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Direitos Humanos aula 8

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Direitos Humanos
Aula 8 - O Sistema Interamericano de DH
INTRODUÇÃO
No cenário de proteção aos DH, um documento se destaca: é o Pacto de São José da Costa Rica (ainda conhecido
como Convenção Americana de DH), que se coloca como o principal eixo normativo da proteção dos DH nas Américas.
Essa proteção tem sido chamada de Sistema Interamericano de DH, que é o grande tema de estudo desta aula.
O Sistema Interamericano será abordado a partir do contexto da OEA. Em seguida, exploraremos seus instrumentos
normativos, chamando atenção para a Carta da OEA e para a Convenção Americana de DH – conhecida como Pacto de
San (ou São) José da Costa Rica, já mencionado acima.
Por �m, discutiremos a importância do protocolo Adicional de San Salvador para o Sistema Interamericano de DH, que
introduziu a dimensão social ao sistema de DH americano.
OBJETIVOS
Apresentar o Sistema Interamericano de DH no contexto da OEA;
Descrever seus instrumentos normativos;
Analisar o Pacto de São José da Costa Rica e o Protocolo Adicional de San Salvador.
VÍDEO
Assista ao programa Direito sem Fronteiras, transmitido em 18 de set de 2012, sobre o Pacto de São José da Costa
Rica, isto é, a Convenção Americana de Direitos Humanos (glossário). O Brasil aderiu ao Pacto em 1992, poucos anos
após o �m da ditadura militar no país. A in�uência da Convenção na abertura política e na legislação brasileira são
assuntos debatidos pelo subprocurador-geral da República e professor de Direitos Humanos da Universidade da
Paraíba, Luciano Maia, e pelo professor de Direito Internacional da UNB, George Galindo.
Em seguida, responda? O que signi�ca o Pacto de São José da Costa Rica?
Resposta Correta
A OEA E O SISTEMA INTERAMERICANO DE DH
Imagem: oas.org
A Organização dos Estados Americanos - OEA
A Organização dos Estados Americanos é o mais antigo organismo regional do mundo. A sua origem remonta à
Primeira Conferência Internacional Americana, realizada em Washington (glossário) - D.C., nos EUA, de outubro de 1889
a abril de 1890. Esta reunião resultou na criação da União Internacional das Repúblicas Americanas, quando começou
a se tecer uma rede de disposições e instituições, dando início ao que �cará conhecido como “Sistema
Interamericano”, o mais antigo sistema institucional internacional.
A OEA foi fundada em 1948 com a assinatura, em Bogotá, Colômbia, da Carta da OEA (glossário), que entrou em vigor
em dezembro de 1951.
O Brasil assinou a carta fundadora em 1948 e pelo Decreto no. 30.544 (glossário), de 14 de fevereiro de 1952, a mesma
foi promulgada em nosso país.
Posteriormente, a Carta foi emendada:
Pelo Protocolo de Buenos Aires, assinado em 1967, e que entrou em vigor em fevereiro de 1970;
Pelo Protocolo de Cartagena das Índias, assinado em 1985, e que entrou em vigor em 1988;
Pelo Protocolo de Manágua, assinado em 1993, e que entrou em vigor em janeiro de 1996;
Pelo Protocolo de Washington, assinado em 1992, e que entrou em vigor em setembro de 1997.
A Organização foi criada para alcançar nos Estados-membros, como estipula o Artigo 1º da Carta, “uma ordem de paz
e de justiça, para promover sua solidariedade, intensi�car sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade
territorial e sua independência”.
Hoje, a OEA congrega Estados independentes do continente americano (Américas do Norte, Central , do Sul e Caribe).
Além disso, constitui o principal fórum governamental político, jurídico e social do hemisfério. Além disso, a
Organização concedeu o estatuto de observador permanente a 69 Estados e à União Europeia (EU).
A sede da OEA está na cidade de Washington, capital dos EUA.
Para atingir seus objetivos mais importantes, em 2014, a OEA adotou quatro pilares que constam da “Visão Estratégica
da OEA” (AG/RES. 2814/14).
Nos termos da resolução, “a OEA é o fórum hemisférico de caráter político integrado por todos os países das Américas
que, em condições de igualdade e de maneira interdependente, fortalece a democracia, promove e protege os direitos
humanos, incentiva o desenvolvimento integral, e fomenta a segurança multidimensional, em benefício do bem-estar
com justiça e inclusão social dos povos das Américas”.
Edifício sede da OEA. Fonte: Galeria de Fotos OEA.
