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Aula 1 – CONCEITOS E ORIGENS DO EMPREENDEDORISMOS
- O conceito de Empreendedorismo: Gira em torno do conhecimento e da informação. 
Aqui cabe levantar as diferenças conceituais de Informação e Conhecimento.
Informação: São um ou mais fatos conhecidos ou que nos rodeiam, que podem se organizado por meio de sinais e símbolos. Vivemos cercados de informações, que podem ou não virar conhecimento.					
Conhecimento: É a explicação/ educação da realidade e decorre de um esforço de investigação para descobrir aquilo que está oculto, que não está compreendido ainda. Só depois de compreendido em seu modo de ser é que um objeto pode ser considerado conhecido. Adquirir conhecimento não é compreender a realidade retendo informações, mas utilizando-se destas para desvendar o novo e avanço, porque; quanto mais competentes for o entendimento do mundo, mais satisfatório será a ação do sujeito que o detém.
 Segundo Cantillon, o empreendedor era aquele que compra a matéria-prima por um preço justo (certo) para revende-lo por um preço incerto ( com taxas além do que foi comprado).
 Em resumo: O termo empreendedor significa aquele que assume riscos e começa algo novo. O empreendedor é a pessoa que consegue fazer os planos acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tem desenvolvimento para a área financeira e além de uma capacidade de identificar as oportunidades.
- E Empreendedor de Schumpeter, tem um pouco a ver com os empreendedores dentro de uma organização que é denominado de “ intra-empreendedor” 
- E Baumol (1993) estabeleceu uma clara diferença entre empreendedor organizador de uma empresa e o empreendedor inovador
- Para Peter Drucker (1986), com base na análise do ambiente o indivíduo empreendedor procura criar novos valores  e satisfações novas e diferentes, convertendo um material (informação) em um recurso (conhecimento) ou combinando os recursos existentes para uma nova configuração.
Teoria Geral da Administração – Conceitos básicos
 O empreender está intimamente ligado a administração e gestão. A tabela a seguir mostra as principais teorias sobre administração. Cada teoria predominou um período na cultura das empresas. Hoje os conceitos estão atrelados a globalização e a facilidade que esta trouxe em obter informações rapidamente e com isso o empreendedor pode detectar tendências que podem ser trabalhadas a nível local.
	ÊNFASE 
	TEORIA QUE SE RELACIONA
	TEÓRICOS
	
	
	
	Nas tarefas
	Administração Científica
	Frederix W Taylor
	
	
	
	Na Estrutura
	Teoria Clássica
	Henry Fayol
	
	Teoria Neoclássica
	Peter Drucker
	
	Teoria Burocrática
	Max Weber
	
	Teoria Estruturalista
	Max Weber
	Nas Pessoas
	Teoria das Relações Humanas
	Chester Barnard e Elton Mayo
	
	Teoria do Comportamento Organizacional
	Hebert Alexander Símon e a teoria behaviorista de skinner
	
	
	
	
	Teoria do Desenvolvimento Organizacional
	Leland Bradford
	
	
	
