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Revisao Direito Civil V1

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Direito Civil I
Evolução Histórica do Direito Civil
Origem – Direito Romano
Era medieval – concorrência com o Direito Canônico.
 Idade Moderna – utilizou-se a expressão “civil Law” (oriundo do Direito anglo-americano)
Século XIX – torna-se o mais importante ramo do direito privado, por ter a responsabilidade de regular as relações entre os particulares.
Conceito:
Serpa Lopes: é o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encaradas como tais, ou seja, enquanto membros da sociedade.
Maria Helena Diniz: é o direito comum a todas as pessoas, por disciplinar o seu modo de ser e de agir, sem quaisquer referencias às condições sociais ou culturais.
Exs.: marido e mulher / credor e devedor / alienante e comprador / testador e beneficiário
Princípios Norteadores
Da personalidade: todo ser humano é sujeito de direitos e obrigações, pelo simples fato de ser homem.
Da autonomia da vontade: através do reconhecimento de que a capacidade jurídica da pessoa humana lhe confere o poder de praticar ou abster-se de certos atos, conforme sua vontade.
Da liberdade de estipulação negocial: devido a permissão de outorgar direitos e aceitar deveres, nos limites legais, aceitando negócios jurídicos.
Da propriedade individual: pela ideia de que o homem, através do seu trabalho ori pelas formas admitidas em lei, pode exteriorizar a sua personalidade em bens, que passam a constituir o seu patrimônio. 
da intangibilidade familiar: ao reconhecer a FAMÍLIA como uma expressão imediata de seu SER PESSOAL.
Da legitimidade de herança e do Direito de testar: relacionado ao poder que tem sobre seus bens e de transmitir total ou parcialmente a seus herdeiros.
Da solidariedade social: concernente à função social da propriedade e dos negócios jurídicos, a fim de conciliar as exigências de coletividade com os interesses particulares.
História do Código Civil Brasileiro
1823 – Após a Independência, a Assembleia Constituinte adotou as Ordenações Filipinas.
1824 – Constituição do Império determina a organização do Código Civil e Criminal.
1858 – Teixeira de Freitas é contratado para elaborar o Projeto do C.C.
1899 - Projeto do C.C apresentado por Clóvis Bevilaqua.
1916 - Promulgado o C.C em 1º de janeiro, com vigência a partir de 01/01/1917.
1975 – Apresentando o anteprojeto do Novo C.C por Miguel Reale.
2002 - Promulgado o Novo C.C em 11 de janeiro, com vigência após 1 ano, revogando todo o C.C de 1916 e parte do Código Comercial.
Termos que influenciaram o Novo C.C:
- Flexibilização do Pacta Sun Servanda
- a propriedade
- a mulher
- união estável.
Algumas leis que influenciaram a chegada do Novo C.C:
 - Lei 6,515/77 – lei do divórcio
- Lei 8,245/91 – lei do inquilinato (locador = proprietário / locatário = quem ocupa o imóvel)
- Lei 6.015/73 - lei dos Registros Públicos
- Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente
Conteúdo do Novo Código
Parte Geral: apresenta normas referentes às pessoas, aos bens, aos fatos, atos e negócios jurídicos.
Parte Especial: Direito das obrigações / Direitos de empresa (art.966 C.C) / Direitos das coisas / Direito de Família / Direito das sucessões.
Disposições finais e transitórias (art.2.037 C.C)
Relações Jurídicas
Conceito: Conforme leciona Del Vecchio, a relação jurídica consiste num vinculo entre pessoas, em razão do qual uma pode pretender um bem a que a outra é obrigada.
- - Vinculo que une 2 ou mais pessoas atribuindo a uma delas o poder de exigir uma obrigação da outra.
Elementos:
 Sujeito ativo (titular do direito subjetivo de ter o fazer o que a norma jurídica não proíbe)
Sujeito passivo (sujeito de um dever jurídico, ou seja, aquele que deve respeitar o direito subjetivo ativo, surgindo uma relação de sujeição)
Objeto imediato
Objeto mediato
Fato propulsor idôneo
Proteção jurídica
	O homem em vida social está sempre em interação, influenciando a conduta de outrem, dando origem a relações sociais que disciplinadas por normas jurídicas, transforma-se em relações de direito.
