Buscar

Apostila Farmacoterapeutica Doencas Cardio

Prévia do material em texto

AN02FREV001/REV 4.0 
1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FARMACOTERAPÊUTICA DE 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FARMACOTERAPÊUTICA DE 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 FARMACOTERAPÊUTICA NA ANGINA 
2 FARMACOTERAPÊUTICA NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
3 FARMACOTERAPÊUTICA DAS DOENÇAS TROMBÓTICAS 
4 FARMACOTERAPÊUTICA DAS DISLIPIDEMIAS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
4 
 
 
1 FARMACOTERAPÊUTICA NA ANGINA 
 
 
A angina de peito caracteriza-se por intensa dor torácica que ocorre quando 
o fluxo sanguíneo coronário é inadequado para fornecer o oxigênio necessário ao 
coração. É a mais comum das condições associadas à isquemia tecidual. A causa 
primária decorre do desequilíbrio entre a necessidade de oxigênio do coração e o 
oxigênio suprido pelos vasos coronários. 
 
 
FIGURA 1 – ANGINA DE PEITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Goodman & Gilman, 2003. 
 
 
A angina é classificada em: 
 
ANGINA ESTÁVEL - episódios anginosos precipitados por exercício, 
emoção ou estresse. Associada a estenose aterosclerótica fixa de uma artéria 
coronariana. Quando o desequilíbrio ocorre durante exercício ou estresse emocional 
a necessidade de oxigênio do miocárdio aumenta e o fluxo sanguíneo coronário não 
aumenta de modo proporcional (angina de esforço); 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
5 
ANGINA INSTÁVEL ou ANGINA DE REPOUSO - ruptura da placa de 
ateroma com consequente adesão e agregação plaquetária que promovem redução 
do fluxo coronário. Caracteriza-se por episódios de dor em repouso e possibilidade 
de precipitar um infarto do miocárdio; 
 
ANGINA VARIANTE ou DE PRIZMETAL - vasoespasmo coronariano focal 
ou difuso que reduz episodicamente o fluxo coronariano, habitualmente está 
associado a ateromas subjacentes. Pode ocorrer em repouso. 
 
Os fármacos antianginosos atuam diminuindo a necessidade de oxigênio do 
miocárdio por reduzir a frequência cardíaca, volume ventricular, pressão sanguínea 
e contratilidade. Os principais fármacos utilizados na angina são os nitratos e nitritos, 
os bloqueadores dos canais de cálcio e os bloqueadores beta-adrenérgicos. Esses 
fármacos são eficazes na angina por serem capazes de reduzir a pré- e a pós-carga, 
dilatar as arteríolas coronarianas e inibir a agregação plaquetária. 
Os nitratos e nitritos, como a nitroglicerina, dinitrato de isossorbida, 5-mono-
nitrato de isossorbida e nitrato de amila atuam na célula endotelial, promovendo 
aumento do nível intracelular de GMPc que reduz o influxo de cálcio intracelular 
causando relaxamento da musculatura lisa. A biodisponibilidade destes agentes é 
muito baixa, geralmente são administrados por via sublingual, evitando o efeito de 
primeira passagem e favorecendo a rápida absorção. A duração do efeito é de 15-30 
minutos. Outra via alternativa é a via transdérmica e oral prolongada. 
Os efeitos adversos são hipotensão postural, tontura, taquicardia, cefaleia 
pulsátil severa, efeito paradoxal da vasodilatação (taquicardia reflexa e aumento da 
contratilidade). O íon nitrito reage com a hemoglobina (ferro ferroso) produzindo 
metemoglobina (ferro férrico) que apresenta baixa afinidade pelo oxigênio. Os 
nitratos podem causar um quadro de pseudocianose, hipóxia tecidual e morte. 
É observado nos pacientes que utilizam nitratos ou nitritos tolerância que 
pode ser justificada pela incapacidade do músculo liso vascular em converter o 
nitrito ou nitrato em óxido nítrico ou pela ativação de mecanismos extrínsecos à 
parede do vaso. A tolerância é frequente quando são utilizadas preparações de ação 
prolongada ou infusões intravenosas contínuas por mais de algumas horas de modo 
interrupto. Uma interação medicamentosa bastante grave é a associação de nitratos 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
6 
ou nitritos com inibidores da fosfodiesterase, como o sildenafil, que pode propiciar 
em uma hipotensão severa. 
 
 
FIGURA 2 – QUADRO DE VIAS DE ADMINISTRAÇÃO, DOSES E DURAÇÃO DOS 
EFEITOS DE NITRATOS 
 
FONTE: Fuchs e cols., 2006. 
 