	No Ambiente
	Teoria Estruturalista
	Max Weber
	
	Teoria Neoestruturalista
	 
	Na Tecnologia
	Teoria da Contingência
	Alfred D. Chandler
 Toda empresa tem sua organização e ao empreender você também vai organizar a sua sob algum princípio. Atualmente a administração e gestão estão centradas nas teorias que envolvem o conhecimento. Como a teoria do capitalismo cognitivo
Novas Concepções de Capitalismo e Trabalho
 O conceito de Capitalismo cognitivo está ligado ao de trabalho imaterial, elaborado por Antonio Negri e Michel Hardt, no livro Multidão: “A cena contemporânea do trabalho e da produção, como explicaremos, está sendo transformada sob a hegemonia do trabalho imaterial, ou seja, trabalho que produz produtos imateriais, como a informação, o conhecimento, ideias, imagens, relacionamentos e afetos.” Esta ideia dos autores não invalida o trabalho braçal de milhões de pessoas, estamos gerando conhecimento subjetivo.
 Maurizio Lazzarato: “Capitalismo sempre foi a relação entre a tecnologia, o saber e o próprio capital. O que muda é o tipo de tecnologia e de saber envolvidos na relação. São tecnologias novas que concernem à mente, tecnologias biológicas. E o saber mudou porque diz respeito a essas relações. O Capitalismo Cognitivo trabalha contemplando todas essas relações e saberes. Também sobre as relações cognitivas, de opinião, sobre o trabalho da mente, sobre formas de comunicação.” 
 A perspectiva que predominava até pouco tempo era a linha comportamental sobre o empreendedorismo, ou seja, uma racionalidade estritamente econômica e individual, para ser empreendedor o comportamento exigido era “sangue frio”, nada mais, quando empreender é gerar, além de bens materiais, novos bens imateriais, o conhecimento, a subjetividade.
 Maurizio Lazzarato: “No dito capitalismo clássico, o que estava no cerne era a fabricação do objeto. Hoje, antes de fabricar o objeto é preciso fabricar o desejo e a crença. Por exemplo, vamos pensar na fabricação de um par de tênis. O calçado é produzido na China, onde o trabalho dos operários custa 2% do total. Somando o custo de tecnologia e transporte, envolvemos 50% de investimento. O restante do investimento é feito em marketing, publicidade, design, que é feito no Ocidente. O capitalismo cognitivo convive com o capitalismo clássico, a fábrica, o serviço. E há conflito entre os dois. Inclusive entre as subjetividades diferentes que vivem com capitalismos diferentes. O problema político sobre o qual é possível refletir. Não é a tecnologia que impõe. Como disse Felix Guattari, é a máquina social que produz a máquina tecnológica.”
Como aplicar o seu conhecimento para gerar novos conhecimentos
 De acordo com DRUCKER, o recurso econômico básico no mundo contemporâneo – “os meios de produção”, para usar uma expressão dos economistas – não é mais o capital, nem os recursos naturais (a “terra” dos economistas), nem a “mão de obra”. Ele é e será o conhecimento. As atividades centrais de criação de riqueza não serão nem a alocação de capital para uso produtivo, nem a “mão de obra”. [...]. Hoje o valor é criado pela “produtividade” e pela “inovação”, que são aplicações do conhecimento ao trabalho.
 Os principais grupos sociais da sociedade do conhecimento serão os “trabalhadores do conhecimento” – executivos que sabem como alocar conhecimento para usos produtivos, assim como os capitalistas sabiam como alocar capital para isso, profissionais do conhecimento e empregados do conhecimento”. Por volta de 1960, esse autor criou as expressões “Trabalho do conhecimento” e “Trabalhador do Conhecimento”.
 A maioria dos funcionários das empresas do conhecimento são profissionais altamente qualificados e com alto nível de escolaridade – isto é, são trabalhadores do conhecimento. A função deste trabalhador é transformar informação em conhecimento. Os ativos intangíveis hoje são muito mais valiosos que os bens tangíveis. O verdadeiro líder é aquele que sabe transmitir o conhecimento, criando novos líderes. O “trabalhador do conhecimento”, portanto, é sobretudo alguém que incorporou ao seu modelo mental e às suas atividades uma postura mais pró-ativa. É aquele também que, tendo em vista a complexidade do mundo em que vive, sabe que ninguém mais detém sozinho o conhecimento necessário para que as coisas aconteçam.
 O filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, é um clássico do cinema, além de ser uma crítica às teorias gerais de administração ou a máquina de produção vigente na época.
