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REABSORÇÕES DENTARIAS

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REABSORÇÕES DENTARIAS 
A única reabsorção fisiológica que existe é a dos dentes decíduos, qualquer outra em dente permanente é considerada sempre patológica. 
A classificação das reabsorções quanto à localização:
Externas 
Internas
Comunicantes
Cerviciais
 Mecanismo das Reabsorções Externas
Reabsorção por substituição
Reabsorções Inflamatória ( destruição do tecido dentário) 
 Inflamatória Transitória
 Inflamatória Progressivas
Reabsorções Externas por Substituição
De fora para dentro. Substituição progressiva da raiz do dente por osso. 
Etiologia: Associada a Traumatismo alvéolo-dentário severo ocorrido anteriormente (danificam o ligamento)
Aspecto histológico: Contato direto entre osso e dentina sem ligamento periodontal e uma camada de cemento intermediário. 
O tecido que separava dente do osso não existem mais, então os tecidos se confundem e há uma substituição. Ligamento periodontal, camada de pré-cemento, cemento, dentina e osso.
Durante a nossa vida há uma manutenção do espaço periodontal, caso não corra traumas. Nosso dente se modifica durante a vida com o remodelamento ósseo. O ligamento periodontal funciona como um mantenedor do osso de se aproximar do tecido dentário. Tendo um ligamento periodontal intacto é muito difícil que ocorra essa reabsorção. Células epiteliais de malassez.
Quando ocorre trauma, avulsão, por exemplo, saída do dente do alvéolo o dente e junto com ele o ligamento periodontal, mais a camada de pré-cemento. 20 minutos do dente exposto ao meio bucal já são suficientes para a necrose das células do ligamento periodontal e se há necrose parcial e se faz o reimplante desse dente vou acontecer eu vou ter em contato duas camadas mineralizadas (osso e cemento), com isso os osteoclastos entraram em contato com o tecido dentário e continuaram seu processo de remodelação por acharem que o tecido dentário é osso e com isso ocorre a reabsorção uma parte do tecido.
Anquilose – antecede a reabsorção. Justaposição dos tecidos acontece à reabsorção, pois os osteoclastos reconhecem o tecido dentinario como um tecido semelhante, destrói dentina e deposita osso. Dentina e osso viram um só. 
Diagnóstico
Falta da mobilidade normal
Percussão apresenta som metálico, som oco que não se dissipa 
Em crianças na fase de erupção: parece infra-oclusão
Aspecto radiográfico: perde-se a distinção entre raiz e osso
Tratamento 
Não existe tratamento. Devemos acompanhar somente e explicar que esse dente vai ser perdido.
Em casos que se tem lesão no ápice pode-se optar por fazer tratamento endodôntico para que se mantenha a infecção contida com o hidróxido de cálcio e assim ocorra a ossificação.
Manutenção do osso para posteriormente colocar implante em boas condições ósseas. 
Reabsorções Externas Inflamatórias Transitórias
São reabsorções que paralisam sem qualquer intervenção. 
São autolimitantes e prontamente reparadas, sem intervenção do profissional. 
Muitas vezes nem percebemos essa reabsorção (células clásticas), pois não teve um fator de manutenção para manter a agressão.
Pré-cemento é o tecido percursor do cemento. Se existe o pré-cemento não mineralizado não pode ser reabsorvido, pois há no tecido orgânico mecanismos que impedem a ação das células clásticas, ou seja, um osteoclasto vai reabsorver o que é mineralizado. Se não mineralizado não vai reabsorver. Tem-se um pré-cemento que interpõe o tecido dentário eu não terei células clásticas atuando. 
Se houver algum trauma oclusal, dente impactado, movimentação ortodôntica ou infecção endodôntica podem gerar uma perda da camada de pré-cemento, por essa agressão há um processo inflamatório, os mediadores químicos através da quimiotaxia irá atrair as células clásticas para se aproximarem do local onde esse cemento foi lesado. 
Etiologia: 
Traumatismos
Pressão
Periodontite apical
Aspecto histológico: Superfície radicular sem pré-cemento exposta à ação de células clásticas, presença de inflamação.
Diagnóstico: Dificilmente detectada clinicamente devido as suas dimensões. 
Evidenciada apenas ao exame histológico. 
Tratamento: não necessitam de intervenção 
Reabsorções Externas Inflamatórias Progressivas
A partir de um estimulo mais severo ou duradouro, que por consequência aumenta ou prolonga o processo inflamatório na área, as células clásticas mantem sua ação sobre os tecidos mineralizados do dente destruindo-o gradativamente. 
Etiologia: 
Pressão ortodôntica
Pressão resultante da impacção dental – ortodontia inadequada 
Infecção microbiana – dentro dos canais radiculares
Enfermidade sistêmica.
