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Estudo sobre contabilidade

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1 
 
ESTUDO DE CASO SOBRE COLETA DE EMBALAGENS 
RECICLÁVEIS NOS SUPERMERCADOS DA CIDADE DE LINS - SP 
 
Cristian Alexandre de Azevedo1; Daniela da Silva Oliveira2; Roberto Corrêa da 
Silva3 
1,2,3
 Acadêmicos do Curso de MBA em Logística do Centro Universitário de Lins-Unilins, Lins-
SP, Brasil 
 
Euclides Reame Junior (Orientador) 4; 
Docente do Curso de MBA em Logística do Centro Universitário de Lins - Unilins, 
Lins-SP, Brasil 
 
 
Resumo: 
A Logística Reversa – LR é um 
mecanismo de desenvolvimento social 
e econômico que se caracteriza pelo 
conjunto de ações e procedimentos que 
são destinados para viabilizar a coleta 
e restituição dos resíduos ao meio 
empresarial, para que sejam 
reaproveitados em seu próprio ciclo 
produtivo ou na de novos produtos. O 
objetivo da pesquisa foi desenvolvido 
com o intuito analisar os aspectos 
socioculturais dos consumidores com 
relação a coleta de embalagens 
recicláveis nos supermercados da 
cidade. Para isso, foram aplicados 
questionários juntos aos clientes de 
supermercados localizados nas regiões 
Norte, Sul, Leste e Oeste de Lins. Pelo 
qual foi possível concluir que os 
clientes não possuem conhecimento de 
pontos de coleta de lixo reciclável nos 
supermercados pesquisados. 
 
Palavras chaves: Logística Reversa. 
Coleta de Lixo. Supermercados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abstract: 
The Reverse Logistics - LR is a 
mechanism of social and economic 
development which is characterized by 
the set of actions and procedures that 
are intended to enable the collection 
and return of waste to the business , to 
be reused in your own production 
cycle or the new products. Given this, 
and the study of differentiated 
approach has as its main theme 
conducting research on collecting 
recyclable packaging in supermarkets 
in the city of Lins - SP . For the scope 
of information relevant to the purpose 
of the research approach was 
developed in order to analyze the 
socio-cultural aspects of consumers 
regarding the collection of recyclable 
packaging in supermarkets in the city . 
To this end, questionnaires were 
administered together to supermarket 
customers in the North , South , East 
and West Lins . By which it could be 
concluded that customers do not have 
knowledge of the collection points for 
recyclable waste in supermarkets 
surveyed . 
 
Keywords: Reverse Logistics . 
Garbage Collection. Supermarkets 
 
 
 
 
 
2 
 
1 Introdução 
Na ótica de Ballou (2001, p. 21), 
a logística apresenta a missão de 
“dispor a mercadoria ou o serviço 
certo, no lugar certo, no tempo certo e 
nas condições desejadas, ao mesmo 
tempo em que fornece a maior 
contribuição à empresa”. Ballou (2001, 
p. 19), acrescenta em relação a 
logística empresarial que essa constitui 
“um campo de estudos relativamente 
novo da gestão integrada, em 
comparação com os campos 
tradicionais de finanças, marketing e 
produção”. 
A falta de conhecimento, ou melhor, o 
baixo nível de entendimento dos 
princípios lógicos, a falta de atenção 
dispensada a outras áreas consideradas 
mais importantes, bem como também a 
falta de pessoal qualificado revelam 
problemas de ordem organizacional 
refletidos por uma logística deficitária. 
Diante da abordagem da temática vale 
destacar que a logística reversa é 
considerada uma atividade que está 
relacionada diretamente ao 
reaproveitamento e/ou reutilização de 
produtos ou materiais que possui a 
finalidade de assegurar a recuperação 
de produtos sustentáveis fazendo com 
que diminua assim os impactos 
ambientais. 
Atualmente a logística reversa vem 
sendo mais explorada pelas empresas, 
uma vez que essa prática demonstrou-
se como um fator competitivo, bem 
como uma ferramenta que pode agregar 
valor tanto para a empresa como para a 
sociedade, uma vez que o conceito 
principal é retornar para o meio 
ambiente aquilo que lhe foi extraído. 
Frente ao exposto surgiu o interesse 
em realizar um estudo sobre a 
temática, e para tanto o objetivo geral 
do presente artigo científico foi 
desenvolvido com o intuito de analisar 
se os consumidores valorizam a coleta 
de embalagens recicláveis nos 
supermercados da cidade de Lins – SP. 
Deste modo, o estudo se justifica pela 
qualidade dos dados a serem obtidos 
por meio da sua aplicação tanto para 
os supermercados como para a 
sociedade, uma vez que a reciclagem 
de materiais é um assunto cada dia 
mais presente nos dias de hoje, assim 
como a preocupação das empresas de 
retorno dos resíduos e materiais que 
elas dispõem para o oferecimento do 
produto, no caso do estudo garrafas 
PET e latas de alumínio. 
Temos como objetivo, analisar 
se os consumidores valorizam a coleta 
de embalagens recicláveis nos 
supermercados da cidade de Lins – SP. 
 
2 Referencial teórico 
 
2.1 Contextualizações sobre 
Logística 
A logística é um verdadeiro paradoxo. 
É, ao mesmo tempo, uma das 
atividades econômicas mais antigas e 
um dos conceitos gerenciais mais 
modernos. 
 