Objeto imediato: é a prestação devida pelo sujeito passivo ao sujeito ativo, que tem a permissão jurídica de exigir uma obrigação de dar, de fazer e de não fazer.
Objeto mediado: é o bem móvel, imóvel ou semovente, sobre o qual recai o direito, devido à permissão que lhe é conferida por norma de direito de ter alguma coisa como sua.
Ex.: direito ao nome, direito à liberdade, direito à honra
Fato propulsor: que seja idôneo para que venha a produzir consequências jurídicas.
Ex.: um acontecimento, dependente ou não da vontade humana.
- o fato propulsor poderá se apresentar de três formas:
Fato jurídico ‘strito sensu’ - quando o acontecido for independente de ação humana.
Ex.: uma raio que cai no oceano.
Ato jurídico – consiste num ato voluntario, sendo irrelevante a intenção do resultado.
Ex.: percepção de frutos; achado de um tesouro.
Negócio jurídico – se provier de ação humana que visa a produzir os efeitos que o agente pretende.
Ex.: compra e venda de um imóvel.
Proteção jurídica: trata-se da autorização normativa para ingressar em juízo a fim de reaver o seu direito com o intuito de ter reparado o mal sofrido em caso de sujeito passivo não ter cumprido suas obrigações.
Relação jurídica simples:
Exs.: direito de credito, onde o devedor terá que pagar a divida à certo credor.
Relação jurídica complexa: 
Exs.: numa compra e venda, o comprador tem direito à entrega do objeto comprado (figurando como sujeito ativo) e o dever de pagar o preço (figurando como sujeito passivo). O vendedor tem o direito de receber o pagamento do preço ajustado (sujeito ativo) e o dever de entregar a coisa vendida ou alienada (sujeito passivo).
Personalidade e Capacidade
Personalidade jurídica: conforme leciona Pablo Stolze, é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações. É o atributo necessário para ser sujeito de direito e adquirida a personalidade, o ente passa a atuar na qualidade de sujeito de direito realizando atos e negócios jurídicos.
Teoria Natalista: no instante em que principia o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, o recém-nascido adquire a personalidade jurídica tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer minutos depois. 
Nascituro: aquele que ainda não nasceu.
Teoria da Personalidade Condicional: o nascituro possui direitos sob condição suspensiva. Tal teoria foi influenciada pelo Direito estrangeiro e conseguiu alguns adeptos, não sendo tão incisiva ao ponto de reconhecer a personalidade do nascituro. Propagam que a personalidade é condicional, pois se distingue no caso de não chegar o feto à viver.
Teoria Concepcionista: adotado pelo Código Francês e aqui no Brasil difundida por Teixeira de Freitas, Clóvis Bevilaqua e Limongi França, leciona que começa a personalidade com a concessão, sendo assim considerado pessoa.
3.2 – Direitos do Nascituro
	Embora não seja considerado pessoa, o nascituro tem a proteção legal dos seus direitos desde a concepção. Dentre eles:
- titular de direitos personalíssimos (direito à vida, à saúde);
- poderá receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto;
- poderá ser beneficiado por legado (testamento) e herança;
- poderá ter curador nomeado para a defesa de seus interesses (CPC);
- crime de aborto tipificado no Código Penal;
- direito à realização do exame de DNA, para efeito de aferição de paternidade;
- direito a alimentos (Lei 11.804 de 05/11/2008)
(alimentos gravídicos – após o nascimento torna-se pensão alimentícia)
Capacidade de direito e Capacidade de fato
Adquirida a capacidade jurídica, toda pessoa passa a ser capaz de direitos e obrigações. É a chamada Capacidade de Direito, pelo fato de que a personalidadejurídica é atributo inerente à sua condição ( a própria responde pelos seus atos).
Nem toda pessoa possui aptidão para exercer pessoalmente seus direitos, em razão de limitações orgânicas ou psicológicas. Terá então Capacidade de Fato (outra pessoa pode vir a responder pelos atos).
