado das origens da psicanálise é de Joseph Breuer, que utilizou pela primeira vez o método entre 1880 e 1882.
Paciente sofria de paralisia, anestesias, alterações no movimento, repugnância em relação à alimentos e impossibilidade de ingerir líquidos, não entendia sua língua materna, além de ausências, confusão, alteração da personalidade.
Anna O.
Apesar de o quadro parecer com um quadro neurológico grave, na verdade está relacionado com violentos abalos emocionais.
A doença surgiu quando estava tratando de doença grave do pai, e sua neurose a afastou dessa tarefa.
A medicina da época não conseguia explicar a histeria.
Breuer
Breuer não negou interesse em relação a paciente e percebeu que nos estados de confusão mental a paciente murmurava palavras que pareciam relacionadas com o que estava pensando.
A paciente começou a relatar as criações psíquicas desses momentos de confusão mental. Eram fantasias e devaneios relacionados a situação de cuidar de seu pai.
Limpeza de chaminé
Esse relato de fantasias fazia a paciente melhorar por muitas horas, mas o estado de dissociação mental retornava.
O estado dissociativo ou de confusão era causado pela excitação dessas fantasias carregadas de afeto.
Para esse processo de colocar pra fora essas fantasias a própria paciente deu o nome de “limpeza de chaminé”.
Hipnose
Havia melhor também quando, através da hipnose, o afeto ligado à ocasião e ao motivo de aparecimento dos sintomas era descarregado.
Em certa ocasião, foi ao quarto de sua dama de companhia e viu seu cão beber em um copo. Ao reter a raiva que sentiu dela por causa da repugnância que isto causou, ficou com aversão a líquidos.
Hipótese do trauma
Os sintomas se formavam como resíduos precipitados de traumas psíquicos; eram determinados pelas lembranças dessas experiências emocionais traumáticas.
Na maioria das vezes eram vários traumas análogos e repetidos que atuavam em conjunto na formação dos sintomas. As perturbações na visão relacionavam-se a dificuldade de enxergar através de lágrimas e ao esforço de segurar lágrimas.
Sentido do sintoma
A hipótese era de que “os histéricos sofrem de reminiscências’”.
Os sintomas eram resíduos e símbolos mnêmicos de experiências especiais.
Sintomas simbolizam um acontecimento passado, como um monumento relacionado a um acontecimento passado ao qual se está preso emocionalmente. 
Existe uma fixação anormal a traumas passados.
Fixação
Nos episódios traumáticos, o paciente não expressa as emoções apropriadas.
Durante o tratamento, ele reproduz as mesmas cenas, e a energia afetiva inibida manifesta-se intensamente, o que é chamado de catarse.
A essência da doença são essas emoções “enlatadas”, desviadas para fontes somáticas, gerando sintomas físicos, chamado de conversão histérica.
Inconsciente
Pelo fato de não existir uma conexão entre o pensamento consciente e a memória patogênica, foi pressuposta uma parte da mente inconsciente.
A sugestão hipnótica demonstra a possibilidade de influência do inconsciente no consciente.
Breuer pressupôs que os traumas surgiam em “estados hipnoides”.
Nesses estados hipnoides, a pessoa não teria condições para a descarga normal do processo de excitação.
Segunda lição: Charcot e Janet
Outros psiquiatras que se interessaram pela histeria foram Charcot e seu discípulo Janet.
Charcot não era propenso às concepções psicológicas.
Janet propunha que a histeria seria decorrente de uma alteração degenerativa do sistema nervoso que causava fraqueza no poder de síntese.
Abandono da hipnose
Como fazer a pessoa contar aquilo que nem ela mesma sabe sem hipnotizar?
As pessoas em estado de hipnose só aparentemente não se lembram do que fizeram durante o período hipnotizadas.
Quando os pacientes chegavam a um ponto em que afirmavam não saber mais, Freud assegurava a eles que sabiam sim.
Resistência
As recordações esquecidas não estavam perdidas, podiam ressurgir em associações, mas algo as detinha.
Existia uma resistência, que mantinha essas recordações inconscientes, resistência que era necessário suprimir para o paciente melhorar.
Recalque
A resistência que mantém a lembrança no inconsciente foi a mesma que expulsou da consciência o registro do acontecimento traumático.
Esse processo de expulsão do sistema consciente foi dado o nome de recalque ou repressão.
O recalque age quando há um desejo que vai contra à moral da pessoa.
Conflito
Esse desejo irreconciliável era recalcado pela força das aspirações individuais, éticas e outras, para evitar desprazer de aceitar o desejo ou prolongar o conflito.
A divisão psíquica é causada então pela dinâmica das forças contrárias. Mas conflitos psíquicos são frequentes, então para que ocorra uma dissociação é necessário outras condições a serem investigadas e teorizadas.
