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UNIVERSIDADE ANHANGUERA 
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL
 
ROSEMERE MARIA DE 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – 
 
 
 
 
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO A TERCEIRA IDADE
 
 
 
ROSEMERE MARIA DE JESUS – RA 9676483074
TUTOR (A): Jemima Machado 
 
LAVRAS-MG, PÓLO 4144 
JUNHO 2018 
 
0 
UNIDERP 
 TCC II 
JUNTO A TERCEIRA IDADE 
RA 9676483074 
1 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO....................................................................................3 
2. CONCEITUANDO O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO...............4 
3. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL.................................................6 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................8 
5. REFERÊNCIAS..................................................................................11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO A TERCEIRA IDADE 
 
 
 Rosemere Maria de Jesus – RA 9676483074 
 
 
 
RESUMO 
 
O problema que essa monografia busca responder é se a dinâmica de 
trabalho dos grupos de idosos que se dedicam a sociabilidade promovendo 
qualidade de vida poderia ser considerada como um fator que favorece a identidade 
capacitando na autonomia decorrente da condição físico-social das pessoas idosas. 
Com isso pretende se investigar se a participação de pessoas idosas na 
dinâmica de grupos de encontro, destinados à sociabilidade, implica no 
favorecimento do seu empoderamento, na construção positiva da velhice, 
proporcionando dessa forma qualidade de vida e ressiginificar da identidade.De 
suporte qualitativo este trabalho se delineia pela pesquisa bibliográfica como suporte 
a análise documental que será processada. 
Com o objetivo de contribuir para a utilização de análise documental, esta 
monografia apresenta o processo de uma investigação que objetivou compreender 
formas de um envelhecimento saudável. Estudos baseados em documentos com 
material primário, com revisões bibliográficas, com pesquisas historiográficas, 
extraem deles a análise, organizando-os e interpretando-os segundo os objetivos da 
investigação proposta. É, pois, o tratamento metodológico de documento que 
destacaremos neste trabalho, tendo como base nosso próprio percurso de pesquisa. 
Palavras-chave: Identidade; Sociabilidade; Idosos; Serviço Social. 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente estudo tem por objetivo apontar a importância da sociabilidade na 
melhoria da qualidade de vida dos idosos, trata-se de um trabalho ancorado em uma 
experiência pessoal, que teve como ponto de partida as ações desenvolvidas junto 
aos idosos que participam das oficinas desenvolvidas pela Universidade para 
Terceira Idade (UNITI). A UNITI é um projeto que objetiva viver a velhice com 
qualidade de vida; e para isso oferece várias atividades de grupo para pessoas 
acima de 50 anos. 
É dentro dessa perspectiva que a UNITI, busca contribuir para que os idosos 
participantes possam redescobrir possibilidades de viver sua própria vida com 
qualidade, com socialização, com respeito e com cidadania. Esse trabalho também 
objetiva fazer a aproximação entre os campos da promoção da saúde e do 
envelhecimento com o grande desafio de contribuir para um envelhecimento com 
cidadania e de forma saudável, com qualidade de vida. Para isso é necessário que 
se conheça outros desafios a serem enfrentados e que se busquem respostas para 
algumas perguntas tais como: qual a importância da sociabilidade para promover 
qualidade de vida na terceira idade? Os espaços de convivência contribuem no 
processo identitário? 
Essa problematização se dá a partir de dois pressupostos: inicialmente se o 
aumento da longevidade provoca o desempoderamento, devido à imagem negativa 
e dos estereótipos que cercam o envelhecimento. O segundo ponto de 
problematização é se os espaços de convivência de idosos favorecem para o 
empoderamento, através da valorização do envelhecer, respeitando a constituição 
de seu processo identitário. 
O objetivo de nosso debate é problematizar que a qualidade de vida na 
velhice deve ser pensada a partir da sociabilidade e de projetos preventivos que 
buscam projetar além da promoção a saúde, a educação para cidadania, o estímulo 
à habilitação cognitiva e ampliação da sociabilidade. Com isso pretende se 
investigar se a participação de pessoas idosas na dinâmica de grupos de encontro, 
destinados à sociabilidade, implica no favorecimento do seu empoderamento, na 
construção positiva da velhice, proporcionando dessa forma qualidade de vida e 
ressiginificar da identidade. 
4 
2. CONCEITUANDO O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
.O Brasil pode ser considerado um país surpreendido pela “revolução 
demográfica”, que não está preparado para acolher um grande contingente de 
idosos. Existe uma cultura que é reforçada pela mídia de que se deve consumir 
produtos que prolonguem a juventude, banindo o fantasma da velhice. 
Acredita-se na construção de um novo cenário para a velhice, levando em 
consideração duas atitudes fundamentais, como afirma Bruno: 
[...] cultivar uma cultura da tolerância, onde o respeito às diferenças 
seja o valor fundamental, e considerar o ser humano como prioridade 
absoluta, independente de sua faixa etária, na efetivação de políticas 
públicas que busquem garantir a inclusão social para todos. Dessa 
forma estamos dando passos importantes vislumbrando a 
possibilidade de se viver um tempo onde a equidade e a igualdade 
garantam a universalidade do respeito aos direitos fundamentais do 
homem. (BRUNO, 2003, p.81). 
Diante do exposto, entende-se que a velhice deve ser pensada, na sua 
totalidade, como um fator biológico e cultural, o que faz ser pensada de diferentes 
formas em diferentes sociedades. 
Compreender a velhice sob o ponto de vista cultural requer considerar as 
classificações que determinam os papéis sociais, que estabelece as relações sociais 
entre diferentes gerações. Em nossa sociedade a classificação cultural está firmada 
na cronologia, que é responsável pelo recorte social. 
Dessa forma, observa-se que a concepção cronológica privilegia uma ordem 
onde o mundo econômico e o mundo do trabalho ocupam espaço de destaque. 
Diante do que foi exposto podemos notar que estar excluído do mundo do trabalho é 
como estar excluído de outros locais sociais, impossibilitando de participar da vida 
social, e para o idoso isso não ocorre de forma diferente porque traz para si e para o 
outro o sentimento de inutilidade. Vale ressaltar que essa ordem cronológica que 
demarca a vida em estágios é própria das sociedades modernas. 
A partir do século XX, o homem vivencia transformações aceleradas, com 
readaptação à sociedade marcada anteriormente pela ordem, atualmente substituída 
5 
 