Capacidade Civil plena = cap. de fato + cap. de direito
Capacidade # Legitimidade 
Incapacidade: é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, devendo ser sempre encarada estritamente, considerando-se o princípio de que a capacidade é a regra é a regra e a incapacidade é a exceção. 
Legitimidade: a legitimação consiste em averiguar se uma pessoa, perante determinada situação jurídica tem ou não capacidade para estabelecer. (Silvio Venoso)
Incapacidade absoluta: a incapacidade será absoluta quando houver proibição legal do exercício do direito pelo incapaz, acarretando em caso de violação, a nulidade do ato (Art. 166, I, CC). Deverão ser representados.
São absolutamente incapazes: (Art. 3, CC)
Os menores de 16 anos: a validade de seus atos dependerá de representação do seu pai,mãe ou tutor.
Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a pratica desses atos: insere-se nesta categoria aqueles que por causa de ordem patológica ou acidental, congênita ou adquirida, não tem condições de reger sua pessoa ou administrar seus bens.
Ex.: demência, psicose, doença neurológica degenerativa, psicopatas, maníacos, imbecis, loucos.
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade: são classificados as pessoas que, por doença que acarrete, deficiência física, paralisia mental, perda de memória, estado de coma, surdo mudez, por contusão cerebral, não poderem ainda que por razão transitória manifestar sua vontade para pratica dos atos da vida civil.
Incapacidade relativa: (Art.4, CC)
Diz respeito à aqueles que podem praticar por si os atos da vida civil, desde que assistidos por quem o direito encarrega deste oficio, em razão de parentesco, em relação de ordem civil ou de designação judicial. O efeito de violação desta norma é gerado a anulabilidade do ato jurídico (ART. 171, I, CC).
São Relativamente incapazes: (Art. 4, CC)
I – os maiores de 16 e menores de 18 anos;
II – ébrios habituais, viciados em tóxicos, deficiente mentais com discernimento reduzido;
Nesta categoria estão os alcoólatras, portadores de deficiência mental adquirida em razão de (por ex, psicose, mal de Alzheimer), que sofram redução na sua capacidade de entendimento, necessitando de um curador, que passados por um processo de interdição.
III – excepcionais sem desenvolvimento mental completo; 
Nesta categoria estão abrangidos os portadores de anomalia genética ou congênita, tal como os portadores de síndrome de dow, comprovados e declarados em sentença de interdição que os tornem relativamente incapazes de praticar os atos da vida civil sem a assistência de um curador.
IV – pródigos; 
Segundo Maria Helena Diniz, aquele que comprovada, habitual e desordenada dilapida seu patrimônio fazendo gastos excessivos. Obs.: uso do curador para determinados atos, em caso de questões que envolvam o patrimônio. 
Emancipação
Introdução 
É possível a antecipação da capacidade plena em virtude da autorização dos representantes legais do menor ou do juiz, ou pela superveniência de fato que a lei atribui para tanto. É ato irrevogável. Poderão os pais serem responsabilizados solidariamente pelos danos causados pelo filho que emanciparam.
Modalidades
Voluntarias (Art. 5, I, 1ª parte, C.C) - pela concessão dos pais ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento publico, independentemente de homologação judicial, desde que o menor haja completado 16 anos.
Judicial (Art. 5, parágrafo único, I, 2ª parte, C.C) - é aquela concedida pelo juiz, ouvido o tutor se o menor contar com 16 anos completos.
 O tutor poderá requerer a emancipação ao magistrado que irá considerar através de sentença a qual devera ser registrada nos termos da Lei 6.015/73 em seus Arts. 89 a 91.
Legal (Art. 5, parágrafo único, II a V, C.C) - pelo casamento, pelo exercício de emprego publico efetivo (cargo ou emprego publico, desde que haja nomeação em caráter efetivo), colação de grau de um curso superior, pelo estabelecimento civil ou empresarial ou pela existência de relação de emprego desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria. 
