Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
PROCESSO LEGISLATIVO Medida Provisória (Aula 15) Profº Osni Moritz CONCEITO “Em casos de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional” (Art. 62 da CF/88) ATENÇÃO! Governador e Prefeito também podem?! Somente se houver a previsão na Constituição Estadual ou na Lei Orgânica Municipal (Regra de repetição permitida ou facultativa) ATENÇÃO! O que seriam essas Medidas de relevância e urgência? – Caráter político (Poderes Executivo e Legislativo), não passíveis de apreciação pelo Poder Judiciário (RE 62.739-SP) PRAZO DE VIGÊNCIA “A Medida Provisória perde a eficácia, desde a sua edição, se não for convertida em lei no prazo de 60 dias” (EC 32/2001) Admite-se a prorrogação automática por mais 60 dias, uma única vez, caso o prazo original se esgote sem a apreciação da MP pelas duas Casas do Congresso Nacional. “Os prazos são contados da publicação da MP e ficam suspensos durante os períodos de recesso do Congresso Nacional” (Art. 62, §4º da CF/88) PRAZO DE VIGÊNCIA “Havendo MP em vigor na data da Convocação Extraordinária, elas serão automaticamente incluídas na pauta de votação” (Art. 57, §8º da CF/88) A MP rejeitada pelo Congresso Nacional ou que perder a sua eficácia pelo decurso do prazo, não poderá ser novamente editada na mesma sessão legislativa. A MP declarada inconstitucional pelo STF não poderá ser novamente editada pelo presidente da República, sob pena de crime de responsabilidade (Art. 85, II e VII da CF/88) As MPs editadas até a data da EC 32/2001 continuam em vigor até serem revogadas expressamente por MP posterior ou até a deliberação definitiva do Congresso Nacional. TRAMITAÇÃO DA MP Editada a MP pelo Presidente da República, este deverá submetê-la de imediato ao Congresso Nacional. No Congresso nacional, inicialmente será analisada sua constitucionalidade por Comissão Mista (Deputados e Senadores) e em seguida será votada em sessão separada, nos plenários de cada uma das Casas Legislativas. (Não se sujeita à votação por Comissões!) Caso, em 45 dias, não seja apreciada, a MP entrará em regime de urgência, sobrestando a deliberação das Casas até o fim das votações. APROVAÇÃO E REJEIÇÃO DA MP Aprovação sem Emendas Será promulgada pelo presidente do Senado, que encaminhará o texto (em autógrafos) ao presidente da República para Publicação Considera-se convertida em lei com a APROVAÇÃO Rejeição Pode ser Expressa ou Tácita (pelo decurso do tempo) O Congresso Nacional terá o prazo de 60 dias para disciplinar (por Decreto Legislativo) as relações jurídicas decorrentes da MP rejeitada. Não observado o prazo, as relações jurídicas continuarão regidas pela MP (Caráter de Lei Temporária) Aprovação com Emendas O Congresso deverá elaborar projeto de lei de conversão e submetê-lo à sanção e veto do Presidente da República Sancionado o projeto de lei de conversão com as alterações, o Congresso Nacional deverá fazer e apresentar um projeto de decreto-legislativo , em 60 dias, disciplinando as relações jurídicas decorrentes da redação original da MP Vetado o projeto de lei de conversão, a MP será considerada rejeitada. MATÉRIAS QUE NÃO PODERÃO SER DISCIPLINADAS POR MP Nacionalidade, Cidadania, Direitos Políticos, Partidos Políticos e Direito Eleitoral; Direito Penal, Processual Penal e Processual Civil; Organização do Poder Judiciário e do MP, a carreira e a garantia dos seus membros; Planos Plurianuais, Diretrizes Orçamentárias, Orçamento e Créditos Adicionais e Suplementares, ressalvado as despesas imprevisíveis e urgentes do Art. 167, §3º da CF/88; Que vise à detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou de qualquer outro ativo financeiro; Reservadas à Lei Complementar; Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República; Relativa às competências exclusivas do Congresso Nacional e suas Casas.
Compartilhar