 
2 FARMACOTERAPÊUTICA NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
 
 
A insuficiência cardíaca caracteriza-se em uma falência do coração como 
uma bomba, ocasionando incapacidade na manutenção do débito cardíaco 
adequado e mecanismos compensatórios, para manter a reserva cardíaca. As 
principais causas dos distúrbios da função cardíaca são: valvulopatias, miocardite, 
insuficiência coronariana, miocardiopatias, defeitos cardíacos congênitos; 
hipertensão sistêmica, hipertensão pulmonar e excesso de líquidos endovenosos. 
Os pacientes com insuficiência cardíaca apresentam como sinais clínicos 
taquicardia, fadiga ao exercício, dispneia, retenção hídrica (edema periférico e/ou 
pulmonar) e cardiomegalia. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
7 
A terapia da insuficiência cardíaca compreende os seguintes fármacos: 
diuréticos, inibidores da ECA, betabloqueadores, digitálicos, agentes inotrópicos 
(inibidores de fosfodiesterase e dobutamina). De acordo com o grau da insuficiência 
pode ser utilizada a associação desses fármacos. 
 
 
FIGURA 3 – ESQUEMA TERAPÊUTICO NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Page & Curtis, 1999. 
 
 
Os digitálicos são glicosídeos cardíacos com um núcleo esteroide associado 
a uma lactona insaturada e um resíduo glicosídico. São encontrados na natureza em 
espécies como Digitalis purpurea (digoxina), D. lanata (digoxina e digitoxina) e 
Acokanthera ouabaia (oubaína). Os glicosídeos digitálicos, digoxina e digitoxina são 
ativas por via oral, apesar de a digitoxina ser menos hidrofílica (ausência de hidroxila 
no C12), a digoxina é a mais utilizada terapeuticamente. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
8 
 
 
FIGURA 4 – ESTRUTURA QUÍMICA DOS DIGITÁLICOS E A ESPÉCIE DIGITALIS. 
 
 
FONTE: Adaptado de http://toxicopoeia.com 
 
 
O mecanismo de ação dos digitálicos consiste na inibição da bomba da Na/K 
ATPase, resultando em aumento da concentração intracelular de cálcio e elevação 
da intensidade da interação dos filamentos de actina e miosina do sarcômero 
cardíaco. Em relação à farmacocinética, os digitálicos possuem boa absorção por 
via oral, biodisponibilidade de aproximadamente 70%, pode ser inativada por 
bactérias entéricas em alguns indivíduos, são amplamente distribuídos e não sofrem 
metabolização extensa. A digitoxina é metabolizada no fígado e excretada no 
intestino pela bile, os metabólitos, como a digoxina podem ser reabsorvidos no 
intestino. Os pacientes com insuficiência renal apresentam baixa depuração dos 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
9 
digitálicos. A oubaína é preferencialmente administrada por via parenteral por 
apresentar baixa absorção por via oral. Os digitálicos não devem ser utilizados em 
gestantes por atravessarem a placenta. 
 
 
FIGURA 5 – USO CLÍNICO DOS GLICOSÍDICOS CARDÍACOS 
 
 
FONTE: Katzung, 2003. 
 
 
Os efeitos adversos dos digitálicos incluem arritmias ventriculares e atriais, 
distúrbios do trato gastrintestinal (anorexia, vômito, náusea e dor abdominal), 
distúrbios visuais (visão branca, amarelada e diplopia), fadiga, tontura, delírios e 
raramente ginecomastia. Devido seu baixo índice terapêutico a dose e administração 
dos digitálicos devem ser cautelosas.As principais causas que levam ao quadro de 
toxicidade dos digitálicos são erro de medicação (paciente e profissional de saúde), 
idade avançada e interações medicamentosas. Os pacientes com toxicidade pelos 
digitálicos apresentam acidose metabólica, hipocalemia, hipomagnesemia e 
hipercalcemia. O controle deste quadro é realizado pela administração de fármacos 
antiarrítmicos correção do desequilíbrio eletrolítico, implanta de marca-passo 
temporário e anticorpo antidigoxina. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
10 
As principais interações medicamentosas são relatadas com o tratamento de 
digitálicos e os seguintes fármacos: 
 Diuréticos tiazídicos e de alça (aumento do risco de hipopotassemia); 
 Espironolactona (aumento do tempo de meia-vida da digoxina); 
 Bloqueadores do Canal de Cálcio (aumento da concentração 
plasmática de digoxina e verapamil); 
 Amiodarona (aumento da concentração plasmática da digoxina); 
 Quinidina (aumento da concentração plasmática de digoxina); 
 Antiácidos (reduz a absorção da digoxina); 
 Propranolol (induz bradicardia acentuada); 
 Anfotericina (induz hipopotassemia); 
 Simpaticomiméticos (aumento da incidência de arritmias). 
 
