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Fisiologia gastrointestinal

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Fisiologia gastrointestinal
Função
Movimentação do alimento pelo trato gastrointestinal;
Secreção de solução digestivas e digestão dos alimentos;
Absorção de água, eletrólitos, vitaminas e produtos da digestão;
Circulação do sangue pelos órgãos do TGI para transporte de substâncias absorvidas;
Atividade elétrica do músculo liso gastrointestinal
Atividade elétrica intrínseca, contínua e lenta;
Ondas lentas
Determina o ritmo das contrações. Não são consideradas potenciais de ação, e sim variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana.
Estômago: 3pminuto. Duodeno: 12pminuto. Íleo: 8/9pminuto.
Não causa contração muscular na maior parte do TGI, EXCETO ESTÔMAGO.
Estimulam o disparo intermitente de potenciais em ponta e estes, de fato, provocam a contração muscular.
É causada pelas interações complexas entre as células do músculo liso e células especializadas, denominadas Células intersticiais de Cajal, que atuam como marca-passo elétrico das células do músculo liso.
Células intersticiais de Cajal – formam redes entre si e interpõem-se nas camadas do músculo liso, formando contatos sinápticos com as células.
Os potencias de membrana das células Cajal passam por mudanças cíclicas, devido a canais iônicos específicos que, periodicamente, se abrem, permitindo correntes de influxo (marca-passo), gerando assim, atividade de onda lenta.
Potenciais em ponta
São os verdadeiros potenciais de ação. Ocorre automaticamente quando o potencial de repouso da membrana do músculo liso gastrointestinal fica mais positivo do que -40 miliovolts.
Quanto maior o potencial da onda lenta, maior a frequência dos potenciais em ponta.
Os canais permitem que quantidade particularmente grande de íons cálcio entre junto com quantidade menor de sódio, sendo denominados canais para cálcio-sódio. Esses canais se abrem e fecham mais lentamente do que os canais das fibras nervosas.
A lenta abertura e fechamento dos canais é que causa a maior durabilidade dos potenciais de ação.
Mudanças na voltagem
A voltagem do potencial de repouso da membrana também pode variar. Sendo o potencial de repouso = -56 milivolts.
Potencial menos negativo – despolarização – fibras mais excitadas
Potencial mais negativo – hiperpolarização – fibras menos excitáveis
Fatores de despolarização da membrana
Estiramento do músculo;
Estimulação pela Acetilcolina – liberada por terminações dos nervos parassimpáticos;
Estimulação por hormônios gastrointestinais específicos;
Fatores de hiperpolarização da membrana
Efeito da Noraepinefrina ou da epinefrina;
Estimulação dos nervos simpáticos que secretam, principalmente, norepinefrina.
Íons cálcio e contração muscular
A contração do músculo liso ocorre em resposta a entrada de íons cálcio na fibra muscular.
As ondas lentas não estão associadas a entrada de íons cálcio, SOMENTE ÍONS SÓDIO.
Contração tônica
Contínua e geralmente dura vários minutos, ou até horas.
Pode aumentar ou diminuir de intensidade.
É causada por potencias em ponta repetidos sem interrupção. Entretanto, pode ser causada por hormônios ou fatores que produzem a despolarização, sem provocar potenciais de ação.
A entrada contínua de íons cálcio, no interior das células, pode ser a causa da contração tônica também.
Controle neural
O TGI possui um sistema nervoso próprio, denominado sistema nervoso periférico, localizado na parede intestinal, começando no esôfago e se estendendo até o ânus.
Função
Controle dos movimentos;
Secreção gastrointestinal;
Composição
O SNP é composto basicamente por dois plexos, o plexo mioentérico ou plexo de Auerbach e o plexo submucoso, denominado plexo de Meissner.
Plexo mioentérico
É localizado entre as camadas musculares longitudinais e circular. Controla quase todos os movimentos.
Função:
Aumento da contração tônica da parede intestinal;
Aumento da intensidade das contrações rítmicas;
Ligeiro aumento no ritmo da contração;
Aumento na velocidade de condução das ondas excitatórias;
Obs: Não pode ser considerado INTEIRAMENTE excitatório, pois também pode assumir forma inibitória.
Função inibitória:
Inibição dos músculos de alguns esfíncters intestinais, que impedem a movimentação do alimento pelo segmento sucessivo. Ex: Esfíncter pilórico – controla o esvaziamento do estômago para o duodeno. Esfíncter da valva ileocecal – controla o esvaziamento do intestino delgado para o ceco.