Os pilares da OEA são:
Os Propósitos da OEA
Para realizar os princípios em que se baseia e para cumprir com suas obrigações regionais, de acordo com a Carta das
Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos estabelece como propósitos essenciais os seguintes:
Fonte da Imagem:
Garantir a paz e a segurança continentais;
Promover e consolidar a democracia representativa, respeitado o princípio da não intervenção;
Prevenir as possíveis causas de di�culdades e assegurar a solução pací�ca das controvérsias que surjam entre seus
membros;
Organizar a ação solidária destes em caso de agressão;
Procurar a solução dos problemas políticos, jurídicos e econômicos que surgirem entre os Estados-membros;
Promover, por meio da ação cooperativa, seu desenvolvimento econômico, social e cultural;
Erradicar a pobreza crítica, que constitui um obstáculo ao pleno desenvolvimento democrático dos povos do
Hemisfério;
Alcançar uma efetiva limitação de armamentos convencionais que permita dedicar a maior soma de recursos ao
desenvolvimento econômico-social dos Estados-membros.
OS PRINCÍPIOS DA OEA
Os Estados americanos se comprometem com os seguintes princípios que deverão orientar a atuação dos estados
interna e externamente:
Estados-Membros da OEA
A OEA é composta por 35 países independentes que integram o continente americano e que rati�caram a Carta da OEA
. O Brasil faz parte a OEA desde a sua criação.
Conforme indica a própria OEA em seu sítio o�cial, estes são os estados-membros da Organização:
Quanto a Cuba, em 3 de junho de 2009, pela 39ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, a
Resolução de 1962 (que excluiu o Governo de Cuba de sua participação no sistema interamericano) cessa seu efeito
na Organização dos Estados Americanos (OEA). Ficou estipulado que a participação da República de Cuba na OEA será
o resultado de um processo de diálogo iniciado na solicitação do Governo de Cuba, e de acordo com as práticas,
propósitos e princípios da OEA.
Faça agora um tour (glossário) virtual pela OEA.
OS INSTRUMENTOS NORMATIVOS DO SISTEMA INTERAMERICANO DE
DH
Os principais instrumentos do sistema interamericano são, entre outros, a Convenção Americana de Direitos Humanos
e seu Protocolo Adicional, como estudaremos a seguir.
Além desses dois grandes instrumentos, a partir dos anos 1980, há vários outros instrumentos voltados para uma
proteção especí�ca de DH. Entre eles citamos:
Declaração de Cartagena sobre Refugiados (1984);
Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1985);
Protocolo para a Convenção Americana de Direitos Humanos para Abolir a Pena de Morte (1990);
Convenção Interamericana Sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas (1994);
Convenção Interamericana Para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher (1994);
Convenção Interamericana Para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de
De�ciência (1999);
Proposta de Declaração Americana Para os Direitos dos Povos Indígenas (1997);
Declaração de Direitos Humanos e Meio Ambiente (2003).
INDICAÇÃO DE LINK
Para ler mais, clique aqui (glossário).
Fonte da Imagem:
A convenção interamericana baseia-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos e procura consolidar entre os
países das Américas um regime de liberdade pessoal e de justiça social, fundado no respeito aos direitos humanos
essenciais, independentemente do país onde a pessoa resida ou tenha nascido.
O pacto também possui bastante semelhança com o PIDCP e o PIDESC, só que aqui voltado para os interesses do
continente americano, onde somente os Estados-membros da OEA podem fazer parte do Pactode San José, isto
porque devem pertencer ao Continente Americano.
Um Estado que faça parte da Carta da OEA não está necessariamente vinculado ao Pacto de San José. Deve haver
adesão individual de cada país, rati�cando seu interesse de fazer parte.
O Pacto de San José basicamente dispõe sobre os direitos de 1ª dimensão – isto é, os direitos de liberdade (civis e
políticos) - sendo bastante genérico em relação aos direitos de 2ª dimensão (direitos sociais, econômicos e sociais).
Foi por isso que foi elaborado o Protocolo de San Salvador (1988), para suprir essa falta, como veremos em seguida.
Assim, hoje o Pacto abraça o ideal do ser humano livre, isento do temor e da miséria e sob condições que lhe permitam
gozar dos seus direitos econômicos, sociais e culturais, bem como dos seus direitos civis e políticos.
O documento é composto por 81 artigos, incluindo as disposições transitórias, que estabelecem os direitos
fundamentais da pessoa humana, como o direito à vida, à liberdade, à dignidade, à integridade pessoal e moral, à
educação, entre outros. A convenção proíbe a escravidão e a servidão humana, trata das garantias judiciais, da
liberdade de consciência e religião, de pensamento e expressão, bem como da liberdade de associação e da proteção à
família.
Iremos agora trabalhar com alguns temas destacados do Pacto de San José da Costa Rica:
PROTOCOLO ADICIONAL DE SAN SALVADOR
Fonte da Imagem: Juan Manuel Herrera - OAS/OEA. Salón de Los Héroes. Washington, DC
O Protocolo Adicional de San Salvador (glossário) foi assinado em 17 de novembro de 1988. No entanto, entrou
o�cialmente em vigor, apenas em 1999, após obter o numero mínimo de rati�cações necessárias para tanto.