As bipiridinas amrinona e milrinona são agentes inibidores da 
fosfodiesterase III presentes nos vasos e coração, que proporcionam aumento da 
contratilidade cardíaca e do influxo de cálcio durante o potencial de ação, além do 
efeito vasodilatador significativo. Esses fármacos são administrados por via oral ou 
parenteral, seu tempo de meia-vida de 2-3h (amrinona) e 30-60 minutos (milrinona) 
e excretados na urina (10-40%). Os efeitos adversos são náusea, vômitos, 
trombocitopenia e arritmias (menos frequentes que os digitálicos). 
A dobutamina é outro fármaco que pode ser administrado na insuficiência 
cardíaca, atua estimulando os receptores beta-adrenérgicos, sendo mais seletivo 
para o subtipo beta-2-adrenérgico. Promove vasodilatação, aumento do volume de 
sangue ejetado e do débito cardíaco e diminuição da resistência vascular periférica. 
O tratamento com dobutamina deve ser em curto prazo, em consequência do risco 
de tolerância. Os efeitos adversos da dobutamina são taquicardia, arritmia e 
tolerância. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
11 
 
 
3 FARMACOTERAPÊUTICA DAS DOENÇAS TROMBÓTICAS 
 
 
As doenças trombóticas, como trombose venosa profunda, embolia 
pulmonar, trombose arterial e trombose cerebral vascular são decorrentes do 
processo de trombogênese e agregação plaquetária. A ativação das plaquetas (pelo 
contato com o colágeno e outras estruturas da matriz extracelular – como acontece 
nas lesões das paredes vasculares) é o primeiro e decisivo passo da hemostasia 
primária. Mesmo quando não há lesão no vaso, as plaquetas podem ser ativadas 
devido a uma lesão no endotélio. Quando a função do endotélio está comprometida 
(hipertensão, níveis altos de LDL, diabetes e fumo) há um aumento na probabilidade 
de adesão dos trombos no endotélio. 
A etapa de adesão do trombo no endotélio é mediada por uma glicoproteína 
(GP Ib/IX) na superfície das plaquetas e pelo fator de von Willebrandt (uma proteína) 
na superfície das células endoteliais. Logo que as plaquetas são ativadas, alteram-
se na forma e passam a ter afinidade pelo fibrinogênio. Isso se deve a uma alteração 
conformacional da GP IIb/IIIa na membrana da plaqueta. Segue-se a formação de 
uma rede de plaquetas, por meio de pontes de fibrina. A vasoconstrição (estimulada 
pela serotonina e tromboxano A2) favorece a fixação do trombo. Após adesão ao 
endotélio as plaquetas estendem-se sobre a superfície endotelial lesada e mais 
plaquetas vão se aderindo. O endotélio fornece ADP para ativação plaquetária e 
essa pode ser liberada para outras plaquetas. O ADP liga-se na superfície 
plaquetária por meio do receptor purinérgico P2Y. 
Os agentes farmacológicos utilizados nas doenças trombóticas são os 
antiplaquetários, anticoagulantes e fibrinolíticos. Os fármacos antiplaquetários atuam 
modulando a atividade plaquetária e diferenciam entre si quanto ao mecanismo de 
ação e estrutura química como descritos abaixo: 
 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO – dose terapêutica 75-100 mg/dia; inibe a ciclo 
oxigenase plaquetária bloqueando a geração de tromboxano A2; inibe a reação de 
liberação dos grânulos das plaquetas e a agregação plaquetária. Utilizada 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
12 
terapeuticamente na profilaxia contra o ataque isquêmico, infarto do miocárdio e 
distúrbios tromboembólicos, tratamento das síndromes coronarianas agudas, 
prevenção da reoclusão nos procedimentos de revascularização coronariana e 
implantação de stent. Os efeitos adversos são sangramento do trato gastrintestinal, 
insuficiência renal aguda, síndrome Reye e prolongamento do tempo de 
sangramento. 
 
DIPIRIDAMOL – inibe a enzima fosfodiesterase impedindo a degradação do 
AMP cíclico das plaquetas um mensageiro intracelular que leva a menor 
agregabilidade das plaquetas. A elevação da concentração intracelular de AMP 
cíclico estabiliza a plaqueta deixando-a na forma discoide não ativada. Utilizada 
clinicamente na profilaxia contra distúrbios tromboembólicos. Pode estar associada 
com o anticoagulante oral varfarina ou com ácido acetilsalicílico. É necessária uma 
dose de ataque para obter o efeito antiplaquetário imediato. Dentre os efeitos 
adversos são relatados desconforto abdominal (via oral), hipotensão (via 
intravenosa), anormalidades no eletrocardiograma e casos de mielotoxicidade. 
 