Plexo submucoso
É localizado na submucosa. Controla a secreção e o fluxo sanguíneo.
Obs: Apesar da presença de fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas, o SNP pode funcionar independentemente. Porém, a presença de fibras intensifica ou inibe muito as funções gastrointestinais.
Função:
Controle de secreção intestinal local;
Absorção local;
Contração local do músculo submucoso;
Neurotransmissores
Acetilcolina – Excita a atividade gastrointestinal;
Norepinefrina – Inibe a atividade gastrointestinal;
Epinefrina – Inibe a atividade gastrointestinal;
Controle autônomo do TGI
Estimulação parassimpática
A inervação divide-se em cranianas (nervos vagos) e sacrais (nervos pélvicos).
As fibras parassimpáticas cranianas formam a extensa inervação do esôfago, estômago e pâncreas, sendo menos extensa no intestino, até primeira metade do intestino grosso. 
O parassimpático sacral supre as regiões sigmoides, retal e anal. Funcionam para executar os reflexos da defecação.
Estimulação simpática
Inerva o trato gastrointestinal.
Secretam norepinefrina e epinefrina.
INIBE a atividade do TGI – efeito oposto ao parassimpático.
Modos de exercer os efeitos
Em pequeno grau, o efeito direto da norepinefrina secretada inibe a musculatura lisa do TGI. (EXCETO O M.MUCOSO)
Em grau maior, o efeito inibidor da norepinefrina sobre os neurônios de todo o sistema nervoso.
Controle hormonal
Gastrina
É secretado em resposta a estímulos associados a ingestão de refeição – distensão do estômago, produtos da digestão de proteínas e o peptídeo liberador de gastrina, que é liberado pelos nervos da mucosa gástrica.
Colecistocina (CCK)
Secretado em resposta aos produtos da digestão de gordura, ácidos graxos, monoglicerídeos nos conteúdos intestinais. Esse hormônio contrai a vesícula biliar, para haver a expulsão da bile, a qual possui funções importantes na emulsificação de substâncias lipídicas.
Trabalha também, inibindo a contração do estômago, retardando a saída do alimento.
Inibidor de apetite
Secretina
Secretada em resposta ao conteúdo gástrico ácido que é transferido do estômago ao duodeno pelo piloro.
GIP
Secretado em resposta a ácidos graxos e aminoácidos, mas em menor extensão, aos carboidratos. Retarda o esvaziamento do conteúdo gástrico no duodeno, quando o intestino delgado superior já se encontra cheio.
Estimula a secreção de insulina
Motilina
Secretada durante o jejum, sendo liberada ciclicamente. Estimula os complexos mioelétricos interdigestivos a cada 90 minutos.
	Hormônio
	Estímulos
	Locais de secreção
	Ações
	Gastrina
	Proteína
Distensão
Nervo
(Ácido inibe liberação)
	Células G do antro, duodeno e jejuno
	ESTIMULA
Secreção de ácido gástrico
Crescimento da mucosa
	Colecistocina
	Proteína
Gordura
Ácido
	Células I do duodeno, jejuno e íleo
	ESTIMULA
Secreção de enzima pancreática
Secreção de bicarbonato pancreático
INIBE
Esvaziamento gástrico
	Secretina
	Ácido
Gordura
	Células S do duodeno, jejuno e íleo
	ESTIMULA
Secreção de pepsina
Secreção de bicarbonato pancreático
Secreção de bicarbonato biliar
Crescimento do pâncreas exócrino
INIBE
Secreção de ácido gástrico
	Peptídeo inibidor gástrico
	Proteína
Gordura
Carboidrato
	Células K do duodeno e jejuno
	ESTIMULA
Liberação de insulina
INIBE
Secreção de ácido gástrico
	Motilina
	Gordura
Ácido
Nervo
	Células M do duodeno e jejuno
	ESTIMULA
Motilidade gástrica
Motilidade intestinal
Tipos de movimentos no TGI
Movimentos propulsivos
Consiste em um anel contrátil ao redor do intestino, surge em um único ponto, mas se move ao redor do órgão. A estimulaçãoem qualquer ponto do intestino é suficiente para que ocorra o percurso em sua totalidade.
