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Direito Penal Parte Especial II

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
Direito Penal II 
5º semestre 
 
Caderno e anotações da aula 
2014 
 
 
 
 
1 
 
Sumário 
31/01/2014 ................................................................................................................................... 6 
Art. 211 ...................................................................................................................................... 6 
Objetividade jurídica (o que o tipo penal tutela) .................................................................. 6 
Elemento objetivo do tipo penal ........................................................................................... 6 
Objeto material ..................................................................................................................... 7 
Sujeito ativo ........................................................................................................................... 7 
Sujeito passivo ....................................................................................................................... 7 
Elemento subjetivo (intenção do agente) ............................................................................. 7 
Consumação .......................................................................................................................... 7 
Tentativa................................................................................................................................ 7 
Ação penal ............................................................................................................................. 7 
Art. 212 Vilipendio a cadáver .................................................................................................... 8 
Objetividade jurídica ............................................................................................................. 8 
Elemento objeto .................................................................................................................... 8 
Objeto material ..................................................................................................................... 8 
Sujeito ativo ........................................................................................................................... 8 
Sujeito passivo ....................................................................................................................... 8 
Elemento subjetivo ............................................................................................................... 8 
Consumação .......................................................................................................................... 8 
Tentativa................................................................................................................................ 8 
Concurso de crimes ............................................................................................................... 8 
Ação penal ............................................................................................................................. 8 
Perguntas .................................................................................................................................. 8 
05/02/2014 ................................................................................................................................... 9 
Art. 213, CC - Estupro ................................................................................................................ 9 
Conceito ................................................................................................................................ 9 
Objetividade jurídica ............................................................................................................. 9 
Sujeito ativo ........................................................................................................................... 9 
Sujeito passivo ....................................................................................................................... 9 
Elemento objetivo do tipo ................................................................................................... 10 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 10 
Consumação ........................................................................................................................ 10 
Tentativa.............................................................................................................................. 10 
2 
 
07.02.2014................................................................................................................................... 10 
Estupro qualificado § 1* e § 2* ............................................................................................... 10 
Espécies ............................................................................................................................... 10 
Observação .......................................................................................................................... 10 
Aumento de pena art. 226, CP ............................................................................................ 10 
Ação penal ........................................................................................................................... 10 
Art. 216 A - Assédio sexual ...................................................................................................... 11 
Conceito .............................................................................................................................. 11 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 11 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 11 
12/02/2014 ................................................................................................................................. 11 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 11 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 11 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 11 
Consumação ........................................................................................................................ 12 
Tentativa.............................................................................................................................. 12 
Aumento de pena ................................................................................................................ 12 
Ação penal ........................................................................................................................... 12 
Questões ................................................................................................................................. 12 
19/02/2014 ................................................................................................................................. 14 
Estupro contra vulnerável - art. 217 ....................................................................................... 14 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 14 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 15 
Sujeito passivo..................................................................................................................... 15 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 15 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 15 
Consumação ........................................................................................................................ 15 
Tentativa.............................................................................................................................. 15 
21/02/2014 ................................................................................................................................. 15 
Aumento de pena - art. 226 ................................................................................................ 15 
Qualificadoras ..................................................................................................................... 15 
Ação penal ........................................................................................................................... 15 
Questões ................................................................................................................................. 15 
Corrupção de menores – Art. 218 ........................................................................................... 16 
3 
 
Conceito .............................................................................................................................. 16 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 16 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 16 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 16 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 16 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 17 
26/02/2014 ................................................................................................................................. 17 
Consumação ........................................................................................................................ 17 
Tentativa.............................................................................................................................. 17 
Ação penal ........................................................................................................................... 17 
Art. 218 A – Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente ................ 17 
Conceito .............................................................................................................................. 17 
Tipo penal ............................................................................................................................ 17 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 17 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 17 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 17 
Elemento objeto .................................................................................................................. 17 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 17 
Consumação ........................................................................................................................ 18 
Tentativa.............................................................................................................................. 18 
Causas de aumento ............................................................................................................. 18 
Ação penal ........................................................................................................................... 18 
Art. 218 B – Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de 
vulnerável ................................................................................................................................ 18 
Conceito .............................................................................................................................. 18 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 18 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 18 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 18 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 18 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 18 
§ 1* conduta mercenária .................................................................................................... 18 
§ 2* figuras equipadas ........................................................................................................ 19 
§ 3* estabelecimento .......................................................................................................... 19 
12/03/2014 ................................................................................................................................. 19 
4 
 
Art. 231 - Tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual (continuação) .... 19 
Consumação ............................................................................................................................ 19 
Tentativa ................................................................................................................................. 19 
Ação penal pública .................................................................................................................. 19 
Art. 231 A - tráfico interno de pessoas ................................................................................... 19 
Conceito .................................................................................................................................. 19 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 19 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 19 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 19 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 20 
Figuras equiparadas ............................................................................................................ 20 
Consumação ........................................................................................................................ 20 
Tentativa.............................................................................................................................. 20 
Ação penal ...........................................................................................................................20 
Questões - arts. 231 e 231 A ................................................................................................... 20 
14/03/2014 ................................................................................................................................. 21 
Art. 273, CC – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais ..................................................................................................... 21 
Conceito .............................................................................................................................. 21 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 21 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 21 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 21 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 21 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 21 
Consumação ........................................................................................................................ 21 
Tentativa.............................................................................................................................. 21 
Ação penal ........................................................................................................................... 22 
Figuras equiparadas ............................................................................................................ 22 
19/03/2014 ................................................................................................................................. 22 
Modalidade culposa - § 2* .................................................................................................. 22 
Forma qualificada - art. 285 combinado com 258 .............................................................. 22 
Questões ................................................................................................................................. 22 
Art. 288 - Associação criminosa .............................................................................................. 23 
Conceito .............................................................................................................................. 23 
5 
 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 23 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 23 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 23 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 23 
21/03/2014 ................................................................................................................................. 23 
28/03/2014 ................................................................................................................................. 25 
Art. 297 - Falsidade de documento público ............................................................................ 25 
Conceito .............................................................................................................................. 25 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 25 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 25 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 25 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 25 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 25 
Consumação ........................................................................................................................ 25 
Tentativa.............................................................................................................................. 25 
Figuras equipadas - § 2* ...................................................................................................... 25 
Ação Penal ........................................................................................................................... 25 
04/04/2014 ................................................................................................................................. 26 
Art. 298 - Falsidade de documento particular ............................................................................ 26 
Conceito .............................................................................................................................. 26 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 26 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 26 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 26 
Art. 299 - Falsidade ideológica ................................................................................................ 26 
Conceito .............................................................................................................................. 26 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 26 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 26 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 26 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 26 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 26 
Consumação ........................................................................................................................ 27 
Tentativa.............................................................................................................................. 27 
Agravantes ........................................................................................................................... 27 
Diferenças: .......................................................................................................................... 27 
6 
 
