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 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	3
 2.1 Responsabilidade Social e Ambiental.........................................................3
 2.2 Tecnologia e Meio Ambiente........................................................................5
 
 2.3 Gestão de Pessoas.......................................................................................7
 2.4 Questionário PCO.........................................................................................7
 
 2.5 Direito Empresarial e do Trabalho.............................................................9
 2.5.1 Desenvolvimento Econômico e Preservação Ambiental.................9
 2.5.2 Ordem Econômica.............................................................................11
3 CONCLUSAO ........................................................................................................13
REFERÊNCIAS..........................................................................................................14
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INTRODUÇÃO
A instalação de uma usina hidrelétrica traz benefícios à população e tem sua relevância à sociedade como um todo, pois trata-se de serviço público necessário à existência humana. Todavia, devem-se levar em consideração aspectos indispensáveis à sua implantação, pois caso não observadas diretrizes legais necessárias podem-se ocasionar danos catastróficos e irreversíveis ao meio ambiente e aos seres humanos. (LINO, 2011).
Devido à demanda energética ser crescente e o processo de desenvolvimento econômico depender do abastecimento adequado de energia, estudos e discussões para minimização de danos quanto à produção de energia mais barata, renovável e menos impactante para população e natureza são necessários para assegurar o desempenho adequado do negocio e da geração de energia.
Nesse contexto então o presente trabalho tem como 	objetivo apresentar um relatório descritivo quanto às questões de Responsabilidade Social e Ambiental, Gestão de Pessoas e Direito Empresarial e do Trabalho na temática que envolve a obra da Usina Hidrelétrica do Riacho Doce.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Responsabilidade Social e Ambiental
Os movimentos sociais surgem do conflito de interesse e das necessidades da população que não são atendidas pelos representantes políticos.
Nesse contexto os Movimentos Sociais são definidos como:
“[...]à ação coletiva de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto específico, permeados por tensões sociais.” (RIBEIRO, 2017) 
As sociedades na atualidade apresentam grande diversidade nos aspectos raciais, sociais, religiosos e financeiros entre outros, e os motivos que levam ao surgimento dos movimentos sociais são os mais diversos, em geral são frutos da indignação e insatisfação popular diante da má gestão politica, que reivindicam ações efetivas em áreas como saúde, educação, meio ambiente, habitação, entre outras demandas não atendidas, fomentando ainda mais à insatisfação no povo, e levando ao surgimento de manifestações populares.
Os movimentos sociais são importantes e fazem parte da historia de um povo, basta voltar para o passado e observar o quanto a luta por direitos iguais, liberdade e melhores condições de vida está presente na historia do povo brasileiro. Muitas foram às lutas dos povos passados contra a escravidão, contra a exploração de mão-de-obra de imigrantes e por melhores condições de vida. Vários movimentos surgiram naquela época e ganharam força popular, porém foi na década de 70 que os movimentos sociais ganharam destaque e passaram a ser reconhecidos legalmente. 
Muitos foram os movimentos sociais que fizeram parte da historia do Brasil, porém aqui abordaremos o movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que é o objeto de estudo em questão. 
A MAB é um movimento social brasileiro que teve origem no fim da década de 70. A história deste movimento é marcada por lutas para garantir os direitos das vítimas de construções de usinas hidrelétricas, entre elas camponeses, pequenos agricultores, sem-terra, índios, pescadores, ribeirinhos, quilombolas e mineradores.
A MAB teve origem pela mobilização de agricultores contrários à construção de umas hidroelétricas na região do Alto Uruguai, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e foi ganhando força e mais participantes com o passar dos anos. Esse movimento tem como objetivo a criação de um fundo de auxilio para reparar os prejuízos das pessoas que têm sua vida transformada após a construção de barragens. Algumas famílias passam por uma mudança radical, tendo que se mudar para outra região, perdem seus bens, e pior ainda, algumas perdem suas origens, suas raízes.
O MAB tem representações regionais em 15 estados brasileiros. Entre seus objetivos está à criação de um Projeto Popular para o Brasil, baseado nos valores e princípios do movimento, que defende também a construção de um novo modelo energético alternativo e popular, comprometido com a preservação dos recursos naturais.
Na problemática aqui estudada pode-se constatar vários problemas causados na construção da barragem pela concessionaria Foz do Riacho Doce entre eles, a diminuição do nível da agua causando a redução do número de peixes da região e com isso gerando problemas econômicos para os trabalhadores e comunidades ribeirinhas, em alguns trechos a navegação esta impossibilitada. Isso sem falar que milhares de famílias perderão uma expressiva porção de terra produtiva e ocorrerão impactos ambientais pela interrupção da piracema, além do êxodo rural e a historia de um povo que se desfaz.
Para a recuperação desta área vastamente degradada o MAB busca os recursos federais para ajudar o governo do estadual e municipal além da ação do tempo tendo em vista que muitas pessoas dependiam deste rio para sobreviver. 
2.2 Tecnologia e Meio Ambiente