Desde que o homem abandonou a 
economia extrativista, e deu 
início às atividades produtivas 
organizadas, com produção 
especializada e troca dos 
excedentes com outros 
produtores, surgiram três das 
mais importantes funções 
logísticas, ou seja, estoque, 
armazenagem e transporte. [...] 
(FLEURY et al, 2000, p. 27). 
 
Ballou (2010) define logística como o 
processo que auxilia as empresas a 
obter melhores níveis de distribuição 
de produtos, por intermédio de 
planejamento, organização e controle 
efetivos das atividades de 
movimentação, armazenagem e 
transporte. 
A logística é abrangente no sentido de 
que se a empresa produz em excesso, o 
que ainda não foi consumido torna-se 
estoque. Desta forma, com a intenção 
de proteger e garantir a qualidade dos 
3 
 
produtos é preciso trabalhar a 
armazenagem e, com objetivo de levar 
os produtos do setor de estoques para o 
consumo final é utilizado o transporte 
(FLEURY et al, 2000). Esses fatores 
fazem da logística um dos conceitos 
gerenciais de maior relevância no 
contexto que envolve as organizações 
modernas, sendo que existem dois 
conjuntos de mudanças, um de ordem 
econômica e outro de ordem 
tecnológica, os quais tornam a 
logística o ápice da administração 
contemporânea. 
É interessante ainda ponderar que a 
logística não constitui somente um 
instrumento gerencial moderno, mas 
sim uma importante atividade 
econômica, que contribui 
significativamente para a estrutura de 
custos das empresas, bem como, para o 
Produto Interno Bruto das nações 
(BORGES, 2005). 
Diante disso, a logística passa ser um 
ponto integrado da administração 
organizacional e um importante 
instrumento de controle dos custos 
operacionais, tornando produtos e 
serviços mais competitivos essa é 
estruturada de forma racional em 
canais de distribuição. 
 
2.2 Canais de Distribuição 
Dá-se o nome de distribuição às 
atividades necessárias para conseguir a 
transferência dos produtos/serviços 
desde sua origem de produção até o 
lugar de uso e consumo, com ou sem a 
presença de intermediários... 
(CHIAVENATO, 1999, p. 87). “O 
canal de distribuição é o caminho 
percorrido pelo produto para 
transferir-se do produtor ao 
consumidor final [...]” (LAS CASAS, 
1993, p. 80). Ele possibilita que os 
produtos e serviços possam chegar ao 
consumidor final de forma a fechar 
todo ciclo de abastecimento, que 
consiste nos seguintes macros – 
processos: Produção, Vendas e 
Distribuição. 
Importante frisar que a empresa deve 
dar uma atenção especial aos canais de 
distribuição, porque muitas vezes a 
forma com que o produto possa chegar 
aos consumidores é também um ponto 
positivo ou negativo a contar contra ou 
a favor da organização. 
 Ressalta-se que os canais de 
distribuiçãosão os intermediários 
entre o produtor e o consumidor, e 
devem trabalhar em harmonia para que 
o produto chegue ao seu destino com a 
mesma qualidade com que saiu de seu 
ponto de origem. 
A partir da década de 1.980, outro 
conceito de logística e de canais de 
distribuição ganhou interesse da 
comunidade científica internacional e 
de corporações em geral. Trata-se da 
logística reversa. 
 
2.3 Conceito de Logística Reversa 
A Logística Reversa - LR trata do 
caminho inverso, onde os produtos 
retornam a um ponto de origem ou a 
uma empresa receptora. Muito embora 
o processo da LR pareça simples e 
correto, ainda necessita de uma visão 
mais ampla, para que seja empregada 
de modo que possa oferecer os 
resultados esperados. Para maior 
entendimento acerca, Caixeta Filho e 
Martins (2001) entendem que a 
logística reversa: 
 
[...] representa todos os assuntos 
relacionados com as atividades 
logísticas cumpridas com o 
objetivo de redução, reciclagem, 
substituição, reuso de materiais e 
a disposição final. Os aspectos 
ambientais têm um profundo 
impacto no trabalho logístico. 
É sabido que esses era o maior 
assunto na área de logística dos 
próximos tempos, incorporando o 
gerenciamento ambiental 
(CAIXETA FILHO; MARTINS, 
2001, p. 212). 
 
4 
 
Para Leite (2002) a Logística Reversa 
deve ser entendida dentro da logística 
empresarial como aquela: 
 
[...] que planeja, opera e controla 
o fluxo, e as informações 
logísticas correspondentes, do 
retorno dos bens de pós-venda e 
de pós - consumo ao ciclo de 
negócios ou ao ciclo produtivo, 
através dos Canais de 
Distribuição Reversos, 
agregando-lhes valor de diversas 
naturezas: econômico, ecológico, 
legal, logístico, de imagem 
corporativa, entre outros (LEITE, 
2002, p. 2). 
 
Em um aspecto geral a LR é um 
mecanismo que agrega valores para os 
processos econômicos e sócios 
ambientais. Tais processos estão 
diretamente ligados com a coleta e 
restituição de resíduos do meio 
empresarial, promovendo o 
reaproveitamento do ciclo do produto. 
Diante do exposto, é preciso 
considerar que o conceito da LR ainda 
encontra-se em evolução frente às 
possibilidades de negócios existentes 
atualmente, bem como frente às novas 
oportunidades e necessidades de 
mercado. 
A figura 1 descreve a área de atuação 
da LR. Nota-se pela figura que a LR 
opera em dois canais de distribuição 
reversos: o pós-consumo e o pós-
venda. 
 
