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pos edital policia civil do para investigador 2016 portugues p pc pa todos os cargos com videos au(4)

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Aula 05
Português p/ Polícia Civil-PA (Todos os Cargos) - Com videoaulas
Professores: Equipe Rafaela Freitas, Rafaela Freitas
Português p/ PC-PA 
Investigador, Escrivão e Papiloscopista 
Teoria e Questões Comentadas 
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL 
 
Olá, alunos! Vamos começar mais uma aula! 
Vamos falar sobre uma das regras do bem falar e do bem escrever: 
concordância nominal e verbal. Um texto coeso é aquele que, além de 
outros aspectos, tem a concordância impecável! Veremos as regras e os usos, 
bem como as exceções, hehe! 
 
Temos muito trabalho pela frente! Vamos para a aula! 
 
SUMÁRIO 
CONCORDÂNCIA NOMINAL.....................................................................02 
CONCORDÂNCIA VERBAL.......................................................................10 
RESUMO..............................................................................................26 
QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................27 
LISTA DE QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS NESTA AULA...................59 
GABARITO............................................................................................86
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................87 
 
 
 
 
 
³1mR�p�D�IRUoD�GR�JRWHMDU�GD�iJXD�TXH�IXUD�D�SHGUD��PDV�VLP�D�
persistência incansável desta ação´ 
Ivan Teorilang 
 
 
 
 
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CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Na concordância nominal, os determinantes do substantivo (adjetivos, 
numerais, pronomes adjetivos e artigos) são flexionados (em gênero e em 
número) para se adequarem a ele (ou ao pronome substantivo ou numeral 
substantivo) a que se referem na frase. 
 
 
A concordância nominal é a adequação entre o substantivo e os 
seus determinantes, que podem ser adjetivos, numerais, pronomes 
adjetivos e artigos! 
 
O problema da concordância nominal ocorre quando o adjetivo se 
relaciona a mais de um substantivo e surgem palavras ou expressões que 
causam dúvida. 
 
Observe estas frases: 
1) Aquele beijo foi dado num inoportuno lugar e hora. 
2) Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportuna. 
3) Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. 
 
Explicando... 
1) O adjetivo inoportuno está concordando com o substantivo mais 
próximo no masculino singular: lugar. 
2) O adjetivo inoportuna, agora posposto aos substantivos, concorda 
com o mais próximo: hora. 
3) Neste caso, o adjetivo inoportunos concorda com os dois 
substantivos, estando no masculino plural: lugar e hora. 
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Observe que, para concordar com os dois substantivos, o adjetivo 
ficou posposto a eles. 
 
REGRA GERAL - a partir desses exemplos, pode-se formular o 
princípio de que o adjetivo anteposto concorda com o substantivo 
mais próximo. Mas, se o adjetivo estiver depois do substantivo, 
além da possibilidade de concordar com o mais próximo, ele pode 
concordar com os dois termos, ficando no plural, indo para o 
masculino se um dos substantivos for masculino. 
 
9 Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve 
estar sempre no plural (As simpáticas Joana e Marta agradaram a todos). 
 
9 Quando o adjetivo tiver função de predicativo, concorda com todos 
os núcleos a que se relaciona. (São calamitosos a pobreza e o desamparo / 
Julguei insensatas sua atitude e suas palavras). 
 
E o que é um predicativo? 
É o termo da oração que dá características ou ao sujeito da oração ou ao 
objeto (complemento verbal). Assim, nos exemplos: 
 
São calamitosos a pobreza e o desamparo. 
Calamitosos�� SUHGLFDWLYR� GR� VXMHLWR� FRPSRVWR� ³a pobreza e o 
desamparo´� 
 
Julguei insensatas sua atitude e suas palavras. 
Insensatas�� SUHGLFDWLYR� GR� REMHWR� GLUHWR� ³VXD� DWLWXGH� H� VXDV� YHUGDGHV´�
GR�YHUER�³MXOJDU´� 
Sujeito oculto: eu 
 
 
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9 Quando um substantivo determinado por artigo é modificado por 
dois ou mais adjetivos, podem ser usadas as seguintes construções: 
 
a) Estudo a cultura brasileira e a portuguesa. 
b) Estudo as culturas brasileira e portuguesa. 
(QWHQGD�� R� VXEVWDQWLYR� ³FXOWXUD´� HVWi� VHQGR� PRGLILFDGR� SHORV� DGMHWLYRV�
³EUDVLOHLUD´�H� ³SRUWXJXHVD´��1R�FDVR�GH�RV�GRLV�DGMHWLYRV�HVWDUHP�SUHFHGLGRV�
por um determinante, o substantivo fica no singular (exemplo a). No caso de 
os adjetivos não estarem determinados, o substantivo vai para o plural 
(exemplo b). 
O mesmo ocorre aqui: 
c) Os dedos indicador e médio estavam feridos. 
d) O dedo indicador e o médio estavam feridos. 
 
A construção: Estudo a cultura brasileira e portuguesa, embora 
esteja errada pela regra oficial, é aceita por alguns gramáticos. Se for 
VHJXLGD�D�UHJUD��³D�FXOWXUD´�GHYHULD�HVWDU�QR�SOXUDO�� 
 
9 No caso de numerais ordinais que se referem a um único 
substantivo, podem ser usadas as seguintes construções: 
 
a) Falei com os moradores do primeiro e segundo andar/ (...) do primeiro 
e segundo andares. 
Tanto faz! 
 
9 Adjetivos regidos pela preposição de, que se referem a pronomes 
indefinidos, ficam normalmente no masculino singular, podendo surgir 
concordância atrativa. 
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a) Sua vida não tem nada de sedutor (embora pareça errado, está 
FHUWR��2�DGMHWLYR� ³VHGXWRU´�HVWi� UHJLGR�SHOD�SUHSRVLomR� ³GH´��SRU� LVVR� ILFD�QR�
masculino singular). 
b) Sua vida não tem nada de sedutora. (Concordância atrativa para o 
feminino ± FRQFRUGD�FRP�³VXD�YLGD´� 
c) Os edifícios da cidade nada têm de elegantes. (Aqui houve 
concordância atrativa para o plural ± ³RV�HGLItFLRV�HOHJDQWHV´�� 
 
Vejamos agora grupos de palavras que costumam cair em 
questões e que causam muitas dúvidas: 
 
Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio - são sempre adjetivos ou 
pronomes adjetivos, devendo concordar com o substantivo a que se 
referem. 
a) O livro segue anexo. 
b) A fotografia vai inclusa. 
c) As duplicatas seguem anexas. 
d) Elas mesmas resolveram a questão. 
Observações: 
Mesmo = até, inclusive é invariável (Mesmo eles ficaram chateados). 
A expressão em anexo é invariável (Seguem em anexo as cartas para 
apreciação). 
 
Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se referem a um 
substantivo, devem concordar com esse substantivo. Quando funcionarem 
como advérbios, permanecerão invariáveis. "Menos" é sempre invariável (não 
existe MENAS, hehe). 
a) Tomou meia garrafa de vinho (metade). 
b) Ela estava meio aborrecida (invariável ± um pouco aborrecida). 
c) Bastantes alunos foram à reunião (muitos). 
d) Eles falaram bastante (invariável ± falaram muito). 
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e) Eram alunas bastante simpáticas (invariável ± muito simpáticas). 
f) Havia menos pessoas vindo de casa (menos, sempre no masculino 
plural). 
 
Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras adjetivas 
(referindo-se a substantivos), mantendo concordância com os substantivos, ou 
advérbios (invariáveis). 
a) Compraram livros caros (adjetivando livros). 
b) Os livros custaram caro (advérbio). 
c) Poucas pessoas tinham muitos livros (adjetivando pessoas). 
d) Leram pouco as moças muito vivas (advérbio). 
e) Andavam por longes terras (adjetivando terras). 
f) Eles moram longe da cidade (advérbio). 
g) Eram mercadorias baratas (adjetivando mercadorias). 
h) Pagaram barato aqueles livros (advérbio). 
 
É bom, é proibido, é necessário - expressões formadas pelo verbo ser 
+ adjetivo. Variam se o sujeito vier determinado, caso contrário a 
concordância não acontece. 
a) Água é bom (não varia). 
b) A água é boa (variou porque o substantivo água está determinado 
pelo artigo A). 
c) Bebida é proibido para menores (não varia). 
d) As bebidas são proibidas para menores (o substantivo bebidas está 
determinado pelo artigo As). 
e) Chuva é necessário (não varia). 
f) Aquela chuva foi necessária (o substantivo chuva está determinado 
pelo pronome aquela). 
 
