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EDUCAÇÃO E ECONOMIA POLÍTICA
AS FORMAÇÕES ECONÔMICAS PRÉ-CAPITALISTAS 
CURSO DE PEDAGOGIA – professora BEATRIZ PINHEIRO 
Rio de Janeiro, 11 de AGOSTO DE 2011
Sobre a disciplina Educação e Economia Política
A disciplina visa analisar as relações entre as perspectivas políticas e econômicas e as práticas educativas na sociedade capitalista, propiciando um diálogo crítico entre contexto político e econômico e a atuação do pedagogo
Busca embasar teoricamente os alunos para lidar com as contradições inerentes ao processo de escolarização na lógica das determinações do sistema capitalista, bem, como possibilitar o fundamento necessário para uma prática educadora crítica e questionadora a tais estruturas 
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Compreender a gênese histórica e as contradições do modo de produção capitalista e a sua relação com a formação humana.
Distinguir os fundamentos da economia política presentes nas teorias que se construíram historicamente sob a ótica do capital e sob a ótica do trabalho.
Analisar as relações que se estabelecem entre a prática educativa escolar e a economia capitalista a partir dos enfoques da teoria do capital humano e do pensamento crítico 
As Formações sociais pré-capitalstas
Para compreender o processo histórico de constituição da sociedade capitalista atual é fundamental estudar a formação as sociedades pré-capitalistas 
As relações sociais, econômicas, políticas são históricas. Isso significa afirmar elas mudam, se alteram. Assim, a sociedade tal como nós a conhecemos hoje em dia, nem sempre foi assim e nem sempre permanecerá deste jeito.
Pressuposto: a base material da existência é determinante na elaboração da consciência
Para Marx, a existência precede à consciência. Assim, é num mundo determinado, numa sociedade determinada, que sujeitos históricos construirão suas idéias e representações, isto é, vão elaborar sua consciência. Pensam a partir do modo como produzem sua vida material.
A consciência se encontra definitivamente vinculada a essa base concreta, não podendo existir independente ou autonomamente. 
São as transformações da realidade que determinarão alterações na consciência dos homens (e não ao contrário). 
O homem e suas relações
Para compreendermos as diferentes formações sociais partimos da compreensão a respeito dos homens e das relações que eles estabelecem para produzir sua existência 
Os homens pensam o mundo, tomam consciência dele, a partir do modo como produzem sua existência
O homem é uma síntese das relações sociais que ele estabelece na produção de sua existência.
O homem, para sobreviver, para produzir a sua existência, age sobre a natureza, transformando-a. Ele se faz e se produz pelo trabalho. E nesse processo de trabalho, o homem modifica a natureza e se transforma a si próprio. 
O homem e suas relações
Os homens, em relação, realizam trabalho, isto é, criam e reproduzem sua existência na prática diária. Fazem isto atuando na e sobre a natureza. 
O homem age de forma teleológica, isto é antecipa, concebe o trabalho antes de executá-lo.
O homem, como animal se identifica com a natureza, mas pelo trabalho, na relação com os demais homens, se distingue, tornando-se capaz de se apropriar da natureza e criar cultura.
Poder se apropriar da natureza e transformá-la pelo trabalho é uma condição para o homem produzir-se enquanto tal. Retirar ou impedir que os homens se apropriem da natureza e a transformem, significa retirar as condições do homem existir.
O que diferencia uma sociedade da outra?
As sociedades se diferenciam pela forma como é desenvolvida a produção.
Cada sociedade tem as suas especificidades quanto ao modo de produção, além da maneira como se dá divisão do trabalho entre as diferentes classes sociais (divisão social do trabalho) e principalmente pelas formas como os homens se apropriam dos meios necessários para produzir sua existência.
Para caracterizar as formações sociais e analisar sua evolução, Marx construiu a categoria MODO DE PRODUÇÃO. Ela permite entender como os homens concretamente se produzem pelo trabalho e como historicamente as relações sociais de produção variam.
Modo de Produção
Modo de produção é a maneira que cada sociedade se organiza para garantir a produção das suas necessidades materiais, a partir do nível de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações de produção .
Forças produtivas são os elementos que modificam a natureza no processo de produção dos bens materiais. Compreendem os meios de produção (capitais, terras, matérias-primas, ferramentas e equipamentos) e a força de trabalho (os trabalhadores e os métodos e técnicas que eles utilizam para produzir).
Relações sociais de produção são as relações que os homens estabelecem entre si para produzir sua existência. 
O modo de produção é dado pela articulação entre as forças produtivas e as relações sociais de produção.
O processo de evolução social
A articulação entre relações de produção e forças produtivas constitui o modo de produção, e corresponde à base material da vida social. 
A superestrutura, vista como o conjunto das relações jurídico políticas e as formas de consciência a elas relacionadas, são condicionadas pelas relações de produção e as reproduzem. 
A dinâmica social tem como fator desencadeador o desenvolvimento das forças produtivas. Numa linha contínua, os instrumentos técnicos e as faculdades que os homens lançam mão ao se apropriar da natureza e promover sua existência vão se desenvolvendo, constituindo o fator cumulativo do progresso. 
Até certo ponto desse processo, as forças produtivas permanecem em sintonia com as relações de produção. Com o tempo, as relações de produção se tornam um empecilho à continuidade do desenvolvimento das forças produtivas.
A transformação social
Uma organização social só desaparece quando se desenvolvem todas as forças produtivas que ela é capaz de conter. As formas da nova ordem social são gestadas, já estão presentes, no seio da antiga ordem. 
As condições materiais de existência das novas relações de produção se produzem no seio da velha ordem. 
Só quando as relações objetivas estão maduras, é que a subjetividade, a ação humana, tem condições de se tornar efetivamente transformadora.
Essa transformação social evidentemente não é espontânea, pode ou não se dar, em função do que ocorrer no nível superestrutural. Os conflitos sociais surgem ao nível das relações de produção mas se resolvem ao nível superestrutural. É no terreno da política que os homens resolvem as contradições surgidas na base da sociedade
A evolução histórica dos modos de produção
Esses temas que acabamos de tratar foram abordados em o Prefácio à Crítica da Economia Política (1859). Nessa obra, Marx apresenta “a espinha dorsal do materialismo histórico”. Além de explicitar as relações que se estabelecem entre estrutura econômica e superestrutura jurídico-política, Marx trata das leis que explicam a transformação social. 
Em O Prefácio, Marx passa a idéia de um certo etapismo na evolução histórica dos modos de produção. Na verdade, não há uma seqüência rígida na sucessão dessas formas históricas, nem Marx pretendeu generalizar o que ocorreu na Europa para todo o mundo. O capitalismo foi considerado como a última forma contraditória de processo de produção social. A ela se seguiria o comunismo, forma de organização sem Estado, onde os homens conscientemente se relacionariam para controlar a ação e a reprodução das condições materiais de existência 
Modo de produção comunal 
Comunismo primitivo
Não havia classes sociais
Tudo era feito em comum
A estrutura social é baseada no parentesco e há a distinção entre o chefe da família, os demais membros 
Não havia apropriação privada da terra
Modo de produção asiático
A formação econômica asiática se origina do desenvolvimento das formações tribais mais rudimentares. Para fazer frente aos trabalhos públicos, isto é, para organizar a produçãoe a reprodução da vida material, a figura do déspota (embrião do Estado) toma o lugar do chefe da família e passa a controlar a produção
A economia tem como base a pequena agricultura e a manufatura.
A propriedade era estatal, a posse era privada. Ou seja, o “Estado” era o proprietário de todas as terras e concedia a posse das mesmas a membros da comunidade.
Não existe a oposição de classes em luta pela apropriação das riquezas sociais, pois, toda a riqueza é riqueza comunal-estatal.
A divisão social do trabalho é expressa na divisão entre o Rei, altos funcionários e militares, sacerdotes, massas de camponeses e escravos
Este modo de produção está associado às formações sociais do oriente, como China, Índia e também da América Pré Colombiana
Modo de produção escravista - formação econômica Antiga 
Este modo de produção decorreu do aumento da produção do excedente, que exigiu o desenvolvimento de uma nova relação produtiva baseada na escravidão.
Na formação econômica antiga ou escravista a divisão social do trabalho é mais complexa. Há a divisão entre cidade e campo (na qual a cidade depende do campo) e principalmente a divisão entre homens livres e escravos
A escravidão antiga é diferente da escravidão moderna. A escravidão era fruto das dívidas e das guerras. O escravo era uma propriedade privada móvel do cidadão ou do Estado
Modo de produção escravista - formação econômica Antiga
Na formação econômica antiga, ser cidadão é condição para ser proprietário; é a propriedade de terras que confere ao homem a condição de cidadão
Na divisão social do trabalho os serviços manuais são reservados aos escravos e aos estrangeiros, aos cidadãos cabem os deveres políticos e filosóficos
Essa economia se caracteriza pela escravidão, a concentração de propriedade territorial, trocas, economia monetária e conquistas de terras por meio de guerras. Essa formação inaugura a oposição de uma classe à outra, e a escravidão é a primeira forma de exploração.
Modo de produção feudal - formação econômica germânica
O fim do Império Romano determinou a criação de uma hierarquia feudal, assentada na fidelidade e na proteção dos mais fortes com os mais fracos
A base da formação econômica germânica é o campo
A propriedade da terra toma forma de feudos (diferentes em tamanho e organização), que consistem em extensões de terra arável concedidas aos vassalos em troca de fidelidade ao senhor e de proteção militar.
A base de sustentação dessa economia é o servo, que diferentemente do escravo, não é propriedade do seu senhor. Ele estava ligado à terra em que trabalhava.
A divisão social do trabalho no sistema germânico se sustenta em três pilares: o clero, os nobres e os servos. Não havia mobilidade social entre essas classes.
Modo de produção feudal - formação econômica germânica
O sistema germânico com sua organização social lançou as bases do capitalismo.
O desenvolvimento das cidades nos últimos séculos do feudalismo, juntamente com o progresso das corporações de ofício possibilita a formação de trabalhadores livres. 
O surgimento das cidades e o fortalecimento do comércio propiciam uma nova perspectiva de trabalho e de vida para os servos, que aos poucos se desvinculam da servidão e caminham para as cidades, aumentando a categoria dos trabalhadores urbanos e livres. 
Transição para o capitalismo
Para Marx três fatores são essenciais para a transição do modo de produção feudal para o capitalista: a)uma estrutura fundiária que permitiu a libertação do camponês da terra e consequentemente a sua ida para as cidades; b)o desenvolvimento dos ofícios urbanos independentes do campo e da produção agrária; c) a acumulação de riquezas monetárias através do comércio. 
Os melhoramentos na agricultura e no transporte, o aumento na produção do excedente, o fortalecimento das cidades, as corporações de ofício, o aumento populacional, a expansão marítima e o mercantilismo foram fatores preponderantes para o nascimento do capitalismo.
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