O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho desde 1972 quando a data foi estabelecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, capital da Suécia, e tem como objetivo reforçar os constantes problemas ambientais enfrentados por todo o planeta, assim como a importância da preservação de seus recursos.
Um conceito importante desde essa época é o do desenvolvimento sustentável que a partir deste momento teve o apoio de diversos países que começaram a estruturar órgãos ambientais e legislação tornando o ato de poluir uma prática ilegal. Discussões sobre a racionalização do uso de energia e a busca por combustíveis mais limpos também ganharam força.
O conceito de desenvolvimento sustentável  está intimamente ligado à capacidade de atender às necessidades das sociedades atuais sem comprometer as futuras gerações. 
Desse modo é perceptível a mudança nos hábitos dos empreendedores ao se preocuparem com o meio ambiente ao lançarem alguma tecnologia. Essa conscientização pode ser explicada, talvez, pelo fato das consequências dos impactos ambientais terem afetado financeiramente os próprios criadores, seja direta ou indiretamente.
A cada dia que passa, são criados novos avanços que procuram aliar tecnologia a preservação ambiental. Carregadores e despertadores movidos a energia solar são exemplos de como pequenas soluções podem fazer uma grande diferença na economia e preservação do meio ambiente. E como eles, já existem vários produtos que, se incorporados ano nosso cotidiano, podem produzir efeitos semelhantes, como lâmpadas mais econômicas, carros híbridos e elétricos etc. bem como tecnologias que fazem uso de fontes alternativas de energia, como solar ou eólica, por exemplo.
Além disso, cientistas e pesquisadores continuam a desenvolveralternativas tecnológicas de baixo impacto ambiental, como: computadores, biodegradáveis, carros recicláveis e celulares mais econômicos.
Contudo é dever da tecnologia buscar o desenvolvimento cada vez maior de fontes de energia recicláveis, renováveis e abundantes, tais como o vento, a energia solar, a energia das marés.
A Tecnologia ambiental ou tecnologia verde é a aplicação das ciências ambientais para a proteção e conservação da natureza, espaço natural ou biodiversidade, no sentido de prevenir ou mitigar os impactos negativos do homem no ambiente. Nos tempos atuais, a tecnologia ambiental ganhou uma nova força, no sentido de corresponder às necessidades impostas pelo desenvolvimento sustentável. (WIKIPEDIA, 2017)
O uso de produtos com tecnologia verde tem sido muito difundido e as pessoas que aderiram a ideia cresceu muito pelo mundo. Além de garrafas de refrigerantes reutilizáveis surgiram outros produtos como: pendrives, celulares, computadores, televisores e até mesmo casas ecológicas. 
Os produtos verdes surgiram no mercado com novidades que variam desde redução de gasto com energia elétrica, utilização de materiais recicláveis ou criado a partir de fontes renováveis de energia e produtos reutilizáveis. 
No caso Usina Hidrelétrica Foz do Riacho Doce, em estudo, faz-se necessário estudos sobre as melhores tecnologias para auxiliar na minimização dos impactos ambientais que afetaram diretamente a população.
A população ribeirinha sofreu com alagamento em suas casas e ao mesmo tempo diminuição do nível da agua que acarretou a redução do numero de peixes que eram a fonte de renda destes trabalhadores. Um estudo minucioso dos verdadeiros impactos e das melhores formas de uso da tecnologia a favor do meio ambiente e que estas ações afetem positivamente também o ser humano que ali vive.
Desta forma visando evitar os eventuais danos que possam causar ao meio ambiente pelos impactos e seus procedimentos é de suma importância a liberação de licenciamento ambiental e o (EPIA) estudo prévio de impactos ambientais, que são procedimentos que antecedem o início da obra.
2.3 Gestão de Pessoas
No ambiente de uma empresa, a satisfação da equipe reflete no clima organizacional. Tanto os gestores quanto a equipe de Recursos Humanos devem sempre trabalhar para manter os profissionais motivados, alinhados com os valores da empresa e satisfeitos com os benefícios e com o ambiente de trabalho como um todo. É importante que essas ações não impactem no caixa da empresa e sem gerar desequilíbrios entre os colaboradores. 
A melhor forma de fazer isso é ouvindo os próprios funcionários constantemente. Isso deve ser feito através de pesquisas de clima organizacional. 
O Objetivo da pesquisa de clima organizacional é medir o nível de satisfação dos funcionários com relação aos diferentes aspectos do ambiente da empresa e a maneira como os colaboradores interagem uns com os outros. (D´ANGELO, 2016)
Com a pesquisa de clima organizacional é possível reconhecer o que o colaborador realmente pensa da organização. A elaboração de uma pesquisa de clima organizacional visa então, por meio de determinadas dimensões, conhecer como esta o engajamento, o comprometimento e a satisfação do colaborador com a organização. 
Para que isso ocorra, de acordo com Chiavenato (2014), são escolhidas dimensões que mais se adequem aquela organização. Portanto, podem ser verificadas as percepções quanto ao grau de responsabilidade atribuída, á liderança ás recompensas e ao reconhecimento.
2.4 Questionário PCO
O questionário é a técnica mais utilizada nas pesquisas formais de clima. Suas características são: custo relativamente baixo e ser mais aceito pelos respondentes, pelo fato da empresa usar a preservação do anonimato. 
Isso garante maior a credibilidade da técnica, permitindo o uso de questões abertas ou fechadas. É importante não utilizar um número elevado de questões, pois questionário longo leva a desmotivação do respondente, podendo comprometer suas respostas. 
Além disso, o questionário permite o sigilo, o anonimato a respondentes, essa é a mais importante característica. A única identificação feita pela empresa é referente aos setores de trabalho dos pesquisados e não exige espaço físico apropriado para a obtenção das respostas.
Segue abaixo o modelo de questionário confeccionado de acordo com as seguintes dimensões: 
- Comprometimento;
- Comunicação;
- Profissional;
- Condições de Trabalho.
	