Só = sozinho (adjetivo ± varia normalmente) 
Só = somente, apenas (é invariável, não flexiona). 
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a) Só elas não vieram (somente). 
b) Vieram só os rapazes (somente). 
c) Ela veio só / Elas vieram sós (sozinha/sozinhas). 
 
Só forma a expressão invariável "a sós" (sozinhos). 
a) Eles ficaram a sós. 
 
A locução adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) é invariável. 
a) Ela crescia a olhos vistos. 
 
Conforme = conformado (adjetivo ± varia normalmente). 
Conforme = como (invariável, não flexiona). 
a) Eles ficaram conformes com a decisão (conformados ± adjetivo). 
b) Dançam conforme a música (como ± invariável) 
 
O (a) mais possível = verbo e determinantes no singular. 
As, os mais possíveis = verbo e determinantes no plural. 
a) É uma moça a mais bela possível / São moças as mais belas possíveis. 
 
Os particípios concordam como adjetivos. 
a) A refém foi resgatada no bote. 
b) Os materiais foram comprados a prazo. 
 
Haja vista - não se flexiona, exceto por concordância atrativa antes de 
substantivo no plural sem preposição. 
a) Haja vista os comentários feitos. 
b) Hajam vistas os comentários feitos (concordância atrativa). 
b) Haja vista dos recados do chefe (aqui não pode haver concordância 
atrativa, pois, antes do substantivo recados, tem uma preposição - de). 
 
 
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Pseudo, salvo (= exceto) e alerta não se flexionam. 
a) Eles eram uns pseudossábios. 
b) Salvo nós dois, todos fugiram. 
c) Eles ficaram alerta. 
 
Os adjetivos que funcionam como advérbios são invariáveis. 
a) Vamos falar sério (funcionando como o advérbio seriamente). 
b) Ele e a esposa raro (funcionando como o advérbio raramente) vão ao 
cinema). 
 
Silepse com expressões de tratamento ± o adjetivo fará concordância 
ideológica com quem eVWi�³SRU�WUiV´�GR�SURQRPH�GH�WUDWDPHQWR��DVVLP� 
a) Vossa Majestade, o rei, mostrou-se animado. 
2� ³FRUUHWR´� VHULD� 9RVVa Majestade = animada. A concordância no 
masculino (animado) se dá por ser a Majestade um rei, homem. Isso é silepse: 
a concordância que se faz não com o nome em si (pronome de tratamento) , 
mas com a figura que está por traz: homem ou mulher. 
b) Vossa Excelência é injusto. 
Concordância feita não com o pronome vossa (feminino), mas com a 
ideia de que a referida excelência seja um homem. 
 
 
AL/RN/2013/Analista Legislativo 
O uso correto da concordância nominal e verbal está em: 
a) A surpresa é os prêmios e era preciso a coragem para descartar as 
grandes emoção e as lágrimas. 
b) Os falsos poetas perceberam que haviam muitas estruturas poéticas 
que ainda desconheciam. 
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c) Aos poetas, foi-lhe penoso participar daquelas concentrações monstros 
na frente da academia. 
d) As artistas com seus trajes amarelo-laranja, haviam horas que 
aguardavam para se apresentarem. 
e) Eu mesma, na qualidade de defensora do meu cargo de programador, 
busco criatividade. 
 
Comentários: vamos analisar a concordância em cada alternativa: 
a) A surpresa é os prêmios e era preciso a coragem para descartar as 
grandes emoção e as lágrimas. ± ERRADA. Dois erros nesta alternativa: o 
determinante a HQWUH� ³SUHFLVR´� H� ³FRUDJHP´� GHYH� VHU� UHWLUDGR� RX� ID]HU� D�
FRQFRUGkQFLD� DGHTXDGD� ³HUD� SUHFLVa a FRUDJHP´�� TXH� ILFDULD� HVWUDQKR� H�
inclusive geraria uma ambiguidade. Faltou concordância entre os termos 
³JUDQGHV´�H�³HPRomR´��JUDndes emoções. 
b) Os falsos poetas perceberam que haviam muitas estruturas poéticas 
que ainda desconheciam. ± ERRADA. O verbo haver, no sentido de existir, fica 
sempre na terceira pessoa do singular: havia. 
c) Aos poetas, foi-lhe penoso participar daquelas concentrações monstros 
na frente da academia. ± ERRADA. 2� SURQRPH� ³OKH´� está substituindo 
³SRHWDV´��SRUtanto deve estar no plural: lhes. Quando temos um substantivo 
IXQFLRQDQGR�FRPR�DGMHWLYR�GHYH� ILFDU�QR�VLQJXODU��2EVHUYH�TXH�R� ³PRQVWURV´�
está adjetivanGR� ³FRQFHQWUDo}HV´�� HPERUD� VHMD�XP�VXEVWDQWLYR�� GHYH�� HQWmR��
ficar no singular: concentrações monstro. 
d) As artistas com seus trajes amarelo-laranja, haviam horas que 
aguardavam para se apresentarem. ± ERRADO. O verbo haver, no sentido de 
tempo decorrido, deve ficar no singular: havia horas... fazia horas... Observe 
DJRUD� TXH� R� VXMHLWR� GR� IRUPD� YHUEDO� ³DJXDUGDYDP´� p� R� PHVPR� GD� IRUPD�
³DSUHVHQWDUHP´� �DV� DUWLVWDV��� SRU� HVWH� PRWLYR�� R� LQILQLWLYR� apresentar deve 
ficar no singular. 
e) Eu mesma, na qualidade de defensora do meu cargo de programador, 
busco criatividade. CORRETA. O termo que poderia causar dúvidas é cargo de 
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programador se referindo a uma mulher, certo? Mas está no masculino 
adequadamente porque é um cargo de programador, o programador. Ela é 
uma programadora, ok, mas o cargo é de programador, no masculino. 
GABARITO: E 
 
Vamos esclarecer os tópicos de concordância verbal que estão na questão 
que acabamos de comentar! 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
 
Ocorre quando o verbo é flexionado para concordar com o seu 
sujeito. 
 
 
Exemplos: 
 
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser. 
Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser. 
 
 
A originalidade e a capacidade de enxergar o mundo sob diferentes 
perspectivas são, sem dúvida, características dos maiorespensadores. 
Exemplo disso é o romeno Serge Moscovici, um dos grandes nomes da 
psicologia. Quando os olhares na psicologia social estavam voltados para o 
indivíduo, ele desenvolveu, em 1961, uma teoria que enxerga as 
representações sociais e as ideias a partir do coletivo e dos grupos sociais. A 
Teoria das Representações Sociais, como é chamada, revolucionou a ciência 
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nessa área e, até hoje, repercute nos campos da sociologia, da comunicação e 
da antropologia. 
(...) 
Camila Rabelo. Moscovici é Doutor Honoris Causa. Internet: <www.secom.unb.br> (com 
adaptações). 
 
FUB/2015/Administrador/CESPE 
2� HPSUHJR� GD� IRUPD� YHUEDO� ³VmR´� �l.2) na terceira pessoa do plural 
justifica-se pela concordância com os núcleos do sujeito da oração: 
³RULJLQDOLGDGH´�H�³FDSDFLGDGH´��DPERV�QD�OLQKa 1. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
Comentário: está correta a afirmação, pois ³RULJLQDOLGDGH´�H�³FDSDFLGDGH´ 
IXQFLRQDP� FRPR� Q~FOHRV� GR� VXMHLWR� FRPSRVWR� GR� YHUER� ³VH´�� 9HMDP�� ³A 
originalidade e a capacidade (...) são (...) características dos maiores 
pensadores�´ 
GABARITO: CERTO 
 
 
 
 
CASOS DE CONCORDÂNCIA VERBAL: 
 
1) Sujeito simples (apenas um núcleo) 
 
Regra geral: 
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. 
 
Ex.: Nós vamos ao cinema. 
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O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o 
sujeito (nós). 
 
 
(...) 
Até Montesquieu, não eram identificadas com clareza as esferas de 
DEUDQJrQFLD�GRV�SRGHUHV�SROtWLFRV��³Vy�VH�FRQFHELD�VXD�XQLmR�QDV�PmRV�GH�XP�
só ou, então, sua separação; ninguém se arriscava a apresentar, sob a forma 
de sLVWHPD� FRHUHQWH�� DV� FRQVHTXrQFLDV� GH� FRQFHLWRV� GLYHUVRV´�� 3HQVDGRU�
francês do século XVIII, Montesquieu situa-se entre o racionalismo cartesiano 
e o empirismo de origem baconiana, não abandonando o rigor das certezas 
matemáticas em suas certezas morais. Porém, refugindo às especulações 
metafísicas que, no plano da idealidade, serviram aos filósofos do pacto social 
para a explicação dos fundamentos do Estado ou da sociedade civil, ele 
procurou ingressar no terreno dos fatos. 
Fernanda Leão de Almeida. A garantia institucional do Ministério Público em 
função da proteção dos direitos humanos. Tese de doutorado. São Paulo: USP, 2010, p. 
18-9. Internet: <www.teses.usp.br> (com adaptações). 
 