Aula 2 – O processo do Empreendedorismo no Brasil e no Mundo. Os fatos inibidores da criatividade
O Empreendedorismo no Mundo 
 A Sociedade em rede, em virtude da internet, nos fez conhecer diversos eventos empreendedores pelo mundo. Existe particularmente uma entidade internacional cujo objetivo principal é, exatamente, aferir permanentemente os índices de empreendedorismo dos países de todos os continentes. Trata-se da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que anualmente realiza pesquisas cujos resultados mostram o posicionamentodos países num ranking mundial.
 O Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) é a instituição executora do Projeto GEM Brasil e não tem economizado esforços para que a pesquisa ganhe maior reconhecimento de organizações públicas e privadas e tem recebido apoios crescentes de entidades como o SEBRAE, o SESI/PR, o SENAI/PR, a Universidade Positivo, e os milhares de cidadãos brasileiros, que ano a ano recebem os pesquisadores e fornecem as informações que norteiam os rumos do empreendedorismo no país.
 Criado em 1999, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é o maior estudo independente do mundo sobre a atividade empreendedora, cobrindo 54 países consorciados, o que representa 95% do Produto Interno Bruto (PIB) e dois terços da população mundial. O GEM é atualmente coordenado pela Global Entrepreneurship Research Association (GERA) – organização composta e dirigida pela London Business School (Inglaterra), pelo Babson College (Estados Unidos) e por representantes dos países participantes do estudo.
 Ao analisar 13 países membros do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) que participaram do estudo, a GEM 2009 constatou que a população da China é a mais empreendedora, com taxa de 18,8% (169 milhões de pessoas), seguida do Brasil, com 15,3% (18,8 milhões).
As Crises e as Oportunidades
 As crises são as melhores oportunidades para se ver um bom negócio. Claro que não só elas. Por exemplo, dia 29 de abril de 2011, um casamento real movimentou toda a Grã-Bretanha. Milhares de pequenos empreendedores faturaram mais de 3 bilhões de reais com turismo, venda de produtos relacionados aos noivos e serviços indiretos.
ATENÇÃO!
Para se perceber estas oportunidades ao pensar em montar seu negócio, é preciso levar em conta:
a) Escolha algo compatível com suas informações e conhecimento (lembra da 1ª aula?) e, claro, algo que também dê prazer. Se você não suporta acordar cedo, montar uma academia ou uma padaria será um suplício.
b) Defina metas e objetivos claros.
c) O planejamento estratégico e de negócios é fundamental (a gente vai chegar lá nas aulas 8, 9 e 10).
d) Gerenciar de olho no mundo; ele é mutável, o desejo, as necessidades das pessoas também.
 Estas dicas são simples, mas são objetivas e elas devem vir acompanhadas de uma dose de ousadia e criatividade, que vamos tentar definir no próximo tópico.
A Criatividade e o Empreendedor
 Começaremos este tópico falando dos bloqueios à criatividade: primeiro vamos analisar os estereótipos ou uma ideia pré-concebida e empobrecida de algo. Aplicamos rótulos a quase tudo na vida, ignoramos grupos pela cor da pele, religião e opção sexual. Ao ignorar estes grupos, ignoramos o indivíduo e vamos carregar isso na montagem de um negócio. Os preconceitos e estereótipos se aplicam a empresas, produtos e serviços.  
 Veja, por exemplo, os produtores de cachaça, por mais que se esforcem para equiparar a bebida a um uísque (que é sinônimo de cultura e de um país), não conseguem pelo estereótipo de que “aquela pessoa é uma cachaceira”. Para quem tem a visão estereotipada, telefone é só para falar e os livros só podem ser lidos em papel.
 O segundo bloqueio é a dificuldade que temos em isolar um problema. Com o excesso de informações que temos hoje, os problemas podem ser ocultos e os gestores podem tomar medidas atribuindo a solução a uma rápida análise e culpando, por exemplo, seus funcionários. Seja criativo no olhar os problemas. Existem inúmeras ferramentas hoje e, se você não tem o conhecimento de todas, delegue funções para resolver melhor o problema.
 O terceiro aspecto ainda ligado ao problema é restringir demais a área do problema, o que restringe as soluções. Um exemplo recente de sucesso na ampliação do olhar sobre o problema é o excessivo número de mortes por acidente de carros, devido à direção com consumo de bebidas alcoólicas. Um olhar restrito como fazem alguns países, o mais fácil é proibir a bebida. Aqui no Brasil foi adotada a liberdade total à bebida desde que você não dirija.