11/04/2014 ................................................................................................................................. 27 
Corrupção passiva - art. 317 .................................................................................................... 27 
Conceito .............................................................................................................................. 27 
Objetividade jurídica ...........................................................................................................27 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 28 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 28 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 28 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 28 
Consumação ........................................................................................................................ 28 
Tentativa.............................................................................................................................. 28 
Ação pública ........................................................................................................................ 28 
Concussão - art. 316 ................................................................................................................ 28 
Conceito .............................................................................................................................. 28 
Objetividade jurídica ........................................................................................................... 28 
Sujeito ativo ......................................................................................................................... 28 
Sujeito passivo ..................................................................................................................... 28 
Elemento objetivo ............................................................................................................... 28 
Elemento subjetivo ............................................................................................................. 28 
Consumação ........................................................................................................................ 29 
Tentativa.............................................................................................................................. 29 
Ação penal ........................................................................................................................... 29 
 
 
31/01/2014 
Art. 211 
Objetividade jurídica (o que o tipo penal tutela) 
Tutela-se o sentimento de respeito aos mortos. 
Elemento objetivo do tipo penal 
Destruir (destroçar). Exemplo: queimar o cadáver. Subtrair (furtar, esconder). Exemplo: tirar da 
vigilância da família. Ocultar (desaparecer com o cadáver). Exemplo: o ofensor atropelar a 
vítima e joga-a no rio 
Observação: na conduta ocultar a consumação se dá antes do sepultamento e nos outros 
verbos antes ou depois. É de ação múltipla ou conteúdo variado. 
7 
 
Objeto material 
Cadáver ou parte dele. 
Observação 1: o esqueleto, as cinzas, os restos em decomposição não estão abrangidos por 
este artigo e sim pelo 212 do CP. 
Observação 2: a múmia não pode ser o objeto material deste crime, pois tem valor econômico, 
e portanto considera-se que ocorra o furto do artigo 155, como também o furtado de hospital. 
Observação 3: Também não são abrangidas partes amputadas, sendo aplicado neste caso o 
art. 212. 
Observação 4: natimorto/feto: há três correntes doutrinarias sobre o assunto: 
1. É considerado cadáver se teve vida extrauterina, o que será constatado por exame da 
docimasia hidrostática de Galeno 
2. É considerado cadáver se expulso no final da gestação 
3. É considerado cadáver se o feto tem mais de seis meses de vida intrauterina 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa é crime comum. 
Sujeito passivo 
A coletividade, a família e os amigos do morto. 
Elemento subjetivo (intenção do agente) 
Dolo, intenção livre e consciente de praticar quaisquer das condutas. Não há previsão de 
culpa. 
Consumação 
Crime material, pois depende de um resultado. 
No verbo destruir consuma-se com a destruição total ou parcial do cadáver. 
No verbo ocultar consuma-se com o desaparecimento do cadáver. Nessa modalidade é crime 
permanente. 
Na subtração a consumação se dá com a retirada do cadáver da esfera de guarda e vigilância 
da família e do vigia do cemitério. 
Tentativa 
É a admissível, pois é crime material, e portanto incide neste caso o art. 14, inciso II 
Ação penal 
É pública incondicionada, pois atinge a coletividade. É cabível a suspensão condicional do 
processo conforme art. 89 da ei 9.099/95. 
8 
 
Art. 212 Vilipendio a cadáver 
Objetividade jurídica 
Tutela-se o respeito pelos mortos 
Elemento objeto 
Ação ou conduta de ultrajar, injuriar o morto. Exemplo: xingar, cuspir, despir, praticar 
necrofilia com o morto. 
Objeto material 
Cadáver ou cinzas 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa (crime comum). Exemplo: ministro religioso (art. 61 inciso II, "g") 
Sujeito passivo 
Família, amigos e coletividade. 
Elemento subjetivo 
Dolo; não há figura culposa. 
Consumação 
É crime material e consuma-se com o ato ultrajante. Exceção: ultraje verbal, crime formal e 
unisubssistente que se consuma com um só ato. 
Tentativa 
Admissível, exceto na forma verbal. 
Concurso de crimes 
1. Material entre o 212 com o 210 (violação de sepultura) 
2. Formal entre o 212 e o 138, §2* (calúnia) 
Ação penal 
Pública incondicionada, sendo cabíveis a suspensão condicional do processo. 
Perguntas 
1. No crime do 212 partes do cadáver também são tuteladas? 
Sim. A vontade da lei é tutelar não só as cinzas e o cadáver, mas também as partes dele, o 
esqueleto, etc., abrangendo o que se situa entre ele. 
2. Admite-se a tentativa no crime do 212 sem exceções? 
Sim, consuma-se com o ato ultrajante, exceto se o vilipendio for praticado verbalmente, por se 
tratar de crime unisubssistente, que se consuma em um único ato não podendo ser fracionado, 
não admitindo a tentativa. 
3. O feto está abrangido no crime do 211? 
Há três correntes: 
9 
 
 O feto é cadáver se teve vida extrauterina 
 O feto é cadáver quando expulso no fim da gravidez 
 O feto é cadáver se tiver mais de seis meses de vida intrauterina 
4. Qual é a classificação jurídica crime do art. 211? 
Trata-se de crime doloso, de ação múltipla ou conteúdo variado, comum, monossubjetivo 
(concurso eventual), plurissubisistente (que pode ser fracionado), instantâneo (exceção na 
conduta de ocultar, que é permanente), material. 
5. Dê a classificação jurídica do crime do 212. 
Trata-se de crime doloso, de ação livre, comum, monossubjetivo, plurissubisistente, material, 
de regra é instantâneo. 
 
