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A ARTE DO LÚDICO COMO METODOLOGIA DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
 A ARTE DO LÚDICO COMO METODOLOGIA DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
CURITIBA/PR
2018
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
ANDRESSA MARIA LEICHTWEIS CARVALHO
A ARTE DO LÚDICO COMO METODOLOGIA DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidaçãode competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Educação Especial Inclusiva com ênfase na deficiência intelectual. Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96.
Orientador(A): Sebastiana Jonici Gonçalves
CURITIBA/PR
2018
FOLHA DEAPROVAÇÃO
ANDRESSA MARIA LEICHTWEIS CARVALHO
A ARTE DO LÚDICO COMO METODOLOGIA DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidaçãode competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Educação Especial inclusiva com ênfase na deficiência intelectual, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, daLDB 9394/96.
Orientador(A): Sebastiana Jonici Gonçalves
Aprovado(a) em: /_ /	
Examinadores:
Prof.(Esp/Me/Dr.)	_		_ Instituição:		Assinatura:	_
Prof.(Esp/Me/Dr.)	_		_ Instituição:		Assinatura:	_
Prof.(Esp/Me/Dr.)	_		_ Instituição:		Assinatura:	_
RESUMO
A grande discussão em torno da pessoa com deficiência seja qual fosse a sua deficiência, ao frequentar o ensino publico regular sempre foi à crença de que esse individuo seria um ser incapaz e extremamente dependente, sendo assim que jamais conseguiria se adaptar ou ate mesmo concluir o ensino regular. No entanto essa problemática é resultado do total desconhecimento das habilidades e potencialidades desses indivíduos, ao longo dos anos as conquistas no quesito politicas publicas para a educação especial permitiram que houvesse uma interação em vários aspectos em relação à inclusão e assim muitos mitos foram deixados para trás. Fato é que a trajetória traçada pela educação sempre esteve atrelada ao tema da diversidade e ao longo da historia da humanidade a exclusão sempre esteve presente, começando desde as mulheres, crianças, velhos, negros e assim por diante deixando de lado essa grande parcela da população do processo de escolarização. O presente artigo tem por finalidade fazer um levantamento bibliográfico a cerca da inclusão de alunos com deficiência no ensino/aprendizagem com a metodologia da ludicidade.
Palavras-chave: Educação especial, deficiência e ensino regular. 
1. INTRODUÇÃO
A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas publica se tornou mais que um tema recorrente em rodas de discussão ao longo dos anos no nosso país, conforme a Constituição Federal de 1988, “as pessoas com deficiência é garantido o acesso a educação desde o nível infantil ate universidade, dando preferencia a rede publica de ensino”, (CF/88-Art.208), é visto que a luta por direitos igualitários vem de longa data, porem a inclusão escolar é um desafio desde então.
A legislação brasileira vigente diz que todo individuo tem direito ao acesso a educação com qualidade, ficando compreendido a este serviço a oferta de ações e procedimentos pedagógicos que possam atender efetivamente as necessidades individuais do aluno, principalmente aqueles com algum tipo de deficiência, ajudando-o no seu desenvolvimento cognitivo bem como no processo de escolarização.
Todo esse contexto gira em torno de uma grande problemática onde a inclusão escolar remete ao educador uma mudança no seu pensamento e na sua forma de lidar com as situações em sala de aula, pois nem todo profissional esta preparado para esta inclusão e muitas vezes aprende com a vivencia do seu trabalho.
Haja visto que o avanço teórico tem sido considerável, porém no campo pedagógico, ainda há uma grande distancia entre a teoria e a prática vivenciada no interior das escolas públicas regulares.A questão é como oferecer um ensino de qualidade efetivo quando nem aos menos se é oferecido uma formação de qualidade para os profissionais da educação que vão lidar com realidade nas instituições de ensino.