Peristaltismo;
NECESSÁRIO o plexo mioentérico ativo;
Lei do intestino = Consiste no relaxamento do intestino na direção do ânus, permitindo que o alimento seja impulsionado, mais facilmente, na direção anal do que na direção oral.
O estímulo para o peristaltismo é a distensão do trato gastrointestinal, a qual estimula o sistema nervoso entérico a provocar a contração. A irritação química ou física do revestimento epitelial também pode ser um fator para que ocorra o movimento.
Obs: Peristaltismo também ocorres nos ductos biliares, ductos glandulares e ureteres.
Obs: Em lugares de ausência congênita do plexo mioentérico, não ocorre peristaltismo.
Obs: No tratamento com atropina, pode ocorrer o bloqueio das ações dos terminais nervosos colinérgicos do plexo mioentérico.
Movimentos de mistura
Pode ser realizado pelas próprias ondas peristálticas, quando o alimento é bloqueado pelo esfíncter, impossibilitando a impulsão do alimento.
Contrações constritivas intermitentes locais: Ocorre em regiões próximas da parede intestinal. Duram em média de 5 a 30 segundos.
Propulsão e mistura dos alimentos
Ingestão de alimentos
Mastigação
Dentição
Dentes anteriores – incisivos - cortar
Dentes posteriores – molares – trituração
Nervo: Ramo motor do quinto nervo craniano 
Controle: Núcleos do tronco encefálico
A presença do bolo alimentar na boca, desencadeia a inibição reflexa dos músculos da mastigação. Isso, inicia o reflexo de estiramento dos músculos mandibulares que leva a contração reflexa. Essa ação, provoca o levantamento da mandíbula.
Deglutição
Estágio voluntário
O alimento pronto para ser digerido é voluntariamente empurrado para a faringe. 
Estágio faríngeo involuntário
O bolo alimentar estimula as áreas de receptores epiteliais da deglutição ao redor da abertura da faringe. Seus impulsos passam para o tronco encefálico, local onde se inicia a contração muscular faríngeas automáticas.
Palato mole é empurrado para cima, fechando a parte posterior da cavidade nasal. Evita o refluxo do alimento;
As pregas palatofaríngeas se aproximam, formando a fenda sagital, local por onde o alimento passa;
As cordas vocais da laringe se aproximam. Laringe é puxada para cima e para frente, pelos músculos do pescoço;
A epiglote move-se para trás com a abertura da laringe. Impedindo a passagem do alimento para o nariz e traqueia;
Dilatação do esôfago devido ao movimento de levantamento da laringe;
Relaxamento do esfíncter esofágico superior ou esfíncter faringoesofágico relaxa;
Movimento do alimento da faringe – esôfago;
Impulsão do alimento para as partes inferiores;
Iniciação nervosa
Os impulsos são transmitidos das áreas sensoriais pelos nervos trigêmeo e glossofaríngeo para o bulbo, pelo trato solitário, que recebe os impulsos sensoriais da boca.
Os estágios sucessivos da deglutição são desencadeados por áreas neuronais do bulbo e porção inferior da ponte. Sendo essas áreas chamadas de centro de deglutição.
Os impulsos nervosos motores são transmitidos pelos nervos 5°, 9°, 10° e 12° nervos cranianos e alguns nervos cervicais.
No momento do estágio faríngeo, há a interrupção da respiração pelo bulbo.
Estágio esofágico da deglutição
A função do esôfago é conduzir rapidamente o alimento da faringe para o estômago. Tal órgão, apresenta dois tipos de movimentos peristálticos:
Peristaltismo primário: Consiste na continuação da onda peristáltica que começa na faringe e se prolonga para o esôfago, durante o estágio faríngeo da deglutição. Dura cerca de 8 a 10 segundos.
Obs: Na posição ereta, o alimento chega mais rápido no esôfago do que a onda peristáltica.
Peristaltismo secundário: Resulta na distensão do próprio esôfago pelo alimento retido. São deflagradas em parte, por circuitos neurais intrínsecos do sistema nervoso mioentérico e, em parte, por reflexos iniciados na faringe e transmitidos por fibras vagais aferentes para o bulbo retornando ao esôfago por fibras nervosas eferentes vagais e glossofaríngeas.
A musculatura da parede fanríngea e do terço superior do esôfago é composta por músculo estriado – as ondas peristálticas nessas regiões são controladas por impulsos em fibras nervosas motoras de músculos esqueléticos dos nervos glossofaríngeo e vago.