Questões
	discordo totalmente
	discordo
	concordo
	Concordo totalmente
	É importante cumprir o horário de trabalho
	
	
	
	
	O cliente deve sempre ser respeitado
	
	
	
	
	Devo sempre manter meu ambiente de trabalho organizado
	
	
	
	
	Devo sempre ajudar os colegas a cumprir suas obrigações
	
	
	
	
	Sempre que o cliente tiver uma duvida devo procurar responder da melhor forma
	
	
	
	
	Devo retornar todas as ligações dos clientes
	
	
	
	
	Devo sempre levar os assuntos que não consigo resolver ao meu superior
	
	
	
	
	Devo ler a todos os e-mails independente do assunto 
	
	
	
	
	Devo sempre usar o uniforme fornecido pela empresa 
	
	
	
	
	Devo usar o celular pessoal e redes sociais para contatar clientes em horário de trabalho
	
	
	
	
	Devo atender ligações de meus clientes mesmo fora do horário de expediente
	
	
	
	
	É meu dever buscar cursos de aprimoramento para meu cargo
	
	
	
	
	Tenho recursos necessários para o bom desempenho do meu trabalho. 
	
	
	
	
	Tenho ajuda dos colegas para melhor desempenhar minha função
	
	
	
	
	Tenho respaldo do meu superior quando surgem situações que não consigo resolver
	
	
	
	
	As cobranças pela busca das metas estão dentro dos limites de cada funcionário
	
	
	
	
2.5 Direito Empresarial e do Trabalho
2. 5.1 Desenvolvimento Econômico e Preservação Ambiental
É relevante a manutenção da biodiversidade em conformidade com o desenvolvimento sustentável. Pondera-se sua importância do ponto de vista jurídico, em casos de construção de barragens para usina por se tratar de realização de obra de grandes proporções e complexidades. (LINO, 2011)
No caso da construção da Usina Hidrelétrica Foz do Riacho Doce, que aqui esta sendo analisado, destacam-se impactos ambientais e sociais, como por exemplo, 3 mil famílias de 13 municípios tiveram que deixar suas casas devido ao alagamento, diminuição do nível da agua causando redução dos peixes estes que eram fonte de renda para os moradores locais causando assim problemas econômicos. 
O princípio de desenvolvimento sustentável encontra-se previsto na Constituição Federal em seu artigo 225, “caput” que implicitamente decorre do princípio número quatro da declaração da RIO/92, que assim está escrito: para se conseguir o desenvolvimento sustentável, a relação de proteção com o meio ambiente tem a obrigação de constituir parte que integra esse processo de desenvolvimento .
	O principio da prevenção e precaução do ponto de vista jurídico ambiental é um princípio dos mais importantes, uma vez que a prevenção tem como finalidade evitar danos ao meio ambiente.
	Segundo Milaré (2009 p. 823), prevenção quer dizer: riscos ou impactos já conhecidos pela ciência, ao passo que a precaução se destina a gerir riscos ou impactos desconhecidos. Enquanto a prevenção trabalha com o risco certo, a precaução vai além e se preocupa com o risco incerto. Ou ainda, a prevenção se dá em relação ao perigo concreto, ao passo que a precaução envolve perigo abstrato.
	A proteção ambiental ganhou a importância que realmente merecia com a edição da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981), foram estabelecidos padrões de qualidade ambiental a serem respeitados pelo homem e as consequentes responsabilizações por atos que venham a infringir estas determinações. Criou-se ainda o Sistema Nacional de Meio Ambiente, como forma de organizar e de fixar um planejamentode ação integrada de órgãos públicos para fiscalização e proteção do meio ambiente. Outro marco fundamental é a publicação da lei que disciplinou a ação civil pública (lei nº. 7347, de julho de 1985 ), instrumento poderoso colocado à disposição dos cidadãos para se exigir do poluidor a reparação específica e pecuniária de danos ambientais, além de obrigações no sentido de adotar medidas de proteção ou de se abster da prática de condutas consideradas inadequadas e nocivas ao meio ambiente. (BATISTUTE; SPAGOLLA 2009, p. 23)
	Não havia no Brasil, no período anterior a 1980, nenhum movimento significativo direcionado para a preservação do meio ambiente e assim a construção de Usinas Hidrelétricas era vista como uma “ideologia da modernização”, sem que os departamentos responsáveis se vissem preocupados com as mudanças e consequências que pudessem acarretar ao ambiente de suas construções. Esses projetos eram considerados positivos, embasados na ideia de que traziam consigo o desenvolvimento da região envolvida e logicamente o bem estar da sua população. Baseado em tais fatos, esses empreendimentos foram sendo impostos sem nem cogitar as consequências disso para as populações ribeirinhas. Os acordos eram feitos somente entre o Estado e os vários segmentos interessados no capital a ser arrecadado (COLITO, 2000).
	Com a criação do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, os impactos ambientais começam a ser levados em conta para toda atividade que possa causar danos ao meio ambiente, inclusive construção de hidrelétricas. No processo de retirada dos habitantes do espaço a ser ocupado pelas obras das usinas hidrelétricas, os órgãos competentes começam a se preocupar com o pagamento das indenizações à população atingida. Para tal é considerado o valor da terra, os cultivos ali existentes e as benfeitorias, mas não se questiona o custo social da retirada dessas pessoas do local onde construíram sua história que, a partir desse fato, deixa de existir. As experiências vividas naquele local vão ser submersas pelas águas da represa. O mais chocante é que essas pessoas não têm escolha, é necessário receber o dinheiro e começar uma nova vida em outro lugar, deixando de lado os transtornos interacionais que isso vai ocasionar. (ROTHMAN, 2000).