Julgue o item subsequente, relativo às estruturas linguísticas do texto. 
 
 MPU/2015/Analista do Ministério Público da União/CESPE 
$� IOH[mR� SOXUDO� HP� ³HUDP� LGHQWLILFDGDV´� GHFRUUH� GD� FRQFRUGkQFLD� FRP� R�
VXMHLWR�GHVVD�IRUPD�YHUEDO��³DV�HVIHUDV�GH�DEUDQJrQFLD�GRV�SRGHUHV�SROtWLFRV´� 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
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Comentário: o sujeito ficou posposto ao verbo por uma inversão da frase, 
porém, R� Q~FOHR� GR� VXMHLWR� p� R� VXEVWDQWLYR� ³HVIHUDV´�� TXH� HVWi� QR� SOXUDO�� $�
concordância com o sujeito foi mantida. 
GABARITO: CERTO 
 
Casos especiais: 
 
a) Quando o sujeito é um coletivo, o verbo fica no singular, pois o 
núcleo é único. 
Ex.: A multidão gritou pelo rádio. 
 
Atenção: 
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir 
para o plural. 
Ex.: A multidão de fãs gritou. 
A multidão de fãs gritaram. 
 
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria etc.) ± o 
verbo fica no singular ou vai para o plural. 
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão. 
A maioria dos alunos foram à excursão. 
 
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª 
pessoa (do singular ou do plural). 
 
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio. 
Vossas Altezas pediram silêncio. 
 
Embora os pronomes de tratamento estejam na posição da 
segunda pessoa do discurso, eles fazem concordância verbal em 
terceira pessoa. 
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d) O sujeito é o pronome relativo "que" ± o verbo concorda com o 
antecedente do pronome. 
Ex.: Fui eu que derramei o café. ± R�DQWHFHGHQWH�GR�UHODWLYR�³TXH´�p�³HX´�
por isso o verbo está na primeira pessoa do singular. 
Fomos nós que derramamos o café. ± o verbo está na primeira pessoa 
do plural para conFRUGDU�FRP�R�DQWHFHGHQWH�³QyV´�� 
 
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" ± o verbo pode ficar na 3ª 
pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. 
Ex.: Fui eu quem derramou o café. ± não concordou com o antecedente. 
Fui eu quem derramei o café. ± verbo na primeira pessoa do singular 
para concordar com o antecedente. 
 
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de 
vós, quais de..., quantos de... etc. ± o verbo poderá concordar com o 
pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós). 
Ex.: Quais de vós me punirão? 
 Quais de vós me punireis? 
 
Dicas: 
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o 
verbo concorda em pessoa e número. 
Ex.: Qual de vós me punirá. 
 
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o 
sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha 
antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. 
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa. 
Os Estados Unidos são a maior potência mundial. 
 
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h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de 
dois, cerca de... etc. ± o verbo concorda com o numeral. 
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula. 
Mais de cinco alunos não compareceram à aula. 
 
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior 
parte, grande parte etc. ± o verbo poderá ser usado no singular 
(concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa). 
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu. 
A maioria dos candidatos desistiram (no plural por ter sido mais de um 
candidato). 
 
j) O sujeito tem por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o 
verbo poderá ser usado no singular ou plural se vier afastado do substantivo. 
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em 
casa. 
A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa 
(aqui o plural é permitido por estar o verbo longe do sujeito com sentido 
coletivo). 
 
2) Sujeito composto (dois ou mais núcleos) 
 
Regra geral 
O verbo vai para o plural. 
Ex.: João e Maria foram passear no bosque. 
 
 
 
 
 
 
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 (TCM/GO/2015/Auditor de Controle Externo 
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas 
na frase: 
a) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa, 
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem. 
b) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de 
redação, que pode e precisa ser sanada. 
c) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob 
a alegação de que ela é produzida para uma pequena elite. 
d) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a 
obras de arte, mas a mercadorias em oferta. 
e) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a 
alguns motoristas reagir com violência a esses abusos. 
 
Comentário: 
a) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa, 
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem. ± ERRADA. O erro está no 
verbo ³incomodar´, ele deveria estar no singular, uma vez que o seu sujeito é 
oracional, ou seja, é uma oração. Colocando o período na ordem direta 
podemos, fica fácil perceber: as pessoas ouvirem qualquer coisa (oração 
subjetiva ± sujeito) não incomoda ao autor. 
b) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de 
redação, que pode e precisa ser sanada. ± ERRADA. As falhas de redação 
podem e precisam ser sanadas. Faltou concordância com o núcleo do sujeito 
falhas. 
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c) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob 
a alegação de que ela é produzida para uma pequena elite. ± ERRADA. A 
RUDomR� ³GLIXQGH-se (...) SUHFRQFHLWRV���´� HVWi� HUUDGD�� SRLV� traz o uso da voz 
passiva sintética. Estando no plural o sujeito posposto ³preconceitos´, o verbo 
³difundir´ também deveria estar: difundem-se preconceitos. 
d) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a 
obras de arte, mas a mercadorias em oferta. ± ERRADA. O verbo ³haver´ no 
sentido de ³existir´ é impessoal e deve ficar no singular: caso não haja opções 
reais. 
e) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a 
alguns motoristas reagir com violência a esses abusos. ± CORRETA. O verbo 
atormentar está no singular porque o sujeito dele é som, não decibéis. 
GABARITO: E 
 
 
Casos especiais: 
 
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais 
diferentes ± o verbo ficará no plural, seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 
2ª e 3ª pessoa. 
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) 
amigos. 
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sobre a 3ª. 
 
Ex.: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) 
amigos. 
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sobre a 3ª. 
 
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No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a 
terceira pessoa. 
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural) 
 
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por 
atração com o núcleo mais próximo do verbo. 
Ex.: Irei eu e minhas amigas. 
O verbo concordou no singular apenas com o núcleo mais próximo (eu). 
 
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente 
(sem conjunção) ou ligados por ³H´ ± o verbo concordará com os dois 
núcleos. 
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. 
 
 
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por 
atração com o núcleo mais próximo do verbo. 
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga. 
 
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no 
singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular 
(concordância atrativa). 
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar. 
A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar. 
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d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar 
com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo. 
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam. 
Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. 
 
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... 
± o verbo concordará com o aposto resumidor. 
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu. 
 
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, 
nem um nem outro... - o verbo poderá ficar no singular ou no plural. 
Ex.: Um e outro já veio. 
Um e outro já vieram. 
 
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo 
irá para o singular quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando 
for de inclusão. 
Exemplos: 
Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (Exclusão) 
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (Adição, 
inclusão). 
 
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas 
(tanto... como/ assim... como/ não só... mas também etc.) ± o que 
comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável 
se os núcleos estiverem no singular. 
Exemplos: 
Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São 
Paulo. 
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo. 
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Outros casos: 
 
1) Partícula ³6(´� 
A - Partícula apassivadora (voz passiva): o verbo (transitivo direto) 
concordará com o sujeito passivo. 
Ex.: Vende-se carro. 
Vendem-se carros. 
 
B - Índice de indeterminação do sujeito (sujeito indeterminado): o 
verbo (transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular. 
Exemplos: 
Precisa-se de secretárias. 
Confia-se em pessoas honestas. 
 
2) Verbos impessoais 
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª 
pessoa do singular. 
Exemplos: 
Havia sérios problemas na cidade. 
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. 
Deve haver sérios problemas na cidade. 
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. 
 
 
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais. 
O verbo existir não é impessoal, vai flexionar normalmente. Veja: 
Existem sérios problemas na cidade. 
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Devem existir sérios problemas na cidade. (verbo auxiliar flexionado + 
verbo principal em uma das formas nominais). 
 
3) Verbos dar, bater e soar 
 
Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, 
horas, badaladas...), e com ele devem concordar. 
Exemplos: 
O relógio deu duas horas. 
Deram duas horas no relógio da estação 
Deu uma hora no relógio da estação. 
O sino da igreja bateu cinco badaladas. 
Bateram cinco badaladas no sino da igreja.Soaram dez badaladas no relógio da escola. 
 
4) Sujeito oracional 
 
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal 
fica na 3ª pessoa do singular. 
Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura. 
Oração principal com verbo no singular: ainda falta 
Oração subordinada com função de sujeito: dar os últimos retoques. 
 