Retorno do recalcado
O impulso de desejo continua a existir no inconsciente, sempre esperando uma oportunidade de se manifestar. O sintoma representa o substituto do que foi recalcado, portanto representa o fracasso do recalque e o retorno do recalcado.
O sintoma causa o mesmo desprazer que se tentava evitar com o recalque.
Tratamento
O sintoma guarda alguma semelhança com a ideia recalcada.
Tratamento psicanalítico vai desvendar o trajeto pelo qual se realizou a substituição, para reconduzir o sintoma até a ideia recalcada.
Para isso é necessário superar as resistências.
Resultados
Quando a ideia recalcada no inconsciente chegar a parte consciente da mente pelo tratamento, pode ser que a pessoa perceba que não teve razão em repelir a ideia.
Ou este desejo é direcionado para um fim mais elevado (sublimação), ou se reconhece como justificada a repulsa em relação à ideia e a condena conscientemente.
Terceira lição
Determinismo dos processos mentais: nenhuma ideia deixa de ter relação com a representação mental recalcada.
Os pensamentos que surgem no tratamento são mais deformados quanto maior for a resistência e fazem alusão ao recalcado, como o sintoma neurótico.
Outra formação psíquica que funciona assim são os chistes.
Chistes
Piadas fazem alusão a uma injúria. É uma ofensa indireta, e para isso ocorre uma motivação para o comentário e para não falar diretamente.
A substituição no caso da piada ocorre pela mesma razão no caso do sintoma, do sonho e do ato falho.
Complexos
Complexo é um grupo de elementos ideacionais interdependentes, investidos de energia afetiva.
Então é possível acessar conteúdos inconscientes a partir da última lembrança que o paciente possui destes.
O paciente pode afirmar que não consegue associar, mas isso é a resistência disfarçada de juízo crítico sobre o valor da ideia.
Associação livre
Paciente deve expor tudo o que lhe vier ao pensamento, mesmo que pareça errôneo, despropositado, absurdo ou desagradável.
Interpretação dos sonhos
Toda apresentação da psicanálise poderia ser baseada na interpretação dos sonhos, que é a via real para o conhecimento do inconsciente.
Os sonhos tem semelhança com criações da alienação mental e são compatíveis com a mais perfeita saúde mental.
Sonhos de crianças são realizações de desejos expressos diretamente.
Elaboração onírica
Sonhos de adultos também são satisfações de desejos, mas disfarçados.
Conteúdo manifesto do sonho é o substituo deformado para os pensamentos inconscientes do sonho.
Deformação é causada por forças defensivas do ego, resistência que estão enfraquecidas durante o sono, mas ainda sendo necessário o disfarce do conteúdo.
Entre dois sistemas
O sonhador tem tão pouca noção do conteúdo disfarçado no sonho quanto o neurótico tem do sentido de seu sintoma.
No sonho podemos estudar fenômenos que se passam entre os dois sistemas.
Na vida onírica a criança prolonga sua existência no adulto, e são apresentados todos os processos de desenvolvimento.
Sonhos de angústia
O pesadelo gera angústia por ser uma reação do ego contra os desejos recalcados, quando a elaboração onírica se põe excessivamente a serviçoda satisfação dos desejos.
Atos falhos
Outro fenômeno psíquico que a psicanálise estuda são as pequenas falhas, como lapsos na escrita, na fala, esquecimentos, perda de objetos, etc.
Esses atos falhos expressam impulsos e intenções que devem ficar ocultos à própria consciência.
Provam a existência de recalque e substituição mesmo na saúde perfeita.
Quarta lição
O exame psicanalítico descobre regularmente elementos da vida erótica.
Os desejos patogênicos são de derivados da pulsão sexual, as perturbações do erotismo são os mais importantes nas influências que causam a neurose.
O elemento sexual é o que provoca o recalque; outros tipos de excitação mental não tem tanta importância.
Sexualidade
Mesmo que traumas não sexuais sejam descobertos como causadores da neurose, eles estão ligados a determinantes mais antigos e sexuais.
A criança possui pulsões e atividades sexuais, fato que já tinha observado por outros pesquisadores antes de Freud.
Existe uma resistência em relação a essa revelação.
Fases da vida sexual
A sexualidade é independente da procriação; diversas partes do corpo são fonte de prazer sexual (zonas erógenas).
Na primeira fase da vida sexual a satisfação é alcançada no próprio corpo, e é denominada de autoerotismo.
Desenvolvem-se desde cedo também componentes pulsionais que pressupõe como objeto uma outra pessoa.
Pares de opostos
Esses impulsos são pares de opostos, um ativo e outro passivo, como o sadismo (prazer em causar sofrimento) e o masoquismo (prazer em sentir sofrimento).