Figura 1 - Logística Reversa – Área de 
Atuação e Etapas Reversas 
 
Fonte: (LEITE, 2002, p. 2). 
 
É de suma importância acrescentar 
ainda que os canais de distribuição 
reversos são representados por todo o 
ciclo que vai desde a captação dos 
bens pós- consumo, ou seja, os 
resíduos independentemente da sua 
característica até a sua reintegração e 
reutilização. 
Dentro dessa abordagem Leite (2000) 
apud Caixeta Filho e Martins (2001) 
afirma que “[...] deve-se estabelecer 
uma distinção entre os diversos canais 
de distribuição reversa, que podem ser 
classificados”: 
 
• disponibilidade do bem; 
• forma de reaproveitamento dos 
bens ou de seus materiais 
constituintes (canais de 
distribuição de bens duráveis, 
semiduráveis e descartáveis); 
• quanto ao ciclo que 
representam: aberto – visa a 
reintegração do produto ao ciclo 
produtivo, substituindo o uso de 
matérias-primas – ou de ciclo 
fechado – os materiais servem 
para fabricação de produtos 
similares; 
• quanto ao nível de integração 
da empresa – integrada, se ela for 
a responsável por todas as etapas 
do canal de distribuição reverso 
ou não integrada, se ela participar 
de algumas etapas do processo; 
• quanto aos objetivos: 
econômicos (obter lucros pela 
atividade reversa), 
mercadológicos (diferenciação de 
produtos pós-vendas), 
legislativos (para poder 
contribuir com a elaboração de 
normas), prevenção de riscos 
(minimizar os impactos pós-
consumo de seus produtos), 
ganhos de imagem corporativa, 
entre outros (LEITE, 2000 apud 
CAIXETA FILHO; MARTINS, 
2001, p. 213). 
 
Frente a isso, pode-se afirmar que a 
LR vem ganhando aceitação, sendo 
adotada com seriedade, discutida e 
analisada com formalidade e entendida 
5 
 
como um processo que engloba toda 
organização. 
A preocupação com o retorno do que é 
retirado da natureza passou de um 
momento social para uma necessidade 
organizacional tanto no aspecto 
competitivo como na obtenção dos 
objetivos e resultados, instituído 
perante a imagem da empresa frente ao 
mercado e a sociedade. 
 
2.3.1 Logística Reversa Pós Consumo 
(LRPC) 
No entendimento de Figueró (2010, p. 
29-30) a LRPC está voltada para “[...] 
a gestão de materiais, e as informações 
logísticas referentes aos bens de pós-
consumo descartados pela sociedade 
em geral que retornam ao ciclo de 
negócios ou ao ciclo produtivo por 
meio dos canais de distribuição 
reversos específicos”. 
Em um aspecto geral a LRPC se 
direciona diretamente para a gestão de 
materiais, bem como os elementos 
logísticos que se referem a esses bens 
de pós consumo pelos quais são 
descartados pela população, e assim 
devem retornar ao seu ciclo comercial 
ou produtivo através dos diversos 
canais de distribuição reversos. 
Para maior entendimento dessa 
necessidade a Figura 2 pode oferecer 
um entendimento facilitado acerca da 
necessidade da LRPC pela qual retrata: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Transformação Necessária 
nas Cadeias de Suprimentos para 
torná-las Ambientalmente Adequadas 
 
Fonte: SOUSA; POZES (2013, p. 1). 
 
Através da ilustração pode-se observar 
a importância da LRPC, uma vez que o 
ciclo se estende novamente até a 
indústria o que a no ciclo considerado 
normal isso este é paralisado até seu 
descarte. Segundo a Ferreira (s/a, p. 
59) “O ciclo reverso é de total 
importância, já que era comum 
encontrar produtos que apresentavam 
condições de reuso e mesmo assim 
serem descartados, desperdiçando 
assim o valor agregado do mesmo”. 
O referido autor destaca ainda uma 
visão de Leite (2003) sobre uma 
tendência acerca do crescimento da 
LRPC, uma vez que: 
 
[...] tem se verificado um 
aumento demasiado no 
lançamento de novos produtos, 
como também o uso de outras 
fontes de materiais constituintes 
dos produtos. Neste último 
verifica-se a substituição de 
metais por plásticos, em que no 
setor automobilístico e de 
tecnologia da informação, 
percebe-se um crescimento 
demasiado na produção de 
acessórios e periféricos para os 
mesmos. 
Para Leite (2003), existem 
inúmeros motivos para que as 
empresas adotem e pratiquem a 
6 
 
Logística Reversa de pós-
consumo, motivos esses de ordem 
econômica, ecológica, legal, 
tecnológica, entre outros, que 
diferem em intensidade e sentido 
de empresa para empresa 
(LEITE, 2003 apud 
FERREIRA, s/a, p. 59-60) 
 