05/02/2014 
Art. 213, CC - Estupro 
Conceito 
Conduta daquele agente que constrange alguém, seja homem ou mulher, mediante violência 
ou grave ameaça, a ter com ele conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso. 
Conjunção carnal é ato sexual com penetração peniana no conduto vaginal. 
Atos libidinosos são tudo o que não for conjunção carnal. Exemplos: coito anal, masturbação, 
colocar as mãos nas partes pudendas ou beija-las. 
Observação: beijos na boca e ocupadas no pescoço incide no art. 146 (constrangimento ilegal) 
ou no art. 61 da lei das convenções penais (importação ofensiva ao pudor) 
Objetividade jurídica 
Protege a dignidade sexual das pessoas, sua liberdade, o decoro, a decência das pessoas. 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa, crime comum. 
Sujeito passivo 
Qualquer pessoa. 
Observação: antes o estupro de marido contra a esposa não era apenado, exceto no caso de 
risco de transmissão de doença venérea, atualmente configura-se o estupro, mesmo sendo o 
sexo um dever conjugal previsto no CC, visto a violência contra a dignidadesexual. 
10 
 
Elemento objetivo do tipo 
Constranger: compelir, forçar, obrigar ao ato sexual. A resistência da vítima tem que ocorrer 
antes da conduta criminosa. 
Observação: na conduta presenciar, assistir, há duas correntes: 
 Precisa do contato corpóreo entre sujeito ativo e passivo 
 Não precisa de contato corpóreo 
Elemento subjetivo 
Dolo, sem modalidade culposa. Mirabete entende ser dolo específico 
Consumação 
Consuma-se com o primeiro ato libidinoso envolvendo a vítima 
Tentativa 
Admissível, quando a ação é interrompida por terceiro (art. 14). 
07.02.2014 
Continuação 
Estupro qualificado § 1* e § 2* 
Espécies 
Se resultar lesão grave, gravíssima ou morte. 
Se a idade da vítima é de 14 a 18 anos. 
Observação 
Se o menor tiver menos de 14 anos haverá o crime do art. 217 A, estupro contra vulnerável. 
Se ocorrer no dia do aniversário, responde pelo qualificado o agente. 
Aumento de pena art. 226, CP 
 Aumenta-se da 4* parte se o crime ê remetido por dois ou mais pessoas 
 Aumenta-se da metade se o crime é praticado por parente da vítima ou por pessoa que 
tenha o dever de guarda, proteção e vigilância da vítima (com relação as pessoas previstas 
no 226, CP) 
Ação penal 
É pública, condicionada a representação da vítima (art. 225, § 1*, CP), porém é pública 
incondicionada se a vítima é menor de 18 anos ou pessoa vulnerável, neste caso quem entra 
com a ação é o Ministério Público. 
11 
 
Art. 216 A - Assédio sexual 
Conceito 
Está no próprio contexto da lei e considera-se importação séria, embaraçosa, insistente, 
chantagista; exceto: gracejo, paquera, flerte. 
Observação 
A ação abordagem tem que ter intimidação sexual de alguém em posição privilegiada que usa 
essa vantagem para obter favores sexuais de subalterno. 
Se ocorrer a conjunção carnal entende-se que há o exaurimento do crime, porém a posição de 
que o agente responda pelo art. 215, podendo ocorrer o concurso material dos crimes de 
assédio e estupro pela ameaça ou violência empregada. 
Objetividade jurídica 
Tutelam-se os bons costumes, a liberdade sexual das pessoas, honra, o direito de não ser 
discriminado nas relações de trabalho (crime pluriofensivo). 
Sujeito ativo 
Superior hierárquico ou ascendente em relações de emprego, cargo ou função (crime próprio) 
a luz da lei, porém na doutrina e jurisprudência há entendimentos de que o sujeito ativo seja 
todo aquele que tenha relação de domínio, de influencia, de respeito e temor reverencial. 
Observação 
No caso de aumento de pena se o agente é empregador da vítima não se aplica, pois já 
configura circunstância nele mencionada no tipo penal, não podendo incidir para que não 
ocorra um bis in idem na aplicação da pena por um mesmo motivo. 
12/02/2014 
Sujeito passivo 
Conforme redação legal, o sujeito passivo exige condição especial da vítima, ou seja, 
subalterno do autor. Se não for subalterno em relação ao sujeito ativo, pode se configurar os 
crimes do art. 146, CP ou 61 da Lei das Convenções Penais. 
Elemento objetivo 
Constranger, obrigar, compelir, forçar; é crime de forma livre, podendo o constrangimento se 
dar por atos, gestos, por escrito, etc. 
Elemento subjetivo 
Dolo. 
Observação: a vantagem ou favorecimento sexual pode ser para o próprio agente ou para 
outrem. Se o terceiro tem ciência e quer obter esses benefícios sexuais, haverá concurso de 
pessoas, senão a conduta do terceiro será atípica se receber a vantagem. 
12 
 