pela desordem, pelas certezas que cedem lugar às incertezas, fruto do aceleramento 
cientifico, de transição entre o novo e o velho, o concreto e o virtual, que impõe ao 
indivíduo uma nova visão paradigmática acerca do mundo e de si próprio. Como 
exemplo podemos citar doenças tidas anteriormente como sendo próprias da 
velhice, como a incontinência urinária, o Alzheimer e hoje em dia diagnosticadas em 
qualquer idade. 
Dessa forma pode-se fazer uma releitura nos estereótipos associados à 
velhice e construir uma direção para velhice participativa, ativa, com realizações, 
satisfação e alegria. Não se pode prolongar a vida de indivíduosque já 
ultrapassaram a fase adulta, quando não se oferece a eles condições para uma 
sobrevivência digna. 
É somente no convívio e na interação com outras pessoas que é possível 
ganhar características sadias para o empoderamento, isto é, controle, capacidade, 
coerência e pensamento crítico. Ocorre que o modo como a velhice é vivenciada é 
cultural, porém pode-se ter uma velhice bem sucedida e com expectativas. 
O envelhecimento é caracterizado pelo declínio das funções fisiológicas que 
não ocorrem da mesma forma para todos os indivíduos, começando por volta dos 30 
anos e estabilizando-se por três décadas, quando começam a se manifestar os 
primeiros sinais de envelhecimento. 
 Trata-se de um processo irreversível, apesar de todo avanço da medicina em 
relação às descobertas e tratamentos das doenças, o desenvolvimento de técnicas 
estéticas, entre outros. Não se pode pensar na população idosa sem articular saúde 
e doença, vale ressaltar que a maioria das doenças relacionadas ao envelhecimento 
está associada a vários fatores que podem ser comportamentais, ambientais, 
culturais e sociais. 
 