Atualmente é visto com muita frequência no ensino regular alunos com deficiência, porem isso não significa que estão tendo um atendimento de qualidade ou ao menos uma atenção primaria, é necessário sim ressaltar as dificuldades e os desafios que este alunado encontra ao adentrar em um processo de ensino ainda despreparado.
É evidente que a inclusão escolar passou muita resistência, tanto das autoridades como dos profissionais da educação, e que mesmo hoje com tantas conquistas encontramos barreiras e preconceitos. Para se adquirir uma educação de qualidade é necessário somar esforços aceitar a diversidade e dar valor a esses alunos que farão parte de nossa sociedade.
As ações baseadas na inclusão tornam-se uma realidade desafiadora para o sistema de ensino brasileiro. Neste sentido, as pesquisas deste artigo mostra que cooperar com o fortalecimento das ações sociais voltadas para educação comum inclusiva, representa novas perspectivas no acesso e permanência da pessoa com deficiência no âmbito escolar, proporcionando condições para uma educação de qualidade para todos.
Portanto este estudo bibliográfico aborda um levantamento de informações básicas a cerca da construção histórica das formas lúdicas de ensino na educação e outros aspectos importantes como a definição dos termos e suas funcionalidades, além disso, acima de tudo, o estudo breve levante a importância do lúdico para o desenvolvimento cognitivo. 
2.1 CONCEPÇÕES GERAIS SOBRE LUDICIDADE 
As atividades lúdicas integram-se ao cotidiano das pessoas de várias formas, sejam individuais ou coletivas, sempre correspondendo aos aspectos e à necessidade cultural de cada época. O lúdico traz a espontaneidade e a criatividade com a progressiva aceitação das regras sociais e morais, brincando que a criança se humaniza (SANTOS, 2011).
	O lúdico faz parte da vivencia do ser humano desde quando criança, na forma de brincadeiras, na utilização de brinquedos, ao contar uma história, nos desenhos e principalmente na imaginação das crianças quando expressada em forma de brincadeiras. As formas mais conhecidas e usuais da ludicidade são vistas na utilização de brincadeiras e jogos (SANTOS, 2011).
Quando entramos em contato com os jogos brincadeiras é comum que hajam conflitos entre ambos os seguintes termos: jogos, brincadeiras e brinquedo, de fato existe uma ligação muito próxima entre os termos, é claro que cada designação possui um significado próprio, assim sendo é de suma importância que o profissional ao trabalhar com essas áreas tenha total consciência e conhecimento da definição dos termos para que o uso da pratica não entre em conflito com o resultado esperado ao utilizar estas estratégias (SANTOS, 2011).
A partir do dicionário da Língua Portuguesa a palavra brinquedo refere-se ao objeto para as crianças brincarem, além disso, diz que o jogo e a brincadeira são termos relacionados a este. Ou seja, o brinquedo não é a mecânica de brincar ou jogar propriamente dito. Por exemplo, como o xadrez, é o jogo xadrez, as peças e o tabuleiro são o brinquedo. Em outro caso podemos observar também é a brincadeira de casinha, o brinquedo neste caso seriam as panelinhas, bonecas e demais objetos utilizados na ação da brincadeira (KISHIMOTO, 1999).
Já observando o dicionário da Língua Portuguesa este termo tem como definição o ato ou efeito de brincar (divertir-se, entender-se), trazendo também a relação entre o brinquedo e brincar. Assim fica evidente que a brincadeira é de fato a ação de brincar, podendo fazer o uso de brinquedo ou não. Segundo Kishimoto, 2005 a brincadeira é a dinâmica que a criança exerce ao efetuar as regras do jogo, mergulhando na ação lúdica. Portanto pode se afirmarque é o lúdico em ação, possibilitando brinquedo e brincadeira de se relacionarem entre si e com a criança e não confundindo com o jogo.
