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Sugestão de gabaritos alunos IED
PA 5
Apesar das diferentes visões sobre o polêmico tema do aborto (que não é o objetivo central aqui), O aluno deverá ser solicitado a refletir que a eficácia social da norma depende também da cultura onde se insere. A forte influência religiosa, as feições machistas das sociedades da América Latina em geral ( trata-se do México, mas poderia ser o Brasil), leva a excessos de formalismos na aplicação da lei fazendo com que algumas mulheres sejam processadas pelo crime de aborto apesar dele ter tido causas naturais e involuntárias. 
QUESTÕES OBJETIVAS
1 - B
2 - D
PA 6
Apesar de estar fora do contexto específico em que foi proferido, o voto do Ministro Fux repercute na Teoria do Direito com grande impacto. Independente das posições pessoais algumas críticas ao voto podem ser elencadas: (questões levantadas em: https://professormedina.com/2011/11/17/stf-e-as-decisoes-fundadas-em-principios-ou-qual-e-mesmo-a-diferenca-entre-regra-e-principio/ )
a) se a presunção de inocência não é um princípio, o devido processo legal, ampla defesa e contraditório também não o seriam? 
b) Neste sentido, O princípio da igualdade, deveria passar a ser considerado uma regra; c) Uma outra regra poderia vir a “derrubar” a presunção da inocência?
d) A presunção da inocência é uma conquista da democracia que não deve ser relativizada
QUESTÕES OBJETIVAS
1 - D
Seguem, as justificativas de cada item:
I Historicamente, o poder constituinte originário representa a ocorrência de fato anormal no funcionamento das instituições estatais, geralmente associado a um processo violento, de natureza revolucionária, ou a um golpe de estado. - CORRETO - De acordo com o professor de Direito Constitucional João Trindade, é reconhecido que o poder constituinte originário tem caráter excepcional, sendo quase sempre fruto de uma revolução ou processo violento. Além disso, é importante ressaltar que ele nunca se extingue, ficando adormecido (ou em estado latente) tão logo uma nova Constituição seja promulgada ou outorgada.
II O poder constituinte originário é inicial, autônomo e incondicionado. - CORRETO - Dentre outras caraterísticas, pode-se dizer que o poder constituinte originário é inicial (por introduzir uma nova ordem jurídica, derrubando todo o ordenamento anterior), autônomo (por ter a liberdade de tratar de quaisquer matérias que julgue necessárias em seu CONTEÚDO) e incondicionado (por não se submeter a quaisquer formalidades previamente estabelecidas). É importante ressaltar que a característica que o define como INICIAL está ligada ao CONTEÚDO e o fato de ser o poder constituinte originário INCONDICIONADO está ligado à FORMA de produção da nova carta magna.
III O poder constituinte originário retira o seu fundamento de validade de um diploma jurídico que lhe é superior e prévio. -  INCORRETO. Não há vinculação ou obrigação de se buscar validade de nova constituição em qualquer documento anterior. Daí tem-se o fato de ser o poder constituinte originário qualificado como (juridicamente) ilimitado, por não haver qualquer norma jurídica à qual ele esteja submetido.
IV O poder de reforma é criado pelo poder constituinte originário, que lhe estabelece o procedimento a ser seguido e as limitações a serem observadas. - CORRETO - O enunciado é auto-explicativo.
V Quem tenta romper a ordem constitucional para instaurar outra e não obtém adesão ou sucesso na empreitada não exerce poder constituinte originário e pode vir a se submeter a processo criminal pela prática de crime. - CORRETO -Igualmente auto-explicativa, derivada da primeira explanação.
A quantidade de itens certos é igual a  4 (itens I, II, IV e V).
2 – D
PA7
O objetivo deste trecho é instar o aluno a refletir a influência das relações sociais e das relações de poder sobre a criação do direito e das relações jurídicas. 