Consumação 
É crime formal que se perfaz com o constrangimento independente da obtenção da vantagem 
sexual. 
Há posição no sentido de ser crime habitual, necessitando da prática de reiteradas condutas 
constrangedoras. 
Tentativa 
Não cabe tentativa por ser crime formal. Exceto na forma escrita, que o constrangimento não 
chega ao conhecimento do destinatário ou da vítima. 
Aumento de pena 
§ 2* aumenta de um terço a pena se a vítima é menor de dezoito anos. 
Observação: se houver conjunção carnal ou outro ato libidinoso contra vítima menor de 
catorze anos, o assédio será absorvido pelo crime de estupro contra vulnerável. 
Ação penal 
Ação penal pública condicionada à representação da vítima exceto se menor de dezoito anos 
ou pessoa vulnerável em que a ação é pública incondicionada. 
Questões 
1. O consentimento da vítima exclui o crime de estupro? Exemplifique e justifique. 
Sim. Exclui-se o crime diante consentimento da vítima, desde que esboçado antes da 
consumação. Deve haver uma oposição da vítima durante todo o desenrolar do crime que só a 
violência física ou moral consiga vencer. 
2. A mulher munida de prótese peniana que obriga outra ao coito vaginico comete qual 
delito? 
Comete crime de estupro na prática de ato libidinoso, quando da introdução do objeto seja no 
conduto vaginal ou anal, não configurando conjunção carnal que é restrita à penetração 
peniana no conduto vaginal 
3. O marido comete estupro contra a mulher? Justifique. 
Há duas posições: em tempos remotos não, pelo dever conjugal de se manter relação sexual 
com o cônjuge conforme previsto no código civil, exceto se houvesse risco de contágio de 
doença sexualmente transmissível. Segunda posição, a atual, em que o marido responde por 
estupro se coagir a esposa ao sexo com violência ou grave ameaça. 
4. Quais os elementos objetivos do crime de estupro? 
São os do tipo penal: conjunção carnal ou ato libidinoso, dissenso da vítima e emprego de 
violência e grave ameaça. 
5. É possível estupro com ameaça justa? 
13 
 
A ameaça justa também caracteriza estupro. Exemplo: ameaça de prender em flagrante é 
justa, porém inócua no abrandamento do crime de estupro. 
6. O agente que acreditava na adesão da vítima ao ato sexual responde por estupro? 
Se o agente acreditava que a vítima queria o ato sexual, aplica-se o dolo eventual respondendo 
pelo estupro. 
7. Quando se consuma o estupro? Justifique. 
Com o primeiro ato libidinoso envolvendo a vítima. 
8. Quais os delitos absorvidos pelo estupro? 
Lesão corporal leve e vias de fato 
9. É possível o concurso de crimes no estupro quando o agente constrange a vítima, tanto a 
conjunção carnal como à prática de atos libidinosos? 
Sim. Mas se os atos libidinosos são meros atos preparatórios para copula violenta está absorve 
os primeiros caracterizando crime único. Entretanto se o agente pratica atos libidinosos a 
exemplo do coito anal e conjunção carnal com a vítima responderá por mais de um crime de 
estupro ou em concurso material art. 69, CP ou em continuidade delitiva art. 71, CP 
10. É possível crime continuado de estupro? 
Sim. Conforme art. 71 parágrafo único. 
11. Cite dois casos de concurso entre o estupro e outro crime. 
Concurso com ato obsceno art. 233 ou concurso com perigo de contágio venéreo art. 130. 
12. Quais as formas qualificadas do crime de estupro? 
Se resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima e morte, e se a vítima é menor de 
dezoito anos e maior de catorze. 
13. Em regra, a ação penal contra o crime de estupro é pública condicionada à 
representação. Há exceções a essa regra? Explique. 
Sim. É incondicionada se a vítima é menor de dezoito anos ou se é pessoa vulnerável. 
14. O filho que estupra a mãe sempre tem a pena aumentada de metade? Explique 
Não. Responderá por estupro com a circunstância agravante do art. 61 letra e (descendente) 
15. Em havendo mais de uma causa de aumento de pena no crime de estupro como o juiz 
deve aplica-la? 
Aplica-se uma causa de aumento (a mais grave) devendo as outras causas serem usadas como 
circunstâncias do crime previstas no art. 59 e como agravante genéricas dos arts. 61 e 62. 
14 
 
16. O que é assédiosexual? 
É constranger alguém com intuito de obter vantagem sexual, prevalecendo-se o agente da sua 
condição de superior hierárquico no exercício de emprego, cargo ou função. 
17. Quais os bens jurídicos tutelados no crime de assédio sexual? 
Os bons costumes, a liberdade sexual das pessoas, decência, a honra, o direito de não ser 
discriminado nas relações de trabalho, portanto é um crime pluriofensivo. 
18. O delito de assédio sexual é comum ou próprio? Explique. 
É crime próprio, pois o agente tem que ser superior hierárquico em relação à vítima, em 
relação de emprego, cargo ou função. 
19. O professor comete o delito assédio sexual contra o aluno? Explique. 
Nucci entende que, o que liga os sujeitos é o trabalho, não havendo assédio entre professor e 
aluno; Régis Prado sustenta que deve haver apenas uma relação de domínio, de temor, 
cabendo o crime entre professor e aluno desde que haja um poder d reprovabilidade. 
20. Qual a distinção entre assédio sexual e o estupro? 
A existência ou não de violência ou grave ameaça previstas apenas no estupro. 
21. É possível o assédio sexual em benefício de terceiro? Justifique. 
Sim, pelo favorecimento sexual o agente constrange a vítima a favorecer um terceiro, a 
exemplo de um amigo, sendo que se o terceiro quiser essa vantagem incorrera em concurso de 
pessoas. 
22. Quando se consuma o assédio sexual? É possível tentativa? 
Se consuma com o constrangimento (crime formal. Cabe a tentativa por carta, que pode ser 
extraviada ou interceptada. 
23. No delito de assédio sexual cabe aumento de pena se o agente é empregador da vítima? 
Explique. 
Não s aplica o aumento, pois é figura ou circunstância elementar do tipo penal, evitando-se um 
bis in idem 
19/02/2014 
Estupro contra vulnerável - art. 217 
Objetividade jurídica 
Tutela-se a dignidade sexual, o ingresso precoce na vida sexual e o pleno desenvolvimento das 
pessoas vulneráveis. 
15 
 