5) Concordância com o infinitivo 
 
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração: 
 
- NÃO se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome 
pessoal oblíquo átono. 
Ex.: Esperei-as chegar. (as = elas ± sujeito do verbo chegar) 
 
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- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por 
pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo 
(mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos). 
Exemplos: 
Mandei sair os alunos. 
Mandei saírem os alunos. 
Os alunos = sujeito do verbo sair 
 
- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de 
pronome átono e determinante de verbo não causativo nem sensitivo. 
 
Ex.: Esperei saírem todos. 
 
b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto 
 
- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de 
gerúndio. 
Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (Passamos horas comentando) 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da 
oração principal. 
Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto. 
Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do 
sujeito da oração principal e está indicado por algum termo do contexto. 
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar. 
Ele nos deu o direito de contestarmos. 
 
Ele = sujeito do verbo dar, da oração principal. 
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Nos = sujeito da segunda oração, indicado por nos (nos deu) na primeira 
frase e pela terminação do verbo contestarmos, na segunda frase. 
 
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do 
sujeito da oração principal e não está indicado por nenhum termo no contexto. 
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato. 
Eu = sujeito da oração principal 
O sujeito da segunda oração é indeterminado. 
 
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal 
 
- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução 
verbal, quando, em virtude da ordem dos termos da oração, sua ligação com o 
verbo auxiliar for nítida. 
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da 
locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto. 
Exemplos: 
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e 
reclamar dela. 
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e 
reclamarmos dela. 
 
6) Concordância com o verbo ser: 
 
a) Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado 
por um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo - R�YHUER� ³VHU´� RX�
³SDUHFHU´�FRQFRUGDUmR�FRP�R�SUHGLFDWLYR� 
Exemplos: 
Tudo são flores (flores = predicativo). 
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Aquilo parecem ilusões (ilusões = predicativo). 
 
 
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer 
enfatizá-lo. 
Ex.: Aquilo é sonhos vãos. 
 
b) O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for 
os pronomes interrogativos: que ou quem. 
Exemplos: 
Que são gametas? 
Quem foram os escolhidos? 
 
c) Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância 
será feita com a expressão numérica. 
Exemplos: 
São nove horas. 
É uma hora. 
 
 
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois 
subentende-se a palavra dia. 
Exemplos: 
Hoje são 24 de outubro (concordou com o numeral). 
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Hoje é (dia) 24 de outubro (concordou com a palavra dia mesmo que 
subentendida). 
 
d) Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, 
a concordância se dará com o pronome. 
Ex.: Aqui o presidente sou eu. 
 
 
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a 
concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito 
da oração. 
Ex.: Eu não sou tu. 
 
e) Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o 
predicativo. 
Ex.: O menino era as esperanças da família. 
 
f) Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a 
especificações de preço, peso, quantidade, distância etc., o verbo fica 
sempre no singular. 
Exemplos: 
Cento e cinquenta é pouco. 
Cem metros é muito. 
 
g) Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o 
verbo e o adjetivo podem ficar invariáveis (verbo na 3ª pessoa do 
singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito 
posposto. 
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Exemplos: 
É necessário aqueles materiais. 
São necessários aqueles materiais. 
 
h) Na expressão: é que, usada como expletivo (para dar ênfase, 
que pode ser retirado), se o sujeito da oração não aparecer entre o 
verbo ³VHU´ e o ³TXH´� ficará invariável. Se aparecer, o verbo 
concordará com o sujeito. 
Exemplos: 
Eles é que sempre chegam atrasados. 
São eles que sempre chegam atrasados (eles apareceu aqui entre o 
verbo ser e o que). 
 
 
 
Queridos, vimos hoje os casos de concordância verbal e nominal. A regra 
geral é que o verbo deve concordar com o sujeito e os nomes devem 
concordar entre si. Estou falando de concordância de gênero e de número, ou 
seja, no feminino, masculino, plural ou singular! 
Não se esqueçam de uma coisa: para identificar se a concordância de um 
verbo está adequada, procure o sujeito!!! A concordância é sempre com ele, 
certo!!! 
Nada melhor do que praticar! Vamos fazer isso agora. A fixação das 
regras irá melhorar muito!! 
 
Foco, galera!! 
 
 
 
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No Brasil, podemos não estar na vanguarda tecnológica. Mas, na 
legislativa, acho que de vez em quando damos mostras de que temos 
condição, havendo vontade política, de aspirar a uma posição de destaque. 
Agora mesmo, leio aqui que se encontra em curso, na Câmara de Deputados, 
um projeto para a regulamentação da profissão de escritor. Já houve uma 
tentativa anterior,aliás estranhamente apoiada por alguns escritores 
profissionais, que não vingou. Mas deve ser uma área atraente demais para 
ainda não estar regulamentada. Claro, nem todas as atividades, ofícios e 
profissões estão ainda regulamentadas, mas a dos escritores parece ser 
importante em excesso, para tão prolongado esquecimento governamental. 
Não li o projeto, mas é claro que ele não pode ser discriminatório. Para 
definir o escritor, tem-se que ser o mais abrangente possível. Escreveu, valeu. 
Valerão, portanto, não só livros como panfletos, discursos, sermões, cartas, 
bilhetes, diários, memorandos, relatórios, bulas de remédio e - por que não? - 
um caprichado cardápio de restaurante. Como dizer a um sujeito que escreveu 
que ele não é escritor? Acusações de preconceito, incorreção política e 
discriminação se tornarão inevitáveis, se todo aquele que escrever não for 
classificável como escritor. Bem verdade que, de acordo também com o que li, 
caberá aos sindicatos de escritores essa árdua tarefa - e também eles terão o 
mesmo problema para rejeitar pretendentes. 
Conhecemos o Brasil, não conhecemos? Finjamos que conhecemos, pelo 
menos. Que tramas logo entrevemos no futuro, se o projeto for transformado 
em lei? Posso logo conceber os casos tristes dos aposentados que escrevem 
regularmente para os jornais (mais um golpe nessa velharia desagradável que 
não serve para nada, pau neles) e serão, cedo ou tarde, flagrados no exercício 
ilegal da profissão. Claro, o projeto atual não deve prever isto, mas outros 
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para complementá-lo advirão, principalmente porque assim se gerarão mais 
burocracia e mais empregos de favor, e os escrevedores de cartas aos jornais 
ou se filiam ao sindicato ou arrumam um amigo filiado, para coassinar as 
FDUWDV�� QD� FRQGLomR� GH� ³HVFULWRU� UHVSRQViYHO´�� ,QIRUW~QLR� TXH�� DOLiV�� GHYHUi�
abater-se sobre diversos outros, como síndicos de prédios ou inspetores de 
obras, ou quem quer que seja obrigado a escrever relatórios. Talvez até 
placas, quem sabe? [...] 
Sei que vocês pensam que eu brinco, mas não brinco. O Brasil tem leis 
interessantíssimas, que vieram com as melhores intenções e rendem situações 
intrigantes. Por exemplo, como se sabe, se o sujeito for pego matando uma 
tartaruga protegida, vai preso sem fiança. Em contrapartida, se encher a cara, 
sair de carro e matar umas quatro pessoas, paga fiança e vai para casa. No 
caso da tartaruga, alguém raciocinará que é mais negócio matar o fiscal do 
Ibama, mesmo com testemunhas. Principalmente se estiver um pouco bêbado, 
porque aqui é atenuante. É só escapar do flagrante, mostrar ser réu primário, 
conseguir responder ao processo em liberdade e, com azar, pegar aí seus dois 
aninhos de cana efetiva (em regime semiaberto). Portanto, se aqui é mais 
negócio matar um homem do que uma tartaruga, não brinco. Acredito que nos 
possam perpetrar qualquer absurdo, inclusive esses de que acabo de falar e 
outros, que não chegaram a me ocorrer, mas são possíveis. Entretanto, há 
sempre um lado bom. Por exemplo, se algum dia exigirem carteirinha de 
escritor para eu escrever, não escrevo mais. Será, quiçá, uma boa notícia para 
alguns. Ou muitos, talvez, ainda não promulgaram uma Lei de Proteção da 
Literatura Nacional, obrigando todo mundo a gostar de tudo o que o escritor 
brasileiro escreve. Embora, é claro, eu alimente fundadas esperanças, pois 
uma boa lei resolve qualquer coisa. 
RIBEIRO, João Ubaldo. O Conselheiro Come.Rio: Nova Fronteira, 2000, p.48ss. 
 