Analisando as normas jurídicas de acordo com suas fontes, podemos perceber que estas derivam das relações sociais e das relações jurídicas. Não há unanimidade com relação à suas fontes. A Lei, que pode ser conceituada como a forma de produzir o Direito Positivo, é estruturada de acordo com a realidade social onde está inserida. A vontade coletiva representada pelo Estado é a expressão da vontade da maioria política que comanda as engrenagens estatais. Assim, as relações jurídicas no Estado são influenciadas, ao mesmo tempo,  tanto pelas normas jurídicas já existentes, quanto pelas relações sociais. As relações jurídicas são também provenientes de fontes formais mediatas, como costumes e jurisprudências, que têm sua origem nas relações sociais e dependem da vontade da sociedade em que estão inseridas.
QUESTÃO OBJETIVA
1 - C
PA8
RR-2112-83.2012.5.12.0026(http://www.conjur.com.br/2016-set-07/professora-demitida-fase-pre-aposentadoria-indenizada
Uma professora demitida na fase pré-aposentadoria receberá R$ 150 mil de indenização por dano moral após comprovar que a dispensa foi discriminatória. A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu do recurso do colégio contra a decisão condenatória, que, com base na prova testemunhal, concluiu que a demissão ocorreu, única e exclusivamente, porque a professora estava prestes a se aposentar.
Na reclamação trabalhista, a professora afirmou que, depois de 25 anos de dedicação à instituição, foi demitida quando faltavam dois anos para se aposentar. A dispensa foi informada verbalmente no Natal de 2011, e oficializada em fevereiro de 2012. Reputando o ato discriminatório, pediu indenização por dano moral de 50 vezes o último salário.  
Em primeira instância, a sentença reconheceu que a demissão foi discriminatória e condenou a escola ao pagamento de indenização de 25 salários da professora, equivalentes a um salário por ano de serviço ou fração mais o ano que faltava para aposentar. Em recurso ao Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), a instituição de ensino disse que pagou corretamente as verbas rescisórias e apenas utilizou seu poder diretivo, sem praticar qualquer ilicitude. Segundo a escola, a dispensa não teve relação com a proximidade da aposentadoria, pois tem empregados aposentados que permanecem trabalhando.
O TRT, porém, manteve a condenação, assinalando que o direito potestativo não pode ser exercido de forma arbitrária nem discriminatória — e, no caso, os depoimentos confirmaram a ilicitude do ato.
QUESTÕES OBJETIVA
1- LETRA  C
2- LETRA  D
PA9
Em que pese a questão trazer artigo do Código Penal ( teoria do crime, crime habitual, por exemplo, etc) e a possibilidade do debate sobre liberdade religiosa, o objetivo aqui é refletir sobre o uso do costume no Direito, em especial costume CONTRA LEGEM. 
Observe trecho de matéria da revista VEJA: (Disponível em : http://veja.abril.com.br/ciencia/acredita-em-simpatias-a-ciencia-explica-o-porque/)
“ As simpatias fazem parte da vida da maioria dos brasileiros. Vestir-se de branco na noite de Réveillon, colocar um vaso de sete ervas em casa, tomar banho de sal grosso e amarrar fitinhas no braço são alguns dos exemplos mais conhecidos. Segundo André Souza, pós-doutorando em psicologia na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, a principal contribuição dos estudos é mostrar que o processo cognitivo usado em rituais é algo geral da natureza humana. “O que leva uma pessoa no Brasil a fazer uma simpatia e uma nos Estados Unidos e não fazer é um processo cultural. Mas a partir do momento em que alguém faz uma simpatia ou outro ritual, o que a leva a acreditar naquilo ou não é universal”, afirma. O segundo estudo foi publicado em agosto da revista Cognitive Science, e será apresentado em fevereiro do próximo ano, durante a 15.ª reunião anual da Sociedade de Personalidade e Psicologia Social, em Austin, nos Estados Unidos.”