Sujeito ativo 
Pode ser qualquer pessoa. 
Sujeito passivo 
Vítimas vulneráveis: menores de 14 anos, doentes e/ou deficientes mentais sem o 
discernimento de práticas sexuais, enfermos e todo Aquele que não puder oferecer resistência 
(seja pro qualquer motivo). 
Elemento objetivo 
É ter ou praticar conjunção carnal ou ato libidinoso contra vulnerável, pouco importando o 
consentimento da vítima para o ato sexual. 
Elemento subjetivo 
É dolo e o agente tem que ter o conhecimento da vulnerabilidade da vítima, sendo que se 
desconhecer essa condição, se exclui o dolo com base no art. 20, CPC, erro de tipo. 
Consumação 
Com a realização do primeiro ato libidinoso. 
Tentativa 
É admissível, pois é crime que depende de resultado (material). 
 
21/02/2014 
Aumento de pena - art. 226 
Qualificadoras 
§ 2* e § 4* (preterdolo). Se resultar lesão grave ou morte há dolo no crime de estupro e culpa 
no resultado. 
Ação penal 
Pública incondicionada, art. 225, parágrafo único. 
Observação: é crime hediondo. 
Questões 
1. O consentimento da vítima exclui o crime de estupro contra vulnerável? Explique. 
Não, pois a proteção penal não reside na ausência de consentimento como no crime de 
estupro, mas sim na tutela do ingresso precoce na vida sexual e no desenvolvimento pleno das 
pessoas vulneráveis. 
2. Se houver por parte do agente o desconhecimento de que a vítima seja menor de 14 
anos, responderá pelo art. 217 A? Explique. 
Exige-se a consciência e conhecimento da vulnerabilidade da vítima, se não houver a conduta 
torna-se atípica (art. 20 - erro de tipo). 
16 
 
3. É possível o concurso de crimes na prática da conjunção carnal e logo em seguida ato 
libidinoso? 
Sim, porque o tipo penal é misto cumulativo. Se o agente prática as duas condutas poderá 
responderá em concurso material ou em continuidade delitiva. Porém se os atos libidinoso 
constituem um prelúdio para a cópula normal podem ser por está absorvidos configurando 
crime único. 
4. Quando ocorre a continuidade delitiva no crime do art. 217? 
Ocorre na prática do ato libidinoso ou da conjunção carnal repetidamente contra a vítima em 
um mesmo contexto fático. 
5. Qual a diferença entre estupro contra vulnerável e corrupção de menores? 
No crime do art. 217 o agente prática ato sexual com a vítima e na corrupção de menores o 
agente induz o menor de 14 anos a satisfazer a lascivia de outrem, não praticando o ato 
sexual. 
Corrupção de menores – Art. 218 
Conceito 
Conforme tipo penal a lascívia quer dizer concupiscência, luxuria, sensualidade, a exemplo do 
strip tease. 
Objetividade jurídica 
Dignidade sexual da pessoa menor de 14 anos e seu desenvolvimento sexual. 
Observação: se for contra o maior de 14 anos o crime será do art. 227 (espécie de lenocínio). 
Sujeito ativo 
Crime comum. 
Observação: o destinatário das práticas sexuais poderá responder tanto pelo art. 217 "a"/ 218 
"a" ou pelo art. 218 + 29. 
Sujeito passivo 
Menor de 14 anos. 
Elemento objetivo 
Induzir, aconselhar, persuadir, levar a vítima. 
Observação: quem induz o menor a praticar conjunção carnal com outrem responde por 
corrupção de menores e pode responder pelo estupro com fundamento na teoria monista da 
ação (art. 29). 
Não responde pelo estupro por uma exceção pluralística a teoria monista da ação. 
17 
 
Elemento subjetivo 
Dolo específico com finalidade de satisfazer a lascívia de outrem. Cabíveis o dolo eventual se 
houver dúvida sobre a idade da vítima. Se houver o desconhecimento da idade ou da 
vulnerabilidade da vítima ocorrerá erro de tipo (art. 20, caput), responderá então pelo art. 227. 
26/02/2014 
Consumação 
Primeira corrente: é criem formal que se consuma com a influência exercida sobre o menor a 
praticar o ato para satisfazer a lascívia de outrem (Pedro Franco de Campos) 
Segunda corrente: se consuma com a prática do ato para satisfazer a luxuria de outrem 
(Mirabete). 
Tentativa 
É admissível. Mesmo que formal o crime o agente pode ser obstado no início de uma conversa 
para induzir o menor. Se não considerado formal ocorre a tentativa se o menor não pratica o 
ato por não ceder à influência do agente ou pela chegada a de um terceiro que interrompa o 
ato. 
Ação penal 
Pública incondicionada. 
Art. 218 A – Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou 
adolescente 
Conceito 
Praticar, na presença de menor de 14 anos ou induzi-lo a presenciar conjunção carnal ou ato 
libidinoso, a fim de satisfazer a lascívia própria ou de outrem. 
Tipo penal 
Novo, introduzido pela lei 12.015/09, não podendo retroagir a fatos ocorridos antes da sua 
vigência. 
Objetividade jurídica 
Proteção da imaturidade sexual e moral dos menores de 14 anos. 
Sujeito ativo 
Crime comum. 
Sujeito passivo 
Menor de 14 anos. Se o crime for contra menor de 14 e 18 anos incide no art. 227, § 1*. 
Elemento objeto 
Praticar, desenvolver ato sexual na presença do menor; induzir, incutir, influenciar a vítima 
que presencie ato sexual. 
Elemento subjetivo 
Dolo específico 
18 
 