 O último aspecto é a habilidade em explorar pontos de vistas distintos, o que pode conduzir a soluções mais criativas e melhores e que agradem a um número maior de pessoas. Muitos problemas envolvem interesses diferentes e a aceitação de uma solução depende do grau em que pontos de vista distintos são considerados. Nem sempre a melhor solução sob o ponto de vista técnico ou econômico é também a melhor sob o ponto de vista ambiental ou social, para citar uma situação muito comum hoje em dia.
 A criatividade para Piaget, além da necessidade de se trabalhar sozinho, o mais importante é a necessidade de um adversário. Para Foucault a criatividade é se libertar do controle, fugir das amarras do poder. Ostrower (1987) conceitua a criatividade mediante a fórmula: “[...] criar é relacionar com adequação”. 
 Este conceito aponta para o fato de que, se para que a criatividade ecloda há a necessidade de que exista a oportunidade organizacional, para que os indivíduos se sirvam de seus próprios talentos e atinjam a realização pessoal, esta criatividade, entretanto, não significa que os indivíduos possam fazer tudo a qualquer momento, de qualquer maneira e em qualquer ocasião. Os repetidos padrões de atuação que resvalam para o mesmo que não abre caminhos é fruto dos comportamentos imitativos e que, se por um lado oferecem o falso certificado de garantia e segurança, por outro, impedem a solução inovadora de problemas.
Os Aspectos Cognitivos na Percepção de novos Negócios
 Vamos começar definindo cognição. Lá na primeira aula falamos de capitalismo cognitivo e aqui abordamos a importância da cognição para os negócios. Cognição é o ato ou processo de conhecer. Inclui a atenção, a percepção, a memória, o raciocínio, o juízo, a imaginação, o pensamento e o discurso. 
 As tentativas de explicação da forma como a cognição trabalha são tão remotas como a própria filosofia. De fato, o termo tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles. Com a separação entre psicologia e filosofia, a cognição tem sido investigada a partir de diversos pontos de vista. Observe que as palavras têm links para você construir o seu próprio instrumento cognitivo.
 Dos processos de conhecimento da cognição vai nos deter a percepção. Na psicologia, o estudo da percepção é de extrema importância porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na realidade em si. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nós, cada pessoa percebe um objeto ou uma situação de acordo com os aspectos que têm especial importância para si própria. 
 A percepção é um estágio do processamento de informações, ou seja, como funciona a mente. A percepção é um estágio extremamente seletivo. Da enorme quantidade de informações que recebemos, poucas nos chamam a atenção.
No quadro acima podemos ver como funciona este processo. Os três primeiros estágios constituem a percepção.
 Como exemplo: você recebeu a informação de que o Rio de Janeiro será sede da próxima olimpíada, isto é um estímulo externo. Você está feliz pela cidade, mas ao mesmo tempo chama sua atenção que milhares ou milhões de pessoas virão à cidade. 
 Como você fala muito bem seis idiomas, você interpreta que isso pode ser uma ótima oportunidade e armazena na memória para começar o processo de transformar a informação em conhecimento e empreender. A interpretação pode ser cognitiva, nas quais os estímulos são alocados em categorias de significado existentes e afetiva, que é uma resposta emocional aos estímulos externos (Hawkins, p 125).
 Utilizar o conhecimento acerca da percepção é importante para começar um novo empreendimento. A interpretação envolve os “sinais” apresentados pelo público que você pretende atingir, como ele percebe, por exemplo, um preço maior que o concorrente como sinônimo de qualidade do seu produto ou serviço.
ATIVIDADE
 Doze jurados devem decidir se um homemé culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado número 8 não deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretação dos fatos para achar a inocência do réu, mas também a má vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas casas. 
 O vídeo que você assiste é apenas um resumo do filme. O aluno deve procurar alugar o filme completo e descrever um fato acontecido com ele sobre interpretação errada, o que levou a uma decisão errada de julgamento.
	