TIENOPIRIMIDINAS – desta classe química está a ticlopidina e o 
clopidogrel. Ambos são inibidores da via do receptor ADP impedindo a sinalização 
via ADP que resultaria na ativação das plaquetas. 
 
TICLOPIDINA - leva a inibição máxima da agregação plaquetária dentro de 
8-11 dias após início da terapia e persiste por algum tempo. Usada na dose 
terapêutica habitual de 250 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia, na prevenção 
de trombose do stent (associado ao ácido acetilsalicílico – efeito sinérgico); na 
prevenção de acidente vascular encefálico trombótico em pacientes intolerantes ao 
ácido acetilsalicílico; previne eventos vasculares em pacientes cardíacos com angina 
estável. Os efeitos adversos incluem náusea, vômito, diarreia, neutropenia, 
trombocitopenia. 
 
CLOPIDOGREL – o início de ação antiplaquetária mais lenta, necessidade 
de uma dose de ataque (300-600 mg). A dose habitual é de 75 mg/dia por via oral. 
Equivale ao ácido acetilsalicílico na prevenção do acidente vascular encefálico e 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
13 
quando associado ao AAS é tão eficaz quanto à ticlopidina e o ácido acetilsalicílico. 
O tratamento pode propiciar como efeito adverso fibrilação atrial, insuficiência 
cardíaca, hemorragia do trato gastrintestinal (associado ao ácido acetilsalicílico) e 
rara trombocitopenia. Os efeitos adversos são menos frequentes que a ticlopidina. 
 
ANTAGONISTAS DA GPIIb/IIIa - ligam-se ao receptor GPIIb/IIIa das 
plaquetas impedindo a ligação do fibrinogênio e de outros ligantes e, dessa forma, 
inibindo a agregação plaquetária. 
 
ABCIXIMAB - fragmento Fab de um anticorpo monoclonal humanizado 
dirigido contra o receptor GPIIb/IIIa, também se liga ao receptor de vibronectina nas 
plaquetas, nas células endoteliais vasculares e nas células musculares lisas. Usado 
com angioplastina percutânea para trombose coronariana. Administrado por via 
parenteral possui longa duração de ação e apresenta alto custo. A adição de 
abciximab à terapia antitrombótica reduz os eventos isquêmicos tanto em longo 
prazo quanto em curto prazo em pacientes submetidos à angioplastia coronariana 
de alto risco. Os efeitos adversos incluem sangramento, trombocitopenia, 
hemorragia intracerebral. 
 
EPIFIBATIDE - peptídeo sintético administrado por via parenteral utilizado 
como adjuvante da intervenção coronária percutânea ou aterectomia para evitar 
complicações isquêmicas. Possuicurta duração de ação, os efeitos adversos 
relatados são semelhantes ao abciximab. 
 
TIROFIBAN - análogo da tirosina não peptídeo atuando como inibidor 
específico e do receptor GPIIb/IIIb. Apresenta curta duração de ação, sendo 
administrado por infusão intravenosa geralmente associada com heparina. Os 
efeitos adversos são iguais ao abciximab, também se observar ainda que raramente 
a ocorrência de dissecção da artéria coronariana. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
14 
 
 
FIGURA 6 – MECANISMO DE AÇÃO DOS AGENTES ANTIPLAQUETÁRIOS 
 
FONTE: López-Palop & Sáez, 2006. 
 
 
Os agentes anticoagulantes são utilizados tanto para a prevenção quanto 
para o tratamento de doenças trombóticas. Existem quatro classes de agentes 
anticoagulantes: 
 
HEPARINA - composto glicosaminoglicano com grupos SO3 e COO
- e sítios 
negativos na molécula que são responsáveis pela ligação com a antitrombina III 
(ATIII) e pela complexação com a protamina. As heparinas se dividem em heparina 
não fracionada ou de alto peso molecular e heparina fracionada ou de baixo peso 
molecular. É utilizada na terapia da trombose, embolia pulmonar, isquemia cerebral, 
pós-operatório, infarto e transplante de válvulas. Em casos graves de trombose a 
hepariana é utilizada em altas doses diariamente. 
 