Exceções: menor relativamente incapaz agindo independentemente da presença de seu assistente: 
- ser mandatário – Art. 666, C.C
- fazer testamento – Art. 1.860, C.C
- ser testemunha em processos – Art. 228, I, C.C
- ser empresário – Art. 974 e 976, C.C
- casar-se – Art. 1.517, C.C
- votar – Art. 14, CF
- celebrar contrato de trabalho – Lei 8.069/90
Nome Civil
Conceito de nome
O nome da pessoa natural é o sinal exterior mais visível de sua individualidade, sendo através dele que a identificamos no âmbito familiar e no meio social.
Natureza jurídica do direito ao nome
Teorias:
É um direito de propriedade, cujo titular é a família ou o próprio indivíduo. Pablo Stolze diz que a tese procede em relação ao nome comercial, que, por possuir valor pecuniário, torna patrimonial o direito do titular.
Já em relação ao nome civil, afirmar que tem natureza extrapatrimonial, haja vista que ninguém pode dispor do próprio nome.
O nome é uma questão de estado, como um fato protegido pelo ordenamento jurídico.
Código Civil
Classifica-o como um dos direitos da personalidade.
Nome, prenome e sobrenome (Art. 16, C.C)
Prenome: trata-se do primeiro nome, correspondente ao “nome de batismo” e pode ser simples ou composto.
Sobrenome ou Patronímico: trata-se do nome da família que indica sua filiação, podendo advir do nome de família materno, paterno ou de ambos.
Obs.: Art.60, Lei 6.015/73
Cognome: designação dada a alguém devido a uma particularidade pessoal. (apelido)
Agnome: terceiro elemento do nome, mas sem previsão no C.C. É um sinal distintivo que se acrescenta ao nome completo para diferenciá-lo de parentes próximos. (Filho, Neto, Sobrinho)
Possibilidade de alteração do nome
Art.1.565, § 1, C.C- a lei faculta que o cônjuge, ao casar-se, tome o patronímico de ser consorte e abandone o seu próprio. (a lei faculta que pode acrescer o sobrenome do cônjuge)
Art. 1.571, § 2, C.C.- direito do uso do nome do ex- cônjuge.
Lei 6.015/73 – Art. 57, § 2
Extinção da Pessoa Natural
Extinção da Pessoa Natural
Art. 6, C.C – termina a existência da pessoa natural com a morte.
A morte ocorre com a parada do sistema cardiorrespiratório, cessando as funções vitais, indicando o falecimento do individuo. Quem poderá atestar é o profissional da medicina. É a chamada morte real.
Efeitos da morte
Cessa a personalidade jurídica da pessoa natural;
Dissolução do vinculo conjugal (Art. 1.571, I, C.C);
Extinção de contratos personalíssimos. Ex. contrato de prestação de serviços (art.607), contrato de mandato (art.682, II, C.C), contrato de prestação de serviços advocatícios.
Abertura da sucessão.
Morte presumida
Ocorre com a decretação judicial da ausência de uma pessoa nos termos dos Arts. 22 a 39, do C.C e regulado processualmente a partir do Art.1.159 a 1.169, CPC .
– Hipóteses de morte presumida
Ausência: desaparecendo uma pessoa de seu domicilio, sem deixar qualquer noticia, representante, procurador, passará a existir uma massa patrimonial com titular, mas sem quem o administre. A curadoria será exercida pelo legitimado no Art.25, C.C.
Sucessão provisória: cautela do legislador, cercando-se da garantia de restituição dos bens, em cuja posse os herdeiros irão se imitir provisoriamente, mediante oferecimento de Penhor e Hipoteca (Art. 30, C.C).
Obs.: Falta de condições para prestar a garantia – Art. 30, §1, C.C.
	 Vedaçãoà alienação – Art. 31, C.C
	 Direito aos frutos e rendimentos dos bens do ausente – Art. 33, C.C.
 Sucessão definitiva: há duas possibilidades:
- Art. 35, C.C: previsão da conversão da sucessão provisória em sucessão definitiva, considerando-se aberta, na data comprovada, em favor dos herdeiros, retroagindo o direito à herança àquela época; 
Obs.: Possibilidade de conversão de sucessão provisória em definitiva, também no Art. 37, C.C.