Existe também o prazer visual ativo (voyeurismo) e passivo (exibicionismo). 
O primeiro se desenvolve mais tarde em vontade de saber e o segundo pode se transformar em tendência para representações artísticas e teatrais.
Sexualidade perversa polimorfa
Pode-se atribuir a toda criança uma parcial disposição sexual.
A vida sexual infantil é desordenada, rica, mas dissociada, cada impulso entregue à conquista de sua própria satisfação.
Na puberdade o caráter sexual definitivo está formado, os impulsos subordinam-se ao domínio da zona genital.
Escolha de objeto
Os impulsos que não servem à reprodução continuam sendo satisfeitos e servindo à preparação ao ato sexual.
A escolha de objeto repele o autoerotismo, os impulsos sexuais passam a se satisfazer na pessoa amada.
Porém, certos impulsos sofrem recalque antes da puberdade e não se fixam no objeto.
Perversão e neurose
Certos sentimentos como a vergonha, o nojo e a misericórdia mantém o recalque de impulsos perversos ou agressivos.
Muitos impulsos perversos não são superados nem se sujeitam à zona genital, e são praticados exclusivamente ou não.
Já a neurose é o negativo da perversão; na neurose os impulsos perversos agem do inconsciente.
Fixação
Uma manifestação excessivamente intensa do impulso causa uma fixação.
Caso o desenvolvimento encontre um obstáculo, o recalque é rompido no ponto que ficou fixado.
Relações incestuosas
A criança realiza uma primitiva escolha de objeto, do qual depende de amparo.
A criança toma os genitores como objeto de seus desejos eróticos.
A ternura dos pais tem caráter de atividade sexual inibida em suas finalidades. 
Surgem também sentimentos negativos, de hostilidade.
Complexo de Édipo
Esses sentimentos e desejos são prontamente recalcados mas continuam ativos no inconsciente, funcionando como o complexo nuclear da neurose.
A curiosidade da criança se dirige principalmente a assuntos de natureza sexual (diferença entre os sexos, origens dos bebês e natureza do ato sexual).
Quinta lição
A pessoa sofre com uma neurose quando lhes falta na realidade a satisfação de suas necessidades sexuais, por causa de obstáculos exteriores ou ausência de adaptação interna.
Encontra-se uma satisfação substitutiva na doença.
O sintoma neurótico contém sua vida sexual. 
A fuga da realidade é o dano que a neurose causa e seu objetivo.
Regressão
O paciente resiste porque recalcou para evitar desprazer e porque a realidade pode não trazer melhores satisfações.
A fuga da realidade acontece também pela regressão temporal, ao passado, às satisfações infantis, aos mais remotos estados evolutivos, e pela regressão formal, utilizando meios psíquicos originários e primitivos.
Sublimação
O artista também realiza uma fuga da realidade, mas constrói um mundo de fantasia que pode ser compartilhado.
Transferência
O paciente dirige ao psicanalista, sentimentos afetuosos ou de hostilidade, não justificados na relação real, que são geradas por fantasias inconscientes.
Aquele trecho da vida sentimental que o paciente não consegue lembrar, ele torna a vive-lo na relação com o psicanalista. A transferência pode ajudar a “dissolver” esses sentimentos que alimentam o sintoma.
Ainda sobre transferência
A transferência surge em todas as relações humanas, e é o verdadeiro veículo da ação terapêutica.
Não é uma criação da psicanálise, que apenas a desvenda à consciência e a encaminha a um fim desejado.
Resistências à psicanálise
Dois obstáculos contra as ideias psicanalíticas: falta de hábito de levar em consideração o determinismo mental e desconhecimento das singularidades dos processos mentais inconscientes.
Tem-se medo de chamar a consciência do neurótico os impulsos sexuais recalcados, que estes viessem a aniquilar as aspirações morais e civilizatórias.
Tratamento
O doente tem medo de que toquem em suas feridas psíquicas, mas como cirurgião, não podemos deixar de examinar, tocando em pontos dolorosos.
Sempre vai existir um incômodo e um agravo passageiro antes do total restabelecimento durante o processo de tratamento, seja cirúrgico ou psicanalítico
Condenação ou sublimação
Os desejos inconscientes, quando chegam ao consciente, perdem a força que possuíam no inconsciente. 
O recalque é substituído pela condenação.
Os impulsos também podem ser aceitos pela consciência e utilizados para outros fins, como na sublimação. 
Os desejos sexuais então se satisfazem em alvos não mais sexuais.
Moral social
Outro destino para esses impulsos é poder se satisfazer, independente das exigências que a sociedade impõe.
O cerceamento da sexualidade não deve ser exagerado, pois causará os danos de uma exploração abusiva.

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