Aula 3 – O Perfil do Empreendedor e as Entidades de Apoio ao Empreendedorismo
Características de um Empreendedor
 O pensamento inicial que vem na cabeça de qualquer pessoa é que “ao montar meu negócio, vou ser meu próprio patrão”. Então, você vai ter o pior patrão possível, já que terá de se autocriticar o tempo todo. Este é um dos mitos de Empreender. Na realidade, a caraterística mais importante do seu empreendimento é a capacidade que ele vai ter de desafiar você o tempo todo e as oportunidades de transformar a informação em um conhecimento que pode gerar lucros para você.
 O sucesso nunca é automático, não tem garantia e não é baseado na sorte, embora um pouco de sorte ajude bastante. Depende, principalmente, da capacidade de organização e de previsão do empreendedor.
SUCESSO = A PREPARO + TALENTO +SORTE
 Abrir um novo negócio é sempre uma atividade de risco e as chances de sucesso são pequenas. Segundo algumas pesquisas, mais de 50% das pequenas empresas fracassam no primeiro ano de vida e 95% fracassam nos primeiros cinco anos.
Compense a falta de experiência
 Procure sempre algo que você tenha um mínimo de informação e conhecimento. Os sócios devem ter características opostas ( ver, em perfil, logo a seguir)para que cada um ocupe seu espaço.
 Todo empreendimento pressupõe riscos. Então é interessante prever recursos para se manter até que o negócio se solidifique. Se você não tem uma boa poupança, comece a desenvolver esta ideia em paralelo à sua atividade atual. Além disso, certifique-se de que o seu negócio realmente tem potencial para dar certo. Pesquise muito bem o segmento, converse com outros empresários do ramo e identifique o seu potencial diferencial. Você tem que compensar a falta de recursos de outras maneiras. Tem que ser um negócio que você conhece muito bem ou algo muito inovador.
Faça parcerias estratégicas
 Quando a ideia é boa, outros empreendedores podem se juntar a você como fornecedores e até clientes. A permuta entre parceiros é muito comum, ao se iniciar um negócio. E um fornecedor, por exemplo, pode concordar em receber o pagamento mais para frente ou até trocar seus serviços por uma participação no negócio. A ideia é a mesma para o cliente. Ele pode observar que terá exclusividade em um produto ou serviço, além de preços diferenciados.
Crie uma rede de relações
 Uma rede de relações é fundamental para o começo de um empreendimento. Assim como na família, amigos, esta rede deve ser calcada em valores como: respeito, transparência, lealdade e principalmente reciprocidade, pois, além do networking ser uma via de mão dupla, é preciso que o outro deseje e queira um contato para estreitar estas relações.
Entidades de Apoio ao Setor
 A maioria dos alunos que saem da faculdade e querem empreender desconhece a política nacional de Ciência e Tecnologia e outros mecanismos de apoio à inovação de produtos e processos nas pequenas e médias empresas: A força da pequena e média empresa no Brasil.
 Nove em cada dez companhias no País têm uma receita anual inferior a R$ 2,1 milhões e nelas trabalham 56% dos empregados com carteira assinada, segundo levantamento do Sebrae. 
 Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o total de microempresas, entre 1996 e 2002, foi de 2,9 milhões para 4,6 milhões, com crescimento acumulado de 55,8%. Com isso, a participação dessa turma de companhias no total de empresas no Brasil passou de 93,2%, em 1996, para 93,6%, em 2002. O número de trabalhadores dentro desse grupo pulou de 6,8 milhões para 8,9 milhões nesse mesmo intervalo.
 Esse volume de dados leva a uma pergunta de extrema importância para o setor: Por que morrem tantas companhias de pequeno e médio portes no Brasil? Há várias respostas. Desde a falta de crédito, passando pela alta taxa de juros dos últimos anos e a carga tributária. Mas segundo o Vox populi, em recente pesquisa, a taxa de sobrevivência de pequenas empresas subiu de 50,3% para 74,4%, o que demonstra a procura por novas tecnologias, criatividade e senso de oportunidade.
O PERFIL DO EMPREENDEDOR
Lembra da lei do Gerson (que até hoje persegue o famoso jogador), em que ele ensinava em um comercial de TV a levar vantagem em tudo? Este talvez seja um começo sobre este tópico que você deva esquecer.  A lei da vantagem se aplica, muito mal, ao futebol, por ser subjetiva.
O perfil de um profissional para empreender deve buscar:
a) Aproveitar as oportunidades fora do comum e empreender através de iniciativa.
b) Os riscos devem ser calculados. Alguns são variáveis e outros não. É necessário que haja um mínimo de planejamento.
c) A qualidade dos serviços e produtos é fundamental. Faça sempre como se fosse para você, exija o máximo de você e dos seus funcionários.
d) Não desanimar nas primeiras dificuldades. Agir, este é o verbo diante de obstáculos, e mudar a estratégia no momento certo, sempre focado nos mesmos objetivos.
e) Mostrar para todos que está comprometido. Um exemplo que sempre apresento é o meu. Gosto muito de café e se nas empresas que passei “a tia” do café não havia chegado, ia lá e fazia o meu.
f) A busca pela informação é diária. Falamos isso desde a primeira aula. O exercício de hoje é em cima de uma notícia de jornal. Leia muito, explore sites, blogs e as redes sociais.
g) As metas e objetivos são fundamentais. Mais adiante vamos aprender a executá-las. Tanto as metas de longo prazo, quanto os objetivos de curto prazo, devem ser mensuráveis.
h) Delegar, delegar sempre. Você não é o dono do mundo. Ensine e aprenda fazendo. Ao delegar você não transfere responsabilidade, mas informação que pode virar conhecimento.
i) Ser independente e ter autoconfiança expressa sua capacidade em liderar e enfrentar desafios.
Aula 4 – As Oportunidades no Ambiente Empreendedor
Percebendo as Oportunidades nas Necessidades
 Na aula anterior, falamos sobre criatividade e percepção, o que pode bloquear a criatividade. Agora vamos falar um pouco das necessidades e as teorias que envolvem o que é necessário.Mas o que é necessário para mim pode não ser necessário para você; então, temos de partir do princípio das necessidades. Escolhi a teoria freudiana. Instintos são pressões que dirigem um orgasmo para determinados fins particulares.
 Quando Freud usa o termo, ele não se refere aos complexos padrões de comportamento herdados dos animais inferiores, mas aos seus equivalentes humanos. Tais instintos são "a suprema causa de toda atividade" (1940, livro 7, p. 21). Freud reconhecia os aspectos físicos dos instintos como necessidades, enquanto denominava seus aspectos mentais de desejos. Os instintos são as forças propulsoras que incitam as pessoas à ação.
 Todo instinto tem quatro componentes: uma fonte, uma finalidade, uma pressão e um objeto. A fonte é quando emerge uma necessidade, podendo ser uma parte ou todo corpo. A finalidade é reduzir essa necessidade até que nenhuma ação seja mais necessária, é dar ao organismo a satisfação que ele deseja no momento. Antes das descobertas freudianas, pensava-se a mente como uma instância única. Podemos esquematizar isso da seguinte forma:
 CAIXA PRETA DO CONSUMIDOR PRÉ-FREUDIANA
- E 
 Percebemos que o homem tem de resolver suas necessidades. As mais primárias (fisiológicas), as mais complexas. Ao não resolvê-lasentramos num processo conhecido como contrapulsão, uma energia que vai nos incomodar toda a vida, se não houver um equilíbrio. Os produtos ou serviços, ao mesmo tempo em que resolvem necessidades, podem causar desequilíbrio. Ao estarmos bem informados, sabemos as necessidades das pessoas que são individuais, mas também são orientadas por grupos.
CASE TOK & STOK
 Nesse estudo de caso, a necessidade pessoal de um casal, que procurava móveis práticos e modernos que pudessem ser montados por eles, fez nascer a maior cadeia de lojas de móveis do país.
Percebendo as Oportunidades nas deficiências
 Observar o que as outras empresas oferecem em produtos e serviços e os seus defeitos. Parece simples. E é. Quando você vai a um restaurante e o atendimento não é bom, a comida razoável, não tem onde estacionar, todas estas observações amadoras agora funcionam sob um novo olhar. O olhar profissional.
 Ao pensar em montar um empreendimento, visite os concorrentes ou pelo menos faça tudo para conhecer como eles trabalham. Assim, você vai estar se atualizando e se informando das deficiências dos outros e impedindo que isso aconteça com seu produto, serviço ou processo.
 A análise do ambiente externo é um dos componentes de peso na formulação das estratégias de negócio e marketing como a cultura, os grupos sociais e de referência, família, e as intervenções do marketing. Estas interferências levam o indivíduo a formar suas próprias crenças e valores.
 O conhecimento acerca dos hábitos de consumo pode melhorar a compreensão do outro (concorrência) e de nós mesmos (o que queremos). No momento que você está lendo esta aula milhares de pessoas ainda consomem. A sociedade de consumo é maior que a sociedade do trabalho e as horas sonhadas.
Na tabela abaixo, um resumo do que deve ser analisado, observando o mercado e estruturando o seu próprio negócio. 
Percebendo as Oportunidades nas Tendências
Observar novas Tecnologias
 A internet estava ai para quem quisesse inventar novidades. Os sites de compras também, mas porque ninguém pensava no coletivo? Talvez porque não olharam para o comportamento de consumos e suas mudanças: o consumidor que sempre foi um individualista começou a observar que, se mudasse este comportamento, usufruiria melhor dos produtos e serviços.
 Quem observou isso se deu bem e de uma hora para outra os sites de compras coletivas apareceram e, tão rápido quando surgiram, tornaram-se um sucesso instantâneo na rede, dada a sua divulgação viral. Clickon, Grupon, Peixe Urbano, já são mais de 250 empreendimentos semelhantes, só no Brasil. As novas tecnologias de internet, mobile, estão cada vez mais acessíveis para todos e com pouco investimento é possível empreender.
Observar novos Conhecimentos
 Já viu algum capítulo da novela das sete e meia, Morde e Assopra? Pois bem, Walcir Carrasco se apropriou da observação de um comportamento natural do ser humano: Queremos saber o futuro. E ele criou um cientista que consegue trazer a mulher amada de volta (que já morreu, diga-se de passagem). O novo pode ser banal, pode ser ridículo inicialmente, mas o novo oxigena. Se não funcionar ou se não virar presente, pelo menos damos boas risadas. A internet, a televisão, a leitura trazem informações que você pode transformar em conhecimento e em uma oportunidade de negócio.
Observar novos Materiais
 Haverá um dia em que um cartaz na rua poderá ser uma televisão de alta definição. Os carros serão econômicos, terão uma pintura que nunca ficam arranhadas e vidros que se limpam sozinhos e mudam de cor de acordo com o ambiente. Você poderá curar um câncer de pele com um simples esparadrapo e andar com roupas que não mancham. Tudo isso acontecera um dia 
 Este texto tirado da Revista Superinteressante mostra que este dia é amanhã. Muitas destas novas tecnologias já estão sendo vendidas. E destes novos materiais (conhecimento) nascem novos conhecimentos. Por exemplo, se a sua oficina é só de retoque de arranhão, será bom fazer uma análise externa e pensar em um novo portfólio para a empresa
Observar Mudanças de Hábitos e Comportamentos
 Hoje os produtos e serviços são pensados a partir da perspectiva do consumidor. Ao atender suas próprias necessidades, ele pode determinar o sucesso ou fracasso de uma organização. Por isso a importância dos planejamentos, mas também do olhar e da percepção sobre mudanças de hábitos. A partir de Hawkins (2007), apresentamos o comportamento de compra e a estratégia para colocação de um produto ou serviço no mercado.
O Comportamento de compra e a estratégia para colocação de um produto ou serviço no mercado
 