HEPARINA NÃO FRACIONADA – combina-se com a antitrombina III e inibe 
a hemostasia secundária por meio da inativação não seletiva da trombina (fator IIa), 
do fator Xa, IXa e fator XIIa. Administrada três vezes ao dia por via subcutânea; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
15 
HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR - combina-se com a 
antitrombina III e inibe a hemostasia secundária por meio da inativação seletiva do 
fator Xa. Administrada uma vez ao dia por via subcutânea. Exemplos: enoxaparina, 
dalteparina e cetoparina. 
A heparina aumenta cerca de mais de mil vezes a velocidade de ligação da 
ATIII no fator de coagulação ativo. O fator Xa para ser inibido basta o contato com o 
complexo ATIII-heparina, diferente do fator IIa que precisa estar em contato com a 
heparina. Nesse caso a heparina LWM é suficiente. 
O principal efeito adverso da heparina é a hipersensibilidade caracterizada 
por um quadro de asma, urticária, rinite, febre e colapso. Além disso, é observada 
alopecia, hemorragia, lacrimejamento, tonteiras e vertigens e trombocitopenia. O 
efeito trombocitopênico é um dos efeitos mais críticos durante a terapia com 
heparina, resultando em sangramento grave e excessivo. Esse quadro é mais 
frequente em pacientes fazendo uso de heparina não fracionada do que com a 
heparina de baixo peso molecular. A reversão da trombocitopenia é realizada com a 
administração de um antagonista específico, o sulfato de protamina. A protamina é 
um peptídeo altamente básico que se combina com a heparina como um par iônico, 
formando um complexo estável desprovido de ação anticoagulante. 
 
VARFARINA – anticoagulante oral administrado na forma de sal dissódico e 
consiste numa mistura racêmica composta de quantidades iguais de dois 
enantiômeros (a forma levógira S é quatro vezes mais ativa que a forma dextrógira 
R). Seu efeito anticoagulante decorre da inibição da epóxido redutase hepática que 
catalisa a regeneração da vitamina k reduzida resultando na redução da síntese de 
fatores de coagulação II, VII, IX e X (vitamina k-dependente) e proteína C e S, 
fatores da coagulação. O efeito anticoagulante inicia-se após 8 a 12 horas após 
administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
16 
 
 
FIGURA 07 – MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTICOAGULANTES ORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Golan e cols., 2009. 
 
 
A varfarina é aplicada na profilaxia e no tratamento da embolia pulmonar, 
trombose venosa profunda e embolia sistêmica. O tratamento deve ser iniciado com 
pequenas doses diárias de 5-10 mg de varfarina. É necessária uma monitorização 
do tempo de protrombina expresso como relação normalizada internacional (INR). 
Durante a terapia com varfarina devem-se considerar possíveis interações 
medicamentosas quando da coadministração com outros fármacos que se ligam 
extensivamente à albumina plasmática e com fármacos que induzem ou inibem as 
enzimas microssomais interferindo no metabolismo. O efeito anticoagulante da 
varfarina pode ser diminuído pela administração de vitamina K ou pela ingestão de 
alguns alimentos verdes, como salsa, couve, alface, devendo o paciente ser 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
17 
orientado. Uma das contraindicações absolutas da terapia com varfarina são a 
gestação devido ao risco de distúrbios hemorrágicos e/ou defeitos congênitos com o 
feto e pacientes com tendência hemorrágica ou discrasia. 
Os efeitos anticoagulantes e o sangramento em excesso decorrente do uso 
da varfarina podem ser revertidos pela interrupção do fármaco e pela administração 
de grandes doses de vitamina K1 e plasma fresco congelado e concentrado. 
 
FONDAPARINUX – é um pentassacarídeo composto dos cinco carboidratos 
essenciais necessários para a ligação da ATIII; trata-se de um inibidor indireto 
específico do fator Xa. Utilizado na profilaxia e no tratamento da trombose venosa 
profunda e da embolia pulmonar. Os efeitos adversos são hemorragia, 
trombocitopenia (de incidência menor que o uso da heparina), anormalidades da 
prova hepática e reações anafiláticas; 
 
LEPIRUDINA/ DESIRUDINA/ BIVALIRUDINA – são polipeptídeos 
recombinados baseados na proteína hirudina da sanguessuga medicinal ligam-se ao 
sítio ativo da trombina atuando como um inibidor direto. São utilizados na 
trombocitopenia induzida pela heparina (lepirudina), profilaxia contra a trombose 
venosa profunda (desirudina) e anticoagulação em pacientes submetidos à 
angiografia e angioplastia coronariana. Os efeitos adversos relacionados ao uso 
desses análogos da hirudina consistem em insuficiência cardíaca, hemorragia 
gastrintestinal, sangramento, hipertensão ou hipotensão, paralisia de nervos 
periféricos e faciais e insuficiência renal. São contraindicados em pacientes com 
sangramento ativo significativo, com hipertensão grave, no comprometimento renal e 
na gravidez. 
Os agentes fibrinolíticos atuam na lise rápida dos trombos por meio da 
catálise da serina protease, a plasmina, a partir de seu zimogênio precursor, o 
plasminogênio. A plasmina digere a rede de fibrina e fatores de coagulação 
inespecificamente, eliminado os trombos. Consequentemente, o efeito adverso 
comum a todos os agentes fibrinolíticos é a hemorragia. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
18 
 
 
FIGURA 8 – MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIFIBRINOLÍTICOS 
 
FONTE: Katzung, 2003. 
 
