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Melatonina e Pele.pdf

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Melatonina e Pele. Saiba qual a Relação! 
 
Devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, os 
pesquisadores acreditam que a melatonina teria o potencial para reduzir 
ou retardar o aparecimento de marcadores moleculares relacionados 
com o envelhecimento celular, inclusive da pele. Além da sua natureza 
antioxidante, a capacidade da melatonina para atenuar a apoptose e 
mais importante, a eficácia de seus metabólitos para auxiliar ainda mais 
na desintoxicação de radicais livres tornaram-na uma peça-chave a ser 
utilizada contra condições agravadas, mediadas por radiações UV. 
A MELATONINA 
A melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina) é um hormônio relacionado 
com o controle dos ciclos circadianos, responsáveis por preparar o 
corpo para realizar diferentes atividades diárias, como, por exemplo, 
dormir. Originalmente descoberta como um hormônio da glândula pineal, 
é produzida por bactérias, protozoários, plantas, fungos, invertebrados e 
vários sítios extra-pineal de vertebrados, incluindo intestino, pele e 
leucócitos e além de seus efeitos circadianos, tem vários outros efeitos 
biológicos tais como efeito antioxidante, efeito anti-inflamatório e 
proteção ao DNA nuclear e mitocondrial. 
 
 
O inconveniente é que, com o passar do tempo, a secreção natural 
dessa substância pelo corpo se reduz, devido ao estresse, ao 
envelhecimento, a má alimentação, entre outros fatores. Felizmente, 
começando a ingerir certos alimentos, pode-se estimular a produção de 
melatonina, evitando transtornos do sono e até prevenindo o 
envelhecimento precoce. Alimentos que sejam ricos em triptofano, um 
aminoácido essencial utilizado na produção da melatonina pela glândula 
pineal, são excelentes para aumentar a produção deste hormônio. Entre 
eles, abacaxi, banana, aveia, nozes, linhaça e gergelim, entre outros. 
A proteção antioxidante, a salvaguarda do fluxo de elétrons 
mitocondriais e em particular, a neuroproteção, têm sido demonstradas 
em muitos sistemas experimentais. Os achados são encorajadores para 
o uso da melatonina como um promotor do sono e na prevenção da 
progressão de doenças neurodegenerativas. Atualmente, novas pesquisas 
correlacionam este hormônio com propriedades antienvelhecimento e 
protetoras, inclusive da pele. Pesquisas iniciais revelaram que a pele de 
mamíferos também abriga um complexo sistema melatoninérgico, cujo 
papel na manutenção da homeostase cutânea foi explorado em um 
artigo publicado por pesquisadores americanos, ingleses e alemães no 
periódico TRENDS in Endocrinology and Metabolism. Ao contrário do 
sistema melatoninérgico pineal, a via intracutânea está diretamente 
exposta a inúmeros agentes estressores, como a radiação ultravioleta 
(UV), cuja importância foi analisada no artigo acima citado. Os 
pesquisadores concluíram que a melatonina e os seus metabolitos são 
importantes nos sistemas reguladores locais que preservam a 
integridade física e funcional da pele. 
Estudos anteriores sugeriram um efeito protetor do tratamento tópico 
com o hormônio melatonina. No entanto, esse efeito não havia sido 
avaliado com a irradiação solar e a dose ótima de melatonina não 
havia sido determinada. O objetivo de um estudo realizado por 
pesquisadores dinamarqueses e publicado em 2016 no periódico 
científico Journal of Dermatological Science foi exatamente este. 
Investigar o efeito protetor solar do tratamento tópico com três 
diferentes doses de melatonina (0,5%, 2,5%, 12,5%) contra o eritema 
induzido pela luz solar natural. Os resultados obtidos pelos cientistas 
demonstraram uma diferença significativa na formação de eritema entre 
as áreas tratadas com melatonina creme 12,5% e áreas recebendo 
placebo ou nenhum tratamento. Não foram encontradas diferenças entre 
o placebo e as concentrações de 0,5% e 2,5%. A partir destes 
resultados, os pesquisadores concluíram que a aplicação de creme 
de melatonina 12,5% protege contra eritema induzido pela luz solar 
natural. 
 
Um outro estudo foi realizado por cientistas espanhóis para avaliar a 
existência de danos mitocondriais que podem estar na base da 
fisiopatologia da mucosite oral induzida por radioterapia. O 
comprometimento mitocondrial é um evento fisiopatológico importante 
durante a mucosite oral induzida por radioterapia Dois objetivos 
específicos foram considerados neste estudo: O primeiro foi analisar os 
danos mitocondriais após o estresse oxidativo induzido pela radioterapia 
e inflamação e o segundo foi avaliar se a redução da disfunção 
mitocondrial por aplicação local de uma nova formulação farmacêutica 
de melatonina, seria capaz de prevenir o desenvolvimento das 
condições fisiopatológicas da mucosite oral. Os resultados obtidos 
permitiram aos pesquisadores concluírem que a formulação farmacêutica 
de melatonina em gel proporcionou uma excelente terapia 
medicamentosa para prevenir o desenvolvimento mucosite. Considerando 
a baixa toxicidade da melatonina, mesmo em maiores doses e durante 
tratamentos de longo prazo, estes resultados suportam o valor 
terapêutico da melatonina para prevenir a mucosite em pacientes com 
câncer tratados com radioterapia. 
 
Para avaliar a eficácia da suplementação de melatonina na melhora dos 
distúrbios do sono e gravidade da doença em crianças com DERMATITE 
ATÓPICA, pesquisadores de Taiwan realizaram um ensaio clínico 
randomizado, duplo-cego e controlado com placebo, para estudar 
crianças e adolescentes entre 1 e 18 anos de idade, com diagnóstico 
médico de DA envolvendo pelo menos 5% de área da superfície 
corporal total. Quarenta e oito crianças foram tratadas com melatonina 
(3mg/d durante 4 semanas) ou placebo, sendo que 38 destas (79%) 
completaram o período de testes. Os autores do estudo concluíram que 
a suplementação com melatonina é uma maneira segura e eficaz para 
melhorar a latência do início do sono e a gravidade da doença em 
crianças com dermatite atópica. 
 
Além da utilização clinica da melatonina, utilização de níveis adequados 
de melatonina tópica noturna pode ser uma estratégia promissora para 
cosméticos antienvelhecimento, especialmente para pessoas expostas à 
luz artificial excessiva durante a noite. 
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