Consumação 
Na conduta praticar ocorre quando o menor presencia o ato sexual, não exigindo a satisfação 
da lascívia do agente. Na conduta induzir consuma-se com o simples incutir na mente do 
menor a presenciar o ato. 
Tentativa 
É possível. Na conduta praticar é possível com a interrupção de um terceiro ou qualquer 
circunstância que obste ao resultado (crime material). Na conduta induzir é crime formal, 
sendo difícil a tentativa, pois consuma-se com o ato de induzir, influenciar o menor. 
Causas de aumento 
Art. 226. 
Ação penal 
Pública incondicionada. 
Art. 218 B – Favorecimento da prostituição ou outra forma de 
exploração sexual de vulnerávelConceito 
Submeter, induzir ou atrair à prostituição alguém menor de 18 ano ou pessoa vulnerável, ou 
mesmo facilitar, impedir ou dificultar que vítima à abandone. 
Objetividade jurídica 
Tutela-se a moralidade e a imaturidade dos menores de 18 anos. 
Sujeito ativo 
Crime comum 
Sujeito passivo 
Menor de 18 anos e vulneráveis. Se controle maior de 18 anos o crime será do art. 228 ou 229. 
Elemento objetivo 
1. Submeter- sujeitar 
2. Induzir - persuadir 
3. Atrair - trazer 
4. Facilitar - prestar auxílio 
5. Impedir - obstar 
6. Dificultar - criar empecilho 
Elemento subjetivo 
Dolo específico 
§ 1* conduta mercenária 
Agravante, aplica-se a multa. 
19 
 
§ 2* figuras equipadas 
Inciso l - há exemplo do cliente da casa de prostituição. Se contra menor de 14 anos aplica-se o 
art. 217 A 
Inciso ll - proprietário ou gerente 
§ 3* estabelecimento 
É efeito obrigatório da condenação o fechamento do estabelecimento e cassação da 
condenação. 
12/03/2014 
Art. 231 - Tráfico internacional de pessoas para fim de exploração 
sexual (continuação) 
Agravante - § 3*: modalidade mercenária, aplica-se a multa se o crime é cometido para obter 
vantagem econômica. 
Consumação 
Com entrada ou saída da pessoa do território nacional, não se exigindo o efetivo exercício da 
prostituição. 
Tentativa 
Admissível. Exemplo: na hora do embarque a pessoa ou o agente é retido. 
Ação penal pública 
Incondicionada. 
Competência da justiça federal. 
Art. 231 A - tráfico interno de pessoas 
Conceito 
Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para exercício 
da prostituição ou outra forma de exploração sexual com pena de reclusão de dois a seis anos. 
Observação: a diferença entre o crime do art. 231 e 231 A reside na forma de deslocamento da 
vítima e no tocante à pena do art. 231 que é superior à do art. 231 A, pois a ação é mais 
complexa de se retirar a vítima do seu país de origem e a submeter à prostituição no 
estrangeiro. 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa, o traficante de pessoas. 
Sujeito passivo 
Homem ou mulher. 
Elemento objetivo 
Condutas idênticas ao art. 231. 
20 
 
Elemento subjetivo 
Dolo. 
Figuras equiparadas 
São as mesmas do art. 231, §§ 1*, 2* e 3*. 
Consumação 
Se dá com o deslocamento do sujeito passivo pelo território nacional, ainda que não ocorra o 
exercício prostituição ou exploração sexual. 
Tentativa 
Admissível, quando o agente é surpreendido pela polícia no instante em que o veículo está 
para ser deslocar com a vítima. 
Ação penal 
Pública Incondicionada. 
Competência da justiça estadual. 
 
Questões - arts. 231 e 231 A 
1. No crime do art. 231, o consentimento da vítima elide a responsabilidade do agente? 
Justifique. 
Não elide em razão do bem jurídico tutelado, que é a dignidade. 
2. Além do dolo, no crime do art. 231 é necessário que o agente tenha consciência de que a 
vítima exercera a prostituição? Justifique. 
Sim, pois caso contrário haverá erro de tipo excluindo-se o dolo. 
3. Nas condutas transferir, alojar, transportar do art. 231, § 1*, consuma-se o crime em 
qual momento? Justifique. 
A consumação se dá de forma permanente, pois as condutas se protraem, sendo possível o 
flagrante em qualquer momento. 
4. Qual a natureza jurídica condutas transferir, alojar, transportar do art. 231 §1*? 
São condutas auxiliares às condutas principais do caput em que o agente apenas presta uma 
forma de auxílio ao executor. 
5. Antes da reforma de 2009 não havia majorante quanto às pessoas vulneráveis conforme 
a hoje no crime do art. 231, §2*, ll. Essa majorante deve ser retroativa a fatos pretéritos, 
e quanto a pena destaque foi extinta, deve retroagir? 
Trata-se de majorante antes não prevista que não pode retroagir a fatos pretéritos por não ser 
mais benéfico ao réu. Quanto a pena de multa extinta deve retroagir a fatos pretéritos por ser 
mais benéfico ao réu. Portanto sempre que a alteração legal beneficiar o réu retroage a fatos 
pretéritos e se prejudicar não retroage. 
21 
 