O Brasil o rati�cou em 21 de agosto de 1996 e o mesmo foi promulgado pelo Decreto 3321 (glossário) de 30 de
dezembro de 1999.
Este Protocolo Adicional foi criado para suprimir as necessidades do Pacto de San José da Costa Rica, que foi tímido
quantos aos direitos econômicos, sociais e culturais, trazendo apenas obrigações.
O Protocolo de San Salvador, por sua vez, foi mais explícito em relação a esses direitos. E em seu art. 1° estabelece a
necessidade de comprometimento pelos Estados-parte em assegurar o estabelecimento dos direitos por ele
consagrados de forma progressiva.
Aborda temas como:
Direito do trabalho;
Direitos sindicais (inclusive direito à greve);
Direito à previdência social;
Direito à saúde;
Direito a um meio ambiente sadio;
Direito à alimentação;
Direito à educação;
Direito aos benefícios da cultura;
Direito à constituição e proteção da família;
Direito da criança;
Proteção de pessoas idosas;
Proteção de de�cientes.
Além disso, traz mecanismos de proteção para os direitos assegurados, como a elaboração de relatórios pelos
Estados.
VÍDEO
Assista à animação Para sempre, de 2014, da Produtora Casulo Estúdio. O vídeo é uma homenagem às mães e
inspirado no poema “Para sempre” de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.
Liste ao menos três direitos protegidos pelo Sistema Interamericano de DH que são representados na animação e
aponte sua base normativa.
Resposta Correta
Glossário
CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
Pacto de San José da Costa Rica. texto integral disponível em:
http://www.pge.sp.gov.br (http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/sanjose.htm)
WASHINGTON, DC
É a capital dos Estados Unidos. D.C. é a abreviatura de Distrito de Colúmbia (em inglês: District of Columbia), onde a cidade está
localizada. O Distrito é governado diretamente pelo Congresso estadunidense. E oss habitantes de Washington não possuem
representantes com o poder de voto no Congresso. A construção de Washington iniciou-se em 1792, sendo inaugurada em 1800,
no mesmo ano em que tornou-se a capital americana. Washington foi nomeada em homenagem ao primeiro Presidente
americano, George Washington, enquanto que o termo District of Columbia deriva de um antigo nome poético dos Estados
Unidos, Colúmbia.Washington está situado no leste do país na margem norte do Rio Potomac. Segundo o censo de 2010 , a
população da cidade é de 601 723 habitantes, enquanto que sua região metropolitana possui cerca de 5,5 milhões de habitantes
(8 milhões juntamente com a região metropolitana de Baltimore, localizado a 100 km de Washington). É a 24.ª cidade mais
populosa do país. Washington abriga as sedes dos três braços do governo americano, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
Além disso, a cidade abriga também as sedes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, da Organização dos Estados
Americanos, entre diversas outras instituições nacionais e internacionais.
Fonte: Wikipédia.
CARTA DA OEA
texto integral disponível em: http://www.oas.org (http://www.oas.org/dil/port/tratados_A-
41_Carta_da_Organiza%C3%A7%C3%A3o_dos_Estados_Americanos.htm)
DECRETO NO. 30.544
Texto integral disponível em: http://www2.camara.leg.br (http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1950-1959/decreto-30544-
14-fevereiro-1952-340000-publicacaooriginal-1-pe.html)
DECRETO 678
texto integral disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D0678.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D0678.htm)
GUERRA DECLARADA E PENA DE MORTE NO BRASIL
Para a Constituição de 1988, para que efetivamente seja declarada guerra deve ser observada a disciplina o artigo 84 Inciso XIX ,
que determina competir ao Presidente da República declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total
ou parcialmente, a mobilização nacional. Ela será executada nos termos do Código Penal Militar (CPM) e Código de Processo
Penal Militar. Segundo o artigo 56 do CPPM, será executada por fuzilamento, depois que a sentença de�nitiva for comunicada ao
Presidente da República, tendo transcorrido sete dias após essa comunicação (artigo 57 com e 707, §3º, do CPPM). O artigo 708
do COM exara que a “execução da pena de morte lavrar-se-á ata circunstanciada que, assinada pelo executor e duas testemunhas,
será remetida ao comandante-chefe, para ser publicada em boletim.” Porém, quando a pena de morte for imposta em zona de
operações de guerra, pode ser imediatamente executada, quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares; ou seja,
em casos excepcionalíssimos (artigo 57, parágrafo único do CPM). O CPM apresenta várias hipóteses que possibilitam a
aplicação de pena de morte, em caso de guerra declarada: traição (art.355), favorecimento ao inimigo (art.356), fuga em presença
do inimigo (art. 365), insubordinação (art. 387), etc.
PROTOCOLO ADICIONAL DE SAN SALVADOR
Texto integral disponível em: 
http://www.cidh.org (http://www.cidh.org/Basicos/Portugues/e.Protocolo_de_San_Salvador.htm)
DECRETO 3321
Texto integral disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3321.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3321.htm)

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