01. (SEFAZ-BA ± 2014 ± Auditor Interno ± FUNCB) Preserva-se a 
concordância do verbo com seu sujeito ao se substituir a forma verbal usada 
no texto pela que se propõe em: 
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D��³����TXH�QRV�SRVVDP�SHUSHWUDU�TXDOTXHU�DEVXUGR���´��†�����SHUSHWUDUHP� 
E�� ����� FDEHUi� DRV� VLQGLFDWRV� GH� HVFULWRUHV� HVVD� iUGXD� WDUHID���´� �†� ���
/caberão 
F�������XP�JROSH�QHVVD�YHOKDULD�GHVDJUDGiYHO�TXH�QmR�VHUYH�SDUD�QDGD���´�
(§ 3) /servem 
d) Valerão, portanto, QmR� Vy� OLYURV� FRPR� SDQIOHWRV�� GLVFXUVRV���´� �†���
/Valerá 
e) "... assim se gerarão mais burocracia e mais empregos de favor. (§ 3) / 
gerará 
 
Comentário: na alternativa A, o verbo perpetrar não pode ser substituído 
por perpetrarem porque é constituinte de uma locução verbal em que um 
verbo apenas é flexionado. 
Em B, o verbo caberá não pode sofrer flexão de plural porque está 
FRQFRUGDQGR�FRP�R�VXMHLWR�³HVVD�iUGXD�WDUHID´�� 
Em C e em D, os verbos serve e valerão, respectivamente, não podem 
ser substituídos por servem e valerá também pelo motivo de estarem 
concordando com o núcleo de seus sujeitos, que, em C, é o termo que, que 
está retomando a palavra velharia; e em D é panfletos, discursos. 
Já em E, gerarão pode ser substituído por gerará, pois, uma vez que o 
sujeito é composto e está depois do verbo, este pode concordar com o sujeito 
mais próximo ou ir para o plural. Resposta certa, alternativa E. 
Gabarito: E 
 
A outra noite 
 
 Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e 
chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um 
amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das 
nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam 
a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma 
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paisagem irreal. 
 Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal 
fechado para voltar-se para mim: 
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem 
mesmo luar lá em cima? 
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia 
uma outra - pura, perfeita e linda. 
-Mas que coisa... 
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de 
chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser 
aviador ou pensava em outra coisa. 
-Ora, sim senhor... 
(�� TXDQGR� VDOWHL� H� SDJXHL� D� FRUULGD�� HOH� PH� GLVVH� XP� ³ERD� QRLWH´� H� XP�
³PXLWR� REULJDGR� DR� VHQKRU´� WmR� VLQFHURV�� WmR� YHHPHQWHV�� FRPR� VH� HX� OKH�
tivesse feito um presente de rei. 
(BRAGA, Rubem. Para gostar de ler, vol. 2, crônicas. São Paulo, Ática.) Para gosta de ler) 
 
02. (IF-RR ± 2013 ± Contador ± FUNCAB) Qual das frases abaixo está 
correta quanto à concordância verbal? 
a) Agora sou eu que escolhe o trajeto. 
b) Restaura-se pneus. 
c) Haviam garrafas vazias ao lado do poste. 
d) Faz cinco dias que ele não aparece por aqui. 
e) Falta cinco minutos para as dez. 
 
Comentário: na alternativa A, o verbo deveria estar concordando com o 
VXMHLWR��³HX´�escolho. 
Em B, a oração está na voz passiva sintética, e o verbo deveria estar 
flexionado no plural, uma vez que, se alterarmos a frase para a voz passiva 
analítica (Pneus são restaurados.), constatamos que pneus é o sujeito paciente 
e está no plural. 
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Na opção C, o verbo haver com sentido de existir é impessoal, portanto 
estará sempre na terceira pessoa do singular. 
A alternativa D é o nosso gabarito. 
Em E, o sujeito é um numeral e o verbo deve concordar com ele, nesse 
caso, sendo flexionado para o plural. 
Gabarito: D 
 
A figura do ancião, desde o início dos relatos das primeiras civilizações, é 
muito controversa e discutida. No mundo ocidental, o senso comum das 
principais culturas muitas vezes discordava dos ensinamentos das filosofias 
clássicas sobre as contribuições da velhice para a sociedade. O estudo das 
reais condições trazidas pelo avanço da idade gerou diversas discussões éticas 
sobre as percepções biossociais dos processos de mudança do corpo. Médicos, 
biólogos, psicólogos e antropólogos ainda hoje não conseguem obter consenso 
sobre esse fenômeno em suas respectivas áreas. 
Muitas culturas ocidentais descrevem o estereótipo do jovem como 
corajoso, destemido, forte e indolente. Já a figura do idoso é retratada como 
um peso morto, um chato em decadência corporal e mental. Percepção 
preconceituosa que foi levada ao extremo no século XX pelos portugueses 
durante a ditadura de Antônio Salazar, notório por usar a perseguição aos 
idosos como bandeira política. Atletas e artistas cotidianamente debatem o 
avanço da idade com medo e desgosto, enquanto especialistas da saúde 
questionam se há deterioração ou mudança adaptativa do corpo humano. 
Nas culturas orientais, assim como na maioria das filosofias clássicas, a 
velhice é vista de um ângulo positivo, sendo fonte de sabedoria e meta para 
uma vida guiada pela prudência. O sábio ancião, que personifica a figura do 
homem calmo, austero, e que muitas vezes é capaz de prever certas situações 
e aconselhar, se destaca em relação ao jovem cheio de energia e de hormônios 
instáveis. Porém, apesar dos filósofos apreciarem o avanço da idade, nem 
todos eles tinham a mesma opinião sobre a velhice. O jovem Platão tinha como 
inspiração o velho filósofo Sócrates. Apesar de ser desfavorecido 
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materialmente, Sócrates possuía muita experiência e uma sabedoria ímpar que 
marcou a história do pensamento. Em A República, Platão retrata uma 
discussão filosófica sobre a justiça ocorrida na casa do velho Céfalo, homem 
importante e respeitável em Atenas, que propiciava discussões filosóficas entre 
os mais velhos e os jovens que contemplavam os diálogos. Na sociedade ideal 
desse filósofo, os jovens muitas vezes eram retratados como inconsequentes e 
ingênuos, a exemplo de Polemarco, filho de Céfalo. 
Nesta sociedade ideal, crianças e adolescentes não recebiam diretamente 
o ensino da Filosofia. Por ser um conhecimento nobre e difícil, [ela] era 
ensinada somente para pessoas de idade mais avançada. 
Dentre os filósofos clássicos, o maior crítico sobre a construção filosófica 
GD� LGHLD� GH� ³YHOKLFH´� HUD� R� HVWRLFR� 6rneca. Para ele, Platão, Aristóteles e 
Epicuro construíram uma concepção mitológica da figura do velho. Os idosos 
que ele conheceu em Roma muitas vezes não eram tão felizes como 
descreviam os gregos. Muitos deles, observou Sêneca, pareciam tranquilos, 
mas no fundo não eram. A aparente tranquilidade decorria de seu cansaço e 
desânimo por não conseguir mais lutar por aquilo que queriam. Não buscaram 
a ataraxia enquanto jovens, ou seja, a tranquilidade da alma e a ausência de 
perturbações frente aos desafios impostos pela vida. 
6H�HQYHOKHFHU�p�XPD�³GURJD´��FRPR�DILUPD�R�DWRU�$UQROG�6FKZDU]HQHJJHU��
RX�VH�>D�YHOKLFH@�p�D�³PHOKRU� LGDGH´��FRPR�GL]HP�PXLWRV�DSRVHQWDGRV��HVVHV�
discursos não contribuem para uma resposta definitiva para o estudo científico. 
Afinal, o conceito de velhice não é um fenômeno puramente biológico, mas 
também fruto de uma construção social e psicoemocional. 
MEUCCI, Arthur. Rev. Filosofia: março de 2013, p. 72-3. 
 