6. Qual a diferença entre o crime do art. 231 e do art. 231 A? 
 A diferença é no tocante ao deslocamento e a pena que no art. 231 é maior e mais complexa 
sua ação de retirar a vítima de seu país de origem para a prostituição no estrangeiro. 
7. Se a vítima do crime do art. 231A for menor de catorze anos haverá aumento de metade 
da pena ou presunção de violência? Justifique. 
A pena é aumentada de metade se vítima for maior de 18 anos, abrangendo crianças e 
adolescentes. 
14/03/2014 
Dos crimes contra a saúde pública 
Art. 273, CC – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de 
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais 
Conceito 
Previstos no tipo penal 
Objetividade jurídica 
Tutela-se a saúde pública 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa 
Sujeito passivo 
Coletividade, porque pode vitimar um número indeterminado de pessoas. 
Elemento objetivo 
 Falsificar - alterar com fraude, empregando substância diversa da composição normal. 
 Corromper - estragar, desnaturar, mesmo com omissão 
 Adulterar - alteração da qualidade, substituindo a dosagem, piorando o produto 
 Alterar - é modificar uma substância por outra de qualidade inferior 
Elemento subjetivo 
É o dolo. Exceto a modalidade culposa do parágrafo 2* do art. 273 
Consumação 
Consuma-se quando praticada a ação típica independente de qualquer outro resultado (crime 
formal) 
Tentativa 
É possível quando o agente inicia a execução da ação somente em ter substâncias que possam 
vir a ser utilizadas para as condutas do caput. O agente é interrompido por circunstâncias 
alheias a vontade do agente 
22 
 
Ação penal 
Pública Incondicionada 
Figuras equiparadas 
§ 1* A 
A redação dada pela lei 9.677/98 
§ 1* B - figuras que abrangem qualquer outra irregularidade quanto ao produto 
 
19/03/2014 
Modalidade culposa - § 2* 
É crime de menor potencial ofensivo, cuja pena é de um a três anos, sendo aplicável à 
9.099/95, cabendo transação penal. O crime culposo pode decorrer da negligência, imperícia 
ou imprudência do agente, aplicado o procedimento sumaríssimo. 
Forma qualificada - art. 285 combinado com 258 
Em que se resultar corporal grave a pena aumenta em metade e se resultar morte, em dobro. 
Se culposa a conduta e resultar lesão corporal a pena aumenta-se da metade, e se ocorrer a 
morte a pena será a do homicídio culposo com aumento de um terço. 
Questões 
1. Quando se consuma o crime do artigo 273? Justifique. 
Consuma-se com a efetiva corrupção, adulteração, falsificação ou alteração do produto para 
fins terapêuticos e medicinais, como também com a prática das outras condutas equiparadas, 
independente de qualquer resultado. 
2. Tratando-se de crime subsistente, é possível a tentativa na corrupção de produto 
medicina? Explique. 
Sim, é possível quando não ocorre a corrupção por circunstâncias alheias à vontade do agente 
tendo este já iniciado os preparos para a execução da conduta típica de estragar o produto. 
3. Quais são as formas qualificadas do crime do artigo 273? Explique. 
Em qualquer das condutas típicas se do fato resultar lesão corporal de natureza grave ou 
morte. 
4. Se o empregado adulterar produto medicinal a pedido do empregador fabricante, 
responderá pelo art. 273? Justifique. 
Nesse caso pode ocorrer o erro de tipo excluindo-se o dolo, mas poderá ocorrer a punição na 
modalidade culposa por não se tomar as cautelas necessárias na fabricação do produto. Ou 
mesmo, se estiver na dúvida sobre a conduta responderá por dolo eventual. 
A partir daqui será matéria da prova regimental23 
 
Dos crimes contra a paz pública 
Art. 288 - Associação criminosa 
Conceito 
Associarem-se três ou mais pessoas para o fim de cometer crimes. 
Objetividade jurídica 
Tutela-se a paz pública. 
Sujeito ativo 
É crime plurissubjetivo, pois exige a presença de ao menos três pessoas. 
Observação: computam-se os inimputáveis para a configuração do delito, seja menor de idade, 
seja doente mental, etc. 
Sujeito passivo 
Coletividade 
Elemento objetivo 
As pessoas se associação para cometer crimes e não contravenção penal. 
Observação: associam-se para cometer crimes e não um crime esporádico. 
É crime de concurso necessário de pessoas, exigindo-se no mínimo três. 
Estabilidade e permanência, três ou mais pessoas e a finalidade de cometer crimes, além de 
não se encaixar em contravenção, são requisitos necessários. 
21/03/2014 
Elemento subjetivo 
Dolo sem modalidade culposa. 
Consumação 
Consuma-se com a efetiva associação mesmo que não se operem os crimes 
Tentativa 
Crime de mera conduta, não admite tentativa. Nem sequer o induzimento pode ser 
considerado ato preparatório 
Figura ou forma qualificada 
Parágrafo único, aumento de pena pela metade: se o grupo estiver armado ou se a associação 
tiver componentes entre crianças e adolescentes 
Ação penal 
Pública e Incondicionada. 
24 
 
Questões: 
1. Quais os elementos objetivos do crime de associação? 
Que o grupo seja permanente e estável com três ou mais pessoas para cometer crimes. 
2. A associação para cometer crime continuado caracteriza quadrilha? 
Tratando-se de associação para perpetração de crimes continuados, Celso Delmanto, dentre 
outros, nega a existência da associação, sustentando que o crime continuado é um só delito. Já 
para Heleno Claudio Fragoso, dentre outros, existe o crime de associação, pois na continuidade 
delitiva há diversos delitos, considerados um só apenas para efeito de aplicação da pena. 
3. Quando se consuma a associação criminosa? Cabe tentativa? 
Se consuma fome a efetiva associação, mesmo que não se pratiquem os crimes. A tentativa é 
inadmissível, por ser crime de mera conduta. 
4. Quando o delito praticado pela associação tem como majorante o concurso de pessoas, 
o delito de associação é absorvido? 
No delito em que o concurso de crimes figura como qualificadora, há exemplo do furto, art. 
155, § 4*, IV, ou como causa de aumento de pena, há posição no sentido do agente responder 
somente pelo crime da associação, sem a majorante, evitando-se o concurso "bis in idem" 
(Delmanto). Há quem entenda que os fatos são distintos, ou seja, pune-se pela associação 
como crime autônomo e pune-se pela majorante do furto que funciona como circunstância 
agravadora (Nelson Hungria). 
5. Existe algum tipo especial de associação criminosa na legislação brasileira? 
Sim, no art. 8* da lei 8072/90 há a previsão de associação criminosa para a prática de tráfico, 
tortura e terrorismo. 
1. Associação de quatro ou mais pessoas para praticar crimes apenados com mais de quatro 
de reclusão e/ou transnacionais 
2. Há uma organização estruturalmente ordenada 
3. Ministério Público e autoridade policial não precisam de autorização judicial para a quebra 
de dados cadastrais dos indiciados. 
4. Colaboração premiada ao delator do crime de organização criminosa (perdão judicial, 
diminuição de pena de dois terços ou pena restritiva de direito)s. 
 