 
ÁCIDO AMINOCAPROICO - análogo da lisina que se liga ao plasminogênio 
e à plasmina, inibindo-os, atuando como potente inibidor da fibrinólise revertendo os 
estados de fibrinólise excessiva. Os efeitos adversos consistem em miopatia 
induzida por fármacos, necrose muscular, bradiarritmia e hipotensão; 
 
ESTREPTOQUINASE - proteína produzida por estreptococos beta-
hemolíticos que formam um complexo não covalente e estável com o plasminogênio 
numa proporção 1:1. Após a ligação há uma alteração conformacional no 
plasminogênio que passa a expor o local ativo, formando plasmina livre no plasma. 
A administração é na forma de infusão intravenosa numa dose de ataque de 
250.000 U, seguida de 100.000 U/h, durante 24-72 horas. Os pacientes com 
anticorpos antiestreptocócicos podem desenvolver um quadro de febre, reações 
alérgicas e resistência ao tratamento. Os efeitos adversos incluem hemorragia, 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
19 
alergia, anafilaxia e febre. A estreptoquinase pode desencadear uma resposta 
antigênica nos seres humanos, fazendo com que seu uso anterior se torne uma 
contraindicação; 
 
UROQUINASE - enzima serina protease isolada de cultura de células renais 
humanas, que converte diretamente o plasminogênio em plasmina ativa. A dose de 
ataque de300.000 U são administradas durante 10 minutos e a dose de 
manutenção de 300.000 U/h é administrada durante 12 horas. 
O fator ativador do plasminogênio tecidual (t-PA) é uma serina protease 
liberada pelas células endoteliais capaz de se ligar à fibrina por meio de locais de 
lisina na extremidade aminoterminal e ativar o plasminogênio. Esse ativador possui 
maior especificidade por plasminogênio ligado à fibrina, o que limita a fibrinólise. O t-
PA humano pode ser produzido por tecnologia de DNA recombinante. Possibilitando 
na clínica a utilização dos fármacos: 
 
ALTEPLASE - um t-PA humano não modificado de alto custo; inicialmente 
administrada na forma de infusão intravenosa de 60 mg e, a seguir, de 40 mg numa 
taxa de 20 mg/h; 
 
RETEPLASE - um t-PA humano com remoção de algumas sequências de 
aminoácidos; administrada em duas injeções intravenosas de 10 U cada, na forma 
de bolus a intervalo de 30 minutos. 
 
 
4 FARMACOTERAPÊUTICA DAS DISLIPIDEMIAS 
 
 
As hiperlipidemias ou hiperlipoproteinemias são distúrbios metabólicos que 
resultam no aumento da concentração plasmática de espécies de glicoproteínas. 
Resultando em sequelas graves como pancreatite aguda, aterosclerose e 
complicações cardiovasculares (doença cardíaca coronariana, acidente vascular 
encefálico, aneurisma, gangrena, infarto e doença vascular periférica). 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
20 
Os lipídios e o colesterol são transportados no sangue na forma de 
complexos macromoleculares de lipídios associados a proteínas (lipoproteínas). 
Este complexo consiste num núcleo central de lipídio hidrofóbico (triglicerídeos ou 
ésteres de colesterol) envolto por um revestimento mais hidrofílico de compostos 
polares (fosfolipídios, colesterol livre e apoliproteínas associadas). As lipoproteínas 
podem ser classificadas em: HDL, LDL, VLDL e quilomícrons. 
 
 
FIGURA 9 - METABOLISMO DO COLESTEROL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Katzung, 2003. 
 
 
O transporte do colesterol segue a via exógena e endógena. 
 
Via Exógena do Colesterol 
• O colesterol e os TGS absorvidos pelo TGI são transportados na linfa 
e, a seguir, no plasma sob a forma de quilomícrons até os capilares no músculo e 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
21 
tecido adiposo. Nesses locais, os TGS do núcleo são hidrolisados pela lipoproteína 
lipase, e os ácidos graxos livres resultantes são captados pelos tecidos; 
• Os quilomícrons remanescentes que ainda contêm ésteres de 
colesterol passam pelo fígado e ligam-se aos hepatócitos e sofrem endocitose; 
• O colesterol é liberado no interior dos hepatócitos e pode ser 
armazenado, oxidado a ácidos biliares ou secretado na bile na forma inalterada; 
alternativamente também podem alcançar a via endógena de transporte de lipídios. 
 