03. (IF-RR ± 2013 ± Jornalista ± FUNCAB) Dentre as alternativas de 
concordância verbal propostas, a gramática do português-padrão acolhe 
apenas a seguinte: 
D�� ³>���@�R� VHQVR� FRPXP�GDV�SULQFLSDis culturas muitas vezes discordava 
GRV�HQVLQDPHQWRV�GDV�ILORVRILDV�FOiVVLFDV�>���@´��†������GLVFRUGDYDP� 
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E��³>���@�$WOHWDV�H�DUWLVWDV�FRWLGLDQDPHQWH�GHEDWHP�R�DYDQoR�GD�LGDGH�FRP�
PHGR�H�GHVJRVWR�>���@´��†������GHEDWH 
F��³>���@2V�LGRVRV�TXH�HOH�FRQKHFHX�HP Roma muitas vezes não eram tão 
IHOL]HV�FRPR�GHVFUHYLDP�RV�JUHJRV�>���@´��†������GHVFUHYLD� 
G��³>���@�$�DSDUHQWH�WUDQTXLOLGDGH�GHFRUULD�GH�VHX�FDQVDoR�H�GHVkQLPR�SRU�
QmR�FRQVHJXLU�PDLV�OXWDU�>���@´��†������FRQVHJXLUHP� 
H��³>���@�HVVHV�GLVFXUVRV�QmR�FRQWULEuem para uma resposta definitiva para 
R�HVWXGR�FLHQWtILFR�>���@´��†������FRQWULEXL�� 
 
Comentário: considerando que o verbo deve concordar com o sujeito em 
pessoa e número, a única alternativa em que o verbo pode ser no plural ou no 
singular é a letra D, já que o sujeito do verbo conseguir é desconhecido nessa 
RUDomR��SRGHQGR�DSHQDV�VHU�SHUFHELGR�SHOR�SURQRPH�SRVVHVVLYR�³VHX´��3RUpP��
tal pronome concorda com o sujeito em pessoa, mas em gênero e número com 
a coisa possuída. Sabemos então que o sujeito está na terceira pessoa, mas 
não é possível determinar se é masculino ou feminino, singular ou plural. 
Gabarito: D 
 
O recente interesse na regulamentação da astrologia como profissão 
oferece a oportunidade de refletir sobre questões que vão desde as raízes 
históricas da ciência até a percepção, infelizmente muito popular, de seu 
dogmatismo. Preocupa-me, e imagino que a muitos dos colegas cientistas, a 
rotulação do cientista como um sujeito inflexível, bitolado, que só sabe pensar 
dentro dos preceitos da ciência. Ela vem justamente do desconhecimento 
sobre como funciona a ciência. Talvez esteja aqui a raiz de tanta confusão e 
desentendimento. 
Longe dos cientistas achar que a ciência é o único modo de conhecer o 
mundo e as pessoas, ou que a ciência está sempre certa. Muito ao contrário, 
seria absurdo não dar lugar às artes, aos mitos e às religiões como 
instrumentos complementares de conhecimento, expressões de como o mundo 
é visto por pessoas e culturas muito diversas entre si. 
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Um mundo sem esse tipo de conhecimento não científico seria um mundo 
menor e, na minha opinião, insuportável. O que existe é uma distinção entre 
as várias formas de conhecimento, distinção baseada no método pertinente a 
cada uma delas. A confusão começa quando uma tenta entrar no território da 
outra, e os métodos passam a ser usados fora de seu contexto. 
Portanto, é (ou deveria ser) inútil criticar a astrologia por ela não ser 
ciência, pois ela não é. Ela é uma outra forma de conhecimento. [...] 
Essa caracterização da astrologia como não ciência não é devida ao 
dogmatismo dos cientistas. É importante lembrar que, para a ciência progredir, 
dúvida e erro são fundamentais. Teorias não nascem prontas, mas são 
refinadas com o passar do tempo, a partir da comparação constante com 
dados. Errossão consertados, e, aos poucos, chega-se a um resultado aceito 
pela comunidade científica. 
A ciência pode ser apresentada como um modelo de democracia: não 
existe o dono da verdade, ao menos a longo prazo. (Modismos, claro, existem 
sempre.) Todos podem ter uma opinião, que será sujeita ao escrutínio dos 
colegas e provada ou não. E isso tudo ocorre independentemente de raça, 
religião ou ideologia. Portanto, se cientistas vão contra alguma coisa, eles não 
vão como donos da ve rd ad e, mas com o mesmo ceticismo que caracteriza a 
sua atitude com relação aos próprios colegas. Por outro lado, eles devem ir 
dispostos a mudar de opinião, caso as provas sejam irrefutáveis. 
A astrologia está conosco há 4.000 anos e não irá embora. E nem acho 
que deveria. Ela faz parte da história das ideias, foi fundamental no 
desenvolvimento da astronomia e é testemunha da necessidade coletiva de 
conhecer melhor a nós mesmos e os que nos cercam. De minha parte, acho 
que viver com a dúvida pode ser muito mais difícil, mas é muito mais 
gratificante. Se erramos por não saber, ao menos aprendemos com os nossos 
erros e, com isso, crescemos como indivíduos. Afinal, nós somos produtos de 
nossas escolhas, inspiradas ou não pelos astros. 
(GLEISER, Marcelo. Folha de São Paulo, 22 set. 2002) 
 
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04. (SEPLAG-MG - 2014 ± Gestão Pública ± FUNCAB) Ao 
reescrever-se o verbo em destaque na voz passiva pronominal, comete -se 
ERRO de concordância verbal 
D��³>���@�PDV�6­2�5(),1$'$6�FRP�R�SDVVDU�GR�WHPSR�>���@´��†������UHILQD�-
se 
E��³(UURV�6­2�&216(57$'26�>���@´��†������FRQVHUWDP-se 
F�� ³>���@� TXH� 6(5È� 68-(,7$� DR� HVFUXWtQLR� GRV� FROHJDV� >���@´� �†� ��� �� VH�
sujeitará 
G�� ³$� FLrQFLD� SRGH� 6(5� $35(6(17$'$� FRPR� XP� PRGHOR� GH� GHPRFUDFLD�
>���@´��†�����DSUHVHQWDU-se 
 
Comentário: a alternativa em que há erro de concordância na voz passiva 
p�D�OHWUD�$��SRLV�R�YHUER�XWLOL]DGR�QD�YR]�SDVVLYD�DQDOtWLFD�p�³VmR�UHILQDGDV´��QR�
plural, e o verbo na voz passiva sintética, sendo assim, deve ser conjugado 
também no plural: refinam-se. 
Gabarito: A 
 
05. (SEE-AC - 2013 ± professor ± FUNCAB) Assinale a opção 
INCORRETA quanto à concordância verbal. 
a) O responsável pelo projeto sou eu. 
b) Haviam muitos abusos naquele setor. 
c) Ocorreram vários acidentes no recreio. 
d) Quantos alunos existem nesta sala? 
e) São duas horas da tarde. 
 
Comentário: essa é uma questão clássica da Funcab sobre concordância 
com o verbo haver. A alternativa em que há erro é a letra B, pois o verbo 
haver, com sentido de existir, é impessoal e sempre estará na terceira pessoa 
do singular. 
Gabarito: B 
 
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Verdade ou mentira 
 
Verdade ou mentira, o que eu vou contar aqui é meio esquisito e merece 
ser lido com alguma atenção. [...] 
Por mais impressionante que seja a história, procure controlar os nervos. 
[...] 
Houve uma mulher que amou um amor de verdade. 
Por mais estranho que pareça, foi isso que me contaram exatamente. 
Um dia ela conheceu um homem, então descobriu que seu amanhecer já 
não era o mesmo, e os dois trocaram juras eternas, e, o que é mais fantástico 
ainda, essa mulher, pelo que consta, amou mesmo esse homem, só a ele, 
muito e sempre. 
Parece que ele não era especialmente bonito, rico nem inteligente, era 
boa gente apenas e (segundo fontes seguras) tinha um sorriso engraçado. 
Ela também era uma pessoa normal (pelo menos aparentemente) e só 
apresentou esse comportamento estapafúrdio em toda a sua vida. 
Os motivos que levaram essa mulher a amar tanto esse tal homem, de 
forma tão descabida e excessiva, nunca ficaram provados. 
Primeiro levantaram a hipótese de um surto de loucura passageiro. (Um 
atestado de insanidade resolveria a questão sem a necessidade de uma análise 
mais apurada.) Não era. [...] 
O fato foi tomando proporções maiores à medida que o tempo passava e o 
amor daquela mulher não diminuía. [...] 
Houve quem apostasse que aquele amor todo era mentira da mulher, com 
a clara intenção de aparecer na mídia. [... 
A mulher foi ficando meio assustada com aquela agonia de gente 
e flashes de repórter, confere daqui, examina de lá, até que acabou fugindo, 
coitada. Aquilo já estava impossível. 
O homem ficou muito triste, é óbvio, por perder um amor assim tão 
interessante. 
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Há quem garanta que até hoje ele passa o dia bebendo na esquina e 
chora constantemente. 
Dela, nunca mais se teve notícia. Possivelmente se auto exilou em algum 
lugar ignorado. 
FALCÃO, Adriana. O doido da garrafa. São Paulo: Planeta,2003. p. 43-44. (Fragmento) 
 
06. (SEMAD ± 2013 - Engenharia Agronômica - Agronomia ± 
FUNCAB) Assinale a alternativa que apresenta a forma correta do verbo, 
SDVVDGR� SDUD� R� IXWXUR� GR� SUHWpULWR�� VH� D� IUDVH� ³+RXYH� XPD� PXOKHU� >���@´�
fosse flexionada no plural. 
a) Haveria. 
b) Haveriam. 
c) Haverá. 
d) Haverão. 
 