Destaca-se frente ao exposto que a 
aplicação da LRPC pode oferecer uma 
série de vantagens entre elas a 
vantagem econômica, uma vez que a 
reutilização da matéria pode diminuir 
o custo do produto uma vez que não 
será necessário todo o processo inicial 
de produção da matéria prima do 
produto, pois essas são reintegradas a 
todo ciclo produtivo, apresentando 
preços menores com relação as 
matérias primas utilizadas pela 
primeira vez. 
Pode-se relatar ainda que o pós-
consumo oferece vantagens com 
relação a diminuição da utilização de 
insumos energéticos, ou seja, 
economia de energia elétrica, térmica 
entre outras, levando em conta fatores 
de sustentabilidade, resultando na 
diminuição do custo de produção 
frente aos recursos naturais. 
Por fim, tem a vantagem de beneficiar 
tanto a empresa quanto o meio 
ambiente em função da diminuição, em 
um aspecto geral de recursos 
econômicos, financeiros e ambientais, 
oferecendo maiorqualidade de vida a 
sociedade e ao meio ambiente. 
 
2.3.2 Logística Reversa Pós Venda 
(LRPV) 
No que tange a LRPV, esta se 
caracteriza quando ocorre a 
reutilização e revenda de determinado 
produto só que como sub-produto ou 
em uma segunda linha e sua 
reciclagem se faz necessária pela falta 
de utilização, erros na 
comercialização, validade ultrapassada 
do produto, defeitos de fábrica, 
devolução por qualidade entre outros. 
Em um aspecto geral os produtos da 
LRPV são aqueles que de algum modo 
não chegaram a ser utilizados ou foram 
pouco utilizados e de alguma forma 
apresentaram problemas ou não 
alcançaram as expectativas e retornam 
a sua linha de origem. 
Para maior entendimento acerca Leite 
apud Souza e Sá (2013) a LRPV pode 
ser entendida como sendo: 
 
[...] específica área de atuação da 
logística reversa que se ocupa do 
planejamento, da operação e do 
controle do fluxo físico e das 
informações logísticas 
correspondentes de bens de pós-
venda, sem uso ou com pouco 
uso, que por diferentes motivos 
retornam aos diferentes elos da 
cadeia de distribuição direta, que 
constituem uma parte dos canais 
reversos pelos quais fluem esses 
produtos. Esses produtos 
retornam por vários motivos, 
sejam eles comerciais, por erro 
no momento da emissão do 
pedido, garantia, defeitos de 
fabricação, de funcionamento ou 
até por danos causados no 
transporte (LEITE apud 
SOUZA; SÁ 2013, p. 1). 
 
Nessa perspectiva, Guarnieri (2013, p. 
1) oferece um exemplo que pode 
facilitar o entendimento acerca da 
abordagem e assim explanar o campo 
de visão sobre a abordagem a respeito 
da Logística Reversa Pós Venda: 
 
O recall de produtos, por 
exemplo, refere-se justamente aos 
problemas com validade de 
produtos ou a problemas 
observados após a venda, que são 
devolvidos por motivos legais ou 
por diferenciação de serviço ao 
cliente, um exemplo evidente do 
recall de produtos no Brasil, é 
das montadoras de veículos, que 
por vezes, solicitam aos seus 
clientes o retorno às 
concessionárias para a reposição 
7 
 
de determinada peça 
(GUARNIERI, 2013, p. 1). 
 
Os bens de pós-venda possuem 
características bem diferentes dos de 
pós-consumo, pelos quais são produtos 
que apresentam pouco ou nenhum uso. 
Já os bens de pós-consumo já passaram 
por todo processo de sua vida útil onde 
já foram utilizadas e esgotadas todas 
as suas características e já não 
possuem nenhuma serventia para o 
consumidor. 
Segundo Leite (2003) apud Moreira; 
Bonfim (2013, p. 1) “Esses produtos 
retornam por vários motivos, sejam 
eles comerciais, por erro no momento 
da emissão do pedido, garantia, 
defeitos de fabricação, de 
funcionamento ou até por danos 
causados no transporte”. 
Cavalazzi e Valente (2013) 
representam graficamente a diferença 
entre a Logística Reversa de Pós-
Consumo e a de Pós-Venda, conforme 
pode-se observar na Figura 3: 
 
Figura 3 - Área de atuação e as 
diversas etapas da logística reversa 
 
Fonte: Cavalazzi e Valente (2013, p. 1). 
 
Frente a uma visão estratégica a LRPV 
tem como finalidade somar valor ao 
produto, realocando-o diante da cadeia 
produtiva. Os valores a serem 
agregados estão voltados a economia, 
ambiente, sociedade e imagem 
organizacional. 
É relevante destacar ainda que os 
aspectos logísticos do pós-venda 
muitas vezes são percebidos como um 
problema para as empresas que 
fabricam os produtos, entretanto eles 
precisam ser vistos com maior 
seriedade, uma vez que os serviços de 
pós-venda deve ser visto como um 
componente que auxilia na fidelização 
e alcance da satisfação do cliente. 
Sobre isso, Figueiredo; Fleury e 
Wanke (2008, p. 226) destacam que 
“[...] os clientes esperam que o serviço 
de pós-venda seja um atributo do 
produto tanto quanto a qualidade, o 
design, o seu rendimento e o preço”. 
Ainda conforme os autores citados: 
 
A satisfação que um produto 
proporciona não é relacionada 
apenas ao produto em si, mas 
também ao pacote de serviços que 
o acompanha. A função do pós-
venda é garantir essa satisfação, 
ajudando a fidelizar o cliente e 
divulgar a boa reputação da 
empresa também para outros 
possíveis compradores. 
Diversos fatores sociais, 
econômicos e concorrenciais se 
combinam para justificar o 
crescente interesse pelas questões 
relacionadas com o pós-venda 
uma empresa pode-se diferenciar 
de seus concorrentes e ganhar a 
lealdade de seus clientes 
(FIGUEIREDO; FLEURY; 
WANKE, 2008, p. 226). 
 