Via Endógena do Colesterol 
• O colesterol e o TGS recém-sintetizados são transportados do fígado 
na forma de VLDL até os músculos e tecido adiposo, onde os TGS sofrem hidrólise 
e os ácidos graxos resultantes penetram nos tecidos; 
• As partículas de lipoproteínas tornam-se menores, mas com 
complemento total de ésteres de colesterol transforma-se em LD, que constitui a 
fonte de colesterol para a incorporação nas membranas celulares e para a síntese 
de esteroides e ácidos biliares; 
• As células captam as LDL por endocitose por meio dos receptores de 
LDL que reconhecem as apolipoproteínas de LDL; 
• O colesterol pode retornar ao plasma a partir dos tecidos em partículas 
de HDL. O colesterol é esterificado com ácidos graxos de cadeia longa nas 
partículas de HDL, e os ésteres de colesterol resultantes são subsequentemente 
transportados para partículas de VLDL ou LDL por uma proteína de transferência 
presente no plasma. 
As dislipidemias são classificadas em primárias, quando geneticamente 
determinada, e secundárias, decorrente de outras patologias como diabetes, 
alcoolismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica e hipotireoidismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
22 
 
 
FIGURA 10 – CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS PRIMÁRIAS 
 
FONTE: Katzung, 2003. 
 
 
ÁCIDO NICOTÍNICO (NIACINA) – indicado em casos de baixo nível de HDL 
e/ou com ligeira elevação das LDL ou de triglicerídeos e em hiperlipidemia 
combinada familiar. Esse agente diminui a liberação de ácidos graxos livres do 
tecido adiposo, aumentando o tempo de permanência da apoA I no plasma e 
reduzindo os níveis de LDL, triglicerídeos e aumento do nível de HDL. O ácido 
nicotínico está disponível nas formas de niacina cristalina (de rápida dissolução) e 
niacina de liberação prolongada. A posologia inicial é de 100 mg duas ou três vezes 
ao dia, seguido de um aumento gradual da dose até 2-6 g/dia. Podem ser 
associados com resinas, fibratos e estatinas. Durante o tratamento é importante 
monitorar a função hepática e o nível glicêmico. Os efeitos adversos são intenso 
rubor e calor, náusea, vômito e diarreia (administrar após refeição); 
hepatotoxicidade; aumento na concentração de ácido úrico e elevação do nível 
glicêmico; ressecamento da mucosa e pele e taquicardia. O tratamento é 
contraindicado na diabetes, gota, gravidez (teratogênico) e hepatopatias. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
23 
RESINAS DE LIGAÇÃO DE ÁCIDOS BILIARES - ligam-se aos ácidos 
biliares impedindo a circulação êntero-hepática, reduzindo dessa forma o nível de 
LDL em 8-24% e aumentando o nível de HDL em 5%. A colestiramina, colestipol e 
colesevelam são os fármacos dessa classe que atuam como resinas permutadoras 
de ânions que sequestram ácidos biliares. São administrados na forma de sais de 
cloreto insolúveis em água e assim não são absorvidos no intestino exercendo efeito 
sistêmico mínimo. Esses agentes são indicados na hipercolesterolemia e em casos 
de prurido em pacientes com colestase e acúmulo de sais biliares. Pode ser 
associado com ácido nicotínico e estatinas. Os efeitos adversos incluem elevação do 
nível de trigicerídeos, constituindo uma contraindicação a hipertrigliceridemia; 
constipação, flatulência, esteatorreia e distensão abdominal; ressecamento e 
descamação da pele; má absorção de vitamina K e de ácido fólico, levando ao risco 
de sangramento e redução da absorção de vitaminas lipossolúveis. O tratamento 
das resinas sequestradoras e fármacos como digoxina e varfarina levam a ausência 
de resposta clínica desses últimos, pois ocorre ligação entre os fármacos; 
 
FIBRATOS- indicados no tratamento da hipertrigliceridemia e 
disbetalipoproteinemia tipo III. Sendo considerados os fármacos de primeira escolha 
para hipertrigliceridemia. Podem ser utilizados em combinação com as estatinas 
para hiperlipidemia ou quando os níveis de HDL estão diminuídos. São fármacos 
desta classe: clofibrato (protótipo), genfibrozil e análogos do ácido fíbrico, como 
fenofibrato, bezafibrato e ciprofibrato. Produzem acentuada redução dos níveis de 
VLDL e triglicerídeos e aumento de 10% no nível de HDL. Os efeitos adversos dos 
fibratos são náusea, formação de cálculos biliares de colesterol, raramente pode 
causar miopatia (quando associados a estatinas), erupções cutâneas, hipocalemia, 
arritmia, impotência e alopecia. Alguns fibratos podem causar potencialização de 
fármacos anticoagulantes orais, como a varfarina devido competição pelas proteínas 
plasmáticas. A terapia das dislipidemias com a associação de fibratos e estatinas 
leva a um risco maior de miosite e de miopatia (rabdomiólise). 
 