Deve se observar ainda que o brincar é um ato lúdico e por isso um ato livre e não possui regras. Em geral o brincar faz com que a criança observe melhor o espaço que ao seu redor, quando uma criança esta brincando ela não esta em busca de resultados, o que a motiva nesta ação é o prazer, assim o ser que brinca tem total flexibilidade e incorpora características ao ato de brincar sem qualquer busca por resultados, pois neste caso da brincadeira não há a busca de solucionar um problema e há a ausência de avaliação ou de punição (SANTOS, 2011).
A brincadeira de “faz de conta” é utilizada com frequência nas aulas e no dia a dia da infância, a dinâmica desta brincadeira é muito importante, pois desenvolve a imaginação, as crianças podem criar um mundo de fantasias onde no decorrer dos fatos ocorrem segundo sua própria vontade, com personagens e objetos de seu desejo. Para Huizinga, 1999 a criança durante esta brincadeira representa um mundo a parte, muitas vezes finge ser um príncipe, um papai, uma bruxa ou um tigre. Ou seja, a criança se transporta a outro ambiente e acredita tanto nesta fantasia muitas vezes que consegue vive-la paralelamente a realidade, esse processo se chama imaginação que é fundamental para o desenvolvimento cognitivo do individuo (OLIVEIRA, 2008).
Portanto a brincadeira não é uma ação sem serventia ou algo que deva ser usado única e simplesmente como maneira de passar o tempo ou “matar o tempo”, a brincadeira pode e deve ser usada como auxilio educacional, como uma ferramenta pedagógica para o professor, pois dessa maneira a criança pode explorar o mundo e fazer a integração em realidade e imaginação (OLIVEIRA, 2008).
Também segundo o dicionário da Língua Portuguesa, jogo trata-se de atividade física ou mental baseada em um sistema de regras que tem como resultado a definição de perder e ou ganhar. Assim pode-se perceber que não é um ato livre onde se pode criar segundo desejos próprios, neste caso há regras e objetivos previamente estabelecidos (KISHIMOTO, 2005).
O jogo tem como característica marcante as regras, no entanto as regras podem ser implícitas ou explicitas variando conforme o jogo. Por exemplo, o xadrez ou a amarelinha as regras são explicitas, já na brincadeira de faz de conta as regras são implícitas pois a menina ao fingir se passar por mãe que cuida de uma filha traz consigo regras ocultas e internas que conduzem a brincadeira. Por fim todo jogo ocorre em um tempo e espaço determinado (KISHIMOTO, 2005).
No entanto Huizinga, 1999 diz que o jogo pode ser considerado uma atividade livre, porém com regras a serem seguidas, e muitas vezes o jogador que não respeita as regras determinadas é chamado de “desmancha-prazeres”, pois ao desrespeitar as regras o jogo acaba por perder seu sentido.
Por fim o jogo é uma atividade livre praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios segundo uma certa ordem e certas regras. Não significa que apesar de haverem regras que o jogo não seria um ato prazeroso, há diversos tipos de jogos (esportivos, de lazer, tradicionais, etc) que são prazerosos e que desenvolvem o raciocínio, a percepção visual, que são extremamente importantes para a aprendizagem escolar. O professor é que deve saber qual seria o momento apropriado para utilizar o jogo, além disso, cabe a ele observar qual o tipo de jogo que seria utilizado em função dos resultados que estariam sendo buscados (KISHIMOTO, 2003).
Muitos são os tipos de jogos: os de cooperação, os simbólicos, os esportivos, os educativos e os tradicionais. Os jogos tradicionais são resultado da produção histórico cultural de uma sociedade, como folclore que transmitido oralmente de uma pessoa para outra e de uma geração para outra, dentro deste esta o folclore infantil que contribui para a herança lúdica das crianças e são todos tradicionais, e assim se chega ao chamado jogos tradicionais (KISHIMOTO, 2003).
Geralmente os jogos tradicionais são os passados de pais para filhos, ou seja, abrange o contexto familiar, esses jogos vão mudando ao decorrer das gerações pois vão se modificando segundo a criatividade e da adaptação de cada época. Os jogos tradicionais são aqueles também chamados de jogos não oficiais, com atividades na rua, nos parques, nas praças e as crianças trazem no seu dia a dia de forma natural, esses jogos variam as regras, mas não o conteúdo, e é no conteúdo que se encontra a ludicidade ligado ao objeto (boneca, animais, construções, etc.), que é o objetivo do jogo (CARVALHO, 2003).
Os jogos tradicionais expressam os costumes e as formas de pensamento de um povo, sendo assim são um forte laço para com o ensino aprendizagem, esses jogos estão muito próximos e presentes na vida de uma criança e a partir deles é possível tratar fatores como a coordenação motora, o equilíbrio e o raciocínio (CARVALHO, 2003).
No entanto os jogos tradicionais com o passar dos anos foram perdendo força devido a uma serie de motivos como a redução dos espaços físicos em função dos grandes centros urbanos, a falta de segurança, a diminuição do espaço temporal, pois, hoje o que se vê é os jogos e brincadeiras deixados de lado por serem considerados de menos importância. Outro aspecto importante a ser lembrado é que com a correria da vida moderna os pais não tem tempo para ensinar seus filhos e passar características tradicionais como a dos jogos e por fim o computador, o celular e o vídeo game tomou o espaço dos jogos tradicionais bem como os demais jogos (CARVALHO, 2003).
2.2 A importância do lúdico no desenvolvimento cognitivo
A partir de atividades diferenciadas as crianças podem representar situações vividas em seu dia a dia, e por meio deste processo a imaginação e o faz de conta são repensados e consequentemente produzem de modo pratico a estimulação, essa estratégia pode ser utilizada em qualquer etapa do desenvolvimento infantil e para qualquer criança, é uma forma de envolver de maneira geral todos os domínios expressados naturalmente nos indivíduos (SABINO, 2011).
 Segundo Sabino (2011) uma forma de incentivar a aprendizagem é o uso de brinquedos e jogos educativos, o ensino de modo prazeroso faz parte da vida cotidiana, desde bebe o ser humano é apresentado as brinquedos, as cantigas e aos desenhos e ao longo do tempo vão despertando assim o interesse pelo aprender. A utilização de brincadeiras e de jogos é fundamental para que a estimulação da criança.
Ao se tratar do ensino de crianças hoje o ensino convencional não faz o mesmo efeito na aprendizagem, por isso a necessidade da inovação, jogos recreativos possuem características importantes no desenvolvimento da criança sendo assim permite a criança a dominância corporal, moral e social (BISSOTO, 2005).
O lúdico pode ser obtido por meio de jogos, brinquedos e brincadeiras, são por meio das atividades recreativas que a crianças absorvem o senso de realização, consciência corporal, desafios físicos e mentais, melhoria da autoestima, chance de fazer amizades, exercícios físicos e etc (RIBEIRO, 2007).
Para Vygostsky (1997), a arte de brincar pode auxiliar a criança a se desenvolver e se comunicar com os que a cercam e ate mesmo entender melhor o que acontece consigo mesma. Afirma Friedman (2003), que de modo geral para as crianças a brincadeira é uma linguagem, não verbal, capaz de expressar emoções e de passar mensagens, a partir da interpretação e percepção do mundo. Dessa forma, o lúdico é um conjunto que integra a vida social das crianças.
Uma brincadeira com objetivos pré-estabelecidos são um elemento essencial, pois, podem trazer a tona sentimentos de amizade, de satisfação, de contentamento e de tristeza, de certa forma uma brincadeira é uma forma de terapia (RIBEIRO, 2007).
A aprendizagem por meio de brincadeira ajuda a criança a desenvolver confiança em si e em suas habilidades, começando a ter maior percepção a respeito do outro e do espaço onde interage. Por esse motivo, tantoo lúdico, como o ambiente no qual a criança está inserida, são importantes para o seu desenvolvimento (BISSOTO, 2005).
Jogos e brincadeiras para qualquer criança é um mundo de possibilidades, desde as brincadeiras de colorir que estimulam a visualização até os jogos com sinais sonoros e que exigem a gesticulação da criança, para que assim ela possa desenvolver alguns fatores de motricidade como a lateralidade (BISSOTO, 2005).
Segundo Piaget, (1998), a dinâmica do brincar é a origem obrigatória das atividades intelectuais da criança, portanto indispensável á pratica educativa. Ensinar uma criança, sem levar em consideração estratégias que possam integrá-la, que traçam um espaço significativo em relação a aquisição do conhecimento e de suas relações sócio afetivas tornam essa atividade muitas vezes talvez desgastante e desmotiva a criança. Deve-se perceber que a aprendizagem é tão importante quanto o desenvolvimento social, e a atividade recreativa e o brincar são uma ferramenta pedagógica que causa ao mesmo tempo desenvolvimento cognitivo e desenvolvimento social.
A satisfação em brincar é muito mais do que um momento prazeroso e passageiro é uma necessidade para a saúde, pois promove o desenvolvimento do aspecto lúdico e implica na aprendizagem, no desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborando com a saúde mental, preparando também o estado interior, facilitando os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento (RIBEIRO, 2007).
As atividades recreativas que envolvem muitas vezes jogos com regras ou com simbologia são de extrema importância, pois trabalham com os desafios físicos e mentais, ou seja, a criança precisa entender a regra para pode seguir em frente na brincadeira, desenvolvimento outras questões sociais juntamente com espaço lúdico que seria a compreensão de situação de competição baseada na regra (SOLER, 2009).
Além disso, qualquer que seja a brincadeira ou jogo escolhido e utilizado de forma orientada por um profissional, vai exigir do individuo o desenvolvimento da comunicação, a linguagem é fundamental para comunicação e melhor entendimento, as brincadeiras estrategicamente usadas possuem essa possibilidade de melhoria vocal. A criança ao se comunicar melhor consegue interpretar melhor também o mundo a sua volta e se relacionar com as demais pessoas que fazem parte do seu cotidiano (SOLER, 2009).
É comum escutarmos que brincar não tem hora nem lugar, de fato a brincadeira pode ir além de uma sala de aula como, por exemplo, a hidroterapia, brincadeiras ou jogos manuseados na água são excelentes no desenvolvimento motor, normalizam o tônus muscular, a correção postural e o equilíbrio. Também ajudam indiretamente em outros processos como a questão da obesidade em crianças que trás grandes riscos a saúde (SOLER, 2009).
Fato é que existe uma porção de possibilidades na utilização de dinâmicas recreativas que fazem parte do processo de socialização de qualquer ser humano durante o decorrer da sua evolução pessoal. Jogos e brincadeiras interiorizam a noção de se sentir capaz de fazer algo, bem como a criança ao socializar com os colegas tem a experiência da troca de informação, a interação aparentemente pode ser pequena mas é de grande significância principalmente no que diz respeito as questões afetivas (SOLER, 2009).
A educação na forma lúdica sempre esteve presente no decorrer da historia da formação humana, sendo de grande importância no desenvolvimento desde a criança até o adulto. Os jogos e as brincadeiras sempre fizeram parte do cotidiano do ser humano desde a antiguidade, hoje o lúdico é usado nas mais diferentes formas de estratégias em torno da pratica educacional (KISHIMOTO, 2003).
Na forma de jogo ou brincadeira, a criança vai construindo suas compreensões cognitivas bem como, a utilização de sistemas simbólicos como a escrita, a capacidade e habilidade em perceber, criar, manter e desenvolver laços de afeto e confiança com o outro. Esse processo tem início desde o nascimento, com o bebê aprendendo a brincar com o próprio corpo e, mais adiante, com a mãe e os irmãos. Assim aos poucos vai coordenando, ganhando agilidade e dotando seus gestos de intenção e precisão progressivamente, vai aprendendo a interagir com autonomia e sociabilidade (ALVES, 2003).