Diante disso, o serviço de LRPV deve 
ser encarado como sendo um 
investimento organizacional social 
pelo qual agrega valor tanto para o 
cliente quanto para a empresa, pelo 
qual é preciso de um planejamento 
para atender as necessidades 
logísticas, para isso é preciso dispor de 
tecnologia da informação para atender 
com qualidade a demanda. 
 
 
8 
 
3 Metodologia 
Neste trabalho, foi utilizado uma 
pesquisa do tipo exploratória, com uma 
abordagem quantitativa. O método 
aplicado foi um questionário com 
perguntas abertas e fechadas 
 
Figura 4 - Representação gráfica do 
processo de pesquisa 
 
Destaca-se ainda os questionários 
foram aplicado junto aos clientes de 
quatro supermercados situados na 
cidade de Lins. Como amostragem 
foram selecionados 20 clientes de cada 
supermercado, sendo estes escolhidos 
de modo aleatório. 
Deste modo, após realizada a aplicação 
da pesquisa junto aos clientes dos 
supermercados alvo da pesquisa, os 
dados foram consolidados em gráficos 
para a realização da análise e assim 
alcance dos resultados do estudo. 
 
4 Resultados 
Com a intenção de obter informações a 
respeito da abordagem da pesquisa 
foram implantados questionários em 
quatro supermercados no município de 
Lins – SP. Vale ressaltar que para 
identificar os estabelecimentos estes 
foram denominados como 
Supermercado A, B, C e D. 
Dando início à análise dos dados da 
pesquisa no supermercado A 55% dos 
respondentes são do sexo feminino, 
35% possuem idade entre 36 a 45 anos 
e 40% ensino superior. 
Já o supermercado B a maioria dos 
respondentes, ou seja, 65% são do sexo 
feminino, 35% possuem idade entre 46 
a 55 anos e 40% ensino médio. 
No supermercado C foi possível 
analisar que a maioria dos 
respondentes é do sexo Feminino, 35% 
possuem entre 26 a 35 anos e 45% 
ensino fundamental. 
Na pesquisa realizada no supermercado 
D obteve-se que 55% dos respondentes 
também são do gênero Feminino, 35% 
tem idade de 18 a 25 anos e 60% 
possuem ensino médio. 
Foi questionado também sobre a renda 
familiar das pessoas alvo da pesquisa. 
Diante desse questionamento obteve-se 
que na maioria dos respondentes do 
mercado A os respondentes possuem 
renda de 3 à 5 salários mínimos, 
enquanto no supermercado B até 2 
salários mínimos, já o mercado C de 3 
à 5 salários mínimos e o supermercado 
D de 6 à 9 salários. Esse 
questionamento foi realizado para que 
ainda possa ser definido o perfil dos 
respondentes, fazendo um comparativo 
a respeito da cultura, localidade e 
poder aquisitivo. 
Frente a isso, foi indagada a região em 
que os respondentes residem. No 
supermercado A que encontra-se 
localizado na região norte da cidade de 
Lins a maioria dos respondentes 
residem também na região Norte, já o 
supermercado B que encontra-se 
localizado na região Sul a maioria dos 
respondentes residem na região Oeste 
da cidade, o supermercado C que 
encontra-se localizado na região Oeste 
a maioria dos respondentes residem na 
região Leste e por fim, o supermercado 
D localizado na região Leste os 
respondentes residem na região Norte. 
Interessante destacar ainda que nos 
supermercado A e B 5% dos 
respondentes de ambos 
estabelecimentos residem em cidades 
vizinhas, ou seja, se deslocam de suas 
cidades para realizarem suas compras. 
Para maiorentendimento acerca das 
preferências e das diferentes 
localidade dos respondentes com 
relação a localização dos 
estabelecimentos foi questionado a 
frequência com que costumam 
frequentar os supermercados. Pode-se 
observar que a maior frequência de 
idas aos estabelecimentos ocorrem nos 
supermercado A e D, o que 
9 
 
correspondem a 60% vão ao 
supermercado apenas uma vez na 
semana, enquanto 65% de 2 a 5 vezes 
aos estabelecimentos para realizar suas 
compras. Voltando ao tema do estudo 
esta frequência pode intervir de modo 
significativo no recolhimento de 
materiais recicláveis, fator esse 
abordado mais profundamente nas 
questões a seguir. 
Dentro dessa perspectiva, foi 
questionado o motivo que leva os 
respondentes a escolher os 
estabelecimentos pesquisados. Pode-se 
observar que nos supermercado A, C e 
D o motivo que leva os respondentes a 
optar por estes estabelecimentos é o 
preço praticado por eles, entretanto no 
supermercado C o principal motivo 
que levam a escolha é por outros 
motivos, sendo pelo atendimento, 
espaço interno, horário de atendimento 
entre outros. 
Dentro da abordagem da temática, foi 
indagado se os respondentes tem 
conhecimento dos pontos de coleta de 
recicláveis nos supermercados 
pesquisados. Na maior parte dos dados 
obtidos, os respondentes não possuem 
conhecimento de pontos de coleta nos 
supermercados, em destaque para o 
supermercado A em que 100% dos 
respondentes afirmaram não ter 
conhecimento algum do oferecimento 
de pontos de coleta de lixo reciclável, 
em destaque ainda para o 
supermercado B com 70% e 
supermercado C com 85% das 
respostas que não possuem 
conhecimento dos pontos de coleta de 
lixo reciclável. 
Ainda dentro deste contexto foi 
questionado se os clientes buscam por 
esses pontos de coleta nos 
estabelecimentos. Diante do 
questionamento obteve-se que em 
todos os estabelecimentos a maioria 
dos clientes não busca por esses pontos 
de coleta em destaque para o 
supermercado C em que 70% foi a 
maioria dos estabelecimentos 
pesquisado. Deve-se ressaltar que o 
diferencial de respondentes que 
buscam por esses pontos de coleta se 
deu no supermercado A onde 40% 
afirmaram buscar por esses pontos. 
A falta de conscientização, bem como 
despreparo das redes de supermercado 
em promover o oferecimento desses 
pontos de coleta é um dos fatores 
preponderantes para que seus clientes 
não tenham conhecimento ou então 
atenham-se da disponibilização dos 
pontos de coleta nas redes. 
O décimo questionamento buscou 
avaliar na visão dos clientes a 
importância que eles dão sobre a 
disponibilização desses pontos de 
coleta de lixo reciclável. Deste modo, 
percebe-se através da aplicação da 
pesquisa que na visão dos clientes eles 
consideram muito relevante a 
disponibilização dos pontos de coletas 
nos supermercados, em destaque para 
os supermercados B e D em que 100% 
dos respondentes afirmaram que “sim” 
consideram importante a 
disponibilização desses pontos, com 
menor relevância para os 
supermercados A e C onde apenas 20% 
e 15% respectivamente dos clientes 
não acreditam que isso tenha qualquer 
relevância. 
Por fim, foi realizado um 
questionamento aberto em que os 
clientes foram indagados se utilizavam 
algum outro meio de descarte de lixo 
reciclável. Diante disso, foram 
consideradas algumas respostas 
levando em conta sua frequência. 
Sendo assim, alguns clientes 
afirmaram que o outro meio de 
descarte de lixo reciclável que utilizam 
é “separação do lixo para a coleta 
seletiva”; “caminhão de lixo reciclar”; 
separam latas e pets para catadores”; 
“separam somente em sacos plásticos” 
em sua maioria disseram que não tem o 
hábito de separar o lixo orgânico do 
reciclável. 
Vale salientar ainda que durante a 
abordagem para a realização dos 
10 
 
questionamentos alguns clientes 
relataram, em conversa informal, a 
respeito da ideia dos supermercados 
adotarem como meio de coleta o lixo 
eletrônico, ou seja, disponibilizar 
máquinas que coletam o lixo, 
necessitando ainda que os clientes se 
desloquem até o estabelecimento para 
depositar o mesmo, assim como os 
pontos de coleta sendo mudada apenas 
a abordagem e disponibilização desses 
pontos de coleta. 
É interessante relatar a visão dos 
pesquisadores a respeito do 
entendimento dos clientes acerca 
desses pontos de coleta, uma vez que 
todos os supermercados pesquisados 
disponibilizam as lixeiras de coleta de 
lixo reciclável, entretanto, para eles o 
correto é que os supermercados 
oferecessem um local específico para o 
recolhimento de recicláveis, como um 
departamento, uma vez que só assim 
eles compreendem o que seja um ponto 
de coleta. 
Comprovando o entendimento 
contrário dos clientes o que vem a ser 
esses pontos de coleta, foram retiradas 
fotos dos quatro estabelecimentos. 
 
Figura 5 - Pontos de coleta dos 
estabelecimentos – Supermercados A 
 
Fonte: Dados da Pesquisa (2013). 
 
Figura 6 - Pontos de coleta dos 
estabelecimentos – Supermercados B 
 
Fonte: Dados da Pesquisa (2013). 
Figura 7 - Pontos de coleta dos 
estabelecimentos – Supermercados C 
 
Fonte: Dados da Pesquisa (2013). 
 
Figura 8 - Pontos de coleta dos 
estabelecimentos – Supermercados D 
 
Fonte: Dados da Pesquisa (2013). 
 
Deste modo, pode-se observar que 
todos possuem, em local visível, as 
lixeiras de lixo reciclável, mas em 
função da cultura ou a falta dela os 
clientes não compreendem esses locais 
e lixeiras como pontos de coleta de 
lixo reciclável. 
11 
 
Como prova desse entendimento, 
equivocado ou não por parte dos 
clientes, interessante se faz destacar 
um projeto desenvolvido nos 
supermercados Pão de Açúcar e Extra, 
denominados Programa de Estação de 
Reciclagem Pão de Açúcar Unilever e 
Programa Estação de Reciclagem Extra 
P&G, onde são disponibilizados pontos 
de entrega voluntária de materiais 
recicláveis como papel, plástico, 
metal, vidro e óleo de cozinha usado 
nas lojas citadas. Para isso, foram 
traçadas parcerias com a Unilever e 
Procter & Gamble. 
O lixo reciclável arrecadado é doado 
para cooperativas parceiras dos grupos 
o que promove a inclusão social e 
geração de renda para famílias que 
depende direta e indiretamente do lixo 
reciclável. 
 
Figura 9 - Programa Estação de 
Reciclagem Pão de Açúcar Unilever 
 
Fontes: Cnews (2013, p. 1). / 
Pãodeaçúcarsustentável (2013, p. 1). 
 
Sobre o programa da rede Pão de 
Açúcar em parceria com a Unilever, 
teve início em apenas doze lojas da 
rede e atualmente atinge 123 unidades 
em todo o Brasil. No ano de 2001, a 
rede de supermercado juntamente 
como a Unilever passaram a chamar a 
atenção para a necessidade da 
reciclagem que segundo o site da 
Unilever (2013, p. 1) em doze anos de 
programa já coletou “[...] de 67 mil 
toneladas de materiais recicláveis e se 
consolida como o primeiro programa 
de parceria entre varejo e indústria no 
cenário nacional de reciclagem”. 
A respeito do programa realizado pela 
Rede Extra de supermercado em 
conjunto com a P&G destaca-se: 
 
Figura 10 - Programa Estação de 
Reciclagem Extra P&G 
 
Fontes: GiroNews (2013, p. 1). / 
Paraibatotal (2013, p. 1). 
 
No que se refere ao programa este 
estará presente em mais de 126 lojas, a 
missão principal do projeto é 
incentivar a reciclagem e a 
sustentabilidade, o foco principal do 
projeto é obter benefícios ambientais e 
sociais através do relacionamento da 
rede com seus clientes 
conscientizando-os dos benefícios que 
a reciclagem pode oferecer para a 
sociedade e o meio ambiente. 
Nota-se que esses programas foram 
desenvolvidos para uma finalidade 
empresarial, social e ambiental, 
tentando conscientizar os clientes da 
importância que a coleta do lixo 
reciclável pode oferecer para todos, 
traçando umaparceria empresa/cliente. 
Por meio da pesquisa notou-se que é 
preciso que os supermercados alvo da 
pesquisa, localizado na cidade de Lins 
necessitam esclarecer o oferecimento 
desses pontos de coleta de lixo 
reciclável disponibilizados em suas 
loja, uma vez que por meio da pesquisa 
nota-se que os clientes não tem 
conhecimento claro e objetivo acerca 
desses pontos de coleta, uma vez que 
os dados demonstram que a maioria 
afirma que não tem conhecimento da 
disponibilidade desses pontos de 
coleta, em razão disso o alto 
12 
 
percentual desses dados, contrariando 
as imagens em destaque no estudo que 
comprovam que os locais 
disponibilizam os lixos específicos 
para a coleta de lixo reciclável. 
Entretanto, para confirmar os dados 
obtidos com a aplicação da pesquisa 
um estudo publicado pelo Laboratório 
de Comunicação, Cidade e Consumo – 
Lacon (2013, p. 1) revela que em redes 
de supermercados quando questionado 
“[...] se disponibilizam postos de 
coleta seletiva, apenas três das dez 
maiores redes de supermercados do 
país responderam ao Idec”. O artigo 
revela ainda que “Um ano após a 
aprovação da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos, o setor mostra-se 
despreparado para lidar com o tema”. 
Ainda sobre a abordagem o Lacon 
(2013, p. 1) destaca que: 
 
Apenas 8% dos municípios 
brasileiros dispõem de coleta 
seletiva de lixo – 86% deles nas 
regiões Sul e Sudeste do país –, 
de modo que apenas 14% da 
população têm acesso ao serviço 
e ínfimos 3% dos resíduos 
sólidos urbanos são reciclados. E 
se depender da iniciativa dos 
supermercados, os consumidores 
continuam sem meios para dar 
destino ambientalmente adequado 
ao seu lixo. O Idec questionou as 
dez maiores redes de 
supermercados do país sobre a 
existência de postos de coleta 
seletiva em suas lojas e a adoção 
de medidas de orientação ao 
consumidor em relação ao tema. 
Apenas três responderam: 
Carrefour, Pão de Açúcar e 
Zaffari. 
A investigação no site das 
empresas reforça a pouca 
preocupação das redes em 
abordar o assunto e informar o 
consumidor sobre o descarte 
correto de resíduos. “A falta de 
colaboração da maioria dos 
supermercados demonstra que 
não há envolvimento e preparo do 
setor para lidar com o tema”, 
aponta Mariana Ferraz, advogada 
do Idec responsável pelo 
levantamento. “Estamos falando 
das dez maiores redes do país, 
não da quitandinha da esquina”, 
ressalta. 
 