O costume desempenha três funções ao direito: a de inspirar o legislador a normatizar condutas, a de suprir as lacunas da lei e a servir de parâmetro para a interpretação da lei. Os partidários da Escola Histórica do Direito, a exceção de Savigny, admitem o costumecontra legem, a ponto de exclamarem "a revolta dos fatos contra os códigos". Em sua obra Pluralismo Jurídico, Antônio Carlos Wolkmer, afirma que quanto mais tensos, politicamente fragmentados são os espaços sociais, mais o direito necessita de novos procedimentos novas formas do agir comunicativo e do entendimento. É desta forma  que aparecem novas situações capazes de introjetar direitos que não passam nem pela positivação estatal nem pelas instituições representativas convencionais. Claro que a desordem e a insegurança jurídica não ficam autorizadas.
 
QUESTÕES OBJETIVA
1- LETRA  - E
2- LETRA - A 
PA10
Neste caso há uma antinomia aparente. 
a) a referida remuneração apesar de aparentemente inconstitucional, não o é realmente pois a súmula especifica uma categoria em particular;
b) não há chances de vitória uma vez que a sumula com efeito vinculante é obrigatória para todos os órgãos do Poder Judiciário. 
QUESTÕES OBJETIVA
1- LETRA  A
2- LETRA - D
PA11
Em que pese as divergências de opiniões entre alunos, o objetivo do exercício é demonstrar a aplicação prática dos conceitos teóricos da hermenêutica diferenciando-os da chamada “opinão” de quem não é do campo do Direito.
(Fonte : CONJUR . Disponível em : http://www.conjur.com.br/2013-mai-13/leia-acordao-stf-autoriza-interrupcao-gravidez-anencefalo)
Em seu voto, o ministro Marco Aurélio afirmou que “anencefalia e vida são termos antitéticos”. O ministro afirmou que existe, no caso, um conflito apenas aparente entre direitos fundamentais, já que não há qualquer possibilidade de o feto sem cérebro sobreviver fora do útero da mãe. O que estava em jogo, disse Marco Aurélio, é saber se a mulher que interrompe a gravidez de feto em caso de anencefalia tem de ser presa. Os ministros decidiram que não.
O ministro Gilmar Mendes votou pela descriminalização da prática, mas considerou, sim, que se trata de aborto. Para o ministro, o aborto de feto anencéfalo pode se encaixar nas hipóteses de exceção previstas no Código Penal em que o aborto não é considerado crime — em caso de risco à saúde da mãe e no de estupro.
“O aborto de fetos anencéfalos está certamente compreendido entre as duas causas excludentes de ilicitude, já previstas no Código Penal, todavia, era inimaginável para o legislador de 1940. Com o avanço das técnicas de diagnóstico, tornou-se comum e relativamente simples descobrir a anencefalia fetal, de modo que a não inclusão na legislação penal dessa hipótese excludente de ilicitude pode ser considerada uma omissão legislativa não condizente com o espírito do próprio Código Penal e também não compatível com a Constituição”, afirmou Gilmar Mendes.
Os ministros Ricardo Lewandowski: e Cezar Peluso votaram contra a ação. Lewandowski argumentou que o tema é assunto para o Legislativo, não para o Supremo Tribunal Federal. Já o ministro Cezar Peluso considerou que não se pode admitir que o feto anencéfalo não tenha vida. “Nessa postura dogmática, ao feto, reduzido, no fim das contas, à condição de lixo ou de outra coisa imprestável e incômoda, não é dispensada, de nenhum ângulo, a menor consideração ética ou jurídica, nem reconhecido grau algum da dignidade jurídica e ética que lhe vem da incontestável ascendência e natureza humanas”, disse Peluso, que presidiu o julgamento.
( Trechos do Voto do Relator – Ministro Marco Aurélio de Mello ) 
(http://s.conjur.com.br/dl/acordao-interrupcao-gravidez-anencefalo.pdf)
O tema é de uma delicadeza ímpar. E o é porque perpassa pelas nossas convicções e crenças - ou descrenças - mais profundas, e nos remete de alguma forma à questão básica existencial que nos angustia e acompanha neste voo no tempo que somos desde que nascemos (Menotti del Picchia), efêmeros e precários, poeira das estrelas, na imagem do físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser.
O pedido deduzido, nesta ação de controle concentrado, é de interpretação conforme a Constituição, sem redução de texto, dos arts. 124, 126, caput, e 128, incisos I e II, do Código Penal – Decreto-lei 2848, de 1940 -, à compreensão de que inconstitucional a exegese que enquadra no crime de aborto a interrupção da gravidez de feto anencéfalo.
(...)
Para a clareza da exposição, é possível enfrentar o tema por três enfoques: (i) atipicidade da antecipação terapêutica do parto, em caso de anencefalia, quanto ao crime de aborto; (ii) vontade do legislador na retirada da anencefalia do rol das excludentes de ilicitude; e (iii) ponderação de valores entre liberdade, dignidade e saúde da mulher e a vida do feto anencefálico. A sopesar, ainda, à luz da causa de pedir aberta própria dos processos objetivos, o fundamento adicional trazido da tribuna, qual seja, o de que a criminalização da interrupção da gestação de feto anencéfalo, ou de feto sem viabilidade de vida extrauterina, implica violação de direito fundamental da mulher no tocante aos chamados direitos reprodutivos.
(...)
Para concluir, ao enfoque da teoria da proporcionalidade, o quociente da divisão das razões em favor da liberdade da mulher em cotejo com a proteção do feto anencefálico por meio da omissão do Estado e da declaração de inconstitucionalidade da leitura que inclui a interrupção, ou a antecipação terapêutica do parto, em caso de comprovada anencefalia, presentes as certezas empíricas sobre a afetação da esfera de atuação de cada um dos princípios em jogo, é maior que um. Há, portanto, de ser preservada a liberdade da grávida, quando se vê diante de tão doloroso dilema, de optar sobre o futuro da sua gestação de feto anencéfalo. Enfim, seja do ponto de vista epistemológico, seja por meio de análise histórica, seja a partir da hermenêutica jurídica, e forte ainda nos direitos reprodutivos da mulher, todos os caminhos levam ao reconhecimento da autonomia da gestante para a escolha, em caso de comprovada anencefalia, entre manter a gestação ou interrompê-la. A postura contrária não se mostra, data venia, sustentável em qualquer dessas perspectivas, o que enseja a procedência da presente ação de descumprimento de preceito fundamental para dar interpretação conforme aos artigos 124 e 126 do Código Penal, excluindo, por incompatível com a Lei Maior, a interpretação que enquadra a interrupção da gravidez, ou antecipação terapêutica do parto, em caso de comprovada anencefalia, como crime de aborto. É como voto.
QUESTÃO OBJETIVA:
1- LETRA - E
PA12
Em que pese as posições pessoais diversas , o objetivo deste exercício é levar o aluno (a) a refletir que as decisões judiciais , ainda mais considerando-se o grande impacto social das decisões do STF, não (devem estar) se baseiam em opiniões pessoais, mas em teorias jurídicas ( ou teorias jurídico-científicas) elaboradas por pensadores e não apenas construídas para aquela situação específica. 
Voto Ministro Ricardo Lewandovky ( grifos e legendas incluídos para fins didáticos )
Disponível em: http://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/art20110506-01.pdf
(...) Para conceituar-se, juridicamente, a relação duradoura e ostensiva entre pessoas do mesmo sexo, já que não há previsão normativa expressa a ampará-la, seja na Constituição, seja na legislação ordinária, cumpre que se lance mão da integração analógica. Como se sabe, ante a ausência de regramento legal específico, pode o intérprete empregar a técnica da integração, mediante o emprego da analogia, com o fim de colmatar as lacunas porventura existentes no ordenamento legal, aplicando, no que couber, a disciplina normativa mais próxima à espécie que lhe cabe examinar, mesmo porque o Direito, como é curial, não convive com a anomia.
(...)Não há, ademais, penso eu, como escapar da evidência de que a união homossexual, em nossos dias, é uma realidade de elementar constatação empírica, a qual está a exigir o devido enquadramento jurídico, visto que dela resultam direitos e obrigações que não podem colocar-se à margem da proteção do Estado, ainda que não haja norma específica a assegurá-los. Assim, muito embora o texto constitucional tenha sido taxativo ao dispor que a união estável éaquela formada por pessoas de sexos diversos, tal ressalva não significa que a união homoafetiva pública, continuada e duradoura não possa ser identificada como entidade familiar apta a merecer proteção estatal, diante do rol meramente exemplificativo do art. 226, quando mais não seja em homenagem aos valores e princípios basilares do texto constitucional.
(...) O que se pretende, ao empregar-se o instrumento metodológico da integração, não é, à evidência, substituir a vontade do constituinte por outra arbitrariamente escolhida, mas apenas, tendo em conta a existência de um vácuo normativo, procurar reger uma realidade social superveniente a essa vontade, ainda que de forma provisória, ou seja, até que o Parlamento lhe dê o adequado tratamento legislativo. Cuida-se, em outras palavras, de retirar tais relações, que ocorrem no plano fático, da clandestinidade jurídica em que se encontram, reconhecendo-lhes a existência no plano legal, mediante seu enquadramento no conceito abrangente de entidade familiar. Esse proceder metodológico encontra apoio no abalizado entendimento de Konrad Hesse, segundo o qual “o que não aparece de forma clara como conteúdo da Constituição é o que deve ser determinado mediante a incorporação da ‘realidade’ de cuja ordenação se trata”. 7 Dito de outro modo, não é dado ao intérprete constitucional, a pretexto de ausência de previsão normativa, deixar de dar solução aos problemas que emergem da realidade fenomênica, sob pena, inclusive, em nosso caso, de negar vigência ao disposto no art. 5º, XXXV, da Lei Maior.(...) 
(...) Em suma, reconhecida a união homoafetiva como entidade familiar aplicam-se a ela as regras do instituto que lhe é mais próximo, qual seja, a união estável heterossexual, mas apenas nos aspectos em que são assemelhados, descartando-se aqueles que são próprios da relação entre pessoas de sexo distinto, segundo a vetusta máxima ubi eadem ratio ibi idem jus(1), que fundamenta o emprego da analogia no âmbito jurídico. Isso posto, pelo meu voto, julgo procedente as presentes ações diretas de inconstitucionalidade para que sejam aplicadas às uniões homoafetivas, caracterizadas como entidades familiares, as prescrições legais relativas às uniões estáveis heterossexuais, excluídas aquelas que exijam a diversidade de sexo para o seu exercício, até que sobrevenham disposições normativas específicas que regulem tais relações. (Disponível em : http://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/art20110506-01.pdf)
(1) expressão em latim: onde há a mesma razão há (deve haver ) o mesmo direito. (Onde existe a mesma razão, aí se aplica o mesmo dispositivo legal.) 
QUESTÕES OBJETIVAS:
1- LETRA - A
2- LETRA - B
PA13
Informativo STF - Nº 481.Brasília, 24 a 28 de setembro de 2007 
PLENÁRIO
EC 41/2003: Critérios de Aposentadoria e Direito Adquirido
O Tribunal, por maioria, julgou improcedente pedido formulado em ação direta ajuizada pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público - CONAMP contra o art. 2º e a expressão "8º", contida no art. 10, ambos da Emenda Constitucional 41/2003, que tratam dos critérios para a aposentadoria e revogam o art. 8º da Emenda Constitucional 20/98. Salientando a consolidada jurisprudência da Corte no sentido da inexistência de direito adquirido a regime jurídico previdenciário e da aplicação do princípio tempus regit actum nas relações previdenciárias, entendeu-se não haver, no caso, direito que pudesse se mostrar como adquirido antes de se cumprirem os requisitos imprescindíveis à aposentadoria, cujo regime constitucional poderia vir a ser modificado. Asseverou-se que apenas os servidores públicos que haviam preenchido os requisitos previstos na EC 20/98, antes do advento da EC 41/2003, adquiriram o direito de aposentar-se de acordo com as normas naquela previstas, conforme assegurado pelo art. 3º da EC 41/2003 ("Art. 3º É assegurada a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria aos servidores públicos, bem como pensão aos seus dependentes, que, até a data de publicação desta Emenda, tenham cumprido todos os requisitos para obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente."). Esclareceu-se que só se adquire o direito quando o seu titular preenche todas as exigências previstas no ordenamento jurídico vigente, de modo a habilitá-lo ao seu exercício, e que as normas previstas na EC 20/98 configurariam uma possibilidade de virem os servidores a ter direito, se ainda não preenchidos os requisitos nela exigidos antes do advento da EC 41/2003. Assim, considerou-se não haver óbice ao constituinte reformador para alterar os critérios que ensejam o direito à aposentadoria por meio de nova elaboração constitucional ou de fazê-las aplicar aos que ainda não atenderam aos requisitos fixados pela norma constitucional. Vencidos os Ministros Carlos Britto, Marco Aurélio e Celso de Mello, que julgavam o pleito procedente. 
Precedentes citados: ADI 3105/DF e ADI 3128/DF (DJU de 18.2.2005); RE 269407 AgR/RS (DJU de 2.8.2002); RE 258570/RS (DJU de19.4.2002); RE 382631 AgR/RS (DJU de 11.11.2005).
ADI 3104/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 26.9.2007. (ADI-3104)
 
Ainda no mesmo sentido ( NOTÍCIA – CONJUR ):
(Disponível em : http://www.conjur.com.br/2014-mar-14/servidor-publico-nao-direito-adquirido-beneficio-foi-extinto )
SERVIDOR NÃO TEM DIREITO ADQUIRIDO A BENEFÍCIO EXTINTO
Benefícios que integram remuneração de servidor público podem ser extintos e modificados sem gerar direito adquirido, desde que não resultem na redução do valor nominal total do salário. Com esse entendimento, a Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, reunida em Brasília na última quarta-feira (12/3), negou pedido apresentado por militar de Sergipe que cobrava uma parcela denominada “adicional de inatividade”.
O pagamento desse adicional foi abolido dos proventos dos militares da reserva, por força da Medida Provisória 2.131/2000, que observou o prazo de cinco anos para prescrição. O autor do pedido alegava que possuía direito adquirido a regime jurídico, argumento que havia sido aceito pela Turma Recursal de Sergipe.
A União, no entanto, disse que o acórdão diverge do entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, que reconhecem a liberdade do legislador para estabelecer nova fórmula de composição remuneratória, uma vez que não haveria direito adquirido a regime jurídico.
Segundo o juiz federal Paulo Ernane Moreira Barros, relator do processo na TNU, a jurisprudência das Cortes Superiores é pacífica no sentido de verificar problema apenas na mudança que diminua o valor nominal. “Não evidenciado que a parte autora sofreu decréscimo nominal em seus proventos (...), não há se falar em ilegalidade do ato de supressão do chamado ‘adicional de inatividade’”. Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Conselho da Justiça Federal .
Processo 0504647-64.2010.4.05.8500
QUESTÕES OBJETIVAS:
1- LETRA - B
2- LETRA - C
3- LETRA - C
PA14
(NOTÍCIAS – STF ) 
Ação de investigação de paternidade e superação da coisa julgada material
( Disponível em :  http://www2.stf.jus.br/portalStfInternacional/cms/destaquesNewsletter.php?sigla=newsletterPortalInternacionalJurisprudencia&idConteudo=195011)
 
O Tribunal, em votação majoritária, deu provimento a recurso extraordinário para afastar o óbice da coisa julgada e permitir o prosseguimento de nova ação de investigação de paternidade. Na espécie, a primeira ação investigatória fora ajuizada em 1989, porém, em razão das escassas condições financeiras da mãe do autor, não se realizara o exame de código genético - DNA, tendo sido a demanda julgada improcedente por ausência de provas. Com a edição da Lei Distrital nº 1.097/1996, que assegurou a realização gratuita desse exame às pessoas reconhecidamente necessitadas, a referida genitora ajuizara a demanda atual, mas o processo fora extinto sem julgamento de mérito em respeito à coisa julgada material. Prevaleceu o voto do Ministro Dias Toffoli, relator, que entendeu que, no caso, a coisajulgada deveria ser relativizada em face do direito personalíssimo de todo o ser humano ao conhecimento da verdade sobre sua origem biológica. Asseverou tratar-se simplesmente de reconhecer que houve evolução nos meios de prova para a aferição da paternidade e que a defesa do acesso à “informação sobre a paternidade” deveria ser protegida porque se insere no conceito de direito da personalidade. O relator considerou que, na situação dos autos, esse direito fora obstaculizado pelo fato de o Estado haver faltado com seu dever de assistência jurídica (Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV), uma vez que não custeara o exame à época da ação anterior. Os demais Ministros que deram provimento ao recurso ressaltaram que a espécie envolveria o cotejo entre a coisa julgada e o princípio da dignidade da pessoa humana, consubstanciado no direito à informação genética.
Processo/Proceso: RE 363889/DF.
 
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reconheceu a presença de repercussão geral na discussão acerca da incidência dos artigos 5º, incisos XXXVI e LXXIV e 227, § 6º, ambos da Constituição Federal, aos casos de ação de paternidade julgada improcedente por falta de condições materiais para a realização da prova. Votou o Presidente. Em seguida, após o voto do Senhor Ministro Dias Toffoli (Relator), que conhecia dos recursos e lhes dava provimento para cassar o acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que extinguiu o processo sem julgamento de mérito, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Luiz Fux. Falou, pelo recorrente, o Dr. Marcus Aurélio Dias de Paiva e, pelo Ministério Público Federal, o Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto (Vice-Presidente).
PA15
a) Não. Atualmente há Defensoria Pública instalada em todos os Estado brasileiros. Ocorre que A Defensoria pode não estar estruturada em todas as localidades. Nestes casos, haverá a nomeação de um advogado dativo pela OAB local ou pelo Tribunal, a fim de que possa o Réu ter a sua defesa técnica. Dependendo da localidade, este advogado dativo ( defensor dativo ) poderá vir a receber um valor a título de “pro labore”, mas que será um valor módico, dado a sua indispensabilidade e a função social que exerce ( art. 133, CF c/c art. 2.ª Lei nº 8.906/94 – Estatuto da Advocacia e da OAB ) 
b) A função do Poder Judiciário é garantir os direitos individuais, coletivos e sociais e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e Estado. Para isso, tem autonomia administrativa e financeira garantidas pela Constituição Federal. No entanto, podemos analisar criticamente há três fatores que devem ser levados em consideração por quem pretenda valer-se do trabalho dos instrumentos estatais da justiça: a incerteza do direito, a lentidão da máquina estatal e o alto custo do funcionamento do aparato judiciário. Esses fatores podem levar a algumas consequências como: a falta de realização ou a realização tardia, muitas vezes ineficaz, dos ideais da justiça; um sentimento de desconfiança da opinião pública em relação à efetividade da tutela jurisdicional.
c)  Quais são as Funções Essenciais à Justiça?
Ministério Público, Advocacia Pública, Advocacia e Defensoria Pública. 
QUESTÕES OBJETIVAS:
1- LETRA - E
2- LETRA - C

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