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SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR 2 2016 Semiologia do Tórax Aparelho Respiratório Aspectos Anatômicos do Tórax “O termo tórax define a porção do corpo que se estende desde a base do pescoço até altura do diafragma.” O tórax compreende a caixa e a cavidade torácica. Caixa torácica formada por 12 pares de costelas 12 vértebras torácicas Músculos Cartilagens Cavidade torácica Revestida internamente por uma membrana serosa fina, composta de dois folhetos, chamados em conjunto de pleura Mediastino Pulmão Weber,2007. Localizações na parede do tórax Linhas imaginárias verticais e pontos de referência anatômica anteriores, laterais e posteriores. Regiões do Tórax ‹#› Pulmões Estruturas elásticas em forma de cone, localizados no interior da cavidade torácica. O ápice de cada pulmão situa-se um pouco acima da clavícula, e a base encontra-se na altura do diafragma. Lateralmente o pulmão atinge o nível da oitava costela. Posteriormente a base do pulmão encontra-se próximo da décima costela. Vista anterior e posterior da posição dos pulmões Sistema Respiratório Pulmonar O Sistema Respiratório tem como função primordial fornecer oxigênio e remover o dióxido de carbono das células do organismo. É responsável pelas trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente, processo conhecido como respiração pulmonar. É nos pulmões que ocorrem as trocas com os capilares sanguíneos, através de milhões de alvéolos pulmonares. Fisiologia Respiratória Ventilação Entrada e saída de ar dos pulmões Difusão Movimento PASSIVO de moléculas de uma área de elevada pressão parcial -> menor pressão parcial. Perfusão Passagem de sangue na barreira hemato-gasosa, através do capilar. Estrutura do Sistema Respiratório Vias Aéreas Superiores Nariz, boca, faringe e laringe. • Funções: Condução do ar para as vias aéreas inferiores, proteção contra corpos estranhos, aquecimento, filtração e umidificação do ar inspirado. • A laringe é a transição entre as vias respiratórias superiores e inferiores, contém as cordas vocais. • A epiglote evita aspiração de alimentos e líquidos para as vias aéreas inferiores. Estrutura do Sistema Respiratório Vias Aéreas Inferiores Traquéia ( mede 10-12 cm no adulto) Brônquios principais direito e esquerdo ( altura do ângulo do esterno) Bronquíolos, Ductos alveolares, Alvéolos. Anamnese Dados subjetivos: perguntas Dificuldade para respirar? Em que situações? Que fatores estão associados? O que desencadeia? Dificuldade para respirar durante o sono? Tosse ( produtiva, seca) ? Escarro ( tipo e quantidade)? Alergias? Dispnéia? Dor torácica? Localização? História de asma, bronquite, enfisema, tuberculose? Exposição a inalantes ambientais ? História de tabagismo ( quantidade e tempo de uso)? Exame Físico: Inspeção estática do tórax Dados objetivos Inspeção: Inspecione o tórax anterior, posterior e lateral e verifique: Observe Achados Normais Coloração Normo corada Espaços Intercostais Uniformese relaxados Simetria do tórax Igual Inclinação das costelas Menos que 90º parabaixo Padrõesde respiração ( frequência ritmo, profundidade) Uniforme, 12 a 20 ipm, espontânea Diametro ( ântero-posterior , lateral) Porporção1:2 Forma e posição do esterno Nivelado com ascostelas Posição da traquéia Linha média Expansão do tórax 7,5 cm com inspiração profunda Inspeção estática do tórax Desvio da normalidade: formato do tórax Desvios da normalidade: formato do toráx Enfisematoso ou em tonel: O diâmetro ântero-posterior é aproximadamente igual ao diâmetro transverso. Ex: enfisema pulmonar. Em quilha ou peito de pombo: O esterno é proeminente e desviado anteriormente. Defeito congênito. Sapateiro ou peito escavado: Há uma depressão na porção inferior do esterno. Pode ser congênito ou devido ao raquitismo. Chato: O diâmetro ântero-posterior é bem menor que o diâmetro transverso. Defeito congênito ou doença caquetizante. Em sino: Comum nas ascites ou hepatoesplenomegalias. Cifoescoliótico ou escoliótico: Defeito congênito ou adquirido por tuberculose, raquitismo, traumatismo, poliomielite, etc. Normal não há abaulamentos e retrações na região torácica. Sua presença é sugestiva de patologias. Desvios da normalidade: formato do toráx Inspeção dinâmica Inspeção Padrões de Respiração ( frequência, rítmo e amplitude) Tipo Descrição FrequênciaNormal 12 a 20 ipm, regular Taquipnéia Maior que 24 irpm,superficial Bradipnéia Menor que 10 irpm, regular Hiperventilação Frequência eprofundidade aumentadas Hipoventilação Frequênciadiminuída, profundidade reduzida e padrão irregular Respiração de CheyneStokes Períodosregulares de respiração profunda e rápida, seguidos de períodos de apneia Respiraçãode Biot Padrão irregular, com profundidade e frequência variáveis,alternando com períodos de apnéia Alterações do Padrão Respiratório Exame Físico: Palpação do Tórax Dados objetivos Palpação Expansibilidade torácica: A expansibilidade torácica é igual em regiões simétricas, pode variar com o sexo (sendo mais nítida nas bases no homem e nos ápices nas mulheres). Manobra de Ruault: Para avaliar os ápices pulmonares, coloca-se as mãos nas fossas supra-claviculares e os dedos polegares unindo formando um ângulo. O normal é observar a elevação das mãos na inspiração profunda. Manobra para parte média e base pulmonares: As duas mãos do examinador abarcam cada hemitórax, com os polegares. O normal é observar o afastamento dos polegares aproximadamente de 3 a 4 cm com simetria. Assimetria unilateral com aumento e/ou diminuição dos movimentos respiratórios. Ex.: derrame pleural, pneumonia, dor pleural, obstrução brônquica. Assimeria bilateral. Ex.: enfisema pulmonar. Exame Físico: Palpação do Tórax Traquéia ( centrada ? desviada?) Frêmito Toraco Vocal “Som criado pelas cordas vocais é transmitido através do pulmão até a parede torácica e as vibrações podem ser palpadas no nível externo” Procedimento : FALE TRINTA E TRÊS Aumento do frêmito: Consolidação de uma área pulmonar como na pneumonia e no infarto pulmonar. Diminuição ou ausência do frêmito: Derrame pleural, espessamento da pleura, atelectasia por oclusão brônquica, , pneumotórax e enfisema pulmonar. Estrutura da parede torácica. Avaliar: textura, espessura dos tecidos, presença de edema subcutâneo, dor, instabilidade. Avaliação da expansibilidade torácica Manobra de Rouault Palpação do Frêmito Vocal Exame físico Percussão da parede torácica Técnica que avalia se o tecido pulmonar subjacente está cheio de ar ou de líquido, ou se é sólido. A percussão da parede torácica nos espaços intercostais produz diversos sons que são descritos seguido suas propriedades acústicas: Som claro pulmonar (área de projeção dos pulmões) NORMAL Submacicez e macicez ( áreas de projeção do fígado, coração e baço) NA AREA PULMONAR PODE INDICAR : Derrames ou espessamentos pleurais, e condensação pulmonar) Timpanismo (área de projeção do fundo de estômago) NA AREA PULMONAR PODE INDICAR: Pneumotórax Percussão do tórax “Quando a percussão torácica está normal, dizemos Som Claro Pulmonar presente e bilateral”. Áreas de Percussão região anterior Exame do tórax: ausculta É a técnica de exame mais importante para avaliar o fluxo aéreo pela árvore traqueobrônquica. Consiste em reconhecer os sons criados pelo fluxo de ar através das vias aéreas. A enfermeira deve auscultar para identificar os sons respiratórios normais e os sons anormais ou ruídos adventícios. Os sons normalmente ouvidos sobre a parte posterior do tórax são os sons vesiculares ou broncovesiculares. Exame do tórax: ausculta Sons Respiratórios Normais Sons Vesiculares São suaves, tipo brisa e de baixa tonalidade . Audíveis sobre a periferia pulmonar. Resultam do movimento do ar atravésdas pequenas vias aéreas. Sons Broncovesiculares São do tipo sopro, com tonalidade média. Mais audíveis posteriormente entre as escapulas, e anteriormente sobre os bronquíolos ( 1º e 2º espaços intercostais ) . Originam-se da passagem do ar através das grandes vias aéreas. Sons Brônquicos São sons fortes e de alta tonalidade, com qualidade de ronco. Criado pelo movimento do ar através da traqueia próximo a parede torácica. Exame do tórax: ausculta Sons Respiratórios Adventícios: ESTERTORES Som semelhante ao atrito de uma mecha de cabelo . Audível no final da inspiração . Produzido pela reabertura súbita e sucessiva das pequenas vias aéreas . Sugere presença de exsudato e transudato intra alveolar São mais comumente ouvidos nos lobos inferiores : bases pulmonares direita e esquerda Sons de estalidos e borbulhamentos Potter,2001 Exame do tórax: ausculta Sons Respiratórios Adventícios RONCOS Som grave - Predomínio na inspiração Indica presença de espasmo muscular, muco ou líquido nas vias aéreas de grosso calibre RONCO TRAQUEAL São ouvidos principalmente sobre a traqueia e brônquios. Sons rudes, fortes e de baixa tonalidade Potter,2001 Exame do tórax: ausculta Sons Respiratórios Adventícios SIBILOS Som agudo, semelhante ao assobio ou chiado Predomínio na expiração, mas pode ocorrer na inspiração Fluxo de ar de alta velocidade através do brônquio intensamente estreitado Obstrução das vias aéreas distais de (pequeno calibre) Ex: Asma Podem ser ouvidos sobre todos os campos pulmonares Potter,2001 Exame do tórax: ausculta Sons Respiratórios Adventícios ATRITO PLEURAL Som decorrente do atrito entre as duas pleuras(pleura parietal atritando contra a pleura visceral) Ocorre em inflamações da pleura, traumas e neoplasias de pleura. Som semelhante a um rangido, seco e áspero. É auscultado melhor sobre a superfície ântero- lateral inferior durante a inspiração Potter,2001 Focos de ausculta pulmonar Imagens do Pulmão Pulmão Normal –visão posterior Pneumonia Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Atelectasia Derrame Pleural Tuberculose Pulmonar
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