A musculatura dos dois terços inferiores do esôfago é composta por músculo liso – é controlada pelos nervos vagos, que atuam por meio de conexões com o sistema nervoso mioentérico do esôfago.
Obs: Quando os ramos do nervo vago para o esôfago são cortados, o plexo nervoso mioentérico do esôfago fica excitável o suficiente para causar, após vários dias, ondas peristálticas secundárias fortes, mesmo sem o suporte dos reflexos vagais. Portanto, mesmo depois da paralisia do reflexo da deglutição no tronco encefálico, alimento introduzido por sonda no esôfago, ainda passa rapidamente para o estômago.
Reflexo receptivo do estômago
O estômago relaxa quando a onda peristáltica atinge a porção inferior do esôfago e assim, se preparam com antecedência para receber o alimento levado pelo esôfago.
Função do esfíncter esofágico inferior
O esfíncter gastroesofágico está localizado na porção final do duodeno, nas condições normais, permanece contraído. Quando a onda peristáltica da deglutição desce pelo esôfago, ocorre o “relaxamento receptivo” do esfíncter esofágico inferior, permitindo a fácil propulsão do alimento deglutido com o estômago. RARAMENTE, o esfíncter não se relaxa, de certa forma satisfatória, resultando na condição acalasia.
Evita o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago.
Funções motoras do estômago
Armazenamento de alimento;
Misturar alimentos com secreções gástricas – quimo;
Esvaziar, o quimo para o intestino delgado;
Anatomia do estômago
Corpo
Antro
Ou porção oral, abrangendo dois terços do corpo e porção caudal, abrangendo o final do corpo.
Armazenamento do estômago
Reflexo vagovagal = ocorre quando o alimento distende o estômago, resultando em um reflexo do estômago para o tronco encefálico e de volta para o estômago, reduzindo o tônus da parede muscular do corpo do estômago, distendendo a parede, acomodando mais alimento.
A pressão no estômago permanece baixa até o limite do volume. 0,8 a 1,5 L.
Mistura e propulsão no estômago
Os sucos digestivos são produzidos pelas glândulas gástricas, a qual se encontra na parede do corpo do estômago, com exceção da faixa estreita na pequena curvatura do órgão.
Enquanto o alimento estiver no estômago, ondas constritivas peristálticas fracas, denominadas de ondas de mistura, se iniciam na porção médica a superior da parede gástrica e se deslocam na posição antro, a cada 15/20 segundos.
Essas ondas são desencadeadas pelo ritmo elétrico básico da parede, ondas elétricas lentas.
A medida que as ondas constritivas progridem do corpo para o antro, ganham intensidade, algumas ficando extremamente intensas, gerando potente potencial de ação peristáltica, formando anéis que forçam o conteúdo antral, sob pressão cada vez maior, na direção do piloro.
Tais anéis tem função importante na mistura dos alimentos.
Cada vez que uma onda peristáltica percorre a parede antral na direção do piloro, ela comprime o conteúdo alimentar no antro em direção ao piloro. Porém, a abertura do piloro é pequena e apenas alguns mililitros do conteúdo antral são ejetados para o duodeno, a cada onda peristáltica. À medida que cada onda peristáltica se aproxima do piloro, o próprio músculo pilórico muitas vezes se contrai, o que impede ainda mais o esvaziamento pelo piloro. Assim, grande parte do conteúdo antral premido pelo anel peristáltico é lançada de volta na direção do corpo do estômago, e não pelo piloro. Desse modo, o movimento do anel constritivo peristáltico, combinado com essa ação de ejeção retrógrada, denominada “retropulsão”, é mecanismo de mistura extremamente importante no estômago.
Quimo
É a mistura do alimento com secreções gástricas que passa para o intestino. Possui consistêncialíquida e pastosa.
Contrações da fome
Ocorre quando o estômago fica vazio por várias horas. São contrações peristálticas rítmicas no corpo do estômago. Pode se fundir a contração tetância, durando de 2/3 minutos.
São mais intensas em indivíduos jovens, sadios e com tônus elevado. Sendo também aumentadas quando a pessoa possui nível sanguíneo de açúcar baixo.
Ocorre a dor epigástrica, que seria denominada como pontadas da fome. Elas atingem sua intensidade em 3 e 4 dias em jejum, declinando nos próximos dias.