Comentário: essa questão contém uma pegadinha de presente para os 
candidatos desatentos. Primeiro nos leva a buscar na memória qual é o tempo 
verbal futuro do pretérito. O futuro do pretérito (simples) enuncia um fato que 
pode ocorrer posteriormente a outro fato passado e é formado com a 
desinência ±ia (viajaria, faria). Tendo lembrado disso, voltando ao enunciado, 
temos o pedido de flexão do verbo no plural. O candidato que não está 
prestando atenção vai se deter na última coisa que lê (plural) e esquecer de 
observar que o verbo é o haver, marcando a alternativa B. Já vimos as 
particularidades desse verbo na questão imediatamente acima, portanto, a 
opção correta para essa questão é a letra A. 
Gabarito: A 
 
07. (SEMAD ± 2013 - Engenharia Agronômica - Agronomia ± 
FUNCAB) Apresenta-se um bom exemplo de concordância verbal 
facultativa, segundo as normas descritas pela gramática, em: 
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a) temas ambientais ainda não HAVIAM se convertido em prioridade (§ 1) 
/ havia. 
b) a maioria dos autores PARECE concordar (§ 1) / parecem 
c) e sim uma postura ativista e política que OBJETIVA agir no mundo (§ 1) 
/ objetivam. 
d) não INTERESSA aos ecosofistas a imagem da coruja de Atenas (§ 2) / 
interessam. 
 
Comentário: na alternativa A, o verbo haver concorda com o sujeito 
³WHPDV�DPELHQWDLV´�� 
Em B ocorre um caso de concordância com um sujeito coletivo partitivo, 
ou seja, o núcleo do sujeito representa o todo, metade, uma porção etc. de 
algo. Assim sendo, o verbo pode tanto concordar com o núcleo (a maioria dos 
autores PARECE concordar) ou concordar com o complemento (a maioria dos 
autores PARECEM concordar). Essa é a opção correta. 
Em C, o verbo objetivar FRQFRUGD� FRP� R� VXMHLWR� ³SRVWXUD� DWLYLVWD� H�
SROtWLFD´��QmR�VHQGR�SRVVtYHO�VXD�IOH[mR�SDUD o plural. 
Em D, o sujeito de interessar p� ³D� LPDJHP�GD� FRUXMD� GH�$WHQDV´��TXH�
está no singular, portanto a flexão do verbo para o plural não é possível. 
Gabarito: B 
 
Temos, sem dúvida, sérios problemas de discriminação e exclusão na 
sociedade brasileira, que se refletem também nas universidades. Mas 
frequentemente parece que eles são abordados de forma desfocada. 
A composição racial da sociedade brasileira tem forte presença de negros, 
pardos e minorias. Diz-se que esse perfil não se repete na universidade. Mas 
porque razão a composição geral da sociedade deve se repetir em seus 
contextos e recortes específicos? Ela se repete em times de futebol ou na 
seleção brasileira? 
Se acreditarmos que o perfil étnico ou econômico do conjunto da 
SRSXODomR� VHMD�� RX� GHYD� VHU�� XPD� ³LQYDULDQWH� VRFLDO´�� UHSHWLQGR-se em 
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qualquer recorte ou subgrupo, a consequência óbvia disso é a generalização da 
prática de cotas. 
Além de cotas no vestibular, em breve teremos propostas de cotas de 
formatura, para compensar injustiças e discriminações ocorridas ao longo do 
curso. Em seguida, cotas para times de futebol, cotas para funcionários das 
empresas, cotas para sócios de clubes, cotas para academias de ginástica, 
cotas para fieis de cada religião e culto e por aí vai. 
A grande injustiça é ver a quantidade de pessoas, especialmente os 
jovens inteligentes e esforçados, sendo impedidas de se desenvolver. Não é 
dada a elas a oportunidade de aprender a crescer, por causa de uma educação 
pública básica e média medíocres. Esse é o problema real. 
2�FRQWUiULR�GR�UDFLVPR�H�GD�GLVFULPLQDomR�VRFLDO�QmR�p�XPD�³GLVFULPLQDomR�
SRVLWLYD´�� PDV� VLP� D� DXVrQFLD� GHVVDV� FODVVLILFDo}HV�� 4XDOTXHU� VROXomR que 
envolva critérios de raça ou pobreza não contribui para eliminar a 
discriminação. Pelo contrário, reafirma, reforça e pereniza esses conceitos 
básicos dos mecanismos de exclusão. 
Nesse cenário de sequestro de oportunidades, há um grupo de jovens 
mais velhos que já foi prejudicado pelas péssimas escolas públicas. E há outro 
grupo, bem maior, das crianças que ainda enfrentarão o problema. Para as 
pessoas já prejudicadas, as cotas são um mecanismo compensatório, que pode 
reduzir, mas não eliminar, o prejuízo. 
Se houver uma proposta cujo cerne seja a melhoria efetiva do atual 
ensino público de primeiro e segundo grau, com parâmetros objetivos e 
seguindo modelos que comprovadamente já deram excelentes resultados em 
várias partes do mundo, e que parte dessa proposta seja um sistema de cotas, 
emergencial e provisório (com prazo limitado), visando apenas aquela 
população que já foi prejudicada, essa proposta merece não apenas a nossa 
aprovação, mas também o nosso aplauso 
Já uma proposta que contemple apenas a questão das cotas de forma 
isolada ou é ingênua ou é demagógica. Anestesia as consciências, acomoda as 
queixas, reduz as pressões ± é a solução mais fácil e barata para os 
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governantes. Mas mantém a condenação de milhões de crianças a precisar de 
cotas no futuro, sempre em ciclos sem fim, sequestrando suas oportunidades e 
VHXV�VRQKRV��>«@ 
SALVAGNI, Ronaldo de Breyne. Folha de São Paulo, 07/ 04 /2013. 
08. (ANS ± 2013 - Ativ. Téc. de Complexidade Intelectual - 
Administração ± FUNCAB) Há ERRO de concordância nominal, segundo as 
gramáticas da língua portuguesa, na seguinte construção: 
a) discriminação e exclusão odiosa. 
b) discriminação e exclusão odiosas. 
c) odiosa discriminação e exclusão. 
d) discriminação odiosa e exclusão. 
e) odiosas discriminação e exclusão. 
 
Comentário: quando se tem um adjetivo relacionado a dois ou mais 
substantivos, a regra de concordância pode variar de acordo com a posição em 
que o adjetivo está colocado. Por exemplo, se o adjetivo está colocado após os 
substantivos, ele concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles, 
assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e 
masculino; porém, se o adjetivo estiver anteposto aos substantivos, ele 
concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. Considerando 
isso, concluímos que a única alternativa em que ocorre erro de concordância 
nominal é a letra E. 
Gabarito: E 
 
 
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09. (SUDECO ± 2013 ± Agente Administrativo ± FUNCAB) Em 
³(VVH�WLSR�GH�FHUFR�75$=�DLQGD�RXWUR�EHQHItFLR�>���@´�H�³>���@�D�SRSXODomR�GR�
5LR�9,$�HVFDVVHDU�VXDV� IRQWHV�GH�iJXD�SRWiYHO�´��RV�YHUERV�75$=(5�H� VIR 
encontram-se corretamente conjugados. 
Assinale a opção em que a forma verbal destacada também está 
adequada ao contexto. 
a) Esse tipo de planta foi TRAGO para o Brasil em 1820. 
b) Quando você TRAZER o documento, eu o arquivarei. 
c) Se você VER o parque, também ficará impressionado. 
d) Quem TROUXESSE as mudas será devidamente recompensado. 
e) Se todos VIREM os benefícios, aceitarão as mudanças. 
 
Comentário: os verbos trazer e ver são irregulares, o que significa que são 
verbos que sofrem alterações em seu radical ou em suas desinências, não 
seguindo o modelo de conjugação. 
Na opção A, o verbo trazer está empregado incorretamente, pois deveria 
HVWDU�FRQFRUGDQGR�FRP�R�VXMHLWR�SDFLHQWH�³(VVH�WLSR�GH�SODQWD´��XPD�YH]�TXH�D�
oração está na voz passiva. 
Nas demais alternativas, o verbo deve vir conjugado no modo subjuntivo, 
uma vez que todas indicam dúvida ou possibilidade de um fato acontecer, 
estar acontecendo ou vir a acontecer. 
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Em B, a escrita correta da oração seria: Quando você trouxer o 
documento, eu o arquivarei. 
Em C seria: Se você vir o parque também ficará impressionado. 
Em D: Quem trouxer as mudas será devidamente recompensado. 
A opção E está escrita corretamente. 
Gabarito: E 
 
10. (SUDECO ± 2013 ± Agente Administrativo ± FUNCAB) Assinale 
a opção correta em relação à concordância verbal. 
a) Aqui nos arredores foi construído dois parques que se ligam um ao 
outro por uma passarela. 
b) Houveram algumas situações em que não pudemos interferir. 
c) Ainda existem muitos problemas ambientais que necessitam de solução 
urgente. 
d) Depois da construção do parque desapareceu da região várias espécies 
de aves. 
e) Chegou dois funcionários novos que foram imediatamente 
apresentados ao gerente. 
 