ESTATINAS – inibem HMG-CoA redutase resultando na diminuição do nível 
de LDL em 25-50% e de triglicerídeos em 10-25% e também aumento do nível de 
HDL em 5%. Outras ações farmacológicas estão sendo relacionadas às estatinas 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
24 
como melhora na função endotelial; redução da função endotelial, da inflamação 
vascular, da agregação plaquetária; aumento da neovascularização do tecido 
isquêmico; estabilização da placa aterosclerótica; ações antitrombóticas; aumento 
dafibrinólise; indução do processo de apoptose dos osteoclastos e aumento na 
atividade de síntese dos osteoblastos. Dessa forma, as estatinas são indicadas para 
o tratamento da hipercolesterolemia, aterosclerose coronariana e profilaxia da 
aterosclerose, doenças inflamatórias crônicas, doença vascular periférica e diabetes 
tipo II. 
As estatinas disponíveis são: lovastatina, pravastatina, sinvastatina, 
fluvastatina, atorvastatina e rosuvastatina. Algumas diferenças são observadas entre 
estes fármacos, como: 
 Sinvastatina, lovastatina e pravastatina são inibidores competitivos da 
HMG-CoA redutase enquanto que a inibição pela atorvastatina é prolongada; 
 Atorvastatina e Rosuvastatina são as estatinas mais potentes e a 
fluvastatina a menos potente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
25 
 
 
FIGURA 11 – MECANISMO DE AÇÃO DAS ESTATINAS 
 
 
FONTE: Golan e cols., 2009. 
 
 
As estatinas são bem absorvidas por via oral e sofrem extenso efeito de 
primeira passagem. A sinvastatina é um profármaco de lactona inativa que depende 
de metabolização hepática para transformação na sua forma ativa. Recomenda-se 
que a administração das estatinas seja à noite, devido à biossíntese de colesterol 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
26 
ocorrer ao dia. Os efeitos adversos das estatinas consistem em lesão hepática, dor 
muscular, miopatias, miosite que pode evoluir para rabdomiólise, insuficiência renal 
aguda, flatulência, diarreia e hipersensibilidade (exantemas). A associação de um 
fármaco do tipo estatina e niacina ou genfibril aumenta o risco a rabdomiólise. 
As doses dos principais fármacos utilizados na clínica para tratamento das 
dislipidemias estão representadas no quadro abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
27 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
BRODY, T. M. et al. Farmacologia Humana da Molécula à Clínica. 4. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 
 
 
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia Clínica. 
Fundamentos da Terapêutica Racional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 
 
 
GOLAN, D. E. et al. Princípios de Farmacologia. A base fisiopatológica da 
farmacoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
 
 
GOODMAN, L. S. et al. The Pharmacological Basis of Therapeutics. New York: 
McGraw-Hill, 2006. 
 
 
Guia de Remédios. 9. ed. São Paulo: Escala, 2008/ 2009. 
 
 
GUIMARÃES, J. I.; cols. II Diretrizes para o diagnóstico e tratamento da 
insuficiência cardíaca. Arq. Bras. Cardiol. Sp IV, v. 79, 2002. 
 
 
KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica & Clínica. São Paulo: McGrawHill, 2007. 
 
 
PAGE, C. P. et al. Farmacologia Integrada. 1. ed. São Paulo: Manole, 1999. 
 
 
PALOP-LÓPEZ, R.; SÁEZ, M. P. C. Tratamiento coadyuvante en el 
intervencionismo coronario percutáneo del infarto agudo de miocardio. Rev. 
Esp. Cardiol. Supl., p. 39-48, 2006. 
 
 
RANG, H. P. et al. Farmacologia. 5..ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 
 
 
SILVA, P. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 
 
 
TOZER, T. N.; ROWLAND, M. Introdução à Farmacocinética e à 
Farmacodinâmica. As bases quantitativas da terapia farmacológica. Porto Alegre: 
Artmed, 2009. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
28 
TRIPATHI, K. D. Farmacologia Médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2003.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes