Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Escabiose e Pediculose Artur Teixeira Paulo Henrique ESCABIOSE Sarna ou escabiose é uma parasitose humana causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei variedade hominis. O contágio se dá somente entre humanos, por contato direto com pessoa ou roupas e outros objetos contaminados. TIPOS DE ESCABIOSE SARCOPTES SCABIEI NORUEGUESA SARCÓPTICA, OTODÉCIA E DEMODÉCICA A sarna é altamente contagiosa e é transmitida através do contato físico entre pessoas. Pode ser transmitida facilmente em lugares de grande multidão, os exemplos mais comuns são: exército, lares para idosos, creches, presídios e instituições de acolhimento para crianças. Comum em crianças. É uma das três doenças de pele mais comuns nessa faixa etária. Mais comuns são entre os dedos das mãos e pés, ao redor dos pulsos e cotovelos, nas axilas, na dobra dos joelhos e ao redor da cintura. Nas crianças pequenas e bebês é mais comum que a doença se prolifere nas regiões da cabeça, pescoço e palmas das mãos. SINAIS E SINTOMAS Coceira, geralmente intensa e que piora no período noturno. Presença de pápulas e lesões, como pontinhos ou bolinhas com relevo, que surgem principalmente nas dobras da pele. Nas crianças as lesões mais frequentes são as pápulas, as vesículas, as pústulas e os nódulos. ESCABIOSE NORUEGUESA Nesse caso, os sintomas mais comuns são crostas espalhadas pela pele, que tendem a ser duras, com aparência acinzentada e quebra facilmente quando tocada. Elas nem sempre causam coceira e podem surgir em mais de uma região do corpo, como couro cabeludo, costas e pés. DIAGNOSTICO O diagnóstico é geralmente clínico, pelo achado dos túneis e pelas áreas características do aparecimento das lesões de escabiose. Pacientes idosos, ou já tratados com corticoides, podem ser difíceis de ser diagnosticados. Neste caso é preciso fazer uma pesquisa do parasita na pele, coletando o material nas lesões dos sulcos. TRATAMENTO Drogas mais utilizadas: A Permetrina 5% deve ser aplicada em todo corpo do pescoço para baixo (nas crianças pode ser aplicada no rosto, com cuidado para não atingir os olhos), sendo enxaguada no banho após 8 a 14 horas. Após 1 ou 2 semanas, o processo pode ser repetido. A Ivermectina por via oral é usada em dose única, com repetição após 14 dias. A taxa de sucesso dos dois tratamento é semelhantes, mas a Ivermectina é o tratamento mais adequado para surtos em lares de idosos, presídios ou domicílios com muitos moradores, pois tomar um comprimido é bem mais simples que aplicar um creme por todo o corpo. PROFILAXIA A única forma de prevenir a sarna é evitando contato direto ou íntimo com um indivíduo infectado com o parasita. Deve-se lavar e secar todas as roupas pessoais, de cama e de banho que o paciente teve contato no nível mais quente que a máquina permite. O que não pode ser lavado, deve ser aspirado. Dessa forma, os parasitas que podem ter ficado em algum desses objetos serão eliminados. PEDICULOSE Infestação da pele, cabelo e pelos do corpo por piolhos, um parasita de reduzidas dimensões. TIPOS PEDICULUS HUMANUS PTHIRUS PUBIS PEDICULUS CAPITIS SINAIS E SINTOMAS O principal sintoma é a coceira, que de tão intensa, pode provocar pequenos ferimentos na cabeça, atrás das orelhas e nuca. Ainda é possível visualizar o parasita e seus ovos (lêndeas) no couro cabeludo do paciente acometido. Na pediculose do corpo são encontradas escoriações, pápulas (“bolinhas”), pequenas manchas hemorrágicas e pigmentação, principalmente no tronco, na região glútea e abdome. Na pediculose pubiana (chamada de chato, pois o parasita responsável tem forma achatada) há prurido e são encontradas manchas violáceas, escoriações e crostas hemorrágicas na região. TRATAMENTO Shampoos a base de permetrina/deltametrina. Catação manual. Pentear ou escovar frequentemente os cabelos. Raspagem dos cabelos. Medicação oral ivermectina. PROFILAXIA Para prevenir a pediculose, o ideal é evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, acessórios de cabelo e outros objetos de uso pessoal, bem como evitar o contato direto cabeça com cabeça ou cabelo com cabelo de pacientes infestados. Limpeza exagerada e uso de inseticidas no ambiente domiciliar são desnecessários. Manter escovas de cabelos submersas em água por 10 minutos é uma medida suficiente para matar o piolho presente nos utensílios contaminados. REFERÊNCIAS TAVARES, Mónica; SELORES, Manuela. Escabiose – recomendações práticas para diagnóstico e tratamento. Nascer e Crescer, Porto, v. 22, n. 2, p.151-152, abr. 2013. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Escabiose (ou sarna). Disponível em: <http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/escabiose-ou-sarna/5/>. Acesso em: 16 abr. 2018. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Pediculose (piolho). Disponível em: <http://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/pediculose-piolho/16/>. Acesso em: 16 abr. 2018.
Compartilhar