 
 
 
 
6 
3. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL 
 
Segundo Martinelli e Koumrouyan (1994), instrumental é o conjunto articulado 
de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional. 
Nesse sentido entendemos que o instrumento é estratégia ou tática por meio da qual 
se realiza a ação; a técnica é a habilidade no uso do instrumento. 
A linguagem, reconhecida por Iamamoto como um instrumento universal a 
todas as profissões, é um meio pelo qual um determinado grupo social cria uma 
identidade social, não sendo diferente para uma profissão que tem a linguagem 
como o principal recurso de trabalho, assim como é o caso do Serviço Social, ou 
seja, o Assistente Social diz quem ele é a partir das formas de comunicação e de 
interação que ele estabelece com a população atendida ou para com quem se 
estabelece uma relação. Nesse sentido, é fundamental que o Assistente social saiba 
falar e escrever corretamente, além de comunicar-se articuladamente. A partir daí se 
cria uma identidade social de um profissional competente, que articula teoria e 
prática. 
A partir desse entendimento analisaremos alguns instrumentos, porém de 
forma sucinta, com ênfase nos mais utilizados pelo profissional de Serviço Social da 
UNITI. Iniciaremos pelo recurso da observação participante, que ultrapassa o 
simples fato de apenas olhar, significando estar sempre atento e direcionado, no 
sentido de ir além de observar, trata-se de interagir com o outro, e participar 
ativamente do processo de observação. 
A entrevista é basicamente um diálogo, podendo ser um processo de 
entrevista individual, ou entrevista grupal. Contudo, o que diferencia a entrevista de 
um diálogo comum é o fato de existir um entrevistador e um entrevistado. É 
importante ressaltar que, o Assistente Social por ser um observador participante, 
pode emitir suas opiniões, a partir dos conhecimentos que possui. Desse modo, 
entrevistar é mais do que uma “conversar”: requer um rigoroso conhecimento 
teórico-metodológico, a fim de possibilitar um planejamento da entrevista, no sentido 
alcançar os objetivos estabelecidos para sua realização. 
7 
 
As dinâmicas de grupo nas reuniões são recursos utilizados pelo profissional 
de Serviço Social em diferentes momentos de sua intervenção. Podendo ser 
utilizados como forma de levantar um debate sobre determinado tema com um 
número maior de usuários. Neste caso o Assistente Social age como um agente que 
induz situações que levem à reflexão do grupo. Isso requer habilidades teóricas, 
como uma postura política democrática, mas também uma necessidade de controle 
do processo da dinâmica que impede que esse recurso se torne uma brincadeira e 
perca seu principal objetivo. 
Assim as dinâmicas de grupo, otimizam as reuniões, que são encontros 
grupais, que têm como objetivo estabelece reflexões sobre um determinado tema. 
Sobretudo, uma reunião tem como principal objetivo a tomada de uma decisão sobre 
um assunto específico. 
O espaço onde o desenrolar de tomada de decisões acontece é um espaço 
essencialmente político, pois diferentes interesses estão em confronto. Isso requer 
do profissional uma competência teórica e política, de modo que a reunião possa 
alcançar o objetivo de tomar uma decisão que envolva todos os seus participantes. 
O que vale ressaltar é que, independente do instrumento que o profissional se 
aproprie, a dimensão ético-política deve ser constantemente refletida, pensada e 
analisada. É importante destacar que o nosso modus operandi deve estar em plena 
sintonia com o projeto ético-político que, hoje, defende o Serviço Social, para não 
cairmos nas teias do conservadorismo e do tecnicismo, tão presentes na trajetória 
histórica da nossa profissão. 
 As reuniões permitem que os indivíduos participantes se deparem com muitas 
formas de viver uma mesma situação, possibilitando um conhecimento amplo e 
aumentando a experiência de cada componente. 
Atualmente, verificamos uma crescente movimentação de segmentos sociais 
mais envelhecidos em busca de alternativas de envelhecimento, onde o idoso busca 
inserir-se em grupos a partir de programas voltados para a socialização, numa 
tentativa de sair da rotina do dia-a-dia, acompanhando a complexidade que o mundo 
moderno oferece, resultando na possibilidade de melhoria da sua qualidade de vida. 
8 
Desse modo agrupado o idoso ganha visibilidade e, participa mais ativamente 
da vida social, o que contribui para novos modelos de velhice que se afastam 
daqueles onde o tornar-se idoso é, muitas vezes, sinônimo de isolamento e 
sofrimento, num processo contínuo de estancamento de sua capacidade de inventar 
e reinventar seu modo de vida. 
É visualizando esse contexto que a UNITI vem contribuir para a superação do 
preconceito e a discriminação culturais sentidas, fazendo com que os idosos se 
sintam participativos, ousados, criativos, tendo o desejo de realizarem coisas novas 
que alimentem seu cotidiano e a sua alma na construção da sua identidade. As 
vivencias individuais e grupais enquanto relatos de experiências no cotidiano das 
relações, são importantes registros, memórias de fazeres que onde se contam 
histórias e traçam no tempo, experiências que são reflexos do recorte de uma certa 
realidade. 
Mas cabe também à prática cotidiana através do trabalho com diversos 
grupos de idosos, problematizando questões relativas ao envelhecimento. O objetivo 
do trabalho é contribuir para o envelhecimento ativo e saudável, assim como para 
socialização de informações referentes aos direitos sociais dos idosos presentes na 
legislação social brasileira incluindo a capacitação e mobilização para a participação 
social deles nas instâncias coletivas de decisão política, em especial nos conselhos 
dos direitos dos idosos, e nos demais espaços de discussão política/social e 
mobilização como movimentos sociais, entre outros, além de contribuir para o 
desenvolvimento da sociabilidade no ambiente familiar e/ou comunitário. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A sociabilidade e principalmente a atividade física tem implicações sobre a 
qualidade e expectativa de vida, no entanto é importante que traga satisfação 
pessoal ao idoso, uma vez que oferece significado à existência, ocorrendo dessa 
forma uma interação social significativa, prevenindo doenças e prolongando o tempo 
de vida. 
9 
 
O que queremos afirmar é que envelhecer satisfatoriamente não é ficar à 
margem. É acompanhar as transformações, mantendo seu espaço, sua identidade e 
sua relação com o meio. É necessário que conscientizemque a velhice não significa 
o fim das atividades dos seres humanos, mas que ser velho é uma conquista e que 
investir na terceira idade é essencial. 
Nessa perspectiva, os projetos com idosos que tem como foco a sociabilidade 
possuem um caráter preventivo, na medida em que criam um olhar onde os idosos 
se sintam pessoas úteis à sociedade elevando a autoestima. Nesse sentido, a 
sociabilidade abre espaços de inserção social para o idoso pelos caminhos da 
criatividade e da autonomia uma vez que se reconhece no homem velho um 
produtor de saberes. 
“Atualmente o serviço social está inserido coordenando diversos projetos do 
programa, entre eles: “direitos sociais, protagonismo e exercício da cidadania na 
terceira idade”,” laboratório de multimídia da Universidade para Terceira Idade: a 
inclusão digital como estímulo às habilidades cognitivas e à sociabilidade dos 
idosos”, “curso de promoção dos direitos e da saúde do idoso”, também chamado de 
“turma do ano” por causa da periodicidade, que é anual; e “Oficina de memória, 
esquecimento e jogos de multimídia”. 
Em relação aos projetos coordenados pelo serviço social, o primeiro, Direitos 
sociais, protagonismo e exercício da cidadania na terceira idade, têm como 
objetivos: contribuir para a criação de condições para promoção da autonomia, 
integração e participação efetiva do idoso na sociedade, democratizar as 
informações sobre os direitos sociais dos idosos, garantir oportunidades para que os 
idosos possam adquirir atualizar e produzir novos conhecimentos; Incentivar o 
protagonismo dos idosos na sociedade, capacitando-os para a mobilização social 
em prol da garantia e ampliação dos seus direitos, estimular os idosos ao exercício 
da cidadania, aprofundar os estudos sobre os direitos sociais dos idosos analisando 
os avanços e limites da legislação pertinente a este público, Oferecer o projeto como 
campo interdisciplinar de estágio e de pesquisas para alunos de graduação dos 
cursos do PUCG/UFF e outras instituições. 
A Política Nacional do Idoso é um avanço significativo no tocante aos direitos 
dos idosos. Vimos que desde a Constituição Federal de 1988, tem ocorrido uma 
10 
preocupação em garantir proteção social a este grupo etário. A lei nº8842/94, 
regulamentada em 1996, pelo decreto 1948/96, que dispõe sobre a Política Nacional 
do Idoso, ao reconhecer os idosos como portadores de direitos, favorece 
qualitativamente na busca da autonomia, integrando esse segmento social na vida 
da sociedade. 
Dentre outras legislações que buscam universalizar os direitos dos idosos, 
analisamos também o “Estatuto do Idoso”, aprovado em 21 de agosto de 2003 pelo 
Congresso e transformado em lei. 
Contudo, mesmo diante dos avanços da legislação, ainda há muito por ser 
feito para que os idosos possam vivenciar a cidadania em seu sentido pleno. O 
contexto sócio etário estabelece uma sociedade intrageracional, ou seja, onde todos 
os membros se sintam co-participantes de suas estruturas econômicas, políticas e 
sociais. 
Registre-se que envelhecer não implica em deterioração física e mental, pois 
varia quanto ao estilo de vida de cada pessoa e da forma que se enxerga a velhice. 
Se considerarmos a saúde de forma ampliada é essencial algumas mudanças em 
direção ao ambiente social e cultural que favoreça a população idosa. 
Ocorre que o envelhecimento se revela como um grande paradoxo humano, 
já que ficar velho e morrer ninguém quer. Entretanto, se não morremos, 
envelhecemos. Assim, o envelhecimento deve ser visto como uma conquista. 
A qualidade de vida na velhice faz parte de um contexto que envolve esse 
processo, uma vez que a velhice é o resultado de uma vivencia. Envelhecer é uma 
conquista que faz parte da condição humana e envelhecer com qualidade de vida é 
essencial. Para tanto, é preciso apreender os determinantes que conformam a 
identidade dessa faixa etária. 
O presente trabalho não finaliza as reflexões sobre o tema da importância da 
sociabilidade, como estratégia da melhoria de vida dos idosos. Ao contrário, os 
projetos que articulam saúde/educação são necessários no favorecimento da 
ampliação dos direitos de cidadania dos idosos. 
11 
 
A convivência em grupo, não apenas amplia a rede social, mas pode ser 
configurado como lugar pertinente para a ressignificação dos valores negativos 
associados ao processo de envelhecimento, favorecendo no enfrentamento aos 
estereótipos relacionados à velhice, além disso, existe o fato de socializar 
atividades, que além de ocupar o idoso de forma produtiva, leva a convivência de 
novas amizades criando um companheirismo, se constituindo um avanço um avanço 
considerável na melhoria das condições de vida do idoso, elevando a autoestima 
combatendo os males do corpo e da alma. 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
 
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Brasília, DF: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004. 
 
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