Buscar

Portfólio UTA março 2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
JULIANA CRISTINA BELUZIO, 138117, Turma 2016/12
POLO DE APOIO PRESENCIAL GUARATUBA
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Um olhar sobre o passado com vistas ao futuro...
	Nasci em 1978, na década onde aconteceu a primeira transmissão colorida de televisão no Brasil, um avanço imensurável à época, um passo, pequeno, que permitiu a sequência de avanços tecnológicos que nos fizeram chegar ao alto nível de comunicação que nos encontramos na atualidade.
	Aprendi a ler e a escrever aos quatro anos de idade, com minha avó Ruth, a pessoa mais bondosa que conheci na vida, que me ensinou o traçado das letras manuscritas em papel de pão. Hoje, ela descansa em um bom lugar e as marcas de sua bondade, paciência e sabedoria ainda estão em meu coração. Eu queria ser professora, mesmo antes de ir para a escola e de saber o que uma professora realmente fazia.
	Iniciei meus estudos na década de 80, primeira série, ensino tradicional, crianças enfileiradas começando pelo A, E, I, O, U. Lembro-me da sala, onde ainda havia um palco que colocava o professor, num patamar superior aos seus “ignorantes” alunos. E principalmente do dia em que a supervisora chamou minha mãe na escola e pediu a ela que me deixasse em casa por mais um ano. Eu era nova, só tinha seis anos, mas já sabia ler e escrever com fluência, não iria reprovar. Iria terminar o segundo grau com dezesseis, e ter problemas para começar a “faculdade”, argumentou ela na sentença condenatória. Tão cedo na vida fui penalizada, por ser inteligente, por saber demais. Mal sabia ela dos percalços da vida que eu levaria e que a “faculdade” nem chegaria assim, tão cedo, em minha história.
	Ano após ano fui construindo minha história escolar, com professores que marcaram minha vida, com as dificuldades financeiras de minha família e o Magistério me colocou mais perto do meu sonho de infância. A vinda para Guaratuba, no meio do curso, me abriu as portas necessárias para em 1998 eu realizar meu primeiro concurso público municipal, ser aprovada e começar a trabalhar já na primeira chamada, em uma turma indisciplina e com muita dificuldade de aprendizagem. Um grande desafio que superei graças às bases educacionais firmes que conquistei. 
No ano 2000 fui premiada a nível estadual com o Programa Agrinho do SENAR/FAEP e marquei a minha trajetória como professora, a primeira do município a conquistar o primeiro lugar em um concurso dessa natureza, trazer para cá um carro zero quilômetro, sair na capa do jornal da cidade ao lado da Secretária da Educação, uma verdadeira façanha para uma moça no alto de seus vinte e dois anos de vida e carinha de quinze. Talvez isso tenha mostrado o tamanho da minha capacidade e dois anos depois fui nomeada para a direção de uma escola municipal. Assumi um cargo com múltiplas funções, era ao mesmo tempo diretora, coordenadora, orientadora educacional e secretária na escola com aproximadamente cento e vinte alunos e coloquei o nome da escola no mapa do Estado ao coordenar um novo Projeto Agrinho vencedor, desta vez não em meu nome, já que não era professora regente, mas sob o meu trabalho nos bastidores: fui eu quem elaborei o projeto, todas as atividades que foram aplicadas por todas as turmas da escola e redigi o relatório premiado. 
	No ano de 2006, na primeira turma de Normal Superior da Uninter em Guaratuba, lá estava eu, buscando seguir meus estudos, mas como em minha vida nada nunca foi fácil, as condições financeiras se fizeram mais fortes, e como à época, era chefe de família, tive que optar pelo adiamento do sonho. 
Em 2009 deixei o Magistério para seguir a carreira de mãe de uma menina linda, minha princesa da qual muito me orgulho deixei o Magistério e me dedico a atividades de venda autônomas para ter a liberdade de fazer meus horários e conseguir cuidar da minha filha e agora, anos depois volto a sonhar com a graduação, no objetivo de voltar ao Magistério em alguns anos. Sempre fui uma ótima aluna em Matemática e a escolha da licenciatura em detrimento à Pedagogia se deu pelo campo de trabalho, mais extenso nesse segmento na segunda etapa do Ensino Fundamental ao qual pretendo atuar futuramente.
Minha filha ainda é nova, tem apenas oito anos, não tenho carro e o ensino presencial noturno para mim seria inviável. A escolha da Ead atende aos objetivos de prosseguir os estudos e ter a liberdade de planejar e ocupar melhor o tempo livre dentro de casa utilizando o computador e a internet para assistir aulas, visualizar materiais pelo Youtube, ler artigos publicados e livros além dos livros impressos para cada disciplina.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o ensino Ead possui particularidades que o tornam superior ao ensino presencial em qualidade, à medida que disciplina um aluno que está dentro de sua casa e precisa aprender a estudar, a separar o seu tempo de aprendizagem, a correr atrás do conhecimento e principalmente aprimorar sua capacidade de compreensão para interpretar materiais escritos sem a figura de um professor presencial. Embora se saiba que podemos contar com o tutor no polo e com atendimento de dúvidas online é preciso aprender a aprender, e encontrar em si mesmo a motivação para numa tarde ensolarada assistir uma aula interativa ao invés de estar à beira mar tomando uma água de coco. 
	Do alto dos meus trinta e nove anos, sei que não há mais tempo a perder, e estou me esforçando para aprender o máximo em cada disciplina, pois pretendo voltar ao mercado de trabalho graduada, informada e atualizada para atender da melhor maneira possível uma clientela que mais do que nunca, precisa de professores que assumam seu papel e ajudem essa geração a se tornar cidadã.

Outros materiais