Aula 5 – Planejamento, Estratégia e Legislação Aplicado ao Empreendedorismo
O Planejamento nosso de cada dia
 Todos os dias planejamos um pouco a vida, meio inconsciente, mas planejamos. Acordar tal hora, tomar banho, pegar tal condução. Da mesma forma, quando começamos um negócio, ele precisa ser planejado.
 O planejamento estratégico é um importante instrumento de gestão para as organizações, na atualidade. Constitui uma das mais importantes funções administrativas e é através dele que o gestor e sua equipe estabelecem os parâmetros, que vão direcionar a organização da empresa, a condução da liderança, assim como o controle das atividades.
 O objetivo do planejamento é fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta que os municie de informações para a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma pró-ativa, antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado em que atuam.
 O planejamento serve de identidade para o começo do seu negócio. Ele torna as decisões coerentes, além de ser unificador e integrador. Veja bem, ainda não é um plano de negócios (vamos aprender mais adiante), mas sim o entendimento e o sentido de planejar: ato ou efeito de se preparar, antecipar ou vislumbrar o que ainda não aconteceu.
 No diagrama, você pode visualizar e entender melhor a influência do planejamento, em todas as etapas da construção de uma empresa. Lembra da primeira aula? Informação é importante e transforma em conhecimento a base da atual sociedade do conhecimento. Só é possível planejar, tendo conhecimento do sistema que está sob o nosso comando e do contexto em que ele se insere. 
 O sucesso do planejamento, ou seja, a efetividade dos resultados mantém relação direta com a qualidade das informações. Por isso, o processo de planejamento deve englobar a capacidade de produzir tantos planos quantos necessários, quando a realidade muda. Em seguida, vamos aprender os conceitos de estratégia. Ao reunir os dois conceitos, você estará começando a pensar em planejamento estratégico.
Definições de Estratégias
 A palavra estratégia vem do grego “strategos”, a arte do general. As estratégias são o conjunto de atitudes competitivas para colocar um produto ou serviço no mercado. Já da estratégia, podemos ver o diferencial de um produto para outro. Empresas muito grandes tendem a replicar estratégias de sucesso. Já empresas pequenas, que é o nosso caso, apresentam estratégias criativas para ocupar seu lugar no mercado e satisfazer aos seus consumidores.
Pelo termo estratégias, em geral, entende-se que:
Têm efeito abrangente e por isso são significativas, na parte da organização, à qual a estratégia se refere;
Definem a posição da organização relativamente a seu ambiente;
Aproximam a organização de seus objetivos de longo prazo.
A estratégia é comumente confundida com gestão. Veja o que diz o autor Michael Porter, sobre isso.
 Atenção!!! A estratégia competitiva consiste em ser diferente. Significa escolher deliberadamente um conjunto diferente de atividades para fornecer uma combinação única de valor. A maioria dos gestores descreve o posicionamento estratégico em termos dos seus clientes. Mas a essência da estratégia está nas atividades — optar por exercer atividades de modo diferente ou exercer atividades diferentes das dos rivais. Senão, uma estratégia não seria mais do que um slogan publicitário,que não sobreviveria à concorrência.
Obstáculos á Implementação de Estratégias
A não implementação de estratégias do início do projeto pode levar ao insucesso do mesmo. Planejar estrategicamente, como já vimos, é apresentar ao seu consumidor o seu diferencial. A seguir, mostramos alguns obstáculos que podem atrapalhar a implementação das estratégias:
1. Estilo gerencial de cima para baixo, não delegando funções. As estratégias já vêm prontas e os seus comandados não têm muito que pensar.
2. As áreas ou setores brigando internamente por recursos. As prioridades são a estratégia de crescimento da empresa.
3. A luta interna por um poder, que ás vezes nem existe. Isto é o começo da criação de “panelas” ou feudos, em que ninguém entra e ninguém sai, nada pode ser modificado do status quo;
4. Não existe comunicação interna. Não existe comunicação. Assuntos que poderiam ser resolvidos através da comunicação consomem horas de desgaste e energia da equipe;
5. A falta de formação de liderança que, por sua vez, não sabe escolher sua equipe.
Legislação para pequenas e médias Empresas
 A Lei Geral das Micros e Pequenas Empresas (para empresas com faturamento bruto até R$ 240.000,00 anuais), aprovada pela Câmara Federal, em 22 de novembro de 2006, tem por objetivo atender antigas reivindicações do setor: eliminar a burocracia para a abertura de empresas e a simplificação no pagamento de tributos. Considerando os trâmites para se abrir uma micro e pequena empresas (MPE), a nova lei estipula que a empresa pode dar início às suas atividades assim que conseguir o CNPJ, sem precisar esperar a aprovação dos órgãos competentes, que hoje são 10 e que envolvem 90 documentos.