Aspecto histológico: Superfície radicular sem pré-cemento exposta à ação de células clásticas e presença de inflamação. 
Tratamento: Remover os fatores de manutenção.
Agente causadores da pressão - tratamento remover aparelho ortodôntico, dentes impactados.
Agentes microbianos – tratamento endodontia
Reabsorções Cervicais
Ela é uma reabsorção inflamatórias Progressivas.
Só que a sua localização é diferente e tem um percurso diferente do que uma reabsorção inflamatória progressiva tradicional. 
Ocorrem na interface entre cemento e esmalte.
Elas vêm da região externa, do ligamento periodontal para o interior do dente e essa agressão pode ser alguma raspagem mais agressiva, uso de clareadores internos nessa região, pressão ortodôntica, até impacção de alguma substancia alimentar que provoque uma inflamação maior. 
Mecanismo de ação (PROVA)
Existe uma agressão no ligamento periodontal nessa região, o paciente pode ter predisposição por ter um espaço na região entre cemento e esmalte é um risco maior de existir essa reabsorção. 
Células clásticas que geralmente habitam essa região, são atraídas por quimiotaxia pelos mediadores químicos da inflamação para a área agredida e vão encontrar o espaço sem mineralização, inicia na dentina e circunda a polpa. Por que a reabsorção não chega próximo da polpa?! Pois temos a camada orgânica de pré-dentina que circunda a cama na região da polpa protegendo-a. Tem inibidor de reabsorção na polpa, por isso ela vai para cervical ou para apical. Esse caso é de um dente com polpa viva. Polpa necrosada não tem camada de pré-dentina vai chegar à cavidade pulpar. 
Muitas vezes a reabsorção pode ser tão extensa e a polpa não consegue resistir levando a necrose, mas no inicio sempre veremos a luz do canal, pois a polpa vai sendo cercada pela reabsorção.
Etiologia: 
Traumatismo (tração, avulsão, luxação lateral) 
Movimentos ortodônticos
Tratamento periodontal (raspagem subgengival)
Clareamento de dentes não-vitais
 Antigamente o clareamento interno: Abria a cavidade endodôntica, selamento do material obturador, no entanto se utilizava peroxido de hidrogênio numa concentração elevada e o paciente ficava a semana toda com o agente clareador dentro da cavidade endodôntica, 1 semana após o paciente retornava e tirava o peroxido e se colocava novamente, fazendo esse processo por 4 semanas. O que se sabe é que o oxigênio que era liberado junto com gás carbônico na região cervical era responsável por atrair células clásticas. Por isso hoje não se faz mais assim e sim em consultório na região vestibular e interna somente durante a consulta controlada, usando peroxido de hidrogeno a 37%, fotopolimerização durante 5min remove e sela, podendo ser repetida umas duas consultas, sendo por um período pequeno, tentando diminuir as taxas de reabsorção.
Diagnostico:
Aspecto radiográfico variável, área radiolúcida e irregular. Sempre veremos a luz do canal.
Clinico: Assintomática, Mancha rosa.
Tratamento 
Problemático
Remoção cirúrgica de todo o tecido de granulação e selamento da cavidade (amalgama, CIV, guta-percha termoplastificada, MTA)
Endodontia
Extrusão ortodôntica
A primeira figura representa uma reabsorção interna, onde o canal se deformou.
Já no segundo a reabsorção interna está sob o canal radicular,tendo as paredes dos canais íntegros.
Na duvida podemos fazer uma dissociação para ter certeza.
Quanto mais para apical ela for, mais problemático o tratamento. 
REABSORÇÕES INTERNAS
É um processo patológico que inicia dentro do canal radicular e progride em direção a superfície externa da raiz.
Processo de reabsorção patológica da dentina causada pela polpa dentária. Reabsorção mais rara. Começa dentro do canal e reabsorvendo a dentina.
Etiologia: Desconhecida, mas considera-se traumas mecânicos, químicos e térmicos.
Histopatologia: Parede dentinaria irregular, forma um abaloamento e polpa ocupa lugar da dentina. 
Existem dois tipos:
Transitoria (Muitas vezes não é percebida) 
Progressiva (Quando ela se torna progressiva atinge grandes proporções e se não for tratada no inicio acaba levando a necrose da polpa)
Diagnóstico:
Assintomatico
Dente rosado (uma bolinha rosada)
Aspecto radiográfico: aumento da luz do canal radicular
Tratamento: Pulpectomia, já que a polpa é causadora da reabsorção.
Obturação do canal radicular com a técnica termo-mecanica ou termoplastificada com o compactador de mcspadden ou termoplastificada.
Reabsorções Comunicantes
Reabsorções internas que alcançam o periodonto; da mesma forma que reabsorções externas que chegam à cavidade pulpar.

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