A capacidade de brincar abre uma visão ampla de decifração de enigmas, além de estimular a socialização, possibilitando à criança agir de forma mais autônoma. O jogo não é de fato naturalmente educativo, mas se torna educativo pelo processo metodológico adotado, ou seja, de modo que os jogos e brincadeiras, o professor possa desenvolver metodologias que contribuam com o desenvolvimento (ALMEIDA, 2000).
Todavia, é preciso ter conhecimento de que o lúdico pode possibilitar o encontro de aprendizagens mutuas, com forte potencial simbólico, que pode ser fator de aprendizagem, mas de maneira inteiramente aleatória, pois não é um instrumento previsível em relação aos resultados buscados durante sua utilização (ALMEIDA, 2000).
A maior problemática no desenvolvimento educacional infantil hoje são as metodologias tradicionais, a sociedade evoluiu, se modernizou e assim funciona o ser humano, cada dia mais as crianças necessitam de inovação e de novas formas que as mantenham interagindo em sala de aula, assim sendo as formas tradicionais de ensino não conseguem suprir essa necessidade, visto que a criança precisa se cercar de várias ferramentas de aprendizagem para assimilar os conteúdos e se desenvolver cognitivamente (ALMEIDA, 2000).
O desenvolvimento inadequado na infância ocorre comumente devido as metodologias empregadas não estarem atendendo as necessidades da criança nesta fase de vida. Como se sabe as metodologias tradicionais são restritas, ficando muitas vezes na utilização, de lápis, apostila e lousa, para a maior parte das crianças isso não é suficiente para que aprendam, pois não conseguem se apropriar do conhecimento e se desenvolver integralmente, pois fazem somente repetir e copiar, ou seja, muitas vezes não passam de uma imitação (FRANCISCO, 2008).
O lúdico é de extrema importância, é uma metodologia muito útil para o seu desenvolvimento na aprendizagem, os jogos e brincadeiras são ferramentas eficazes para o processo de ensino-aprendizagem. A grande maioria dos profissionais não usam este artifício pela justificativa da falta de tempo devido terem outras atividades a serem cumpridas e também pelo fato de terem turmas com grande número de alunos e que a brincadeira causaria baderna e tumulto em sala de aula, ignorando assim, a grande importância dos jogos e brincadeiras, que nestes casos são vistos como meros passatempos e não com a sua devida importância educacional (FRANCISCO, 2008).
A ludicidade possui um amplo espaço de domínio na educação, como um incentivo para o trabalho em grupo, ou muitas vezes o professor pode sugerir a construção do jogo ou do brinquedo um excelente momento para trocar ideias, ouvir histórias, para trocar experiências, além disso, o aluno ao confeccionar seu brinquedo passa a se sentir capaz de fazer algo que será compartilhado com os colegas (ALVES, 2003).
As políticas públicas relacionadas a educação deveriam olhar com bons olhos para essas metodologias e garantir ao educador formação adequada e uma reflexão em relação a sua prática pedagógica no que diz respeito à utilização de jogos e brincadeiras, no decorrer de suas aulas, e também de buscar informações, sobre a prática de ensino de alguns educadores que trabalham com crianças e que conciliam as suas aulas com os jogos e com as brincadeiras (ALVES, 2003).
	
3.	METODOLOGIA
A metodologia utilizada no artigo é o levantamento bibliográfico, ou seja, uma fundamentação teórica a partir das pesquisas feitas e análises das citações de autores, tendo como abordagem à interpretação, a observação, a descrição, e a compreensão das citações usadas ao longo de todo levantamento.