É notório através do exposto o 
desinteresse do setor, mesmo com a 
discussão e implantação da Lei Nº 
12.305, de 2 de Agosto de 2010 da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos 
– PNRS, pela qual demorou quase 20 
anos em discussão dentro do 
Congresso Nacional. A pesquisa 
realizada pelo Idec buscou verificar se 
os supermercados estavam buscando se 
adequar conforme as exigências da Lei 
pela qual obriga a instituição da LV, 
entretanto um ano após a instituição da 
referida Lei o setor não possui metas 
devidamente traçadas em sua maioria 
muito menos predefinidas sobre a 
instituição de postos de coleta de lixo, 
pela qual apenas três empresas 
repassaram informações vagas a 
respeito. 
Mesmo ainda não sendo instituída 
como uma obrigação legal o 
recolhimento dos resíduos a adoção de 
práticas com esta finalidade pode ser 
vista como uma forma de 
responsabilidade social empresarial em 
conjunto com a sociedade. Segundo o 
Lacon (2013, p. 1) “Os sistemas de 
coleta seletiva do varejo, 
especialmente dos supermercados, 
podem complementar os sistemas 
públicos de coleta seletiva, tornando-
se uma boa alternativa para os 
consumidores darem fim adequado ao 
lixo que produzem”. 
Vale ressaltar que o site ainda 
disponibiliza dados relevantes acerca 
da pesquisa realizada como as redes de 
supermercado acerca da implantação 
de postos de coleta de lixo. 
Diante disso, nota-se que são diversas 
variáveis que fazem com que os 
resultados demonstrados no estudo 
sejam tão relevantes é preciso que haja 
um trabalho por parte dos 
13 
 
supermercados para que seus clientes 
se conscientizem da necessidade da 
realização da separação do lixo 
reciclável, bem como o seu retorno por 
meio dos postos de coleta. Para isso, é 
preciso que seja realizado um trabalho 
de divulgação e melhor 
disponibilização destes postos de 
coleta de lixo reciclável para que os 
clientes assimilem melhor essa 
necessidade. 
Ao contrário continuaram a negar a 
existência de locais para disponibilizar 
o lixo reciclável, se a partir daí for 
realizado um programa de divulgação e 
conscientização, será criada uma nova 
cultura, em que a sociedade irá 
assimilar diretamente o 
descarte/retorno do lixo a sua ida ao 
supermercado, havendo trabalho em 
conjunto da empresa e da sociedade de 
modo geral. 
Outro ponto que pode auxiliar no 
melhoramento destes índices obtidos 
por meio da aplicação da pesquisa na 
cidade de Lins é a realização de um 
projeto da Prefeitura Municipal da 
cidade em conjunto com os 
Supermercados da cidade, assim como 
ocorreu na cidade de Mogi das Cruzes. 
Lá a exemplo foi adota a política da 
LR, pelo qual obriga os supermercados 
a coletarem garrafas pet, entretanto 
este pode se estender ao lixo reciclável 
de modo geral. Segundo o jornal do 
local Ucho.Info (2013, p. 1) o projeto 
aprovado na Câmara Municipal de 
Mogi das Cruzes a ideia é “[...] evitar 
esse despejo irregular, dando uma 
destinação adequada às garrafas pet. 
Com a estrutura adequada, é possível 
disseminar a cultura da redução do 
consumo deste produto e também o 
reaproveitamento das embalagens na 
sociedade”. 
Sendo assim, os hipermercado e 
supermercado terão que disponibilizar 
coletores de lixo em locais acessíveis e 
que sejam de fácil visualização e o 
descumprimento dessas regras 
resultará em uma multa diária 
correspondente a 20 Unidade Fiscal do 
Município que pode chegar ao valor de 
R$ 2.443,40 (UCHO.INFO, 2013). 
Nota-se que programas podem ser 
adotados para mudar a realidade 
analisada através dos dados obtidos 
por meio da aplicação do presente 
estudo é preciso que a população 
linense em conjunto com os 
supermercados e empresas da cidade 
em um aspecto geral se conscientizem 
da necessidade da realização da coleta 
e separação do lixo reciclável uma vez 
que é possível dar um novo destino a 
alguns materiais e até uma nova 
alternativa de fonte de renda a famílias 
que tem como atividade primária como 
fonte de renda a coleta do lixo 
reciclável. 
 
5 Considerações Finais 
Através do desenvolvimento do estudo 
foi possível obter uma série de 
entendimentos acerca da abordagem da 
pesquisa que possui como tema 
principal um estudo sobre a coleta de 
embalagens recicláveis nos 
supermercados da cidade de Lins – SP. 
Para maiores esclarecimentos acerca 
da abordagem da temática do estudo 
foi realizado um comparativo dos 
diversos entendimentos acerca da 
contextualização sobre a logística, 
canais de distribuição, bem como o 
conceito de logística reversa, Logística 
Reversa Pós Consumo – LRPC e 
Logística Reversa Pós Venda – LRPV. 
Respondendo ao objetivo geral da 
pesquisa foi possível verificar que os 
consumidores dos supermercados alvo 
da pesquisa tem consciência a respeito 
da coleta de embalagens recicláveis, 
mas não entendem como sendo um 
ponto de coleta os lixo 
disponibilizados nos supermercado. 
Diante da realidade encontrada, 
sugere-se que os supermercados alvos 
da pesquisa, ofereçam pontos 
específicos para a coleta das 
embalagens recicláveis, conforme 
14 
 
pode-se observar nos exemplos 
descritos nos resultados, o que 
facilitaria tanto o entendimento dos 
clientes acerca desses pontos de coleta, 
como promoveria uma arrecadação 
ainda maior desses materiais. 
 
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Resíduos Sólidos, cria o Comitê 
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