Comentário: HP� $�� D� ORFXomR� YHUEDO� ³IRL� FRQVWUXtGR´� GHYHULD� HVWDU�
IOH[LRQDGD�QR�SOXUDO�SDUD�FRQFRUGDU�FRP�R�VXMHLWR�´GRLV�SDUTXHV´�� 
Em B, há erro porque temos o verbo haver com sentido de existir, que 
deveria estar no singular. 
A alternativa C está correta. 
Na opçãR� '�� ³GHVDSDUHFHX´� GHYHULD� HVWDU� FRQMXJDGR� QR� SOXUDO� SDUD�
FRQFRUGDU�FRP�³YiULDV�HVSpFLHV�GH�DYHV´��(�HP�(��R�YHUER�³FKHJDU´�GHYHULD�HVWDU�FRQFRUGDQGR�FRP�R�VXMHLWR�³GRLV�
IXQFLRQiULRV�QRYRV´� 
Gabarito: C 
 
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11. (MPE-RO - 2012 ± Técnico em Contabilidade ± FUNCAB) A 
alternativa que transcreve uma frase do texto em que foi feita uma 
construção INADEQUADA, quanto à concordância, é: 
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D�� ³������(X�VHL�TXH�HUD�YRFr��GHYDJDU]LQKR��VHP�D�JHQWH�VHQWLU����$JRUD�
está aí, né? ... 7i�YHQGR�R�UHVXOWDGR"´ 
E�� ³������ ± Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu 
FKHJXHL��H�YRFr�DLQGD�HVTXHFHX�R�WDQTXH�FKHLR�G
iJXD�����´ 
F��³������(X�VRTXHL�D�SRQWD�GD�IDFD�QDTXHODV�FRLVDV�TXH�ID]�R�SHL[H�QDGDU��
sabe? Pois acredita que ela aindD�ILFRX�PH[HQGR"������´ 
G��³������$t�HX�SHJXHL�R�FDER�GD�IDFD�H�HVPDJXHL�D�FDEHoD�GHOH��H�IRL�Dt�TXH�
HOH�PRUUHX�������´ 
H��³������4XDQGR�HX�FKHJXHL��HOD�HVWDYD�WRGD�IROJDGD��QDGDQGR��9RFr�QmR�
HVWi�DFUHGLWDQGR"�-XUR��(OD�HVWDYD�WRGD�IROJDGD��QDGDQGR�������´ 
 
Comentário: a única alternativa em que há erro quanto à concordância 
verbal é a letra C, na qual o verbo fazer deveria estar concordando com o 
VXMHLWR�³FRLVDV´�����QDTXHODV�coisas que fazem o peixe nadar... 
Gabarito: C 
 
 
Big Brother Particular 
 
Rhoanita, 17 anos, mora em Caxias, cidade do interior do Maranhão. 
Conheceu seu namorado Lucas, 19, pela internet. Eles são dois jovens que 
vivem plugados na rede, como muitos que conhecemos: usam MSN, têm 
página no Orkut, fotolog etc. Pois bem: um belo dia, a garota leu, na página do 
namorado, um recado de uma outra garota que a deixou muito enciumada. 
Não se controlou, teve um ataque com o namorado e, o que era um romance 
doce, se acabou. 
Acabou nada. A garota, criativa, montou uma estratégia virtual. Criou um 
vídeo meloso e colocou no YouTube, criou tópicos em várias comunidades de 
relacionamento e passou a pedir que as pessoas tentassem influenciar o ex e 
que pedissem para o garoto reatar o namoro. Pronto: a garota acabara de criar 
VHX�³%LJ�%URWKHU´�SDUWLFXODU�� 
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O resultado foi imediato: Lucas passou a receber uma enxurrada de 
recados em sua página, mensagens pelo MSN e telefonemas pedindo que ele 
voltasse com a garota. Depois de entender o que estava acontecendo, o ex 
ficou enternecido e voltou a namorar Rhoanita. Quem sabe, viverão felizes 
nesse espaço virtual por um tempo. 
Em época de BBB, basta dar uma passeada por blogs dedicados ao 
programa para perceber o quanto esses jovens estão se mobilizando para 
tentar interferir em resultados de paredão etc. Encontramos fãs, detratores, 
xingamentos e endeusamentos de todos os tipos. Os jovens, pelo jeito, 
querem participar, querem decidir a vida dos participantes e do programa, 
querem opinar. E eles agem: entopem as caixas eletrônicas da emissora, 
telefonam, fazem corrente pedindo apoio a seu participante favorito, 
contestam, imploram, ficam revoltados, ameaçam. 
Fiquei pensando se essa energia toda dirigida ao objetivo de tentar 
influenciar e/ou mudar a vida dos outros ± do casal de namorados do 
Maranhão e dos participantes do BBB, por exemplo ± não revela uma sensação 
de impotência para mudar nossa vida social e os rumos da vida pessoal de 
cada um dos nossos jovens. 
Vejam: eles se organizam, gastam horas preciosas da vida dedicadas à 
causa, batalham pela adesão dos outros, argumentam, agem de modo 
apaixonado. Já pensaram se fizessem tudo isso na política ± não me refiro à 
partidária ±, o que não seriam capazes de realizar? 
Minha pergunta é: o que estamos fazendo de errado para que eles 
LQYLVWDP� WDQWD� HQHUJLD� DVVLP� QRV� ³%LJ� %URWKHUV´� GD� YLGD� H� SRXFD� ± quase 
nenhuma ± em benefício do bem comum? Por que é que eles têm escolhido 
causas como essas? Big Brother Particular. 
Vai ver, eles não contam com interlocutores disponíveis que possam ouvir 
o que têm a dizer e que os ajudem a dirigir uma parte dessa energia para 
coisas que possam beneficiá-los também. Por falar nisso, e a escola? Como 
será que anda essa história de educação para a cidadania, hein? 
(Rosely Sayão) 
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12. (Pref. Ji-Paraná/RO ± 2012 ± Agente Administrativo ± 
FUNCAB) Assinale a opção que, de acordo com a norma culta da língua, está 
correta quanto à concordância verbal. 
A) Desapareceu da tela, de repente, todos os textos que eu havia 
digitado. 
B) Haviam muitos jovens engajados naquela causa. 
C) Fui eu que pagou a conta da última vez em que estivemos aqui. 
D) Faltava quinze minutos para que o prazo se encerrasse. 
E) Analisaram-se os planos de reforma. 
 
Comentário: a opção correta em relação à concordância verbal é a letra E, 
que está na voz passiva sintética, mas isso pode ser melhor percebido se a 
frase for passada para a voz passiva analítica: Os planos de reforma foram 
analisados. 
Gabarito: E 
 
 
Português p/ PC-PA 
Investigador, Escrivão e Papiloscopista 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 05 
 
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Português p/ PC-PA 
Investigador, Escrivão e Papiloscopista 
Teoria e Questões Comentadas 
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13. (SEJUS ± RO ± Analista de Sistemas ± FUNCAB) Tentando 
reescrever passagens do texto, só se escapou ao ERRO de concordância 
verbal em: 
a) todas as nossas leis penais e processuais penais partem dessa 
premissa / Dessa premissa parte todas as nossas leis penais e processuais 
penais (parágrafo 2) 
b) é por uma razão de ordem existencial (...) que nossas leis primam pela 
utilização da prisão / são por razões de ordem existencial que nossas leis 
primam pela utilização da prisão (parágrafo 3) 
c) é justo que aquele que rouba o bem de outrem seja despojado do seu / 
É justo que seja despojado dos seus bens aqueles que roubam o bem de 
outrem (parágrafo 5) 
d) um roubo praticado sem uso de violência apenas deveria ser punido 
com uma pena em dinheiro / deveria apenas ser punido com penas em 
dinheiro um roubo praticado sem uso de violência (parágrafo 5) 
e) trata-se da prisão decorrente de sentença penal condenatória / Tratam-
se das prisões decorrentes de sentenças

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