- Art. 38, C.C: levando em conta a expectativa media de vida do home, até mesmo que não tenha havido antes a sucessão provisória.
Obs.: Regresso so ausente (Art. 39, C.C)
Dez anos após a sucessão provisória, é aberta a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas; na sucessão definitiva, o curador passa a ter propriedade total sobre os bens, pois podem ser alienados.
Morte simultânea (comoviência): é a morte de duas ou mais pessoas na mesma ocasião e , em regra, em razão do mesmo acontecimento.
Para que ocorra o fenômeno, basta que seja inviável a exata apuração da ordem cronológica dos óbitos. 
Sentença transitada em julgado
	Trata-se do ato judicial que decide o processo onde não caiba mais recurso, ou seja, as partes que litigaram não poderam mais enfrentar a decisão que julgou o processo.
- petição inicial
- defesa
- audiência
- sentença: 15 dias recurso de apelação; 10 dias recurso de
- acórdão: a decisão propenda pelo colegiado dos tribunais.
As consequências da abertura da sucessão provisória:
Os sucessores passarão a ter a propriedade resolúvel dos bens recebidos;
Perseverão os frutos e rendimentos desses bens, utilizando-os como quiser;
Poderão alienar onerosa ou gratuitamente tais bens;
Poderão levantar as cauções prestadas.
1ª obs.: Em regresso do ausente:
Havendo regresso do ausente poderá se requerer ao magistrado a devolução de todos os bens no estado em que se encontrarem.
2ª obs.: Herança vocante a lei prever a declaração de vocância dos bens do ausente, se o mesmo não retornar ou se algum herdeiro não requerer abertura da sucessão definitiva, nesta hipótese a propriedade plena passara a ser do Distrito Federal (se estiver localizado em sua circunstância ou ainda da União). Tais bens deverão ser destinados para utilização de instituições de ensino. 
Pessoa Jurídica
(Arts. 40 a 69 C.C)
Conceito
É o grupo humano, criado na forma da lei e dotado de personalidade jurídica própria, para a realização de fins comuns (Pablo Stolze).
É a unidade de pessoas naturais ou patrimônios que visa à obtenção de certas finalidades, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações (Maria Helena Diniz).
Natureza Jurídica
Teorias Negativistas: negavam autonomia existencial à PJ. Argumentavam (IHERING) que os verdadeiros sujeitos de direito seriam os indivíduos que compõem a PJ, servindo estas apenas como simples forma especial de manifestação exterior da vontade dos seus membros. 
Teorias Afirmativas:
Da ficção: tendo Savigny como seu principal defensor, não reconhecia existência real à PJ, afirmando que era uma abstração; mera criação da lei. 
Da realidade objetiva: a PJ teria existência própria, real, como os indivíduos, resultante de um conjunto de dois elementos: o corpus (coletividade; conjunto de bens) e o animus (a vontade do instituidor).
Da realidade técnica: era mais moderada que a anterior e proclamava que a PJ teria existência real, não obstante sua personalidade ser conferida pelo direito.
Pressupostos de existência
- a vontade humana;
- obediência as normais legais (faz-se necessário que a pessoa jurídica ao ser criada, obedeça o que preconiza o Código Civil e as leis extravagantes);
- a licitude do objeto (sobre a licitude do objeto, o criador da PJ deverá atentar para o previsto no Art. 104, C.C).
Surgimento da Pessoa Jurídica
Art. 45, C.C: - Registro
		- Inscrição do ato constitutivo ou contrato social no registro competente (OAB, Cartório de Registro Civil da Pessoa Jurídica).
Classificação das Pessoas Jurídicas
Pessoas jurídicas de:
Direito Público: 
Interno (Art. 41, C.C)
Externo (Art. 42, C.C)
Direito Privado:
Associações (Art. 53, C.C)
Sociedades (Art. 981, C.C) - - empresárias* / simples
Fundações (Art. 62, C.C)
Organizações religiosas
Partidos políticos
*empresárias:
- Soc. em nome coletivo
- Soc. em comandita simples
- Soc. limitada
- Soc. anônima
- Soc. em comandita por ações
Associações: tem como traço peculiar a sua finalidade não econômica. Resulta da união de pessoas, geralmente em grande número. Os seus membros são pretendem partilhar lucros ou dividendos. A receita deve ser revertida em benefícios da própria associação.