Esvaziamento do estômago
É promovido por intensas contrações peristálticas no antro gástrico.
Bomba pilórica
Ocorre quando ondas peristálticas atingem uma intensidade elevada, resultando na leva do alimento do corpo do estômago para o antro. Promovendo a ação de bombeamento.
Papel do piloro
Consiste na abertura distal do estômago. Permanece em leve contração tônica quase o tempo todo.
Ele se abre o suficiente para a passagem de partículas de alimentos até terem sido misturadas no quimo para consistência líquida.
O grau de constrição aumenta ou diminui dependendo da influência de sinais de reflexos nervosos e humorais, tanto do estômago como do duodeno.
Regulação do esvaziamento gástrico
Os sinais do duodeno são bem mais significativos do que o estômago. O esvaziamento possui intensidade inferior quando comparado com a digestão e absorção no intestino.
Fatores gástricos que promovem o esvaziamento
Volume alimentar – não é o aumento da pressão de armazenamento que provoca o esvaziamento, e sim a dilatação da parede gástrica que desencadeia reflexos mioentéricos locais que acentuam, a atividade da bomba pilórica e, ao mesmo tempo, inibem o piloro.
Hormônio gastrina – intensifica a atividade da bomba pilórica. Promovendo o esvaziamento do estômago.
Fatores duodenais na inibição do esvaziamento
Reflexos nervosos de origem dudodenal – quando o quimo chega no duodeno, há a presença de reflexos nas paredes gástricas, que interrompem seu esvaziamento, sendo o volume do quimo excessivo. Esses reflexos são mediados por 3 vias: 
Diretamente do duodeno para o estômago pelo sistema nervoso entérico na parede intestinal;
Pelos nervos extrínsecos que vão os gânglios simpáticos pré-vertebrais e, então, retornam pelas fibras nervosas simpáticas inibidoras que inervam o estômago;
Pelos nervos vagos que vão ao tronco encefálico, onde inibem os sinais excitários normais, transmitindo ao estômago pelos nervos vagos.
Esses reflexos inibem fortemente o esvaziamento do estômago e aumentam o tônus do esfíncter pilórico.
Fatores para desencadear reflexos inibidores: grau de distensão, irritação da mucosa duodenal, acidez do quimo duodenal, grau de osmolalidade do quimo e a presença de produtos de degradação química no quimo (especialmente degradação de proteínas).
Feedback hormonal do duodeno – o estimulo para a liberação desses hormônios é basicamente a entrada de gorduras no duodeno. Os hormônios são transportados do sangue para o estômago, onde inibem a bomba pilórica e, ao mesmo tempo, aumentam a força de contração do esfíncter pilórico. 
Colecistocina (CCK): liberada pela mucosa do jejuno.
Secretina: liberada pela mucosa duodenal, em resposta ao ácido gástrico que sai do estômago para o piloro.
GIP: efeito geral e fraco de diminuição de motilidade gastrointestinal
A intensidade do esvaziamento é limitada a quantidade de quimo que o intestino delgado pode processar.
O esvaziamento ocorre quando há a presença de muito quimo no intestino delgado ou quando o quimo é excessivamente ácido, contém muita proteína ou gordura não processada, hipotônico ou hipertônico ou é irritativo.
Funções e secreções do trato alimentar
Estimulação das glândulas
Presença de alimentos no TGI
Tipos de estímulos: Estimulação tátil, irritação química, distensão da parede do TGI.
Estimulação dos nervos parassimpáticos para o trato alimentar, aumentando a secreção das glândulas.
Estimulação dos nervos simpáticos: promove a constrição dos vasos sanguíneos que suprem as glândulas.
Duplo efeito: aumenta por pouco a secreção e devido a contrição dos vasos, reduz a secreção.
Regulação por hormônios
Os hormônios gastrointestinais regulam o volume e as características químicas das secreções. São liberados pela mucosa gastrointestinal, em resposta a produção de alimento no lúmem do trato intestinal. 
Importante para aumentar a produção de suco gástrico e pancreático quando o alimento entra no estômago ou duodeno.
Mecanismo de secreção
Secreção de substâncias orgânicas
O material nutriente tem que se difundir ou ser ativamente transportado pelo sangue nos capilares para a base da célula glandular;
Mitocôndrias da célula glandular utilizam energia derivada da oxidação para formar ATP;
Energia do ATP + substrato = síntese de substâncias orgânicas das secreções
Transporte da secreção através do RL para o complexo golgi.