25 
 
28/03/2014 
Art. 297 - Falsidade de documento público 
Conceito 
Hungria - Schutze: é a base principal da fé pública, o indispensável apoio das relações jurídicas 
tanto na esfera patrimonial quanto na órbita familiar seja na vida pública, seja na privada. 
Objetividade jurídica 
Proteção da fé pública e da credibilidade dos documentos públicos. 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa pode cometer (crime comum). Exceto o § 1**, em que o sujeito ativo é 
funcionário público. 
Sujeito passivo 
O Estado e o particular prejudicado. 
Elemento objetivo 
Falsificar - fabricar ou contrafazer. 
Alterar - modificar a forma, a matéria e não tem relação com falsidade intelectual em que se 
altera o conteúdo. 
Elemento subjetivo 
Dolo genérico. 
Consumação 
Ocorre com a falsificação ou alteração do documento independente de qualquer outro 
resultado. Crime formal. 
Tentativa 
Tentativa é admissível para o entendimento da maioria. 
Figuras equipadas - § 2* 
Testamento particular, título de crédito, as ações das sociedades comerciais e seus livros 
mercantis . 
Ação Penal 
Pública incondicionada. 
Observação: estelionato - Súmula 17, STJ: a falsidade quando exaure no estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva é por este absorvido. 
 
26 
 
04/04/2014 
Art. 298 - Falsidade de documento particular 
Conceito 
Documento particular é todo aquele elaborado sem a intervenção de um agente público ou 
que tenha fé pública. 
Objetividade jurídica 
Tutela-se a fé pública 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa 
Sujeito passivo 
O Estado e o particular prejudicado. 
Observação 
Há a necessidade de se proteger a confiança nos documentos particulares, pois resguardam 
grandes interesses e são meios de prova. 
A única distinção deste crime com relação ao art. 297 é que refere-se a documento particular e 
não público e portanto a diferença está no objeto material entre os crimes; e a pena é menor 
de reclusão de um a cinco anos. 
 
Art. 299 - Falsidade ideológica 
Conceito 
Omitir em documento público ou particular declaração que nele devia constar ou inserir 
declaração falsa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou 
alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. 
Objetividade jurídica 
Fé pública 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa e se for funcionário público há um aumento de sexta parte da pena 
(parágrafo único) 
Sujeito passivo 
Estado e o particular prejudicado. 
Elemento objetivo 
Omitir, inserir e alterar. 
Elemento subjetivo 
Dolo específico (Magalhães Noronha) 
27 
 
Consumação 
Consuma-se com a omissão, inserção ou alteração (crime formal) 
Tentativa 
É admissível exceto na omissão. 
Agravantes 
Parágrafo único 
1. Se praticado por funcionário público 
2. Se incide sobre assentamento de registro civil. 
Se o agente registrar filho alheio como próprio incidirá no crime do art. 242 e, se por motivo 
nobre, neste caso cabe o perdão judicial. 
Diferenças: 
 Falsidade ideológica 
 O documento verdadeiro, perfeito em seus requisitos, mas falso no seu conteúdo; 
 Atinge a omissão, a "alma" do documento 
 Exemplos: 
 Endereço falso das partes no contrato 
 Pedir para assinar documento em branco e preencher como confissão 
dívida. 
 Falsidade documental 
 Falsidade material, o agente imita a verdade pela falsificação ou alteração do 
documento. 
 Atinge o "corpo" do documento 
 Exemplos: 
 Assinatura falsa no cheque (só existe a partir da assinatura) 
11/04/2014 
Corrupção passiva - art. 317 
Pena: reclusão de 2 a 12 anos e multa. 
Conceito 
Solicita ou recebe para si ou para outrem vantagem indevida, abusando da sua função pública. 
Objetividade jurídica 
Tutela-se a moralidade da administração pública 
28 
 
Sujeito ativo 
Funcionário público ou particular (art. 30) 
Sujeito passivo 
Estado e o particular, quando este não é sujeito na corrupção. 
Elemento objetivo 
"Solicitar", "receber" ou "aceitar" promessa. 
Observação 
Que o ato seja de competência do funcionário público, senão é tráfico de influencia (art. 332) 
§ 1* - corrupção passiva própria: o funcionário público viola dever funcional (forma 
qualificada, aumentode pena) 
§ 2* - corrupção passiva imprópria: cede a pedido ou influencia de outrem - não há venda da 
função pública (forma privilegiada) 
Elemento subjetivo 
Dolo genérico 
Consumação 
Crime formal que se consuma com os verbos/condutas do tipo penal 
Tentativa 
Inadmissível, exceto se solicitação por escrito não chegue ao destino. 
Ação pública 
Incondicionada 
Concussão - art. 316 
Conceito 
Exigência do funcionário público que abusa da sua função para obter vantagem indevida 
Objetividade jurídica 
Probidade administrativa 
Sujeito ativo 
Funcionário público ou particular (art. 30) 
Sujeito passivo 
Estado e a vítima extorquida 
Elemento objetivo 
Exigir ou ordenar 
Elemento subjetivo 
Dolo genérico 
29 
 
Consumação 
Com a exigência não dependendo de resultado. 
Tentativa 
Não cabe, exceto por escrito que não chegou ao destinatário. 
Ação penal 
Incondicionada 
§ 1* - excesso de exação - exigir tributo, devido ou indevido, de modo vexatório. 
§ 2* - forma qualificada de excesso de exação

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