	A política conservadora de ajuste econômico na qual o País se encontra tem batido de frente com a política ambiental nas questões referentes à degradação do meio ambiente e da justiça social e ambiental, arriscando-se a perder significativos ganhos nessa área nos últimos trinta anos. Esse conflito alcançou um nível mundial e é travado em nome de uma “sustentabilidade” baseada na ideia de “uma conciliação entre os interesses econômicos, ecológicos e sociais” dos atores (ZHOURI, 2005). Seria uma simulação do consenso, citado por Habermas na sua Teoria do Discurso, onde esses conflitos ambientais poderiam ser resolvidos através do diálogo e do debate público a fim de se alcançar um acordo entre as partes envolvidas. Mas na verdade o que realmente ocorre é que os problemas sociais e ambientais passaram a ser entendido como “meros problemas técnicos e administrativos, passiveis, portanto, de medidas mitigadoras e compensatórias” (ZHOURI et. al, 2005, p. 12).
2.5.2 Ordem Econômica do Brasil
	A Carta Magna de 1988 dedica à Ordem Econômica o Título VII, compreendendo os artigos 170 a 192. Determina o art. 170 que a Ordem Econômica brasileira terá como fundamentos a valorização do trabalho humano e a livre iniciativa, com o objetivo de assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. Tais fundamentos e objetivos ainda que contraditórios e ambivalentes, estabelecem uma conexão sistemática para o interprete constitucional.
No caso da Hidrelétrica do Riacho Doce, existe um conflito entre os moradores e a concessionaria ainda não resolvido, segundo a MAB existem muitos moradores que ainda não foram indenizados, e dependem da ajuda de parentes já que não tem onde morar. Esta situação vai contra o art. 170 e seus princípios.
	Para Eros Roberto Grau, a ordem econômica, ainda que se oponha a ordem jurídica, é usada para referir-se uma parcela da ordem jurídica, que compõe um sistema de princípios e regras, compreendendo uma ordem pública, uma ordem privada, uma ordem econômica e uma ordem social (GRAU, 2004, p. 51).
A Carta Magna inscreveu também a propriedade privada e a sua função social como princípios da ordem econômica (170, incs. II e III). Não obstante, no art. 5º, incs. XXII e XXIII, da CF/88 existem normas idênticas, além de vários outros dispositivos constitucionais a respeito onde a propriedade é tratada como direito individual.
	Assim, deve-se ter em mente que “a propriedade privada vertida sob a ótica de principio da ordem econômica, é aquela que se insere no processo produtivo, envolvendo basicamente a propriedade – dita dinâmica – dos bens de consumo e dos bens de produção” (ARAUJO; SERRANO JUNIOR, 2006, p. 467). Quanto aos bens de consumo (aqueles que são consumidos no mercado a satisfazem as necessidades humanas), nos dizeres de José Afonso da Silva, estes “são imprescindíveis à própria existência digna das pessoas, e não constituem nunca instrumentos de opressão, pois satisfazem necessidades diretamente” (SILVA, 2001, p. 790 e 791.). Já quanto os bens de produção (aqueles que irão gerar outros bens ou rendas), para Eros Roberto Grau, é sobre eles incidindo “que se realiza a função social da propriedade. Por isso se expressa, em regra, já que os bens de produção são postos em dinamismo, no capitalismo, em regime de empresa, como função social da empresa” (GRAU, 2004, p. 216.).
Em linhas gerais, significa dizer que garante-se a propriedade privada dos bens de produção, até porque estamos diante de um sistema capitalista, contudo seu uso está condicionado à um fim, qual seja “assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social” (art.170 da CF/88).
Eros Roberto Grau (2004) preleciona que o “artigo 170 prospera, evidenciadamente, no sentido de implantar uma nova ordem econômica”.  É nesse sentido dinâmico que devemos entender a atuação estatal, que sob a ótica deste tipo de Constituição (dirigente), deve ser empreendida prospectivamente se manifestando através de planejamento, para se adequar não a apenas “ordem estabelecida do presente, a defesa do presente, mas também a formulação de uma ordem futura, antecipação do porvir”.
3. CONCLUSÃO
A principal polêmica de uma obra desse porte como é o caso da Usina Hidrelétrica Foz do Riacho Doce é em torno dos impactos que foram gerados por ela e como esses afetaram uma grande quantidade de pessoas que moravam em toda região do Rio Doce.
Além da questão social envolvendo as famílias afetadas financeiramente, psicologicamente, entre outros, existe o contexto de degradação ambiental que é um dos efeitos causados pela alteração do ambiente natural em beneficio de uma empresa privada e do capitalismo.