 Uma abertura de empresa que demorava, em média, de 30 a 60 dias (ou 150 dias, para os casos mais complexos) passou a ser de mais ou menos duas semanas, a partir de 1º de janeiro de 2007, quando a  lei entrou em vigor. Outro ponto importante é a participação da MPE em Licitação Pública, comum em vários países, onde é usado, como critério de desempate, a preferência por uma MPE. Outro destaque é o incentivo à tecnologia, pois 20% dos recursos dos órgãos governamentais, aplicados em tecnologia, são destinados à MPE.
 A Nova Lei Geral da MPE ficou também conhecida como “Super Simples”, pois cria o Simples Nacional (um novo processo de recolhimento de tributos, que reúne oito impostos, a serem pagos num único documento). 
 No Brasil existem duas formas de constituição jurídica de uma empresa: o empresário (um único proprietário) e a sociedade empresária (associação de duas ou mais pessoas). As sociedades empresariais mais comuns, no Brasil, são: em nome coletivo, as limitadas e as sociedades anônimas.
Registro da Marca, um passo importante
 Depois de pensar em uma estratégia (que produto ou serviço queremos lançar) e na legislação, vamos continuar ainda nesta aula, passeando pelo direito. Há nove, entre dez empresas e pessoas físicas, em dúvida sobre o processo e os requisitos para o registro de marcas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A consulta da base nacional de marca e patente poder ser feita pelo site do INPI, assim como consultas de base de dados em internet podem ser feitas em sites como http://www.uolhost.com.br/ ou http://www.registro.com. A seguir, apresentamos algumas questões sobre o registro de marcas:
Quando inicio uma empresa, devo registrá-la onde?
 O registro pode ser feito no INPI ou na Junta Comercial. Só que, na Junta Comercial, a validade é estadual e no INPI nacional.
Uma marca registrada evita Problemas?
 Sim, ao registrar sua marca, você evita que outras empresas copiem seu nome, tipologia e o símbolo (logomarca) que você criou para representar seu produto ou serviço. Ao registrar uma marca é bom segmentar, ou seja, registrar em várias classes de negócios. No Brasil existem 45 classes diferentes. Só uma marca registrada pode virar uma franquia e gerar receita. Mas pode existir uma marca com o mesmo nome para atividades diferentes. Gol Linhas Aéreas, Gol marca de carro. O registro da marca garante ao seu titular o direito de exploração comercial da marca, o direito de impedir que terceiros imitem, reproduzam, importem, vendam ou distribuam produtos com sua marca, sem sua autorização.
Se o nome da minha empresa for meu sobrenome, ninguém vai usar?
 Nem pense nisso. Assim como você, milhares de pessoas podem se chamar Xuxa. Por isso, a Rainha registrou seu nome para todas as possibilidades de produtos e serviços possíveis. Se você não proteger o nome criado, qualquer pessoa pode criar um Xuxa Park, por exemplo.
Quanto Custa para registrar uma marca?
 Em média, você vai gastar mil reais. Vale a pena o investimento para proteger, para sempre, o primeiro patrimônio da empresa. Se você não registrar e outro o fizer, ele pode processar você depois. A AOL, quando entrou no Brasil, enfrentou um processo que desgastou muito a marca, pois a mesma já estava registrada no Brasil.
Somente pessoas jurídicas podem registrar uma marca?
 Normalmente são empresas que registram, comprovando a sua atividade pelo contrato social. Mas pessoas físicas como médicos, dentistas e advogados também podem requerer o registro de uma marca. Mas um advogado só pode requerer de um escritório de advocacia. Uma loja de ferragens, nem pensar.
Então, se a Vale não registrou a sua marca, eu posso ganhar um dinheirão?
 Não, existem exceções. Marcas muito famosas nacional ou mundialmente são acompanhadas de perto pelo INPI. Assim como palavras de usos cotidianos. Já tentaram registrar a palavra “Gay”, e a justiça proibiu. Existem pessoas que querem levar vantagem em tudo e podem querer inventar uma lanchonete Coca-Cola. A principal função do registro de marcas é evitar que o consumidor seja iludido, enganado. Por isso há a possibilidade de registro de marcas iguais, em classes diferentes, por empresas diferentes.
Porque uma marca descritiva é considerada fraca?
Porque ela é tão ligada ao produto, que não pode ser exclusiva de nenhuma empresa. Várias empresas poderão registrá-la, em virtude de não ter características que a distingam, como, por exemplo, Rei das Pizzas.
Uma marca tem prazo de validade e precisa ser renovada?
Sim, no Brasil, registro é concedido por 10 anos e pode ser renovado indefinidamente. Se não o fizer, pode perder a validade e alguém pode registra a marca. Marcas não utilizadas por empresas estão livres para qualquer registro.
Posso registrar uma marca com nome de personagem de filme, história em quadrinhos ou desenhos animados?
Não. A lei do Direito Autoral não permite, a não ser com concessão do autor ou de quem detém os direitos. Mesmo que não exista nenhum produto ou serviço, existe uma restrição na própria Lei de Marcas (Lei 9.279).

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