Modificação das substâncias no complexo golgi para vesículas secretoras;
Sinais de controle nervoso ou hormonal – liberação do conteúdo das vesículas;
Secreção de saliva
Glândulas salivares: parótidas, submandibulares e sublinguais.
A saliva contém 2 tipos de secreção: secreção serosa (contém ptialina) e a secreção mucosa (contém mucina). As glândulas parótidas produzem quase todo o tipo de secreção do tipo seroso, enquanto que as glândulas submandibulares e sublinguais produzem secreção serosa e mucosa.
Secreção de íons saliva
Contém uma quantidade elevada de íons potássio e bicarbonato. A secreção da saliva é composta de 2 estágios:
Ácinos: produzem secreção primária contendo ptialina e/ou mucina em solução de íons.
Ductos salivares: secreção de íons bicarbonato
Regulação nervosa da secreção salivar
Regulado pelas vias nervosas parassimpáticas que se originam nos núcleos salivares superior e inferior, no tronco cerebral.
Os núcleos salivatórios estão localizados na junção entre o bulbo e a ponte, sendo excitados por estímulos gustativos e táteis da língua e outras áreas da boca e faringe.
Sabor azedo: muita secreção salivar. Objetos ásperos: menor salivação quando comparado com objetos lisos.
A salivação pode ser aumentar ou inibida por sinais nervosos que chegam ao centro superior do sistema nervoso central. P.ex: quando a pessoa sente cheiro ou come alimentos preferidos.
A saliva pode ocorrer em resposta a reflexos originados no estômago ou parte superior do intestino delgado. Pode ser engolida para diminuir o fator irritativo do TGI, ao diluir ou neutralizar substâncias.
A estimulação simpática aumenta a salivação bem menos quando comparada a estimulação parassimpática.
O suprimento de sangue pelas glândulas afeta a secreção salivar. Os sinais parassimpáticos dilatam os vasos sanguíneos. 
Calicreína = efeito dilatador, secretado pelas células salivares ativadas. Agem como enzima que cliva uma das proteínas do sangue, alfa2-globulina, formando bradicinina (potente vasodilatador).
Secreção gástrica
Características
Possui 2 tipos de glândulas tubulares: Glândulas oxínticas (G.gástricas) e glândulas pilóricas.
É caracterizada por 3 fases: fase cefálica, fase gástrica e fase intestinal.
Glândulas oxínticas
Secreção: ácido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco.
Localização: superfície interna do corpo e do fundo do estômago.
Células: células mucosas do cólon – muco. Células pépticas ou principais – secretam grandes quantidade de pepsinogênio. Células parientais – secretam ácido clorídrico e o fator intrínseco.
Fatores básico que estimulam a secreção gástrica
A acetilcolina, liberada pela estimulação parassimpática, excita a secreção de pepsinogênio pelas células peptídicas, de ácido clorídrico pelas células parientais, e de muco pelas células da mucosa. 
Em comparação, a gastrina e a histamina estimulam fortemente a secreção de ácido pelas células parientais.
Secreção e ativação do pepsinogênio
Quando secretado o pepsinogênio não tem atividade digestiva. Entretanto, assim que entra em contato com o HCL, é clivado para formar pepsina ativa.A pepsina atua como enzima proteolítica, ativa em meio ácido.
Secreção do fator intríseco
Essa subtância é essencial para absorção de vitamina B12 no íleo. É secretada pelas células parientais.
Obs: Na gastrite crônica, as células parientais, produtoras de ácido, são destruídas, desenvolvendo acloridria (ausência de secreção de ácido gástrico) e anemia perniciosa, porque a maturação das hemácias não ocorre na ausência de estimulação da medula óssea pela B12.
Glândulas pilóricas
Estruturalmente semelhante as glândulas oxínticas, porém, contêm poucas células peptídicas e quase nenhuma célula pariental. Em vez disso, contêm células mucosas idênticas as células do colo da glândulas oxínticas.
Secretam pequena quantidade de pepsinogênio e quantidade grande de muco;
Liberam o hormônio gastrina;
Células mucosas gástricas
É localizada entre as glândulas, sendo boa produtora de muco muito viscoso, o qual recobre a mucosa gástrica.
Muco alcalino, viscoso.