A MAB apoia e da suporte as vitimas para minimizar os efeitos catastróficos causados na vida da população ali envolvida, tentando que de forma justa, as empresas façam o ressarcimento ao menos financeiro de forma que essas pessoas possam reconstruir suas vidas, já que a lei assegura a todos a existência digna, como esta descrito no art. 170.
	Contudo, quanto a questão da preservação ambiental cabe aos órgão competentes responsáveis pela fiscalização, cobrar principalmente planejamento antecipado visando impacto mínimo a natureza, além da recuperação das áreas inevitavelmente degradadas pelas obras.
	Para que a empresa consiga realizar da melhor maneira possível e correta minimizando os problemas que envolvem a obra, é importante que os funcionários envolvidos tenham conhecimento de toda gestão e procedimento, assim como os responsáveis pela empresa também precisam conhecer seus colaboradores suas aspirações em relação a trabalho e na vida pessoal que influenciem no desempenho de suas funções. 
 Neste sentido a pesquisa de clima organizacionale suas dimensões podem trabalhar na atmosfera psicológica que envolve empresa e funcionário, para que caminhem juntos e pelo mesmo ideal beneficiando assim a todos envolvidos.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Luiz Alberto Araújo; NUNES JUNÍOR, Vidal Serrano. Curso de direito constitucional. 10. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006.
AVONA, M. E. Gestão de Pessoas. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 224 p.
BATISTUTE, Jossan; SPAGOLLA, Morete Senegalia Vânya. Legislação e direito ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
COLITO, M. Clementina E. A Construção de Usinas Hidrelétricas e os Impactos sobre a População e o Espaço. Comunidades Rurais ameaçadas pela U.H. de Jataizinho - Rio TibagiPR. Serviço Social em Revista: Universidade Estadual de Londrina. Londrina, PR, v. 2, n. 2, p..275-285, jan - jun 2000.
DELBONO, B. de F. Responsabilidade social e ambiental. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2016.
D´ANGELO, P. CLIMA ORGANIZACIONAL. Opinionbox. 2016. Disponível em <http://blog.opinionbox.com/modelos-de-questionarios-de-clima-rganizacional/> Acesso em: 19 de Outubro de 2017.
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988 (interpretação e critica). 9. ed., rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2004.
LINO, W dos S. PROCEDIMENTO AMBIENTAL DE INSTALAÇÃO DE USINA
HIDRELÉTRICA: caso Mauá da Serra. EGOV. 2011. Disponível em: < http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/wladimirtcc__07-08-2011_2.pdf> Acesso em: 29 de Setembro de 2017.
MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2009, p. 823.
RIBEIRO, Paulo Silvino. "Movimentos sociais: breve definição"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm>. Acesso em 25 de outubro de 2017.
ROTHMAN, Franklin Daniel. Mobilização, resistência e participação das comunidades tingidas por barragens: o Projeto de Acessória e o movimento dos atingidos por barragens em Minas Gerais Brasil. WORLD, 2000 - unizar.es. Disponível em: www.unizar.es./fnca/america/doc/1711.pdf Acesso em 27 set 2017.
SILVA, José Afonso. Curso de direito constitucional positivo. 19. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2001.
WIKIPEDIA. Tecnologia Ambiental. Wikipedia. 2017 Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_ambiental> Acesso em: 20 de Outubro de 2017.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
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cleide simões de lima cardi
elisângela valverde lessa rodrigues
érica de oliveira marchi
fabiana guerra vieira
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HIDRELÉTRICA DO RIACHO DOCE
São José dos Quatro Marcos
2017
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HIDRELÉTRICA DO RIACHO DOCE
Trabalho de Administração apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Responsabilidade Social e Ambiental; Gestão de Pessoas; Direito Empresarial e do Trabalho e Seminário Interdisciplinar IV.
Orientador: Prof. Elias Barreiros; Indiara Beltrame Brancher; Janaina Carla Vargas S. Testa; Emilia Yoko Okayama; Natalia Branco Lopes; Aleksander Roncon; Nicole Cerc Mostagi; Ewerton Taveira Cangassu; Elizete Alice Zampronio e Eduardo Faria Nogueira.
São José dos Quatro Marcos
2017

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