Assim sendo o presente artigo foi desenvolvido a partir da análise de publicaçõessobre o tema escolhido, podendo ser publicações estas em forma de entrevistas, revistas sobre o assunto, jornais, artigos científicos e livros. Portando o desenvolvimento do tema foi dado em função do levantamento bibliográfico de autores que abordam o assunto.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inclusão educacional das pessoas com deficiência é tema de muitos debates e de pesquisas acadêmicas também, pois muito já se sabe sobre as deficiências de modo geral, porém para trabalhar neste espaço requer um preparo a parte muitos profissionais estão abertos a uma melhor preparação, mas nem sempre o profissional esta aberto a isso. Assim como muitos profissionais a maior parte da sociedade acha que é de responsabilidade da família e do professor da educação especial de cuidar desses alunos. Porém a inclusão é um processo de cidadania inerente às políticas sociais básicas e exige uma nova organização social onde se espera que todos sejam capazes de somar esforços para a sua concretização.
		Baseado na revisão bibliográfica realizada neste trabalho é perceptível que muito se sabe a respeito das características e limitações relacionadas a educação infantil, e fica evidente que a estimulação desde muito cedo, começando dentro do seio familiar é de suma importância para o desenvolvimento global das crianças. 
		A inserção de estratégias de ensino como a ludicidade direcionados a aprendizagem são parte ativa de uma educação inovadora, os benefícios são visíveis, além disso, há uma troca entre terapia motivacional e desenvolvimento cognitivo.
		A criança é um ser único, influenciada não só pelas suas características genéticas, mas principalmente pelo ambiente que a cerca. Desta forma, os profissionais envolvidos no processo devem estar atentos para orientar os cuidadores destas crianças a fim de que a estimulação seja continua, onde o ambiente seja favorável para a aquisição de suas potencialidades. Deve-se salientar aqui que os pais e demais familiares podem auxiliar nesse processo por meio de um ambiente por meio do lúdico e do afeto. 
		Diante do levantamento da bibliografia encontrada a respeito do tema foi possível concluir que existe sim um fundamento cientifico em relação a utilização dos jogos, da brincadeiras, de tudo que envolve a arte do lúdico como instrumentos adequados para o desenvolvimento integral da criança, bem como para o processo de ensino/aprendizagem. 
		No entanto também se pode observar que é preciso que haja sempre um planejamento prévio para a aplicação de uma brincadeira ou jogo, contendo objetivos para que não se torne uma atividade sem fundamentos. Há também a necessidade de se ter informações adequadas sobre a diferença entre um jogo e uma brincadeira para que ao fazer uso da estratégia se tenha o resultado buscado.
		Outro aspecto de extrema relevância é que uma coisa é brincar em casa com os pais ou amigos, bem diferente é ter a assessoria do professor nessas atividades, sempre que necessário o professor pode desafiar os seus alunos durante a brincadeira buscando assim sempre mais resultados cognitivos durante a atividade.
		O estudo teve maior ênfase no que diz respeito a importância de atividades consideradas prazerosas na Educação Infantil como forma eficaz no ensino/aprendizagem, ao final deste trabalho a visão sobre o lúdico corriqueiro na infância é essencial para seus desenvolvimento. Pois o mesmo trabalha com a fantasia, a imaginação, coordenação motora, o trabalho em grupo, a necessidade de lidar com “o perder” que estão fortemente presentes nessa fase da criança e que precisam ser levados em consideração. 
	 
Referências
BISSOTO, Maria Luisa. O desenvolvimento cognitivo e o processo de aprendizagem do portador de Síndrome de Down: revendo concepções e perspectivas educacionais. Ciências & Cognição, v. 4, n. 2, p. 80-88, mar. 2005.
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RIBEIRO, M. L. S. O jogo na organização curricular para deficientes mentais. In: KISHIMOTO, Tizuko M.(Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 10. ed., São Paulo, Cortez, 2007.
SOLER, Reinaldo, Educação física inclusiva: Em busca de uma escola plural. Rio de Janeiro: 2ª Edição: Sprint, 2009.
VYGOTSKY, L.S. Obras Escogidas: fundamentos de defectologia. Madri: Visor, v.5, 1997.
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ROPOLI, Edilene Aparecida. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva /Edilene Aparecida Ropoli... [et.al.]. -Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza] : Universidade Federal do Ceará, 2010.v. 1. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar).

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