Estimulação da secreção de ácido pelo estômago
As células parientais das glândulas oxínticas são as únicas que secretam HCL;
A secreção desse ácido é controlada por sinais endócrinos e nervosos. Além disso, as células parientais são controladas por outro tipo de células, denominada células semelhantes as enterocromafins (Células ECL), cuja função primária é de secretar histamina.
A intensidade da secreção de HCL é diretamente relacionada com a quantidade de histamina secretada pelas células ECL.
As células ECL são estimuladas a secretar histamina pelo hormônio gastrina, formado na porção antral da mucosa, em resposta as proteínas nos alimentos que estão sendo digeridos. As células ECL também podem ser estimuladas pelo sistema nervoso entérico.
Estimulação da secreção de ácido pela gastrina
A gastrina é um hormônio secretado pelas células da gastrina, chamadas células G. Essas células ficam localizadas nas glândulas pilóricas no estômago distal.
Quando alimentos proteicos atingem a região antral do estômago, algumas das proteínas desses alimentos têm efeito estimulador das células da gastrina nas glândulas pilóricas, causando a liberação da gastrina no sangue para ser transportada para as células ECL do estômago.
A histamina é liberada pela ECL e age diretamente das glândulas oxínticas profundas.
Regulação da secreção de pepsinogênio
Ocorre em resposta a dois principais tipos de sinais: 
Estimulação das células peptídicas por acetilcolina liberada pelo plexo mioentérico;
Estimulação da secreção das células peptídicas pelo ácido no estômago;
O ácido provoca outros reflexos nervosos entéricos que amplificam os sinais nervosos para as células peptídicas.
Fase cefálica
Ocorre antes do alimento entrar no estômago, enquanto está sendo ingerido. É resultado da visão, odor, lembrança ou sabor do alimento. 
Quanto maior o apetite, mais intensa a estimulação;
É causada por sinais neurogênicos, os quais se originam no Córtex cerebral e nos centros do apetite na amígdala e hipotálamo. São transmitidos pelos núcleos motores dorsais dos vagos e pelos nervos vagos até o estômago.
30% da secreção gástrica;
Fase gástrica
Ocorre quando o alimento entra no estômago, excitando os reflexos longos vasovagais do estômago para o cérebro e de volta para o estômago. Os reflexos entéricos locais e o mecanismo da gastrina, todos levam a secreção do suco gástrico durante várias horas.
60% da secreção gástrica total;
Fase intestinal
Ocorre na presença do alimento na porção superior do intestino delgado, em especial no duodeno. Continua com a secreção gástrica de pequena quantidade, devido a pequenas quantidades de gastrina liberadas pela mucosa duodenal.
10% da secreção gástrica;
Inibição da secreção gástrica por outros fatores
O quimo pode inibir a secreção gástrica na fase intestinal. Essa inibição é resultante de:
A presença de alimento no intestino delgado inicia o reflexo enterogástrico reverso, transmitido pelo sistema nervoso mioentérico e pelos nervos vagos extrínsecos e simpáticos. Esse reflexo é iniciado pela distensão da parede do intestino delgado, pela presença de ácido no intestino superior e pela presença de produtos da hidrólise de proteínas, ou pela irritação mucosa.
A presença de ácidos, gorduras, produtos de degradação das proteínas, líquidos hiperosmótico ou hiposmótico ou qualquer fator irritante do intestino delgado superior, causando a liberação de vários hormônios intestinais. P.ex: secretina – controle de secreção pancreática e inibição da secreção gástrica.
O propósito desse retardo é retardar a passagem do quimo do estômago para o intestino, sendo ele já cheio.
Digestão e absorção do TGI
Hidrólise
Digestão de carboidratos
Sacarose, lactose e amidos.
Boca e estômago
Enzima: ptialina – glândulas parótidas.
Digestão de proteínas
Enzima: pepsina
Bases anatômicas de digestão
A quantidade total de líquido que deve ser absorvido a cada dia pelos intestinos é igual ao volume ingerido mais o volume secretado nas diversas secreções gástricas (8L a 9L).
O estômago é área de pouca absorção no TGI, já que não possui vilosidades típicas da membrana absortiva, e também, porque as junções estreitas entre as células epiteliais têm baixa permeabilidade. A penas algumas substâncias, muito lipossolúveis, como álcool e alguns fármacos, como a aspirina, são absorvidas em pequenas quantidades.

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