Exs.: associação educacional, profissional.
Sociedades: é uma espécie de corporação, dotada de personalidade jurídica própria e instituída por meio de um contrato social, com o fim de exercer atividade econômica e partilhar lucros.
Soc. empresárias: é a pessoa jurídica que exerce atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços.
Soc. simples: são pessoas que, embora persigam proveito econômico, não empreendem atividade empresarial.
Fundações: resultam da afetação de um patrimônio, por testamento ou por escritura pública, que faz o seu instituidor, especificando o fim para o qual se destina.
Obs. 1: No que pertine à inclusão das organizações religiosas e partidos políticos no rall do Art.44, a critica que se faz PE no sentido de que na verdade tais entes jurídicos são verdadeiras associações e, portanto, deveriam estar classificadas como espécies do gênero associações. 
Obs. 2: O registro das pessoas jurídicas, regra geral, é feito pela junta comercial de cada Estado, através do arquivamento de seu ato constitutivo, devendo também, ser objeto de requerimento àquele órgão toda alteração contratual. 
- O Ministério Público como agente fiscalizador das fundações (Art. 66, C.C).
A desconsideração da pessoa jurídica
(Desregrand Doctrine)
A Procuradoria Geral da Justiça organizará a atuação do MP das diversas instâncias.
Promotorias de justiça – 1ª Instância (varas)
Procuradores de justiça – 2ª Instância (TJ)
São as promotorias de justiça que atuam nas fundações.
Art. 68, C.C:
Conforme leciona Maria Helena Diniz, se na reforma do estatuto houver minoria vencida, por não ter sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação farão ciência à minoria vencida, que poderá recorrer ao poder judiciário, para pleitear a invalidação das modificações.
 
Só o juiz terá o poder de controle de legalidade; o MP será apenas fiscal da lei, ou seja, ele não pode modificar diretamente a alteração do estatuto do MP.
Obs.: Nos termos do Art. 69, C.C, ficará o MP através de seu representante, legitimado para requerer que o patrimônio da fundação seja destinado para outra fundação congênere, ou seja, que persiga a mesma finalidade, nos termos do Art. 1.204, CPC.
Desconsideração da Pessoa Jurídica – Art. 50, C.C
O CPDC – Lei 8.078, Art.28
Despersonalização (extinguir a PJ) # Desconsideração (atingir o bem dos sócios).
Nos termos do Art.50, C.C, quando a pessoa jurídica se desviar dos fins determinantes de sua Constituição ou quando houver confusão patrimonial em razão de abuso da personalidade jurídica, poderá o magistrado (a requerimento da parte ou do MP) desconsiderar a personalidade jurídica para coibir fraude dos sócios, que dela se valeram como escudo, sem importar essa medida numa dissolução da pessoa jurídica. 
Domicílio
Origem
Direito Romano – Domus = casa, lugar onde a pessoa se estabelecia permanentemente.
O Direito Francês preconizava que deveria haver uma relação jurídica entra a pessoa e o lugar que habitava.
Direito Privado (importância com os ramos do Direito):
Direito Civil (Art. 327, C.C)- pagamento no domicílio do devedor
D.Internacional Privado (Art. 7, §4, Arts. 10 e 12 da LINDB) – normas de direito internacional.
Obs.: O Direito Internacional Privado irá regular temas referentes à patrimônio, casamento e direito sucessório de pessoas com domicílio em outro país. Além disso, particularmente no Art.12, C.C, trata sobre competência internacional ligada ao domicílio do réu.
Direito Público:
Direito Eleitoral – o domicílio político
D. Processual Penal – Art. 72, CPP
D. do Trabalho – Arts. 469 e 651, §1, CLT.
Obs.: A regra geral para ação penal será a do domicílio do réu.
Justiça do Trabalho: No caso da ação trabalhista, irá prevalecer, conforme a consolidação das leis do trabalho (CLT), o domicílio do trabalhador e o local onde ele prestou o serviço.
Moradia / Habitação	
É o local onde a pessoa natural se estabelece provisoriamente, sem o animo de ficar.
	Ex.: casa de praia por temporada; intercâmbio cultural.
Residência
É o local onde a pessoa natural se estabelece com intenção de permanecer, mesmo que ausente temporariamente.
Ex.: Av.Cons. Aguiar – endereços
Conceito de Domicílio ou Pessoa Natural
É o local onde estabelece residência com animo definitivo, convertendo-o em regra, em centro principal de seus negócios jurídicos ou de sua atividade profissional.
Obs.: o conceito abrange: a vida privada (ligações internas) e a vida externa (social e profissional).
*Elementos: Objetivo – ato de fixação em determinado local
Subjetivo: o ânimo definitivo de permanência.
Pluralidade de Domicílios.
Nos termos do Art. 71, C.C, o direito brasileiro seguindo o direito alemão, admite a pluralidade de domicílios se a pessoa natural tiver mais de residência, considerando-se domicílio qualquer uma delas. 
Obs.: Art. 94, §1, CPC.
Domicílio aparente / ocasional (Art.73, C.C)
- Teoria do domicílio aparente: “aquele que cria as aparências de um domicílio em um lugar, pode ser considerado pelo terceiro como tendo aí seu domicílio”.
Ex.: ciganos, artistas de circo, sem terra.
- CPC, Art. 94, §2.
Mudança de domicílio (Art. 74, C.C)
Ocorre com a transferência da residência, aliada à intenção manifesta de o alterar.
Obs.: expressão “com as circunstâncias que o acompanharem”.
-CPC, Art. 87, C.C
Domicílio da pessoa jurídica (Art. 75, C.C)
É a sua sede, indicado em seu estatuto, cont. social ou ato constitutivo equivalente.
- Súmula 363, STF
- CPC, Art. 99, I
Domicílio necessário (Art. 76, C.C)
Decorre de dispositivo de lei, em atenção à condição especial de algumas pessoas.
- incapaz
- servidor público (servidor em cargo comissionado, servidor temporário – Art. 1.973, CPC)
- militar
- marítimo (aquele que exerce atividades na marinha mercante)
- preso (se ainda não foi condenado, o seu domicílio será o voluntário, ou seja, o domicílio que decorre de ato voluntário do sujeito).
Domicílio do agente diplomático (Art. 77, C.C)
​-Extraterritorialidade: privilégio inerente ao agente diplomático de não se submeter a outra jurisdição, senão a do Estado que ele representa.
*Exceções: 
- renúncia expressa (se houver renúncia expressa há extrat. mediante autorização do seu governo)
- renúncia tácita (decorrente de atos que importem em renunciar aquele privilégio)
- ação relativa ( há imóveis de sua propriedade)
Domicílio de eleição (Art. 78, C.C)
Decorre do ajuste entre as partes de um contrato.
- CPC, Art. 111 / Art.51, IV, CDC
Obs.: Nos contratos celebrados por adesão, não poderá ser alegado o Foro de eleição (Art. 111, CPC) se referida clausula constar em contrato, que provavelmente será típico de relações de consumo, a parte prejudicada poderá pleitear que o poder judiciário declare a sua nulidade. 
Bens Jurídicos
(Arts. 79 a 103, C.C)
Conceito de BEM
- Clóvis Bevilaqua: “bem é tudo quanto corresponde à solicitação de nossos desejos”.
- Agostinho Alvim: “bens são as coisas materiais ou imateriais que têm valor econômico e que podem servir de objeto a uma relação jurídica”.
Bem jurídico
É toda utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo.
Ex.: terreno = objeto de meu direito de propriedade;
Honra = objeto de meu direito de personalidade.
Pablo Stolze: “ a todo direito subjetivo deverá corresponder um determinado BEM JURÍDICO.
Prestações como objeto de direito
Nos direitos subjetivos de créditos (Direitos obrigacionais), não interessa ao titular do direito o bem em jogo, mas sim a atividade do devedor voltada à satisfação do crédito, ou seja, a sua prestação.

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